π‚πšπ«π«π’π§π‘π¨ 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐝�...

By princesa_trevas

129K 12.2K 18.2K

E se o casal Potter estivesse vivo? E se eles nunca tivessem morrido? Posição: 24/10/2021 - #4 em marymacdon... More

Acordei, eu acordei.
Procurando o azul do cΓ©u.
E atΓ© agora eu nΓ£o achei.
Eu me levantei, me levantei.
Olhei pela janela e vi esse tempo frio.
Que me fez lembra vocΓͺ.
E me fez lembrar.
De toda brincadeira de criança.
Que eu jΓ‘ vi vocΓͺ brincar.
VocΓͺ brincar.
E me fez sonhar.
Com o passado que brincΓ‘vamos na lama.
Sem se preocupar
Ou sΓ³ se preocupar
Pra nΓ£o chegar tΓ£o tarde em casa
E perder o jantar
E poder novamente
Dançar na chuva como for
Pintar o cΓ©u de outra cor
Fazer com que a semente vire flor
Eu sΓ³ quero poder, de novo e de novo
Descer o morro mais alto de todos

Se preocupar.

5K 514 1.1K
By princesa_trevas

(Pronomes Ela/queria que fosse do Harry)

James visualizou em volta, a casa em perfeitas condições para abrigar um natal. A cozinha e a sala dividiam o conceito aberto, os sofás brancos, os tapetes fofinhos, a mesa bem colocada com um vaso de flores brancas - que ele roubou do quintal da vizinha para dar a Lily¹ -, os lustres bem pendurados, os armários organizados em divisórias padronizadas, a geladeira que sai água na porta - que James ficou sorrindo bobo enquanto Lily explicava o quão perfeita ela era - e a pinheiro de dois metros no canto da sala. 

Haviam caixas empilhadas com diversas decorações de natal, já que o casal queriam decorar junto a Harry. Seguindo pela esquerda ao lado do banheiro, James adentrou o "escritório", Lily estava com um robe azul cristalino pintando um quadro em um cavalete. O vidro da janela estava fechada, mas ainda tinha uma belíssima visão do quintal pelo vidro.

As pilhas de presentes estavam ali nas mais diferentes cores. Digamos apenas que mesmo depois de ter implicado com a quantidade de presentes que James queria comprar, Lily mesmo não se aguentou enquanto corria pelos corredores de prateleiras nas lojas da Londres trouxa. 

Lily lançou um sorriso meigo para James, mas não disse nada enquanto continuava a pintar. James se sentou na poltrona off-white macia e fitou a janela por alguns instantes. Infelizmente, a neve barrou os planos da horta e do campo de lírio. Mas com um feitiço e outro eles conseguiram prender os aros de quadribol, um pouco menores que os reais, mas ainda muito grandes. 

— Amor — chamou. Lily se virou pra ele. 

— Sim, babe? 

— Não achamos o Sirius — murmurou. Lily suspirou. — Eu estive pensando... E eu acho que devíamos fazer o Natal do mesmo jeito. 

— Meu bem, eu concordo. Mas Dumbledore não deixaria. 

— Foda-se o Dumbledore. 

— Jay! 

— Amor, o Harry ficou esperando isso o mês inteiro. A gente não pode fazer isso com ele! — soltou James, aumentando alguns tons na voz. — Olha só tudo que a gente fez!

Lily engoliu a vontade de chorar, mordeu o lábio inferior e assentiu:

— Certo — murmurou.

— O quê?!

— Vamos mandar uma carta pro Harry falando pra ele vir. Pedimos pra que ele fique em King's Cross e então vamos busca-lo — afirmou Lily. James sentiu seus lábios formarem um sorriso. Lily também sorriu. 

— Eu vou lá em cima pegar papel.

Saindo as pressas do escritório, James correu pelas escadaria - quase caindo -, e adentrou o corredor. A placas das portas "Hóspedes" "Neville" "Banheiro" "Wolfstar" "Harry" "Jily", caminhou até o final do corredor e virou em direção ao próprio quarto.

A cama de dossel de madeira ocupava a maior parte do quarto, com cortinas off-white em volta e as roupas de cama brancas. A cama ainda bagunçada da primeira noite no quarto. Na sacada havia um balanço de pano e alguns vasos de flores recém plantadas. 

