What you did in the Dark

By slytcruz

158K 15.7K 5.3K

"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nasc... More

Informações da história
Chapter One: When all starts.
Chapter Two: Don't go, Harry!
Chapter Three: Healing
Chapter Four: Let's find out
Chapter Five: The game starts.
Chapter Six: Gringotts with revelations.
Chapter Seven: Platform, godbye and train.
Chapter Eight: Hogwarts!
Chapter Nine: Selection.
Chapter Ten: The Gringotts theft.
Chapter Eleven: Flying Leassons.
Chapter Twelve: Halloween.
Chapter Thirteen: Quidditch.
Chapter Fourteen: Erised mirror.
Chapter Fifteen: Yule.
Chapter Sixteen: Planting Seeds.
Chapter Seventeen: Abused.
Chapter Eighteen: Drowning
Chapter Nineteen: Forbidden Forest
Chapter Twenty: Two-faced
Chapter Twenty-One: Summer of Planning
Chapter Twenty-Two: New Generation.
Chapter Twenty-Three: Deja Vu
Chapter Twenty-Four: Voices
Chapter Twenty-Six: Dobby, the house elf
Chapter Twenty-Seven: Snakes, Ghosts and Puffs
Chapter Twenty-Eight: T. M. Riddle
Chapter Twenty-Nine: Spiders
Chapter Thirty: The Chamber
Chapter Thirty-One: My Blood
Chapter Thirty-Two: Safe
Chapter Thirty-Three: Sirius Black
Chapter Thirty-Four: Dementor
Chapter Thirty-Five: Hippogriff and Boggart
Chapter Thirty-Six: Marauders Map
Chapter Thirty-Seven: Truth or Dare
Chapter Thirty-Eight: Final
Chapter Thirty-Nine: Reunited
Chapter Forty: Expecto Patronum!
Prólogo Pt.2
2.1: The beginning
2.2: Princess
2.3: Imperius
2.4: Long time no see
2.5: Goblet of Fire
2.6: Rage
2.7: Wands
2.8: Pierre
2.9: Dragon
2.10: Ball
2.11: Second Task
2.12: Alliance
2.13: Third Task
2.14: And so it starts
2.15: Remember
2.16: Mourning
2.17: Breakdown
2.18: Unwanted connection
2.19: Preview
2.20: Wizengamot
2.21: Tortured Loved Ones Department
2.22: Routine
2.23: Dates and Winks
2.24: Army
2.25: Daggers and teddys

Chapter Twenty-Five: Court

2K 235 30
By slytcruz

"O amor é a ausência
da ansiedade"

Outubro de 1992.

    - Que está acontecendo aqui? Que está acontecendo?

Sem dúvida atraído pelo grito de Ronald, Filch apareceu, abrindo caminho com os ombros pelos alunos aglomerados. Então ele viu Madame Nor-r-ra e recuou, levando as mãos ao rosto, horrorizado.

- Minha gata! Minha gata! Que aconteceu com Madame Nor-r-ra? - gritou ele. - Quem fez isso? Eu vou matar quem a tocou! Vou matá-lo! Vou...

- Argo!

Dumbledore chegara à cena, seguido de vários professores. Em segundos, soltou Madame Nor-r-ra do archote.

- Venha comigo, Argo - disse a Filch. Depois se virou para a multidão. - Mais alguém estava aqui antes de todos chegarem?

Todos negaram, ao mesmo tempo de Lockhart deu um passo à frente pressuroso.

- A minha sala fica mais próxima, diretor, logo aqui em cima, por favor, fique à vontade...

- Muito obrigado, Gilderoy - disse Dumbledore.

Os presentes de afastaram para os lados para deixá-los passar. Lockhart, com um ar agitado e importante, acompanhou Dumbledore, apressado; o mesmo fizeram McGonagall e Severus.

- Voltem todos para os seus salões comunais - disse a professora Sprout em alto e bom som para todos - e não saiam até o seu diretor de casa permitir. Iremos tentar averiguar a situação o mais rápido possível. Monitores, por favor, realizem a retirada de forma organizada.

Hermione se separou de Harry e de Draco, seguindo na direção dos monitores Gryffindor, dando um tchau fraco em despedida. Os dois seguiram em direção à Cepheus, que coordenava os Slytherins junto dos monitores.

- Ei, vocês dois - o Príncipe chamou. - Estão bem? Onde estavam?

