Os fantasmas do Natal

By Amity_Blight_Oi

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Passado, presente e futuro Três fantasmas de uma data específica do ano Essas três personalidades visitaram... More

Fantasma do Natal passado
Fantasma do Natal presente

Fantasma do Natal futuro

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By Amity_Blight_Oi

Pansy Parkison

Uma mulher que nunca gostou de crianças, mas por algum motivo aquelas crianças a encantaram, estava preocupada com Daphne e negaria isso para sempre

– Pansy – Uma voz conhecida fez um arrepio subir pela espinha dorsal da jovem dama

Se virou calma e temerosamente para a conhecida voz, em sua frente estava o motivo de tudo de ruim que ocorreu em sua vida, mas também o motivo de tanta coisa boa

– Olá mamãe – Sorriu hesitante para a velha fantasma, a aparência igual a última vez que a mais nova havia lhe visto, oitenta anos aproximadamente, o vestido preto com detalhes em verde escuro relembrando a garota de sua infância

– Eu sou o fantasma do Natal futuro – Disse suavizando a voz – Irei lhe mostrar o que irá ocorrer se você continuar desta forma

– Que forma? – Parkison mais nova arqueou a sobrancelha olhando as dez correntes vermelhas ao redor da cintura com espartilho

– A forma que eu te criei para ser – A Sra. Parkison resmungou abaixando a cabeça

Em quinze anos convivendo com a mais velha, Pansy jamais a viu abaixar a cabeça, seja fisicamente ou metaforicamente

– Onde vamos? – De má vontade a garota estendeu a mão para a mãe que suspirou

– Para daqui cinco anos – Clemênia informou segurando a mão da primogênita

Ao abrir os olhos, Pansy se viu na ópera, mas desta vez sua eu do futuro estava cantando no palco com afinco e sua mãe estava sentada consigo na plateia

– Por que está tão vazio? – A garota perguntou a mais velha que possuía um olhar crítico na apresentação

– Porque você não é tão boa – Respondeu fria, Pansy ergueu a sobrancelha, se arrumou no assento empinando o nariz

A postura arrogante caiu por terra ao ver que sua eu do futuro estava muito desafinada, sua garganta parecia arranhar, Parkison do futuro tremia algumas vezes

A jovem mordeu o lábio inferior ao olhar para os lados, o público era escasso e pareciam entediados, Parkison de cinco anos antes sentiu as lágrimas quererem vir

– Chore querida – Clemênia disse, Pansy mordeu o lábio com mais força, o apelido carinhoso fez o marejar piorar, sua mãe nunca a chamou por nada carinhoso

A primeira lágrima caiu quando sua eu do futuro recebeu um tomate no vestido, vários outros se seguiram

– Chega – A mulher mais velha disse segurando o cotovelo da filha

A vertigem foi forte, seu mundo girou e seu estômago embrulhou, respirou fundo tremendo, seu sonho desabaria em alguns anos

Olhou ao redor ainda tonta, escombros, essa era a sua visão, madeira e gesso para todo lado, se misturando a neve e a poeira

– Molly te trouxe aqui – A morena mais velha respondeu a pergunta silenciosa

Pansy respirou fundo tentando fazer o ar entrar em seus pulmões, aquele era o orfanato, começou a pensar nas crianças, Daphne, Nev, a garota ruiva, as outras quatro crianças

– As crianças... onde...? – As palavras chave foram as únicas pronunciáveis

– Todas foram transferidas para reformatórios – Os joelhos da jovem Parkison cederam, aquelas crianças não mereciam aquilo

– Mas... Percy e Oliver – Os olhos castanhos brilharam em esperança – Eles queriam impressionar Daphne, queriam adota-la  

Clemênia negou chegando mais perto da garota que continuava a olhar o lugar com um vazio extremo

– Por que isso tem haver com a forma que eu ajo? – A voz sem emoção saiu da garganta preparada para um solo de ópera

– Assim que você rompeu a amizade com a Granger, ela se amargurou – Parkison fantasma falava – Você se tornou a mim na história dela e ela se tornou você

– Ela não é assim – Negava veemente

– Ela será se você não consertar – A fantasma cruzou os braços – Sem a ajuda dela esse lugar veio a falência, o casal de amigos teve que se mudar por um tempo por causa da mãe que morreu

– A mãe de quem? – Pansy perguntou tendo um calafrio ao imaginar as crianças

– A mãe de Percy, você a conheceu – Clemênia informou ainda fria – Molly

– Como...? – Não fazia sentido, a mulher morreria a dali cinco anos, como ela poderia ser o fantasma do Natal presente?