James abriu a gaveta de uma das mesinhas laterais e puxou um pergaminho, uma pena e um tinteiro. Fechou a gaveta com os joelhos e voltou correndo escada abaixo. 

Adentrou o escritório, Lily sorriu em sua direção:

— Certo, o que eu escrevo? 

Lily ditou algumas palavras, especificando tudo que Harry devia fazer - já que o mundo bruxo não deveria vê-los antes de falarem com o ministério -, contando sobre a casa e falando sobre as horas de viagem até o vilarejo. 

Com um aceno de varinha, a carta de dissipou no ar sobrando apenas uma labareda de fogo pequena que logo tornou a desaparecer sobrando algumas cinzas em cima da mesa. 

***

Harry acordou de uma noite mal dormida aos empurrões de Ron. Ao abrir os olhos, encontrou o dormitório vazio exceto por Ron e Hermione, que segurava um papel dobrado e estava com o malão de Harry aberto:

— Vamos, Harry — chamou Ron, sorrindo animado. — O trem sai amanhã de manhã e você ainda não fez suas malas.

— O quê? — perguntou confuso pelo sono, a testa franzida. 

— Querido, Hazzy. Nossa casa está prontinha para o Natal, meu amor. Vá de trem com seus amigos até a estação 9 3/4, mas fique em King's Cross para podermos te buscar, não podemos aparecer em publico. A viagem até aqui, - Devon - é bem longa, então se prepare para três horas de carro. Tio Remus vai passar o Natal conosco, então ele provavelmente vai estar no trem caso precise de ajuda. Mary, Marlene e Dorcas vão chegar mais tarde. Esperamos por você, mamãe e papai. — disse Hermione, lendo a carta em voz alta. 

Harry saltou da cama, quase caindo fazendo seus amigos rirem. Puxou o pedaço de papel e releu a carta umas quatro vezes até se acostumar com a ideia:

— Ai caralho, eu não tava preparado pra isso — disse afastando os cabelos da testa. — Que hora são?

— Tá na hora do jantar, a gente acabou de subir. Você parecia muito cansado então a gente preferiu te deixar dormir — respondeu Hermione. — Agora faça as malas porque o trem vai sair muito cedo, Harry.

Hermione deixou o quarto dizendo que iria dormir quando Dino, Simas e Thomas adentraram o quarto. Olharam para os garotos confusos, Ron estava ajudando Harry a decidir o que deveria levar para casa:

— Não sabia que iria para casa, Harry — disse Simas se jogando na cama. — Achei que ficaria em Hogwarts como nos outros anos. 

Harry suspirou:

— Ah, sim... Eu ia ficar, mas, ah, meu... meu primo pediu pra que eu fosse — murmurou Harry. 

Todos os garotos estavam finalizando suas malas naquele fim de noite, Harry nunca tinha chegado nessa parte, de realmente sair de Hogwarts no Natal. E a ideia de que Duda o tivesse chamado quase o fez rir. 

Não conseguiu voltar a dormir, desceu as escadas com alguns sapos de creme de menta. Sentou-se no sofá observando os labaredas do fogo crepitarem dentro da lareira. 

Ficou imaginando se Sra. Weasley mandaria um suéter para ele como nos anos seguintes, também pensou se teria como seus pais o levarem para a cidade para, quem sabe, comprar um presente para Ron e Hermione. 

Enfiado dentro de seus próprios pensamentos e ainda observando as chamas vermelhas alaranjadas, acabou adormecendo com meio sapo de creme de menta na boca. 

A algumas dezenas de cômodos dali, outra coisa acontecia... 

***

O nariz fino farejou a cama, sentindo o aroma familiar. Subiu o olhar pela mesa que ali se encontrava, um pacote de cigarros fechado, um pedaço de pão mordido, uma fruteira com apenas uma maça e uma garrafa de café amarela.

Os sapatos velhos estavam jogados no canto do quarto, a lua brilhava lindamente do lado de fora. As estrelas estavam belas, e uma fina camada de neve caia. Colocando as patas no batente da janela, observou a que a Floresta Proibida parecia que fora encanta, cada árvore se cobrira de salpicos prateados e a cabana de Hagrid lembrava um bolo com glacê.

Sirius voltou para dentro do quarto sentindo as patinhas congeladas pelo frio. Farejou a sala, teve certeza que estava no quarto certo quando encontrou, em cima de uma cômoda, dezenas de barrinhas de chocolate meio-amargo. 