- Fomos do aniversario de morte do Sir Nicolas - Draco respondeu. - Estávamos indo pro salão quando vimos todos subindo e seguimos a confusão.

Certo, então eles não falariam que estavam ali. Ótimo. Sev precisaria saber, e seus amigos também, mas, quanto menos gente soubesse que ele estava enlouquecendo e ouvindo vozes, melhor.

- Ok. Entrem na fila e fiquem de olho ao redor - Cepheus alertou, mandando-os seguir o grupo puxado por Flint.

Pansy e Blaise os encheram de perguntas, mas calaram a boca ao verem os olhares profundos que os dois mandavam à eles. Não diriam nada em público.

Eles passaram por passagens que encurtaram o caminho, e logo estavam todos no salão comunal. Cepheus mandou eles trancarem a porta, e que duas pessoas ficassem de vigia. Não sabiam o que tinha acontecido com Madame Nor-r-ra, e não arriscariam nenhum aluno.

- Slytherin! - o Príncipe chamou, atraindo a atenção de todos. - Ninguém deve sair do salão comunal até a chegada do professor Snape. Se alguém precisar ir no banheiro, peça que um dos mais velhos o acompanhe. Vamos evitar andar sozinhos nos corredores também. Além de ser pra nossa segurança, podem tentar nos incriminar por isso, e podem haver ataques. Não precisamos de pânico agora, mas todo cuidado é pouco.

Um zumbido de concordância passou por todo o salão, e logo todos estavam em conversas reservadas com os amigos mais próximos, especulando sobre o que aconteceu.

- Então - disse Pansy - , vocês sabem o que aconteceu.

- Não  sabemos - Harry disse - , mas fomos os primeiros a chegar lá.

- Como? - a garota questionou. - Vocês estavam nas masmorras! Por que subiriam até o segundo andar?

- Eu ouvi uma voz - sussurrou Harry, fazendo os três se aproximarem.

- Uma voz? - Blaise cochichou de volta, cético. - E você ouviu também?

Draco negou.

- Era uma voz macabra, e estava a procura de sangue. Disse que ia matar alguém, então eu corri.

- Eu e Mione o seguimos, e lá estava a gata morta e o bilhete sinistro - Draco disse, fazendo uma careta.

- Nós vamos ser alvos da escola - Pansy bufou, se jogando pra trás no sofa, falando em voz alta novamente.

- Por que? - Blaise perguntou.

- A lenda da Câmara Secreta - Draco disse, como se fosse óbvio.

- Nunca ouvi falar.

- Nem eu - disse Daphne, se aproximando com a sua irmã, Astória.

Alguns outros alunos se aproximaram também, querendo ouvir a história.

- Certo - disse Pansy, se arrumando com um ar importante. - A Câmara Secreta de Salazar Slytherin.

"Como eu espero que vocês ja saibam, Hogwarts foi fundada a alguns séculos por quatro poderosos bruxos: Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin. Eles construíram esse castelo juntos, longe dos olhos curiosos dos trouxas, numa época em que a magia era temida por pessoas comuns.

Uma parte do salão tinha se reunido para ouvir a história. Era fato que a maioria já a conhecia, mas, aqueles que não, prestavam muita atenção nas palavras da garota.

- Durante alguns anos, os fundadores trabalharam juntos, em harmonia, procurando jovens que revelassem sinais de talento em magia e trazendo-os aqui para serem ensinados. Mas então surgiram os desentendimentos. Ocorreu uma cisão entre Slytherin e os outros. Nosso fundador queria ser mais seletivo com relação aos estudantes admitidos. É claro que muitos dizem que ele tinha um grande preconceito com os mágicos de famílias não mágicas, mas historiadores afirmam que a grande questão era o fato das famílias dos nascidos-trouxas terem conhecimento da magia, e colocarem a nossa sociedade em risco. Mas os outros fundadores não entenderam o seu lado. Houve, então, uma grande discussão entre Slytherin e Gryffindor, e Slytherin deixou o castelo.

Ela fez uma pausa, vendo que todos prestavam atenção nas suas palavras.

- É o que dizem as fontes confiáveis, mas a maioria foi obscurecida pela lenda da Câmara Secreta. Segundo ela, Slytherin construiu uma Câmara Secreta no castelo, da qual os outros nada sabiam.