– Temos a capacidade de visitar qualquer linha do tempo – Explicou emburrada

Pansy levantou o olhar para o orfanato em ruínas e tomou uma decisão, se levantou e segurou o braço de sua mãe, esta que sorriu para si com orgulho

~°•~°

Os olhos castanhos estavam determinados assim que foram abertos, sua mãe tinha sumido, não importava

A moça se trocou, pegou algumas coisas que não usava mais em casa, embrulhou e colocou em um saco vermelho, desceu apressada e pegou a primeira carruagem que passou pela rua, faria uma visita de Natal

Assim que chegou ao orfanato ela viu na varanda várias crianças e três conhecidos adultos, desceu da carruagem com dificuldade devido ao enorme saco de presentes

– A madame Noel! – Nev gritou chamando a atenção de todos, ele puxou a muvuca de crianças a correr pelo jardim cheio de neve

– Feliz Natal, crianças! – Pansy gritou sorrindo – Calma, calma, esperem – Pediu quando percebeu que os anjinhos pularam em cima de si - Deixem-me entrar, sim?

Parkison entrou pelo portãozinho e andou na direção da varanda, olhando fixamente para a mulher de cabelos cheios

– Feliz Natal – Desejou aos três – Tenho presente para todos

As crianças gritaram de animação, a cantora se abaixou para abrir o saco, enfiou metade do braço no meio dos presentes e mordeu o lábio como se procurasse algo

– Ahá! – Exclamou retirando um urso de pelúcia que segurava um ramo de planta de mentira – Para quem o Papai Noel disse que era mesmo? – Fingiu pensar, mirou o garoto que a anunciara – Ele disse que era para você, querido

O menino abraçou o urso com carinho, Pansy sorriu perante a demonstração de fofura, pegou outro presente

– Me disseram que esse era de uma garotinha ruiva – Mostrou um brinquedo antigo que havia ganho de Hermione quando criança, a mulher ao reconhecer riu baixinho negando

– O que é isso? – A garotinha perguntou

– Hermione que inventou o jogo – Pansy disse vendo os olhos castanhos da menina brilharem – Se chama Quadribol

Um coro de contemplação se fez presente, os adultos riram, Oliver segurava a garotinha loira no colo que o segurava com um amor tão doce

– Este é seu, meu bem – Esticou o braço para a loira que levou as mãos para sentir o presente – Você parece um anjinho, anjos tem asas

A menina sorriu amplamente ao perceber que eram asas de mentira, sentiu as penas com cuidado, se virou para Oliver e falou baixinho:

– Me ajudem a colocar, papais – Os olhos dos dois homens se encheram d'água com a fala

Percy ajudou a menina a colocar as asinhas, a menina beijou a bochecha do ruivo que deixou uma lágrima de alegria escorrer

– Hermione – Pansy chamou estendendo outro bichinho de pelúcia – Parece com você

O leãozinho estava um pouco descabelado, mas fez a referência a primeira conversa das duas, as mãos de Jean seguraram o animal de pelúcia

– Você não sabe pedir desculpas, não é? – Granger terminou a referência, Pansy sorriu mais

– Tenho mais presentes! – As crianças gritaram novamente

Aquele Natal foi o começo de muitos, Natais onde a jovem Parkison ajudou as pessoas, se tornou uma pessoa mais gentil para os outros e alguém mais carinhosa com a amiga

Percy e Oliver adotaram a jovem Daphne, Pansy, depois de muito pensar e mudar, adotou o jovem Neville que amou ter uma mãe que cantava tão bem

Neville trouxe vida para o apartamento da morena, ele amava plantas então em cada cantinho possível tinha uma planta diferente

As duas amigas decidiram morar juntas depois de algumas semanas que o garoto estava no novo lar

Pansy conheceu Molly da forma certa desta vez, esteve do lado dos amigos quando descobriram que a mulher tinha tumor, poderia morrer a qualquer momento

Pansy ajudou a pagar o tratamento, com muito esforço Molly se curou

Dois anos depois a jovem morena conheceu uma menina chamada Luna, a garota morava na rua, ao ver o estado da menina que lhe ajudaria, Pansy decidiu a adotar também

Estava feliz, teve os altos e baixos, mas Parkison amou a vida que conseguiu sendo mais gentil

~°•~°Fim~°•~°

E foi isso minhas futuras borboletas espaciais

Um beijo estalado na orelha
Tchau

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