Pulou na cadeira de madeira e se sentou comportado, sabia que Remus estava no banheiro pelo som do chuveiro ligado. Não sabia que reação o melhor amigo - noivo - poderia ter, e isso o deixava apavorado.

Entrar no castelo não foi um problema, foi até mesmo fácil. Passou com facilidade pelo salgueiro lutador, já fizera isso tantas noites antes. Tinha esperanças que Remus, depois de ouvir toda a sua história, tivesse compaixão e ajudasse Sirius a falar com Harry e provar sua inocência, e talvez aceitar um pedido de casamento

Remus saiu do banheiro, uma toalha presa na cintura e outra em seus braços. Ele olhou diretamente para o cachorro preto, mas ao contrário do que Sirius imaginava, não esboçou reação alguma. Apenas levantou a toalha e começou a passar sobre seus cabelos. 

Sirius sentiu um coisa descer sua boca, encarou Remus por alguns segundos, esperando pacientemente a reação do mesmo. 

Remus terminou os cabelos, foi até seu malão e começou a se trocar de costas. Sirius desviou o olhar para a porta do banheiro. Foco, Sirius, foco. - Pensou. Terminou de se vestir com uma calça de moletom e uma blusa alguns tons mais claros. Andou até a mesa que Sirius se encontrava, se sentou na cadeira e o fitou por alguns instantes. 

Abriu o pacote de cigarros e retirou um colocando entre os lábios, puxou um isqueiro azul de trás da fruteira e acendeu o cigarro:

— Aceita um, Black? — perguntou arqueando levemente as sobrancelhas. 

O cachorro preto peludo tornou a ser o Sirius. A aparência grotesca de cadeia, os cabelos mão cortados e extremamente despenteados, as profundas olheiras e o cheiro insuportável que fez Remus recuar abanando o nariz:

— Não, obrigado. Eu parei com isso — murmurou. Remus assentiu, mas Sirius não conseguiu descobrir o que pensava. 

— Isso é ótimo.

— Você também devia parar, seu pulmão não deve se sentir muito confortável com isso. 

Em resposta, Remus soltou a fumaça acinzentada para o lado de Sirius. Um sorriso maroto entre os lábios:

— Você devia estar com medo de mim. Eu sou um assassino cruel — disse sarcasticamente. Olhando dentro dos olhos castanhos.

Remus riu fraco e desviou o olhar para uma das janelas:

— Pra mim você vai ser sempre um filhote. Um filhote bem burrinho. 

— Isso foi cruel! 

Ficaram em silêncio. Remus voltou a olhar os olhos azuis-acinzentados de Sirius sem uma expressão óbvia, fumando aquele maldito cigarro:

— Eu tenho algumas explicações pra dar, não é mesmo? — murmurou desviando o olhar para a mesa, não conseguindo o olhar nos olhos. 

— É. 

— Eu não matei o Jay e a Li. Eu não entreguei eles a Voldemort. Eu não sou seguidor de Voldemort, eu nem sequer tenho a marca, Remus. E eu preciso que você acredite em mim — implorou Sirius, a voz melancólica. O olhos meio abertos, enrugando sua testa. — E eu amo você!

— Ah, você me ama? — perguntou Remus em tom cómico. — Me sinto lisonjeado. 

— É, eu amo muito. Mas do que a mim mesmo, as vezes. Mas esse não é o ponto, Remi. 

— Ah, tá legal — disse dando de ombros. 

Sirius fitou ele por uns segundo, esperando outra reação. Quando isso não veio, ele continuou.

— Eu tentei matar o Peter. Mas não consegui. Se eu tivesse sido preso depois matar o Peter, eu teria sido preso feliz — disse. — Peter entregou o Jay, a Lily e o Harry, Remus. E você precisa acreditar em mim!

— O que te faz pensar que eu acreditaria em você, Black? 

Sirius fechou os olhos sentindo seu coração despedaçar dentro do seu corpo. Um forte aperto e uma dor insuportável, além da vontade de chorar. Black. Apenas isso. 

— Porque... porque... ah, Remus, por favor. Eu não sei como te provar isso. Mas é verdade. Eu jamais trairia o James, ele era meu irmão, Remus. A mamãe se reviraria no tumulo só pra me quebrar no meio se isso tivesse acontecido. 

