Camila Cabello | Point Of View
Os meninos estavam empolgados com as fantasias oferecidas na loja, mas a irmã deles estava extremamente irritada com toda a agitação do shopping. Peguei ela um pouco e deixei Lauren ajudando os meninos enquanto andava pela loja mostrando as roupas para ela.
— Que menina linda.
— Obrigada.
— Que idade ela tem?
— Cinco meses.
— Nossa... Tão esperta assim?
— Ela é muito esperta mesmo.
— E você? Parece nova para ter uma filha.
— Filhos. Os meninos escolhendo a fantasia são meus filhos e ela é minha noiva. O de olho azul tem treze e o de olho verde tem onze.
— Você tem uma bela família.
— Tenho mesmo. Sou muito sortuda. – Ela ficou sorrindo para mim.
— Sou Gillian Jacobs, quando escolherem podem me chamar.
— Obrigada, Srta Jacobs. – Peguei o cartão dela e voltei para Lauren, com Wellen mais calma e entreguei o cartão a mesma. — Quando eles escolherem é para chamar ela. – Ela assentiu e olhou para Wellen com a cabecinha escorada no meu peito.
— Eu não consigo entender.
— Eu sou um sonífero gigante para minha filha. – Lauren gargalhou.
— Não sei, acho que tem muito relacionado a você conseguir fazer ela se acalmar quando ela estava agitada na minha barriga. – Olhei para Lauren por um tempo.
— Não havia pensado nisso.
— Será que essa fica boa? – Olhei para trás e Pat estava com a farda da SWAT.
— Isso... Faça sua papa ficar mais babona por você. – Lauren disse e cruzou os braços.
— Está lindo, filhão, mas está solta aqui. – Falei apertando a roupa na cintura dele. — Não tem uma menor? – A moça que tinha me dado o cartão se aproximou.
— Dessa não temos outra numeração, tem saído muito essa fantasia, SWAT está fazendo muito sucesso pela cidade. Os adolescentes ficam loucos. – Sorri para Lauren e ela revirou os olhos.
— Com um cinto vai ficar bem, filho. – Lauren disse e ele assentiu. — Conseguiu gostar de alguma, filho?
— Não. – Ele respondeu do provador.
— Esse é muito indeciso. – Lauren assentiu com minha fala. — Vou pegar uns milk shakes. Tudo bem?
— Morango. – Lauren disse enquanto pegava a pequena do meu colo.
— Chocolate.
— Chocolate. – Virei. — Não, creme. – Assenti. — Não. Me traz de chocolate mesmo. – Parei e fiquei esperando se ele
iria mudar de ideia.
— Após o silêncio, fui até a sorveteria e fiz o pedido, fiquei aguardando... Demorou tanto que eles foram até lá com as fantasias compradas.
— Me arrependi de ter pedido aqui. Tem muita gente.
Depois de mais dez minutos de espera, pegamos nossos copos e fomos para o carro.
×××
Quando o dia do baile chegou, deixei os meninos na entrada da escola e eles foram para o ginásio. Eles queriam que eu entrasse, mas é a primeira festa deles, eu não vou ficar de penetra os impedindo de se divertir com os amigos. Fiquei circulando pela escola, Lauren falou que eu não devia aparecer na nossa casa sem os meninos... Ela e a super preocupação de mãe. Como se eles não fossem fazer nada por saber que eu estou aqui.
Fiquei caminhando pelos corredores, olhando os trabalhos pelas paredes e os murais com fotos das atividades. Havia
várias do meu pequeno homem com o time de basquete. Ele era o mais franzino entre eles, mas ele sabia jogar muito bem.
— Babando no primogênito? – A voz da diretora fez com que eu pulasse um pouco por conta do susto.
— O moleque é lindão e muito dedicado a tudo que escolhe fazer. Eu morro de orgulho dele, do Pat... Eles são garotos de ouro.
— Vou concordar com você, depois da terapia Pat está mais comunicativo, até se inscreveu para o grêmio estudantil. – Olhei surpresa para ela.
— Grêmio?
— Sim. Ele dissertou muito bem e aceitaram a proposta dele concorrer com uma chapa, mesmo sendo novo.
— Ele não contou nada.
— Mas a eleição é segunda. Já devia ter contado e por isso ele foi convidado ao baile.
Ficamos conversando mais um pouco, depois fui a máquina e peguei umas guloseimas.
Parecia que o tempo não passava, quando finalmente começaram a sair do ginásio, fui ao carro.
Eles correram para o carro e entraram.
— Como foi o baile, amores? – Disse colocando o cinto.
— Legal. Só tinha muuuito barulho.
— Festas são assim, pequeno.
— E tinha muita gente junta...
— Estão reclamando agora, quando chegarem no último ano vão estar loucos por festas.
— Talvez.
Chegamos na nossa casa e eles foram para os quartos, era muito tarde.
Passei no quarto da minha princesa e ela dormia tranquilamente.
Tomei um banho e me deitei ao lado de Lauren.
— Meu Deus... – Ela disse acordando assustada.
— Hey... Sou eu. Está tudo bem. – Ela me abraçou. — Pesadelos?
— A reunião.
— Vai dar tudo certo, mas já conversamos com sua psicóloga, não é obrigatório.
— Eu quero ir. – Assenti. — E os meninos?
— Foram deitar. Não gostaram muito da festa.
— Era previsto.
— Amor... Pat te falou algo sobre grêmio estudantil?
— Ele me perguntou para que servia o grêmio estudantil na escola. Porque?
— Ele está concorrendo em uma chapa para o grêmio da escola.
— Mas ele é novinho demais.
— Parece que ele deixou todos impressionados quando falou dos motivos para colocarem ele na chapa.
— Uau... – ela disse sorrindo.
— Eu sei ... Isso vai ser incrível.
— Um líder... Uau. Isso vai ser ótimo para preparar ele.
— Algo grandioso.
— Ele não nos contou porque?
— Eu não entendi também.
— Será que ele não se sente a vontade?
— Não me faz muito sentido. Ele é tão aberto com nós duas. – Falei e selei nossos lábios. — Senti saudade.
— Eu também, Camz. Tive que dormir para controlar a minha.
— Eu comi um monte de besteiras.
— Quantas pessoas deram em cima de você?
— Nenhuma. – Ela me encarou com a sobrancelha arqueada. — Eu não vi nenhuma.
— Você nunca vê nenhuma.
— Vem aqui, minha ciumentinha.
Abracei ela e ficamos conversando até pegar no sono.