➳☪ Literary Worlds ➳ Acotar

AkemiSun15 tarafından

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➳✦ Depois de um acidente em um laboratório de ciências e aparentemente inalar uma substância perigosa, ℋarmon... Daha Fazla

Capítulo 1 "O lobo"
Capitulo 2 "starting"
Capítulo 3 "The night court" parte 1
🌸"Fanarts"🌸
Capítulo 4 "The night court" parte 2
Capítulo 5 "partnership"
Capítulo 6 "Sala de guerra"
Capítulo 7 "A rainha"
Avisinho importante -🌹
Capítulo 9 "O massacre do orfanato" parte 2
Fim 🥀

Capítulo 8 "O massacre do orfanato" Parte 1

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AkemiSun15 tarafından

-> Narração por Harmony

_______________________🌸

.

.

.

 
Outro estrondo de vidro quebrando foi ouvido mais ao longe. Parecia ter quebrado as janelas...

  Ele provavelmente estava na biblioteca.

  O cheiro forte de sangue ainda me deixava enjoada. Estava lutando contra a vontade de vomitar as tripas.

  Jamais havia visto um massacre de tão perto.

  Queria chorar, queria gritar... Mas não podia. Não quando Alison precisava de ajuda. Não quando Anissa precisava de tempo para terminar o ritual que mataria aquela monstruosidade de uma vez por todas.

  Eu me sentia tão culpada... Sentia nojo de mim mesma.

  Eu atraí aquela coisa para cá. Eu fui a responsável por tudo aquilo.

  Eu era responsável pela morte daquelas crianças indefesas.

  Tentava, inutilmente, me concentrar no que realmente tinha que fazer. Mas não dava.

  Não quando eu sabia que à alguns metros dali jazia o corpo de Sara... E das outras freiras.

  E no escritório, o da madre.

  No pátio o das criançinhas com quem eu brincava de pega-pega constantemente.

  Nos andares de cima, o das meninas com quem eu ficava feliz em conversar sobre aleatóriedades.

  O dos meninos com quem eu gostava de jogar bola...

  Não depois do que Alison havia me revelado mais cedo...

  - Harmony, não pense nisso agora! Nós temos que acabar com aquela coisa ou mais mortes acontecerão!

  Alison disse em tom alto, não o bastante para ser um grito.

  Gotas de suor escorriam de sua testa até o pescoço. Os olhos verdes atentos e ao mesmo tempo em pânico. A roupa ensopada de sangue de quem já tinha tentado salvar nossos amigos sem susseco.

  Como eu, ela havia chegado tarde de mais.

  - Não foi sua culpa.

  Ela disse, colocando uma mão cheia de gotas de sangue no meu ombro e o apertando. Um ato de consolo.

  - Não foi. - Ela disse. Os olhos marejando.

  - Eles viriam de qualquer forma... - foi a vez de Anissa, que estava atrás de nós preparando o ritual.

  Eu apertei a mão de Alison que repousava sobre meu ombro.

  Estava prestes a desabar. E elas também.

  - Vamos conseguir! Ouviram?! - Alison disse, olhando de mim para Anissa.

  Outro estrondo.

  Pelas janelas de vidro, do ouro lado do pátio, eu vi bancos serem arremessadas contra as paredes do corredor.

  Ele estava perto.

  Aquele refeitório logo se transformaria em uma campo de guerra.

  A idéia me atingiu com tanto terror que perdi a capacidade de respirar por um segundo.

  Não podíamos chamar ajuda. Alguma coisa estava bloqueando meus poderes. Eu não conseguia abrir meus portais. E Alison e Anissa não tinham esse dom.

  Outro estrondo.

  A coisa não tinha visão. Nem olfato. Mas tinha uma audição que Deus me livre. Até um simples gesto de mão ele conseguia ouvir.

  Eu e as meninas havíamos descobrido da pior forma possível.

  O braço de Alison que tinha sido arrancado era prova disso.

 

.

.

.


(Horas antes...)

.

.

.

 
  Depois de uma conversa rápida com o traste do Elladan, onde nós dois trocamos alfinetadas um com o outro por bons 10 minutos, ele foi embora. Disse que tinha coisas desagradáveis para lidar nos acampamentos illyrianos. Seja lá que lugar é esse.

  O tom de desapontamento com que ele disse isso já indicava que não era um lugar muito agradável.

  E eu... Bem, resolvi dar uma volta por essa mansão.

