Jungkook
Mais alguns dias se passaram, a alguns minutos fiquei sabendo que o insuportável do meu tio estaria vindo pra cá.
Eu estava animado que meu irmão viria e eu iria apresentar meu ômega pra ele e agora me vem uma notícia dessas.
Era só o que me faltava mesmo.
-Amorzinho? - Jimin saiu para brincar já fazem algumas horas e agora eu estou atrás do pequenino, quero fazer carinho nele já que esse é meu calmamente. - Vidinha?
Escutei sua risadinha e sabia que ele estava por perto.
-Meu Deus, onde será que meu gatinho se enfiou? - Ele passou pela cozinha correndo e eu continuei fazendo o sonso. - Hum, vou ter que comer aquele doce sozinho então.
Não deu segundos, o pequeno apareceu eufórico com a carinha amarrada.
-Rum. - Cruzou os braços e fez biquinho.
-Ah, você tá aí amor. - Ele virou a cara pra mim. -Vem aqui vem? -Ele negou com a cabecinha - Não me quer mais? Tá bom - Fingi voz de choro. - Sabia que você não gostava mais de mim.
A carinha de brava foi desfeita e ele me olhou todo sentido.
-Tudo bem, eu vou chorar ali no cantinho. - Dei dois passos e foi o suficiente pra sentir os pequenos bracinhos ao redor do meu corpo.
-Jiminie gosta de você panterinha, muito. - Ele beijou minhas costas. - Jiminie ama você.
-Eu também te amo, minha bolinha de pelos. - Virei abraçando ele e beijei sua testa.
-Meu panterinha não vai mais chorar, vai?
-Não, seu panterinha está felizinho agora porque sabe que meu gatinho ainda me ama.
-Te amo pra sempre Kookie.
-Eu também amor, pra sempre. - Peguei ele no colo e dei dois beijinhos no nariz de botão. - Vamos deitar um pouquinho, uh?
-Vamos. - Fui pro meu quarto que eu gosto de chamar de nosso e deite na cama junto com ele.
Jimin pegou minha mão e colocou um de meus dedos em sua boca começando a chupar, o movimento que sucção era tão satisfatório que conseguia me deixar relaxado.
Jimin chegava a ronronar vez ou outra, não levou muito pra ele ir fechando os olhinhos.
Nisso eu tirei o dedo de sua boca e ele ficou caçando de volta, sorri colocando só a junta do meu dedo na sua boquinha de volta e ele voltou a sugar até dormir.
Só depois que ele caiu em um sono mais pesado que eu tirei de vez.
Achei que ele ia dormir por muito tempo então eu resolvi tomar banho, tirei minha roupa no quarto mesmo e estava indo em direção ao banheiro quando ouvi um chamado manhoso.
Passei a mão na cueca vestindo de volta e fui até ele.
-Já meu amor? -Alisei seu rostinho. - Não tá cansadinho?
Ele negou com a cabecinha de um jeito muito fofo.
-Jiminie quer dedo. - Deitei do seu lado tendo meu amor bem aconchegado em meu corpo e dei minha mão pra ele, o gatinho que eu tenho como ômega enfiou na boca de novo e voltou ao seu trabalho.
Fui fazendo carinho no corpo belo até eu perceber que ele estava sugando em um ritmo que nunca tinha feito.
Fiquei olhando pro seu rosto e pensando o que poderia ser até que o óbvio me veio à cabeça.
-Está com fome, meu amor? - Ele assentiu ainda chupando sem parar. - Então vamos, eu vou arrumar um leite pra você.
Só assim ele puxou a cabecinha pra trás fazendo um som erótico pra caralho.
Vesti as roupas novamente e desci com ele no colo, Jimin começou a chupar meu pescoço nesse trajeto, ele sempre faz devagarzinho nesta região.
Eu ia com ele pra cozinha mas dei meia volta e entrei no meu escritório, coloquei ele deitado no sofá que tinha ali e disse que já voltava.
Meu amor assentiu e eu fui, chegando lá já dava pra ouvir alguns cochichos.
-Não sei porque ele insiste em deixar um impuro morar no mesmo teto que ele, é um desrespeito.
-Concordo, aquele garoto deveria morrer.
-Repete - Falei alto para que todos ouvissem. - Olha nos meus olhos e repete o que você disse.
-Imperador...
Eu sentia a imensidão de todo meu lado animal tomar conta do meu corpo, o animal que existe dentro de mim estava rasgando meu peito querendo tomar conta dessa situação.
Eu rugi em total desconforto, senti meus olhos mudando de forma e consequentemente de cor.
