Xeque-Mate || CaitVi

By jinx_bazuca

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Um jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. Nesse jogo, apenas um cairá... More

AVISO
Capítulo 1 - Game Start
Capítulo 2 - Welcome to New York
Capítulo 3 - Talis Enterprise
Capítulo 4 - Dinner
Capítulo 5 - Investigations
Capítulo 6 - Red Alert
Capítulo 7 - King Of Oil
Capítulo 8 - Bodyguard?
Capítulo 9 - Weakness
Capítulo 10 - Be very careful
Capítulo 11 - Intrusion
Capítulo 12 - Punishment
Capítulo 13 - Punishment
Capítulo 14 - Bônus
Capítulo 15 - Exhibition
Capítulo 16 - Rendition
Capítulo 17 - You're a devil
Capítulo 19 - Bônus
Capítulo 20 - Hacker Attack!
Capítulo 21 - New sensations
Capítulo 22 - Suspects
Capítulo 23 - Suíça part. 1
Capítulo 24 - Suíça part. 2
Capítulo 25 - Suíça part. 3
Capítulo 26 - Bônus
Capítulo 27 - Game over?
Capítulo 28 - Surprise
Capítulo 29 - Xeque
Capítulo 30 - Rescue
Capítulo 31 - Cares
Capítulo 32 - Fleeing from reality
Capítulo 33 - Desentendimento
Capítulo 34 - Lack of control
Capítulo 35 - Consequences
Capítulo 36 - The change
Capítulo 37 - Novos elos
Capítulo 38 - Premonition
Capítulo 39 - Mate
Capítulo 40 - Depoimento
Capítulo 41 - Flagrant
Capítulo 42 - From the past to the present
Capítulo 43 - Confessions
Capítulo 44 - Two Queens
Capítulo 45 - Obsessão
Capítulo 46 - Sentença
Capítulo 47 - "Castigo"
Capítulo 48 - End of the kingdom
Capítulo 49 - Goodbye...
Capítulo 50 - Madeline Warwick
Capítulo 51 - The Queen

Capítulo 18 - Hidden sides

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By jinx_bazuca

Violet Point Of View.

Cruzei o enorme salão da galeria, que diferente da noite anterior já estava parcialmente vazio. A equipe de montagem estava em um trabalho pesado e cuidadoso para desmontar tudo que foi feito para a exposição da noite anterior. De longe, pude ver Jinx no alto da escadaria em uma conversa entretida com o pintor das obras. Passei as mãos em meus cabelos, na tentativa de me manter um pouco mais apresentável. Subi as escadas, me aproximando de ambos.

- Olha só quem finalmente chegou.

A mulher não estava com uma expressão nada boa. Jinx odiava quando eu me atrasava para nossos compromissos de trabalho. Eu apenas sorri, e cumprimentei o pintor que sorriu gentil.

- Sinto muito, eu tive um pequeno imprevisto.

- Eu imagino que sim. - Jinx falou enquanto me fitava com uma expressão acusativa.

- Não se preocupe Sra. Roux. Sua sócia me atendeu perfeitamente bem. Uma pena que já estou de saída.

- Mas já? Não quer ir a minha sala. Podemos falar um pouco sobre ontem.

- Eu tenho um vôo marcado para daqui à uma hora. Não tenho como mesmo. - o homem disse desanimado.

- Entendo, espero que tenha gostado de ontem.

- Eu adorei! Com toda certeza faremos negocio muitas outras vezes. Nosso evento está em todas as colunas de sociais dessa semana.

- Vou fazer questão de olhar todas hoje!

- Faça isso, vai adorar. Foram só comentários bons!

- Tenho certeza que sim, suas obras são maravilhosas.

- O trabalho de vocês duas também. Mas enfim, eu tenho que ir. Muito obrigada por tudo.

- Nós que temos que agradecer.

Nos despedimos do homem que gentilmente nos agradeceu mais uma vez. Vimos o mesmo descer as escadas, e dar mais algumas ordens a sua equipe que comandava a arrumação das obras que estavam sendo empacotadas, para depois se retirar.

- Você se perdeu?