— Ah, a Euphemia era um amor — suspirou Remus. Um sorrisinho brotando nos lábios. 

— Remus, foca em mim! — pediu Sirius. Remus se virou em sua direção. — Preciso que me ajude a convencer o Harry que eu sou inocente. E depois nós vamos morar juntos como família. E você vai junto. Vai ser nós três, e se Merlin tiver bondade dentro daquele coração velho, Mary, Dorcas e Marlene vão acreditar em nós. 

— Ah, eu tenho uma ideia melhor. 

— Me conte.

— O Harry não vai morar com você. Ele vai morar com os pais. E a Marlene, Dorcas e Mary não vão acreditar em você, elas acreditam. Inclusive, a Dorcas e a Marlene estão noivas. A Mary e o James estão insuportáveis, sério. — Disse Remus, calmamente. Apagando o cigarro no cinzeiro de metal. — Agora se você puder ir tomar banho porque seu cheiro tá nojento, eu vou agradecer. 

— Remus... — chamou Sirius em voz baixa. Os olhos arregalados em susto. A boca aberta e a mãos tremendo. — Repete a primeira parte, por favor. 

— A primeira parte. 

— Vai se foder!

Remus deixou escapar uma risada nasal. 

— Quer um copo de água? — perguntou irônico. 

— Como assim o Harry vai morar com os pais? COLOCARAM ELE NA ADOÇÃO?

— Grita mais uma vez pra ver se eu não meto minha mão na tua cara, Black. Que inferno. Fala baixo, porra — resmungou Remus. Sirius se sentou novamente na cadeira. — Harry não foi pra adoção, seu idiota. Lily e James não estão mortos. Eles ficaram de coma por doze anos e agora tão soltos no mundo. Reformaram a casa antiga e o Harry vai passar o Natal com eles. 

— Cara, eu que fui pra Azkaban e você que tá delirando... — murmurou Sirius negando com a cabeça. Remus bufou, se irritando. 

— Vai tomar banho e depois vê com os próprios olhos — ordenou apontando para o banheiro. 

— Remus, você é o cara mais inteligente que eu conheço, por favor não fique doido — pediu Sirius. Remus revirou os olhos. 

— Se não acredita, eu trago o Harry e ele mesmo pode te contar.

— É verdade mesmo? — perguntou, se apoiando na mesa para se aproximar do rosto de Remus.

***

Harry acenou sorridente para a Família Weasley, antes de puxar o malão do carrinho e a gaiola de Edwiges. Seguiu entre as pessoas por alguns incontáveis minutos, talvez tivesse sido melhor esperar o Prof. Lupin, ele saberia o que fazer. 

Ficou vagando pela estação por um tempo, até se cansar e ir em direção a saída. Muitas pessoas entravam e saiam, se locomovendo com rapidez. Do outro lado da rua, conseguiu avistar uma cabeleira ruiva que se destacava entre as outras pessoas. 

Lily usava uma blusa de mangas compridas em um tom claro, uma calça bege e botas pretas. Um casaco de moletom felpudinho que batia em suas canelas, além de uma bolsa de alça comprida preta. James ao seu lado, usava os mesmo tons e peças, exceto pela bolsa.

Harry fitou os pais por alguns instantes, sentiu um pouco de vergonha pelas roupas que usava. Eles ainda não haviam o notado, estavam encarando as pessoas, procurando entre elas os olhos verdes vivos.

Harry olhou para os dois lados antes de atravessar a rua:

— Olá — murmurou chamando a atenção imediata dos dois adultos.

Lily sorriu animadamente o puxou para um abraço. Seu malão foi de impacto com o chão e teve que prender os dedos entre as grades da gaiola para que Edwiges não caísse. Harry sorriu sentindo suas costas serem apertadas pelos braços da mãe:

— Que bom que chegou, Harry. Como foi a viagem? — perguntou depois de beijar suas bochechas.

Lily tomou a gaiola de suas mãos e pegou o malão no chão, deu alguns passos em direção ao porta-malas aberto de um carro amarelo. Diferente do que James esperava, Harry foi quem puxou seu corpo para um abraço:

— Como foi a semana de vocês? — perguntou, passando na frente de James que tinha um a boca entreaberta de surpresa e seguindo para o carro.