Rugi novamente, fazendo não só as duas ômegas caírem de joelho como boa parte dos que estavam por perto.
Fui até uma delas e segurei o cabelo fortemente.
-Meu garoto merece o que?
-Senhor...- Firmei meu olhar no da garota que começou a se remexer, puxei ainda mais os cabelos deixando ela imóvel. - Por favor... -Fiz a mudança lupina juntamente com a ocular tendo total visão do meu animal e em segundos os olhos da omega sangravam.
Logo o nariz e os ouvidos, bastou eu passar a língua nos dentes para que estivesse completo.
-Me arruma um copo de leite Wheein.
-Sim senhor. -A mãe de Jimin que também tinha caído por causa de tudo que eu causo se levantou rápido e foi rumo a geladeira mas logo voltou. -Como o senhor gosta?
-Puro e morno, é pro Jimin. -Ela assentiu e foi esquentar, logo voltou com um copo comprido cheinho de leite.
Peguei e fui saindo, mas me virei em sua direção novamente.
-Manda o Namjoon tirar esse corpo daqui, e Obrigado. - Ergui o copo mostrando pelo que estava agradecendo e segui caminho.
Entrei no meu escritório e meu tio estava ali com um alfa, não vi meu bebê onde eu havia deixado então entrei em desespero.
-Amor! -Apurei minha audição e notei que ele estava por ali, ele respirava pesadamente.
Antes mesmo que eu desse um passo escutei um miadinho, andei em direção ao barulho e achei meu gatinho debaixo da mesa todo encolhido com a mãozinha na boca e olhos arregalados.
-Vida!
-Kookie... - Ele levantou em uma rapidez absurda grudando em meu corpo, coloquei o leite na superfície de madeira e peguei ele no colo.
Jimin grudou em mim com toda a forcinha que ele tinha, senti até às garrinhas dele adentrando minha pele como se fosse um modo de que eu não o tirasse dali.
-Vida, o que foi? - Andei com ele até o sofá, quando eu ia me sentar ele miou novamente apertando as perninhas. - Amor!
Eu já estava preocupado.
Andei com ele até o final da sala, bem afastado do meu tio e do seu acompanhante que eu nem tinha notado até agora e fiquei fazendo carinho em seu corpo.
Ele tremia e eu sabia que não era de frio.
-Amor... -Ele me chamou como nunca tinha chamado antes, Jimin estava assustado como nunca ficou perto de mim. - Por favor.
-Por favor, o que meu bem? Explica pro seu alfa o que está acontecendo, uh?
-Não deixa ele me levar, por favor panterinha, eu não quero te deixar!
-Toquinho, olha pra mim, - O pequeno. - Calma, respira. - Ele fez. -E agora me explica.
-Ele veio me buscar não foi? Ele descobriu a verdade e veio me buscar, por favor não deixe ele me levar, por favor, eu faço qualquer coisa amor, por favor!
-Ninguém vai te levar meu coração, ninguém. Aqui é a sua casinha, o seu lar, ao lado da sua mãe e da sua panterinha, eu prometo que ninguém vai te tirar daqui. Ninguém, pra nada.
Ele respirou fundo.
-Eu te amo.
-Também te amo. - Beijei seu nariz. - Trouxe leite pra você.
Ele sorriu.
Eu queria entender direito o que estava acontecendo, mas eu mal conseguia raciocinar, ver meu Jimin desesperado assim me deixa dez vezes pior só querendo o acalmar.
Andei com meu pequeno até o outro sofá e dessa vez ele apenas ficou quietinho, entreguei o leite em suas mãozinhas e ele tomou em segundos como sempre fez.
-Hum, tava gostosinho?
-Muito muito. - Ele sorriu bonitinho e beijou minha bochecha mesmo com o bigodinho de leite.
Eu lambii ali sem pegar na sua boca porque tinha outro intuito e beijei seu nariz.
-Kookie te ama.
-Jiminie ama ainda mais. -Ele deitou no meu ombro e ficou ali bem quietinho.
-Fala, o que te traz aqui?
-São dois os motivos, o primeiro é que eu vim fazer um favor para um amigo.
-Ae?
-Uhum, a ômega de um amigo meu saiu de casa depois de uma discussão e ele exige que ela volte, fiquei sabendo que ela trabalha aqui então quer dizer que você não sabe de-
-Eu sei sim. - Agora que eu vim entender, ele está falando da minha sogra.
-Você sabe que ela saiu de casa? -Assenti -Que abandonou o marido? Que abandonou a prioridade dela
-Não titio querido, a prioridade dela está nesse momento no meu colo, a prioridade dela é o filho dela e não o ex marido abusivo que ele tinha.
