Reencontro [Livro 2]

By sabrinaNeshama

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Lúcia e Joaquim estiveram muitos anos separados por conta dos problemas que tiveram entre as famílias dos doi... More

Conhecendo o livro
Prólogo
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❤ Agradecimentos 🤗
Curiosidades 💡
✨ A autora ✨

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By sabrinaNeshama

Charlotte:

- Ele não melhorou. Não sei o que eu faço! - Queria chorar pelo meu filho.

- Calma, amor. Vamos chamar o médico novamente.

O médico veio até nossa casa e o examinou. Ao perguntar sobre a situação de meu filho, ele fez uma expressão de tristeza.

- Os remédios não surtiram efeito. Ele precisará ficar internado para cuidarmos dele.

Então o levamos ao hospital em estado grave de pneumonia. Depois de quatro dias, o médico nos chamou e nos deu a pior notícia que eu podia receber:

- Sinto muito em dizer isto mas ele faleceu.

Perdi meu chão nesse momento. Era completamente normal que ao menos um filho morresse em uma casa, mas eu não estava preparada para que isso acontecesse na minha família.

Sobraram agora apenas dois e tenho que ser forte e tentar seguir em frente.

Na França...

Kate estava andando em direção à sala, quando seu marido aparece a sua frente e lhe diz sério:

- Precisamos conversar.

- Do que se trata?

Raul suspira antes de responder:

- Estamos passando por dificuldades na empresa e por isso demitiram alguns funcionários. Inclusive eu.

- O que?! - Se assusta- Quer dizer que está desempregado?!

- Sim. Mas não se preocupe, procurarei outro emprego e...

- Não pode ser! - Caminhou até o sofá para sentar-se preocupada.

- É apenas uma fase. Mas pense pelo lado bom: Passaremos mais tempo juntos. Eu, você e o Joseph.

Ele a abraça e ela fica pensando.

Joseph gostou de saber que seu pai passará mais tempo com ele.

Duas semanas depois...

Lúcia encontrou uma carta que colocaram por baixo de sua porta. Ela desceu as escadas e se aproximou da porta e a juntou do chão. Era um papel dobrado e amarrado com uma cordinha amarrada em laço. Nela dizia o seguinte:

"Me encontre na fazenda dos cavalos

Ass: J."

- O que é isso? - Analisou a carta - Aqui tem uma letra "J"...

Lúcia então decidiu resolver esse mistério e ir até lá.

Chegando à fazenda, encostou-se na cerca e ficou ali a espera de alguém.

- Lúcia! - Alguém disse atrás dela, a fazendo assustar-se.

- Ah! Que susto!

Era Joaquim.

- Desculpe-me. Vejo que recebeu minha carta.

- Então foi você?!

- Sim. Gostou? - Sorriu.

- Já desconfiava. Pois então, aqui estou eu. O que queres comigo?

- Já andaste a cavalo alguma vez?

- Só quando eu era miúda.

- Queres andar agora?

- Está bem. - Disse depois de pensar.

Joaquim estendeu sua mão para ela e Lúcia a segurou. Ele a levou até onde seu cavalo estava e Lúcia o achou bonito.

E Joaquim depois de haver preparado a cela, subiu nele e ajudou Lúcia a subir também.

Chegaram a um lugar e já sentados em baixo de uma árvore, conversaram.

- Por que me trouxestes aqui? - Ela perguntou.

- Queria te fazer companhia.

Lúcia desvia o olhar para o lado e Joaquim a observa neutro.

- Senti sua falta. - Ele disse, a fazendo o olhar por ter dito isto.

- Sentiste?

- Sim. - Suspira desviando o olhar com vergonha.

Ela demora em responder e quando Joaquim achava que não deveria ter dito nada, ouve a voz dela dizendo:

- Eu também senti a sua. - Sorriu.

- É mesmo?

- Hunrum...

Eles queriam dizer um pro outro que ainda se gostavam, mas nenhum deles podia.

- Lúcia?

- Hum?

Joaquim leva sua mão em direção ao rosto dela e a acaricia. Então toma coragem e se aproxima mais. Quando estava prestes a beijá-la, Lúcia se esquiva.

- Não... Eu não posso, lembra?

Joaquim abaixa a cabeça arrependido, suspira fundo e diz:

- Desculpa, eu...

- Tudo bem.

O clima fica tenso por causa disso.

(...)

Quando Lúcia entrou em casa, se deparou com uma visita inesperada.

- Mãe?!

- Olá, filha.

- O que estares a fazer aqui?

- Vim te visitar. - Levantou-se.

- Isso eu sei mas é que... Não esperava. - Sentou-se próxima à mãe.

- Ah, querida... Deves estar se sentindo muito sozinha aqui. Se quiser, podes ficar lá em casa comigo e com seu pai.- Sentou-se ao lado dela.

- Não precisa. Estou bem aqui.

- Tens a certeza? Sei que agora és uma mulher casada, mas seria bom se...

- Não quero! - Levanta-se dizendo isto alto.

Sua mãe fica impressionada com a atitude de Lúcia e lhe diz calmamente:

- Ok então. Se cuide. - Foi em direção a porta e saiu por ela.

Lúcia ficou ali parada, pensando na maneira como agiu com sua mãe e quis chorar.

No dia seguinte...