Jinx perguntou ao entrarmos em minha sala de escritório.

- Eu tive um imprevisto.

- Claro. Com essa boca inchada, e esse cabelo desgrenhado, eu sei exatamente o tipo de imprevisto que teve, Vi. E ele se chama sexo.

Soltei uma risada baixa, e sentei em minha cadeira.

- Não transei essa manhã. Só talvez a madrugada inteira.

Jinx revirou os olhos, enquanto retirava uma pequena garrafa de água com gás do frigobar.

- Sério que você ainda tem esse animo todo com Jayce?

Jinx perguntou com desdém, ao sentar na poltrona a minha frente. Soltei uma risada divertida, enquanto meneava com a cabeça negativamente. Ela jamais aceitaria meu casamento.

- E quem disse que foi com Jayce?

Jinx explodiu em um ataque de tosse ao se engasgar com a água que tomava. Seus olhos se arregalaram, enquanto a mesma buscava ar para seus pulmões.

- Espera... Espera... Você...

Girei em minha cadeira, até voltar à posição inicial.

- Eu...

- Você transou com a delegada?

Reprimi um sorriso nos lábios ao ver a expressão animada e ao mesmo tempo surpresa de minha melhor amiga.

- Transei. Jinx, fizemos a madrugada inteira. - falei ao lembrar dos momentos com Cait.

- Oh, meu Deus! - exclamou alto. - Você não vale nada. E Jayce? Assistiu tudo ou estava dormindo como um corno manso? - perguntou rindo.

- Eu dei uma ajudinha para ele dormir. Ele estava cansado, e eu estava animada demais ontem. E como boa esposa que sou, deixei que ele tivesse uma ótima noite de descanso.

- Às vezes penso que posso ter medo de você, mas lembro que ninguém te conhece tão bem quanto eu.

- Falando assim até parece que sou uma má pessoa. - levantei de minha cadeira, e caminhei até a bancada, onde me servi de um pouco de café fresco. Aspirei ao aroma gostoso que emanava da xícara de porcelana. - Você melhor do que ninguém sabe o quão boazinha eu sou, Powder.

- Oh, claro! Mas me diz, a delegada aceitou numa boa? Vão continuar com isso?

- Eu tive que jogar pesado para ela ceder. Mas Caitlyn gostou, muito. Tenho certeza que vai querer mais...

- Ela parece ser tão certinha. Você está desviando a mulher do caminho dela...

- Se engana quem pensa isso dela. Cait é uma caixinha de surpresa, Jinx. Eu tenho certeza que de santa ela não tem nada. Vemos logo pelo fato de ela estar dormindo com a mulher da vitima do caso que ela esta investigando. - dei de ombros, ao sentar novamente em minha cadeira.

- Violet, sabemos que você pode ser bem persuasiva. Sempre consegue o que quer. Faz das pessoas peças de um jogo.

- É um dom. Tenho que usá-lo em meu beneficio. Mas com Caitlyn é diferente.

- Diferente?

- Você sabe que sim.

- Cuidado com isso.

- Sempre tenho, Jinx...

Jayce Point of view.

Fiz uma seqüência de socos e chutes rápidos no enorme saco de areia pendurado ao teto. Depois de um sono pesado essa noite, eu resolvi perder algumas horas na academia para retomar as energias. Repeti os movimentos seguidas vezes, depositando toda minha força. Meu copo estava suado e em uma temperatura alta devido ao calor e a forte movimentação. Suspirei pesado, sentindo o ar cada vez mais escasso.

- Senhor Talis? - Eliza chamou ao entrar na academia particular de minha casa.

- Diga, Eliza.

- O comissário Marcus Toshiaki está aqui, disse que marcou com ele.

- Droga. - resmunguei ao lembrar do compromisso. - Deixe que ele entre. Não vou interromper meu treino.

A mulher assentiu, e logo caminhou em direção a porta de saída. Afastei-me do saco de areia, indo em direção a bancada de madeira que ficava encostada na parede. Retirei minhas luvas, e peguei minha camisa branca que lá estava, e vesti rapidamente, para depois capturar a pequena garrafa de água que estava repousada sobre a cômoda. Abri a tampa, levando a mesma até os lábios. O liquido gelado me rendeu certo alivio, pelo calor que fazia. Ouvi a porta sendo aberta novamente, agora com a presença do comissário Toshiaki.