"Slytherin teria selado a Câmara de modo que ninguém pudesse abri-la até que o seu legitimo herdeiro chegasse à escola. Somente o herdeiro seria capaz de abrir a Câmara Secreta, libertar o horror que ela encerrava e usá-lo para expurgar a escola de todos que não fossem dignos de estudar magia. Novamente, é o que diz o boato. Nunca saberemos se é real, e se for, qual era o objetivo de Slytherin é desconhecido para nós. A nossa certeza é, quando os alunos descobrirem sobre isso, seremos alvos da escola toda".

- O que você quer dizer com "o horror que nela encerrava? - um primeiro ano perguntou.

- Acredita-se que haja um monstro que somente o herdeiro de Slytherin possa controlar - Pansy respondeu, sorrindo de maneira que ela saberia qual era o monstro.

- Algum tipo de cobra - Cepheus concluiu, se aproximando e dispersando o amontoado que se fez ao redor deles. - Slytherin possuía a habilidade de se comunicar com cobras através da parseltongue, e se presume que o seu herdeiro legitimo seja capaz de fazer o mesmo, como o Lorde das Trevas fazia.

O silêncio que tomou conta do salão era ensurdecedor. Cepheus continuou:

- Se alguém dessa casa foi o responsável por isso, eu sugiro que venha falar comigo imediatamente, e nós tentaremos resolver de maneira civilizada. Se eu descobrir que alguém aqui fez isso, e não me contou, eu vou garantir que seja devidamente punido por manchar a reputação da nossa casa.

Nenhum aluno se mexeu, alguns dos mais novos tremendo com o tom ameaçador, porém calmo, na voz de Cepheus.

- E se alguém for, realmente, herdeiro de Slytherin, é melhor dizer logo, mesmo que não seja o responsável.

Harry se encolheu levemente, mas nada perceptível.

Naquele exato momento, alguém tentou entrar no salão comunal.

- É o diretor da casa Slytherin, Severus Snape - disse a voz do outro lado da parede. Os alunos que guardavam a entrada a destrancaram rapidamente, e Severus entrou no salão com as suas vestes voando atrás de si. Ele parecia levemente pálido.

- Senhor - Cepheus o cumprimentou, abaixando a cabeça levemente.

- Sentem-se todos - ele disse, e toda a casa obedeceu.

"Depois de análises do diretor da escola, foi constatado que Madame Nor-r-ra não  está morta, mas sim petrificada. Não foi determinada a causa, mas o diretor especula ter sido Magia Negra avançadíssima. Eu irei, com a ajuda da professora Sprout, preparar um Tônico Restaurador de Mandrágora para despetrificá-la assim que possível".

- E a escrita na parede, senhor? - perguntou um sexto ano.

- Tinta vermelha com um feitiço aderente - Severus disse.

- Nós podemos sofrer ataques, senhor - Cepheus disse, com uma pergunta em seus olhos sobre como prosseguir.

- Fiquem juntos. Evitem as torres do castelo, não os deixem intimida-los, não abaixem a cabeça... não somos fracos, e nem culpados, então não os deixem pensar o pior de vocês.

- Podem ir para os seus dormitórios - disse Cepheus, e vários dos alunos mais novos correram em direção as escadas.

Pansy e Blaise subiram com os seus parceiros de dormitório, mas Harry e Draco ficaram.

- Cepheus, posso falar com você em particular? - o moreno pediu, quando quase todo o salão estava vazio.

O Malfoy olhou-o com o cenho franzido em duvida, mas concordou, pedindo que ele o acompanhasse até o escritório particular do príncipe. Harry pediu que Draco os seguisse.

Era um cômodo simples, com uma mesa de escrivaninha, uma cadeira para Cepheus e duas para quem quer que precisasse falar com ele. Retratos de algumas pessoas estavam presos nas paredes, e a sala irradiava Slytherin.

- Então - o Malfoy mais velho disse quando todos estavam sentados - , por que precisa falar comigo em particular?

- Eu sou herdeiro de Slytherin - Harry disse. Cepheus soltou uma gargalhada.

- Muito engraçado. Agora, falando sério, o que precisa?

- Estou falando sério, Cepheus - o moreno disse, olhando-o com um pouco de raiva no olhar.

- Você é herdeiro de Slytherin? - o Príncipe perguntou, cético.

- Sim, e eu falo parseltongue.