Lúcia olhava algumas fotos no álbum que encontrou em um baú, no sótão. Eram fotos de quando ela era criança, e morava com seus pais e seus irmãos. Ela suspira ao relembrar de cada momento.

Depois de haver guardado o álbum dentro do baú, continuou a averiguar mais coisas. Achou sua boneca de pano que gostava toda suja, por causa da poeira. Depois achou seu diário antigo, no qual escrevia tudo o que sentia na época em que tinha quinze anos e conhecera Joaquim.

Abriu em uma página aleatória e leu mentalmente com sua voz de menina que tinha, relembrando de cada detalhe como um flasback:

" Conhecí um novo amigo. Eu estava brincando de hora do chá, quando ele apareceu e se apresentou como Joaquim."

Depois disso, ele ia vê-la quase todos os dias e ficavam cada vez mais próximos. Em outra página estava escrito:

"Acho que estou começando a gostar do Joaquim, mas meus pais não iriam gostar de saber disto.Quando sou vista por eles, me chamam para dentro de casa."

Ela fica triste ao ler isso e abraça o diário ao peito. Depois de anos longe dele, achava que o tinha esquecido, mas depois que o reencontrou, não parava de pensar nele.

Por que estava sentindo essas coisas por ele novamente? - Se perguntava.

(...)

Enquanto isto...

Joaquim estava em seu quarto deitado em sua cama, pensando no passeio que teve com Lúcia e arrependido por ter tentado beijá-la.

Alguém bate na porta e ele permite que entrasse.

- Olá, filho. Tudo bem? - Sua mãe entra com uma bacia de alumínio, catando alguma roupa dele para lavar.

- Estou.

- Hum... - Continua procurando meias.

- Mãe? - Joaquim diz.

- Sim?

- O que fazer pra tirar da cabeça alguém que não pode amar?

- Bom, depende de quem seja ou o porquê não pode amá-la.

Porque ela é casada.

- É complicado. - Passa a mão nos cabelos.

- Em quem estais a pensar? - O encara.

- Deixa pra lá.

- Não. Diga quem é?

Joaquim suspira e olha para ela que esperava atentamente uma resposta.

- Você não a conhece.

Sua mãe lhe olha desconfiada.

(...)

À noite: 🌌

Joaquim olhava para as estrelas pela janela de seu quarto.

Voltando-se para dentro, cruzou os braços, encostado-se na parede com uma perna atrás, com o olhar para sua cama.

Mas ele não sabia que longe dali, Lúcia também observava o céu estrelado por sua janela e pensava nele.

(...)

Já fazia um mês que Lúcia havia falado com Joaquim. Depois do que aconteceu, eles não se reencontraram de novo.

Ela decidiu sair e enquanto caminhava por aí, passou por uma cachoeira.

Aproximou-se para sentir a água molhar seus pés, pois estava um dia quente e não havia levado sua sombrinha.

Ouviu um barulho de cavalo e ao olhar para trás, viu que era mesmo um. Ela reconheceu o animal e foi tentar tranquilizá-lo.

- Calma... Tenha calma. - Aproximou-se dele com cuidado.

O bixo ficou tranquilo e ela disse passando a mão em seu pêlo:

- Pareces o cavalo que o Joaquim tem... Deve ter se perdido.

Lúcia não sabia o que fazer, mas por sorte Joaquim apareceu correndo dizendo ofegante:

- Ah! O encontrastes! Ele havia se assustado e fugido.

- Sabia que era seu. - Responde tranquilamente.

Joaquim se aproximou do cavalo e disse à Lúcia:

- Obrigado.

- De nada - Riso.

- Do que estais rindo?

- É que primeiro meu gatinho havia fugido e tu o encontrastes. Agora teu cavalo foge e sou eu que o encontro para ti.

- É engraçado mesmo. - Percebe isto.

Em seguida desvia o olhar para a água que caía das rochas e entra na água.

Se abaixa e pega água dentro das mãos fechadas e joga no rosto. Se levanta e olha para trás.

- Está um dia quente. Não acha?

- Muito.

- Talvez chova mais tarde.

- Também acho.

Lúcia talvez sem pensar, tira os sapatos, chegando mais perto de onde ele está e pergunta:

- Estais com calor?

- Pode se dizer que sim. Tinha corrido tanto a procura dele que...

- Então toma! - Lúcia o molha rindo.

- Achou engraçado, não é? - A encara - Pois agora tu verás. - Abaixou-se para pegar água e lançar em Lúcia que gritou.

Começa então uma guerra de canhão e os dois ficam todos molhados.

Eles tomam banho ali e Joaquim mergulha e volta à superfície ficando frente a frente com ela.

- Não deveríamos estar aqui. - Ele fala sério.

- Ninguém sabe que estamos. - Lúcia sorri.

Eles agora estavam mais próximos.

- Tu vais ter que me perdoar.

- Pelo quê?

Joaquim segura seu rosto e a beija. Lúcia desta vez permite e retribui.

Este lugar era realmente especial para eles, pois era a mesma cachoeira que já haviam banhado antes, quando Lúcia estava se escondendo de seus pais e Joaquim a estava ajudando.

Último dia do ano! (2021) 🎇

Feliz ano - novo e obrigada por terem me acompanhado neste ano. ❤

Este foi o capítulo de hoje. Aproveitem e até o próximo!

Quem gostou do capítulo?

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