-Não tinha nada de errado na relação deles, ela é ômega, foi feita e criada para satisfazer e cuidar do alfa, estava tudo certo. - Ele fez uma cara de confuso
-Primeiro que ninguém nasceu para satisfazer ninguém e se ele quer alguém pra cuidar dele no sentido que você está falando é só ele ir atrás de alguém que está disposto a ser mãe dele, simples.
-Jungkook eu não estou entendendo nada do que você está falando, primeiro, porque tem um ômega no seu colo? Esqueceu que os concubinos ficam apenas no quarto e que eles não podem lhe tocar? e porque você está falando desse jeito tão confuso?
-Esse ômega não é e nunca será meu concubino, cuidado como você fala dele.
-O que está havendo com você?
-Comigo nada, o que está havendo com você? Fez eu perder meu tempo, tempo esse que eu poderia estar descansando com meu ômega para que eu faça uma pessoa finalmente livre voltar com o merda do ex marido? É isso mesmo?
-Jungkook! - Ele arregalou os olhos.
-Ela não irá voltar e essa é minha palavra final, não tem ninguém que faça ela sair daqui pra voltar com aquele miserável, nem ela e nem o filho sairão desse castelo para voltar para onde eles moravam. - Jimin me abraçou mais forte como se agradecesse pelas minhas palavras.
-Você está destruindo uma família.
-Eu estou salvando duas vidas, então se para salvar essas duas vidas eu precise destruir uma "família" é exatamente o que eu vou fazer.
O rapaz ao lado do velho só ficava olhando por pequeno corpo em meu colo.
-Jimin? -Meu amor tremeu e grudou ainda mais em mim -Jimin? - Ele se levantou bravo.
-Fica bem aí. - Parou na hora já que ele vinha em nossa direção. - Não chega perto dele.
-Ele é meu noivo. - Sorri.
-Ele é meu ômega. Alguém aqui está mentindo e com certeza não sou eu.
-Ele é meu.
-Seu? Pelo que eu saiba o casamento de vocês acabou quando EU tomei o corpo dele, não? - O rapaz ficou ainda mais nervoso. - Desde o momento que Jimin se entregou pra mim ele é meu.
-Então foi você, foi com você que ele se deitou, foi com você que ele me traiu!
-Foi, foi pra mim que ele se entregou, foi comigo que ele fez amor e foi a mim que ele escolheu.
-Porque você é a porra do imperador, é claro que ele escolheria você, é mais poderoso e mais rico!
-Não, ele me escolheu porque eu o respeito, eu cuido e eu amo ele, ele me escolheu porque diferente de você e eu o amei antes de amar seu corpo, eu cuidei depois de uma tarde quente de amor, ele me escolheu porque...
-Eu te amo. - Ele falou firme. - Eu te escolhi porque eu te amo, muito. - Sorri todo encantado, eu quase não lembro de toda a raiva que eu estava sentindo a segundos atrás. - Obrigado Kookie. - Eu sei bem do que ele está falando.
-Eu falei que faríamos o que fosse preciso amor. - Alisei o rostinho bonito. - Manter isso não é problema algum pra mim enquanto não for pra você também.
Ele sorriu e eu travei quando ele me deu um selar.
-Mamãe disse que quando você ama muito muito você sente vontade descontar a carga em alguma coisa, eu quero descontar tocando sua boquinha. - Ele me deu outro selinho.
-Minha boquinha é toda sua, faça dela o que você bem entender. - Ele sorriu segurando meu rosto e selou nossos lábios várias vezes, no meio dos beijos eu não suportei ficar parado e fui retribuindo os selinhos até ele dar um mais demorado.
- Meu amor.
-Só seu. - Coloquei o rosto bonito em meu ombro novamente e fiquei alisando seus cabelos. - Você pode ir embora e avisar seu querido amigo que ela não sairá daqui, desde o momento que eles ficaram aqui estão sob minha proteção.
Meu tio arregalou os olhos.
-Já você vai ficar, vai pagar por toda a humilhação que fez meu gatinho passar e por todas as nojeiras que você dirigiu a ele.
-Jeon...
-Papo encerrado, você vaza e uma pessoa logo vem cuidar de você. - Apontei pro idiota. Me levantei com meu amor bem grudadinho em mim e fui rumo a porta. - Foi um grande desprazer.
E sai.
Hora de cuidar, dar carinho e total atenção pro meu amor pra só depois cuidar da parte insignificante.
Porque meu pinguinho sempre virá em primeiro lugar.
Sempre.