  Ela tinha definitivamente saído de um conto de fadas.

  Os corredores eram de mármore branco, as enormes janelas de vidro faziam a essência mágica do lugar ser mais... Deslumbrante do que já era.

  As cortinas de veludo vermelho adornadas de detalhes minuciosamente bem bordados de ouro, elas despencavam como una cachoeira das altas janelas.

  E os quadros... Da beleza deles nem se falava.

  Vários estavam espalhados pelos corredores. Alguns muito simples, como um vaso de vidro cheio de flores de cores exóticas em uma janela aberta. Mas o que era fascinante de verdade era como eles tinham sido pintados. Quanta técnica fora usada para deixá-las tão... Vivas, tão realistas. Como se desse pra ver o cuidado com que elas tinham sido cultivadas... Talvez eu estivesse meio maluca, mas era o que eu sentia. Talvez tivesse exatamente sido a intenção do artista ao fazê-la dessa forma.

  Fazer com que quem olhasse sentisse isso.

  Parar em um mundo mágico realmente tinha despertado uma parte de mim que eu não conhecia. Ou nunca me deixei levar por ela. Que nunca dei muita importância.

  Uma parte que adorava olhar para coisas como... Os raios de sol atravessando janelas de vidro, ou as ondulações em uma água parada quando una gota caía sobre ela.

  Coisas que eram comuns no dia a dia e que ninguém dava muita importância.

  Eu dava. Mas me achava tão esquisita e estranha que acabei parando de me importar.

  E agora ela voltou.

  Continuei andando pelo corredor. Raspando os pés no tapete vermelho de propósito. Saindo de um, e entrando em outro. Um em particular era cheio de quadros de pessoas em si. Pessoas lindas de morrer obviamente.

  Eu não conhecia nenhuma das pessoas que tinham sido pintadas. Mas algumas chamaram minha atenção. Como um homem que me lembrava Elladan, de cabelos negros, pele bronzeada e olhos violetas salpicado de brilho de estrelas...

  Puta que pariu, que homem lindo.

  Em outros uma mulher de cabelos loiros com um vestido vermelho que... Bem, mostrava muita coisa.

  Outro uma mulher que parecia ter estatura baixa, cabelos negros na altura do queixo, olhos levemente puxados de cor prata, ela estava amarrotada de jóias.

  Chegando no fim do corredor, havia um salão. Pelo o que parecia eu estava do lado esquerdo de onde havia uma escadaria.

  As enormes portas de saída estavam mais à frente. Mas...

  Espera.

  O lobo... O lobo!

  Meu Deus o lobo! Caralho.

  Eu esqueci dele completamente! Espera... Onde está o pedaço de carne!?

  Calma, calma...

  Eu devo ter deixado cair quando Elladan me trouxe pra cá. Ok.

  É só voltar pra lá. Calma.

  Andei pra frente, apressada, indo para o meio do salão. Sem parar os passos, abri o portal para o beco.

  Ele surgiu na minha frente, e eu atravessei sem rodeios.

  O salão desapareceu. Á minha frente estava agora apenas o breu do beco, iluminado apenas pela luz amanteigada do sol da tarde na estreita saída.

  Varri o chão com o olhar, estreitando os olhos para tentar enxergar melhor.

  Empertiguei o nariz.
 
Não foi difícil encontrar. O cheiro relatou a localização dele fácil.

  Peguei a sacola do chão, à abrindo imediatamente. O pedaço estava continuava intacto. Não sei porque esperava o contrário.

  Rapidamente, abri outro portal. Para onde o lobo se encontrava. Bem, eu esperava que ele ainda estivesse lá.

  Ou continuasse vivo...

  Não me permiti pensar muito nessa probabilidade. Atravessei o portal de interior azul com pressa.

  Saindo do breu do beco. Entrando no branco intenso da floresta congelada.

  O frio me acertou contudo. Segurei a capa com mais força contra mim.

  O pequeno riachinho que passava ali me dizia que aquele era o lugar certo. Olhei em volta. Não avistei o lobo.

  - Onde você está? - Eu me perguntei, fazendo com que uma nuvem se formasse em minha frente por causa do frio.

  Segurei a capa com mais força.

  Um grunhido foi ouvido atrás de mim. Me virei com cuidado.

  Eu estava praticamente em cima dele. Dei um pulo para o lado.

  - Ah! Sinto muito! - Neve foi esmagada embaixo de minha botas.

Ele estava ali. No mesmo lugar que o deixei. Praticamente enterrado na neve fria.