- Mas você não foi o responsável pelo que aconteceu essa noite.

- Não. Mas eu ouvi o monstro, eu acho. Era uma voz que só eu ouvia - ele se virou para Draco. - Tem que ser uma cobra. Não tem outro parselmouth na escola.

- Isso significa que o monstro está livre desde Setembro - Draco disse, empalidecendo.

- Você já ouviu essa voz? - Cepheus perguntou, parecendo subitamente preocupado.

- Sim, mas achei que fosse coisa da minha cabeça - Harry respondeu.

- Então... você acha que a Câmara Secreta realmente reabriu? - o Malfoy questionou, inclinando-se pra frente, sério.

- Acho.

- Ótimo! - ele exclamou. - Mais um ano tranquilo em Hogwarts. Essas coisas não aconteciam antes da sua chegada, Harry.

- Eu fico tão feliz quanto você - o moreno rebateu com uma carranca.

- Certo. Ironia de lado, acho que devemos tratar da sua segurança. Não acredito, nem em um milhão de anos, que o herdeiro da mensagem seja você, então presumimos que seja o último herdeiro conhecido: o Lorde das Trevas. Infelizmente, você é o inimigo conhecido dele, o que te torna um alvo.

Harry fez uma careta. Não gostava nem um pouco de nada disso, principalmente considerando que estaria colocando seus amigos em perigo.

- Nem pense nisso - Draco brigou, vendo o olhar no seu rosto. - Tente se afastar, e as garotas vão te enfeitiçar até o esquecimento.

- Eu acho que vocês deveriam entrar para a corte - Cepheus disse, surpreendendo ambos.

- Por quê?

- Estando ao nosso lado na mesa, vocês vão passar a mensagem que são protegidos pela elite. As outras casas não sabem que existe um principe, mas Ravenclaw suspeita que exista uma hierarquia. A única coisa que eles sabem é que o grupo que senta no meio da mesa é a elite, os melhores e mais respeitados, e quero que vocês sejam vistos como fortes também.

- Eu estive cara-a-cara com o Lorde das Trevas duas vezes e sobrevivi - Harry disse, se inclinando para frente. - Eles já sabem que eu sou forte.

- Você sabe que eu sempre te quis na corte, Harry. Aceite - disse Cepheus, sorrindo sarcasticamente.

- Isso não me trás beneficio algum, além de ser visto como oportunista, o que sabemos que vai acontecer - Harry apontou. - O que eu ganho? Posso me defender da escola, eles não me assustam. E Draco? É o irmão dele querendo protegê-lo, ou está tentando me convencer mais facilmente?

- Sempre astuto, não é? - o Príncipe zombou. - Draco é um dos melhores do seu ano ano. Seria um beneficio ter alguém jovem na corte. Já temos pelo menos um de cada ano, menos do primeiro. Só estaria adiantando o inevitável. E quanto a você... o que quer?

- Tire Lockhart da escola - o moreno disse, pausando em cada palavra.

- Não sei se posso fazer isso.

- Ah, pode sim.

Harry o encarou, os olhos estreitos mostrando que ele não podia ser enganado.

- Escreva uma carta para o seu pai e fale para ele levar essa questão ao concelho de pais. Se não der certo, para o Wizzengamot. Aquele homem não é um professor, e muito menos um homem sábio. Não aprendemos nada em suas aulas e ele é mais um perigo do que qualquer coisa.

- Nós teremos nossa reputação manchada com os professores e com o diretor - Cepheus disse, parecendo zangado.

- Eles agradecerão que Lockhart foi embora. Devemos ter um professor de DCAT decente, pelo menos, já que um monstro milenar está solto pela escola.

- Certo. Eu faço isso, e você se junta a corte.

Harry assentiu, satisfeito, mas Cepheus parecia frustrado.

- O que tem de errado com você?

- Nada.

- Você era tão... dócil. Menos agressivo. 

- Você nunca mostra quem você é de verdade logo de cara. Te deixa fraco e vulnerável. Só estou deixando um pouco da minha máscara de lado. Eu não sou uma criança a muito tempo, então são tolos aqueles que me tratam como uma. Eu vi mais do que você, Cepheus, e sofri mais também, então não me julgue por não ter fé e nem acreditar no bem de alguém. Se eu sou agressivo, é porque a vida me fez assim.