- Bom dia, Jayce. - o homem falou ao se aproximar.

- Bom dia. - deixei a garrafa de lado, peguei novamente as luvas e voltei a caminhar sobre o tatame para mais próximo do saco de areia preto.

- Vim porque você me pediu no outro dia e...

- Eu sei, sente ali. Precisamos tratar de alguns assuntos.

Marcus assentiu, e caminhou até o banco que ficava ao lado do tatame. O comissário era sempre um homem extremamente prestativo, e obediente. Claro, com a quantidade de dinheiro que eu lhe oferecia, não poderia ser diferente.

- É sobre a investigação da empresa? Se for, devo lhe pedir calma, a agente Kiramman está cuidando do caso.

Neguei com a cabeça, ajeitando a bandagem elástica nas mãos, para logo colocar novamente as luvas.

- Eu sei disso. Caitlyn já me informou sobre tudo. Não é sobre essa investigação que quero falar.

- E é sobre o que?

- Finn.

O comissário franziu o cenho em uma expressão confusa, mas nada falou. Eu respirei fundo, movendo meu pescoço de um lado para o outro.

- Eu estou um pouco preocupado com o que ele pode fazer.

- Ele falou alguma coisa? - perguntou curioso.

- Sim. A ultima vez que foi a Talis' Enterprise me ameaçou, disse que iria se vingar.

- Jayce, Finn está sem nada.

- Eu sei, e é exatamente por isso.

Comecei uma seqüência de socos novamente, enquanto Marcus me fitava.

- Acha que ele pode querer se vingar?

- Eu tenho certeza que ele vai. E exatamente por isso que chamei você aqui. - falei, enquanto esmurrava o saco de areia.

- O que está planejando, Jayce?

Parei com os socos, sentindo meu peito subir e descer rapidamente em uma respiração ofegante. Deslizei o antebraço pela testa, retirando os resquícios de suor que emanavam dali.

- Nós temos que agir, Marcus. Eu não vou esperar para que ele ferre comigo.

A expressão do comissário não foi calma, ele pareceu claramente nervoso com aquilo. Toshiaki se remexeu sobre o banco de madeira, e então falou:

- Não pode entrar em um acordo? Ele sabe demais.

- Acordo? Você acha mesmo que nessa altura do campeonato ele aceitaria um acordo? - soltei uma risada sarcástica e sem humor.

- Eu acho que seria o melhor caminho.

- Não quero. Eu o odeio, e não confio nele. Finn quer me ver morto.

Retirei as luvas de minha mão, jogando-as para um lado qualquer daquele lugar.

- Você não deveria ter quebrado a sociedade com ele, Jayce.

- Vai querer ficar me dizendo o que devo ou não fazer, comissário?

- Não, senhor.

- Eu não gosto de ter sócios, acho que percebeu isso. Nasci para imperar tudo sozinho. E acho que me esforcei demais para ter um encostado querendo meu dinheiro.

- Se esforçou?

- Claro, tudo que eu fiz não foi o suficiente para você? As vezes precisamos tomar medidas drásticas para ter o que queremos.

- E está querendo fazer isso de novo?

- Se for necessário, eu farei sim. Na verdade, nós faremos.

- Eu não sei se posso fazer isso outra vez.

Soltei uma risada para o homem, que desviou os olhos dos meus.

- Eu não estou pedindo para que me ajude. Comissário, devo dizer que você tem que fazer o que eu mando?

- Jayce você não pode me obrigar! - ele levantou do banco.

Semicerrei os olhos, e encarei o homem com uma expressão séria.

- Claro que posso. Eu tenho você na minha mão, Marcus. Você vai fazer o que eu ordenar. Mas não se preocupe, eu ainda não decidi nada. Estou pensando no que tenho que fazer... Você vai receber bem por isso, como sempre.

- Certo.

- Eu vou investigar mais. Tenho muitos informantes, e quero saber dos passos de Finn. Ele não me engana em nada. Esteve conosco da ultima vez.