James chacoalhou a cabeça se livrando do estado de transe e começou a falar animadamente de todas as últimas reformas da casa e decorações. Harry estava entre Lily e James no carro, prestando atenção em cada vírgula que o pai dizia. 

— Sim, eu vou adorar ajudar a montar a árvore de Natal — disse Harry sorrindo. 

— Oh, querido. Isso é ótimo. Mary nos chamou para um jantar em Londres hoje a noite, pra você tudo bem? — perguntou Lily sorrindo de forma meiga. 

— Tudo ótimo. 

Harry comentou algumas coisas sobre a ida até Hogsmeade - excluído as partes que deixavam implícito que ele não deveria ter ido -, contou sobre a revista de vassouras que andara lendo e algumas outras coisas que ocorrerão durante a semana. 

Contando e recontando os planos para os próximos dias, Harry nem percebeu quando chegou na velha vila de Godric's Hollow. Puxou a gaiola de Edwiges e o malão, andando até a porta e esperando os pais. Lily fez um feitiço e a porta se arreganhou:

A sala nem parecia a mesma que visitou a uma semana atrás, os móveis estavam limpos e bem colocados e o lugar já não era mais escuro. Lily e James retiraram os casacos e penduram no cabideiro ao lado da porta. Harry colocou o malão no chão no chão e fez o mesmo:

— Será que eu posso... — disse Harry apontando para as escadarias.

— Claro, Harry. Faça o que quiser — disse Lily gentilmente.

Harry assentiu animado e correu em direção as escadas. Andou pelo corredor até avistar a placa com seu nome. Retirou os sapatos e tocou os pés no chão, mesmo com o frio, o chão estava quente. Olhava os tons de cinza na parede e os quadros pendurados, três cabideiros de madeira com espaço para sapatos embaixo e uma cômoda com gavetas. E na sacada, bem ao lado de um vaso de plantas - sem plantas -, uma poltrona de pano tipo balanço que ele pediu.

Havia uma pequena estante no canto com nenhum livro, mas dava um ar bonito ao lugar. Além da escrivaninha perto da porta, o tapete felpudo e a enorme cama de dossel.

O quarto o dobro, talvez o triplo do tamanho do antigo na casa dos Dursley. Se jogou na cama sentindo se afundar na cama macia, soltou um sorriso fechou os olhos.

Se acomodou melhor na cama, percebeu que havia um furo bem no dedão da sua meia. Se levantou e rodopiou por alguns instantes no balanço de pano. Observou lá fora... Aquilo são arcos de quadribol? Ah, Merlin, isso é perfeito.

Harry ouviu os estalos e cinco figuras  simples com casacos e cachecóis, exceto talvez por Mary, que usava um tipo de vestido de lã bege claro, meias pretas até a metade das coxas e um casaco tipo o que sua mãe usava mais cedo, batendo em suas canelas. 

Havia um homem desconhecido, parecia estranhamente nervoso entre aquelas pessoas. Os cabelos compridos que desciam em belíssimos cachos que tocavam seu ombro, Harry focou seus olhos, o homem lhe dava uma vaga lembrança.

Quando o grupo adentrou a casa, se levantou correndo. Se surpreendeu ao perceber que seu malão estava ao lado da sua cama, aberto. A gaiola de Edwiges também estava ali. Então se lembrou... O homem lá fora era o mesmo que aparecera nos jornais tantas e tantas vezes nas últimas semanas. 

Sirius Black. 

Edwigers piou dentro da gaiola, Harry se ajoelhou ao lado dela:

— Oh, Ed, não tenho certeza se posso solta-la. Sabe que tio Valter nunca deixa — disse Harry. A coruja soltou outro piado triste dentro da gaiola. — Sim, eu sei que eles não são os Dursley... — a coruja piou outra vez. — Tá certo, mas me promete ficar quietinha? 

Uma vez fora da gaiola, Edwiges distribuiu algumas bicadinhas carinhosas pelo braço de Harry. Harry riu:

— Agora eu tenho que ir. Se comporte, okay? — pediu olhando dentro dos olhos amarelados da coruja.

Harry puxou o casado gigante que antes fora de Duda e se olhou no espelho. Um garoto pequeno e magricela o encarou de volta. Cutucou uma mancha na roupa, mas vendo que não sairia decidiu ignorar. Passou os dedos entre os fios de cabelo despenteados tentando arrumar - sem sucesso algum. 