- Vocês podem ir - o Príncipe disse, dispensando-os. - Espero que se sentem conosco amanhã no café da manhã.

Harry e Draco se levantaram, saindo em silêncio da sala e indo rapidamente para o seu dormitório. Severus os esperava lá.

- Pelo amor de Merlin, eu estou cansado! - Draco exclamou, se jogando na sua cama e ignorando completamente o homem.

- É bom te ver também - Severus disse sarcasticamente.

- O que está fazendo aqui? - Harry perguntou, tirando as suas roupas externas até ficar somente com a camisa e a calça do colégio.

- Obviamente precisamos falar sobre o que aconteceu hoje. Você está em perigo, Harry!

- Novidade? - o moreno disse, sarcasticamente.

- Por que está mais afiado que o normal? - Severus perguntou.

- Por que será? Talvez porque eu não consigo ter um pouco de paz? Talvez porque, pelo segundo ano consecutivo, algo ruim acontece no aniversario de morte dos meus pais? Eu estou cansado, Sev. Eu sei que não ajo como criança, mas meus hormônios são de uma, e eles não ajudam em nada agora.

- Sei que não é fácil, mas a única outra opção que temos é sumir ou morrer, e não queremos nenhum dos dois, então vamos pensar em como protegê-lo, ok?

- Já falei com Cepheus. Ele sabe que eu sou o herdeiro de Slytherin, e agora eu e Draco estamos na corte. Eles vão nos proteger do resto da escola.

- Mas não do monstro - Severus apontou.

    - Não temos o que fazer até descobrir o que ele é, certo? - Harry o lembrou.

    - Ok, entendi, mal humor. Vou deixá-los descansar. Saiba que Remus e Dora mandarão cartas a todos vocês. Eu juro que eles ainda terão um infarto.

    - Não foi culpa nossa dessa vez - Draco sorriu, levantando a cabeça da cama.

    - Ei, temos que falar com você sobre algo - Harry lembrou, olhando o loiro de maneira que ele entendeu o recado, e se sentou corretamente, subitamente sério.

    - O que seria? - Severus perguntou, sem saber o que aqueles dois estariam planejando.

    - Eu não vou mais tomar o supressor - Draco disse.

    - Por quê?

    - Ontem eu o encontrei fervendo de febre, com calafrios e enxaqueca, tudo porque seu veela tentava lutar conta o supressor - Harry disse. - Dray teve que colocá-lo pra fora pra que isso parasse.

    - Você sabe como o meu pai é, padrinho - o loiro disse. - Não podemos deixar ele descobrir que eu tenho gene ativo, então pensamos se você não poderia... criar algo que mascare o meu cheiro.

    - Vamos mandar uma carta para Moony também. Ele pode fazer um amuleto com um glamour de sangue que impediria qualquer um de ver as mudanças em Draco.

    - Certo - Severus murmurou. - Eu posso tentar, mas não garanto que ficará pronto até o Yule, então é melhor você ficar aqui.

    - Sem problemas - Draco deu de ombros. Não era como se a sua casa fosse o seu lugar favorito no mundo.

    - E também - Snape adicionou -, a poção pode começar a falhar quanto mais perto você estiver de entrar na sua herança. Seu veela vai querer atrair o companheiro, você sabe.

    - Eu tenho até os meus dezesseis, então - o loiro concluiu. - Posso sair de casa até lá.

    - Seu pai não vai deixar - Severus o lembrou.

    - Vou dar um jeito - Draco disse, convicto.

    - Certo - o homem concedeu. - Como vocês, eu estou exausto, então estou indo. Boa noite.

    Os dois não conseguiram responder antes de Severus ter saído do quarto, sua túnica ondulando com seus movimentos.

    - Tão dramático - Harry revirou os olhos, se jogando na sua cama. Draco o imitou.

    - Você tem medo disso tudo? - o loiro perguntou, deitando de lado para olhar o Potter.

    - Não muito - Harry respondeu, copiando-o. - Não temo por mim, mas por aqueles que podem se machucar por minha causa.

    - Nós?

    - Meus amigos são as coisas mais preciosas que eu tenho na vida. Vocês, Dora, Remus e Sev são a minha família, e eu não posso perder ninguém.

    - Sabe que também não vivemos sem você, certo? - Draco disse seriamente. - Tanto quanto você teme nos perder, nós tememos perdê-lo.