  Ele levantou a cabeça do monte de neve e me encarou com aqueles olhos azuis gélidos. Ele soltou um grunhido. Foi quase como se dissese "Desengonçada". Posso estar ficando maluca, mas ora mim foi isso.

  - Ah, me desculpe. Eu ainda não consigo controlar onde os portais são abertos! - Eu disse em tom de deboche e fazendo una careta para ele.

  Ele soltou uma lufada de ar. Parecia mais um tentativa de rir. Mas que traste...

  - Tá aqui a sua comida. - Tirei o pedaço de carne da sacola, empertigado o nariz pelo cheiro. - Com tudo! Deu trabalho conseguir!

  Joguei a carne bem na frente dele.

  Ele voltou o olhar para a carne, e varejou. Ele soltou outra lufada de ar e virou a cabeça pro lado. Como se não estivesse satisfeito.

  - Que merda é essa? Você não quer!?

  Ele soltou um grunhido, ainda olhando na direção contrária. Aquilo foi um sim.

  - Você tem idéia do que eu passei por causa dessa carne!?

  Ele nem se mexeu.

  É sério que tudo foi em vão!?

  - Isso é pra mim aprender, Nunca mais vou ajudar lobos nessecitados!

  Ele finalmente voltou o olhar para mim.

  - Lobo mau agradecido! - Apontei pra ele.

  Ele só virou o rosto na direção contrária novamente. Que ódio...

  Andei até o lado dele e me sentei.

  -- Tudo em vão, como pode? - Olhei pra ele, ele continuava olhando pro lado oposto.

  Bufei exausta.

  - Então, como vai essas patas?

  Ele olhou pra mim e depois para suas patas ainda enfaixadas e quase cobertas na neve.

  - Posso ver?

  Ele olhou para as patas, e depois de uns segundos, retirou elas da neve.

  Continuavam manchadas de sangue. Óbvio. Mas não parecia ter sangrado mais.

  Eu suspirei, pegando as patas enormes do lobo e tirando as faixas, ou melhor, o meu lenço. Ou oque restou do meu lenço.

  Não tinha mais medo dele. Mesmo que eu estivesse perto o suficiente para ele me abocanhar com uma dentada.

  Ele também não fazia nada. Não tinha porque ter medo.

  Retirei o meu lenço manchado de sangue.

  - Consegue andar?

  Ele se levantou, com uma dificuldade  mínima, e ficou de pé.

  E pela madrugada, ele consegue ser maior que eu sentada. Mais ou menos uns centímetros mais alto que eu.

  Me levantei, estava me sentindo um gnomo.

  Ele deu alguns passos, pra frente, pra trás. E eu só observei.

  - Parece tudo ok. - Apertei a capa mais ainda contra mim. O frio estava piorando.

  Trinquei os dentes.

  Mesmo que eu goste deste clima de penguim, eu estou acostumada com o calor do Brasil.

  - Bem, é isso. Adeus lobo. - Não esperei que ele olhasse pra mim.

  Virei as costas e comecei a andar. Não sabia se voltava para Velaris ou para a terra.

  Dei alguns passos, mas o som de um galho quebrando me fez parar e olhar para atrás.

  O lobo estava à alguns metros de mim.

  - Ãnh? O que foi? - sussurei, o vento suspirando, quase não deu para ouvir.

  O lobo ficou parado, apenas me encarando com aqueles olhos azuis magníficos.

  - Eu disse adeus, amigo.

  Me virei e prossegui meu caminho. A sensação de ser seguida não tinha ido embora.

  Me virei de novo. Ele continuava me seguindo.

  Mas dessa vez olhei pra ele, e ele olhou pra mim.

   ...

  Silêncio de ambos os lados.

  O vento suspirou em uma brisa calma.

  - Você vem?

  Ele me olhou por uns 2 segundos, e veio em minha direção, parando apenas quando chegou do meu lado.

  Eu continuarei andando, com ele do meu lado.

  E seguimos a trilha.

  Parece que arrumei um novo amigo.

Aleluia, Glória a Deus!

Saiu capítulo novo!! Yay!
Finalmente chegamos nas minhas partes preferidas.

Não posto desde o ano passado, literalmente kkkkkk

O próximo capítulo terá uma boa quantidade de sanguinolencia, mostrando o que aconteceu no começo do capítulo.

Erros de ortografia por favor me avisem!

Bjs! 💜

Okumaya devam et

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