- Eu não acho que ele falaria algo. Ele também estava lá.

- Ele não tem mais nada a perder, comissário. Acha que ele vai se importar em abrir o bico?

- Creio que sim.

- Você é um idiota. Ele não tem nada pra perder, esta cego de ódio. E vai querer se vingar de mim.

- E o que vai fazer?

- Eu vou pensar. Quero dar um susto nele.

- Isso é arriscado.

- Exatamente. Finn precisa saber com quem está se metendo. Ainda fico impressionado com a burrice do mesmo. Ele sabe como eu sou, e ainda quer dar um de valente.

- Sim, eu tenho que concordar com você.

- Mas eu sou paciente. Vou esperar mais um pouco, tenho alguns compromissos da empresa por essas semanas. Enquanto isso, eu quero que fique bem atento, que busque saber de absolutamente tudo.

- Eu vou fazer isso, Sr. Talis.

- Muito bem. Finn vai ter o que merece.

- Você não tem medo? - perguntou, receoso.

- Medo de que? Marcus, as pessoas que deveriam ter medo de mim.

- Jayce...

Ouvi o barulho da porta novamente, fiz um sinal para que o comissário ficasse calado. Logo vi o rosto de minha esposa pela fresta da porta. Minha mulher sorriu e entrou na academia, caminhando em minha direção.

- Interrompo? - perguntou com o cenho franzido.

Eu engoli em seco, analisando as expressões de minha esposa. Troquei um rápido olhar com o comissário que parecia nervoso.

- Claro que não.

- Comissário, não sabia que encontrá-lo aqui hoje. - disse ela com um sorriso agradável.

- Olá, senhora Talis. Eu vim resolver alguns assuntos com seu marido.

Soltei um sorriso para Violet que se juntou a nós. Ela parecia bem tranqüila, provavelmente havia acabado de chegar. Não devia ter ouvido nada de minha conversa, caso contrario sua expressão seria bem diferente.

- Sobre a investigação?

- Não, meu amor. São outros assuntos. Estou acertando com ele algumas questões da equipe de segurança da Talis'

- Você não deixa Marcus em paz nem em um domingo, querido.

- Eu não me incomodo, senhora.

- Você sempre muito gentil, Marcus

- Pensei que iria demorar mais na galeria. - falei tentando me aproximar, mas a minha mulher recuou um passo.

- Você está todo suado, nem pense.

Soltei uma risada para a mesma.

- Eu só deixei a Cait na galeria, resolvi algumas questões com Jinx, e voltei.

- Ótimo, vamos poder almoçar juntos.

- Como Cait está se saindo? - Marcus perguntou, tentando ser o mais natural possível.

- Ela está se saindo perfeitamente bem. Você não poderia ter escolhido uma agente melhor.

- Violet se deu bem com a Kiramman. Menos mal, ela nunca gosta dos seguranças. - falei calmamente.

- Cait é muito discreta e competente. E creio que colocar uma mulher como a gente pessoal, é bem mais fácil.

- E mais seguro. Não quero tantos homens perto de minha esposa.

Violet me fitou, tocando em meu ombro.

- Não seja bobo, querido. Bom, vou tomar um banho e ficar pronta para almoçarmos juntos. Faça o mesmo você. - Violet disse ao depositar um beijo rápido em minha boca.

Minha mulher sorriu, e se retirou da sala rapidamente. Assim que a porta se fechou, eu lancei um olhar para Marcus, que pareceu suspirar aliviado.

- Isso é um segredo nosso, lembre disso.

Violet point of View.

Sai da academia particular com aquela pontinha de curiosidade. Jayce e Marcus pareciam tensos, e até um tanto nervosos. Ao entrar naquela sala, notei uma brusca mudança de assunto. Eu não sabia se estava imaginando coisas, mas havia algo ali que ambos tentaram disfarçar. Não era de hoje que eu sabia que ambos tinham sempre assuntos ocultos. Jayce e Marcus eram uma caixinha de surpresa, eu só precisaria abri-la.

- E eu ainda vou conseguir...

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