- Eu sei, mas... eu já encarei a morte uma vez, e ela não foi tão assustadora quanto eu pensei que poderia ser. Ela não me assusta mais. Me assusta que ela leve um de vocês e eu não os veja mais. Eu sou traumatizado, Dray, esse apego é o que me mantém.

    - Você devia ter mais apego a própria vida - Draco resmungou, arrancando uma gargalhada de Harry, que se levantou e sentou ao lado do loiro.

    Ele puxou a cabeça loira para se apoiar na sua perna e acariciou os cabelos macios. Draco fechou os olhos.

    - Se te deixa mais tranquilo, eu prometo tomar cuidado com a minha vida - Harry disse com um sorriso.

    - Com certeza vai me fazer dormir a noite - Draco zombou, mas sorria também.

    - Vai contar pros outros sobre sua herança? - o moreno mudou de assunto de repente, obrigando Draco a pensar um pouco antes de responder.

    - Eu não sei... Acho que agora não é o momento. Talvez quando estivermos mais velhos.

    - Não te incomoda ter que se esconder?

    - Sei que não preciso fazer isso com você. Vai ser o suficiente por agora.

    Harry sorriu com as suas palavras.

    - Mais alguma coisa sobre veelas que eu deveria saber? - ele brincou.

    - Somos carentes as vezes - Draco respondeu. - Posso precisar de carinho quando estiver chateado.

    - Já não precisa naturalmente? - Harry zoou, logo pulando para evitar um travesseiro que veio na sua direção.

    Por um momento, lutando para acertar Draco com seu travesseiro, Harry esqueceu a loucura que sua vida poderia virar com tudo o que descobriu. Quando fechou seus olhos, porém, deitado na sua cama, pronto para dormir, pensava na promessa que fez à Draco.

    Esperava conseguir realizá-la. Agora, com tudo que tinha, seu apego a vida era muito maior do que quando morava com os Dursleys. Mas, independente de tudo, sabia que se jogaria facilmente na frente de uma maldição da morte por qualquer um daquele grupo diverso, como sua mãe e Tom fizeram; para proteger quem ele ama.

Por favor, quem quer que esteja fazendo isso, ele pensou, pouco antes de cair no sono, me deixe em paz.

Oie! Tudo bem?

Primeiramente, feliz ano novo!!!!!

Esse ano foi tão bom e tão ruim pra mim que eu ainda não consegui registrar tudo o que aconteceu, mas eu vou agradecer aqui a todos os leitores que fizeram essa história crescer, quem comenta e cota sempre, aqueles que me motivam... vocês são o motivo de eu ficar escrevendo até de madrugada para entregar material de qualidade, fazendo pesquisas e etc.

Segundamente, o que acharam?

Terceiro, a mídia é como eu imagino a Pansy, porém, mais nova, é claro. Nesse ponto da história ela tem 12-13 anos. Ali seria ela com 16-17.

Curtam, comentem, me sigam e compartilhem!

Até 2022,

~Bia+

Continue Reading

You'll Also Like

1K 120 15
Ao chegar em Hogwarts, Harry não é exatamente o que o Mundo Bruxo espera que ele seja. Não gosta da ideia de ser um um salvador, não é selecionado pa...
54.1K 6.5K 49
𝑂 𝑙𝑜𝑏𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑠𝑒𝑟á 𝑚𝑎𝑢 𝑠𝑒 𝑣𝑜𝑐ê 𝑜𝑢𝑣𝑖𝑟 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝐶ℎ𝑎𝑝𝑒𝑢𝑧𝑖𝑛ℎ𝑜. Aquela frase resumia bem a vid...
878 129 6
[🍓] 𝑫𝒐𝒏𝒏𝒂 𝒆𝒓𝒂 𝒐 𝒃𝒓𝒂𝒄̧𝒐 𝒅𝒊𝒓𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒅𝒐 𝑫𝒖𝒒𝒖𝒆, 𝒎𝒂𝒔 𝒏𝒂̃𝒐 𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒗𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒐 𝒎𝒆𝒔𝒎𝒐 𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒖𝒎 𝒉𝒆𝒓𝒅𝒆...
219K 11.5K 58
ATENÇÃO! ESTE É UM LIVRO DE IMAGINES COM NOSSO VILÃO FAVORITO! Cada capítulo se passa em uma história diferente, sem continuações. As histórias são...