Edwiges o olhava com curiosidade, soltou um piado:

— Me deseje sorte. 

Estava quase saindo do quarto quando lembrou da meia furada, a arrancou e jogou o par no canto do quarto. Descendo as escadarias tentando controlar a respiração. 

Ao chegar na sala, a mesa de jantar estava com todos os adultos. As feições muito sérias. Os olhos de seu pai estavam lacrimejando, franziu a testa:

— Harry — disse Lily, anunciando sua chegada.

O homem, Sirius Black, também tinha os olhos lacrimejando, mas sorriu em sua direção se levantando e caminhando até ele. Que por impulso deu um passo para trás:

— Harry, como você cresceu — disse Sirius em tom baixo. Mantendo a devida distancia imposta por Harry.

Harry correu os olhos por Sirius. Ele parecia tão magro quanto Harry, a pele macilenta estava tão esticada sobre os ossos do rosto que ele lembrava uma caveira. Seus dentes estavam meio amarelados em um sorriso, ainda sim, bonito. 

— Seu cabelo é assim porque você gosta ou porque você ficou preso por muito tempo? — perguntou a coisa mais banal que conseguiu para aliviar aquele clima pesado que se instalou nos segundos de silêncio. 

Prof. Lupin mais a diante na mesa, reprimiu a risada o máximo que pode antes de gargalhar com vontade:

— Eu falei que tava ridículo — disse animado. Sirius fez uma feição de incredulidade quando a mesa se encheu de risada. 

— Eu não disse que tá ridículo — tentou Harry, envergonhado. 

Mas Sirius apenas sorriu, deu um passo a frente passando o braço pelos ombros de Harry e conduzindo ele até a mesa. Sirius o fez respondeu uma dezena de perguntas, algumas até eram engraçadas. Além das perguntas de quadribol que fizeram Harry sorrir

[...]

Feliz Natal meus amores. 

Autora ⇨ Como sempre, aqui vão alguns pensamentos, dúvidas, questionamentos e coisas que eu pensei enquanto escrevia.

"Confesso que eu amei escrever a cena do Remus e do Sirius. Apesar de me dor toda vez que o Remus usa 'Black' ou eles simplesmente não estão juntos."

"O Harry felizinho é o motivo de eu continuar a escrever."

"— Pra mim você vai ser sempre um filhote. Um filhote bem burrinho. / — Isso foi cruel!" 

"Sirius fechou os olhos sentindo seu coração despedaçar dentro do seu corpo. Um forte aperto e uma dor insuportável, além da vontade de chorar. Black. Apenas isso."

"Diferente do que James esperava, Harry foi quem puxou seu corpo para um abraço."

Eu já decidi pra quem vai ser o primeiro apelido de afeto

"— Sim, eu vou adorar ajudar a montar a árvore de Natal — disse Harry sorrindo." 

Próxima atualização ⇨ Esse capítulo vai narrar o Natal inteiro, então eu estou tendo um pouco de trabalho para escrever. 

Se eu disser que a primeira versão desde capítulo o Remus levava o Sirius no trem com uma coleira amarela e que o Sirius pulava no colo do Remus para acordar ele, vocês me matam por não ter colocado?

Mds, era pro capítulo ter saído ontem, mas eu dormi.


Continue Reading

You'll Also Like

60.8K 7.9K 30
A vida de Harry muda depois que sua tia se viu obrigada a o escrever em uma atividade extra curricular aos 6 anos de idade. Olhando as opçáes ela esc...
50.2K 9.5K 27
β•” ៹ PINK MOON ⋆ ╝ klaus mikaelson fanfic! Cassandra Swan se tornou a nova sensação sobrenatural quando deixou Forks e chegou em Mystic Falls com um b...
1.1M 65.3K 47
Atenção! Obra em processo de revisΓ£o! +16| π•½π–”π–ˆπ–Žπ–“π–π–† - π•½π–Žπ–” π•―π–Š π•΅π–†π–“π–Šπ–Žπ–—π–”| Fast burn. Mel Γ© uma menina que mora sozinha, sem famΓ­lia e s...
113K 4.8K 9
Dois melhores amigos que vivem se provocando decidem adicionar um pouco mais de cor na amizade... O que pode dar errado?