temptare | jungkook

By goddess-lilith

272K 19.9K 18.2K

"Há um charme no proibido que o faz inexplicavelmente desejável." Há quem diga que esta frase é apenas fantas... More

1. maldita aposta
2. uma longa noite
3. de inocente, só a cara
4. olhos estelares
5. sua mente é minha casa
6. toc-toc
7. inesperado
8. o troco
9. ponto fraco
10. libido aflorado
11. quem está confuso?
12. o sol e a lua
13. uma infinidade de sentimentos
14. convite duvidoso
15. joguinho sujo
16. desavenças
17. tudo ou nada
18. ela - parte 1
19. ela - parte 2
20. intimidade
21. martirizado
22. minha garota
23. duas da manhã
24. intocável
25. os espinhos da rosa
26. entorpecente
27. você
28. sem sentido
29. diaba
30. advogado do diabo
31. sorte
32. o que você quer?
34. o coração quer o que ele quer
AVISO!

33. temptare

9.3K 457 621
By goddess-lilith

eu não vou declarar nada, apenas se preparem.

ATENÇÃO. eu recomendo ouvirem the weeknd nesse capítulo (especificamente "lost in the fire") e as músicas que eu cito ao longo do capítulo. a imagem do banheiro tá aqui em cima pra vocês imaginarem melhor <3


▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃

"Eu estou perdendo o foco toda vez que você fala, garota

Submisso

O jeito que você esteve rangendo seus dentes, garota

Eles dizem oh não, ainda não

Ele perdeu todo o dinheiro dele naquela única aposta."

— Obsessive, Chase Atlantic


▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃


╮ s/n's POV╭


Então vem pegar.

Palavras suficientes para fazer a adrenalina do meu corpo dar um choque em minha corrente sanguínea. Ele me encarava com o cigarro entre os dentes, invadindo minhas narinas com o doce aroma de melancia. Os fios negros perdidos na testa a mostra lhe caíam bem. Meus dedos ainda residiam em seu pescoço quente com as veias provocativamente saltadas. Tinha um sorriso cafajeste nos lábios, soltando o fumo enquanto tirava a jaqueta de couro.

Era como se o tempo parasse quando eu encontrava os orbes negros perdidos na escuridão. A luz colorida do banheiro lhe deixava provocativo o suficiente naquela camiseta preta colada. Inalava a fumaça junto com ele. Puxei seu corpo para mais perto pela calça, esgueirando os dedos pela borda.

A proximidade de seus lábios já estava mexendo com minha sanidade. Em um beijo ardente, pus um fim na distância. A língua dele deslizava úmida dentro de minha boca; sabia o caminho de cor para me levar aos céus. Por Deus, como esse homem beijava bem.

Jeon não se controlava nessas circunstâncias. A mão com o cigarro entre os dedos foi parar em meu pescoço, apertando-o levemente enquanto ele se divertia com meus lábios. Não demorou muito para que seu quadril me pressionasse contra a pia e eu sentisse o volume por baixo da calça. Escorreguei os dedos da calça até sua intimidade, segurando-a pelo jeans preto.

Ele se distanciou do beijo para soltar um gemido rouco. Não conseguia evitar o sorriso perverso; ouvi-lo gemer era meu ponto fraco.

— Caralho. — o moreno xingou, respirando fundo. Levou o maço aos lábios, tragando enquanto me fitava. O grave da música era inebriante para meus ouvidos.

— O que foi? — pergunta sem resposta. Eu sabia que ele não diria nada, afinal, era Jeon Jungkook. Os dedos esguios dele foram direto em minhas coxas, alisando-as e me arrancando alguns arrepios. Umedeci os lábios, levemente ofegante.

Das coxas foi até a bunda, tirando o encosto de minha figura da pia. Agarrou com força e me colocou em cima dela. A superfície gelada de mármore era quase como um choque térmico, já que meu corpo estava quase pegando fogo.

Jeon não tirava os olho de predador de mim e isto me enlouquecia. Era surpreendente que aqueles orbes cintilantes e apaixonados se transformavam ferozmente. Ele expressava muito do que sentia através do olhar.

Enrolei minhas pernas ao redor de sua cintura e o puxei para mais perto, encostando nossos corpos novamente. Ele deu um sorrisinho presunçoso exibindo as covinhas.

— Você não é de Deus não, mulher. Olha pra isso. — ele disse, apontando com os olhos para meu corpo desenhado pelo vestido de couro. Passou o polegar por meus lábios ainda úmidos pelo beijo. — Seria quase um pecado acabar com a sua maquiagem.

— Desde quando você se importa com isso? — soltei uma risada anasalada.

— Desde que você se tornou a única mulher pra mim.

A faceta cafajeste do moreno se misturava com o brilho nos olhos castanhos. A frase quase podia se passar por mentira com a tamanha dualidade e seu sorriso malicioso nos lábios, mas eu sabia que esse era seu jeito. Esse era o Jungkook pelo qual eu havia me apaixonado: a dicotomia tomando forma como um humano.

As mãos travessas trilharam um caminho por meu corpo, deslizando os dedos dos meus joelhos até a coxa. Agarrou-as com veracidade, como quem marcava território. O vestido preto estava cada vez mais curto em minhas pernas, levemente apertado por conta da borda.

Jeon aproximou o rosto, beijando meu pescoço. Sentia o calor de seus lábios em minha derme, onde ele passava a língua e mordiscava. Se eu já estava meio molhada, aquilo apenas havia dificultado meu trabalho de resistência. Friccionei as coxas uma contra a outra como reflexo dos chupões dele em meu pescoço, deixando gemidos baixos escaparem. A mão ainda residia apalpando minha perna.

— É tão bom sentir você. — ele disse. Conseguia provar da sua respiração quente quase em minha nuca. A voz rouca dele fazia cócegas em meu cérebro, quase dando voltas de um jeito surpreendente.

Quase como um entorpecente, Jungkook despertava a adrenalina de meu corpo conforme subia a trilha de beijos até meus lábios novamente. Enlacei minha língua na dele com urgência; o toque magnético dele me fazia revirar o estômago quase como uma experiência de outro mundo. O beijo nos unia ao mesmo tempo que ele agarrava minha pele como se fosse a última coisa que fosse sentir em sua existência.

Me desprendi do beijo, procurando ar com certa força. Meu peito subia e descia sem fôlego; o pulmão quase rasgava minha derme. A batida de fora do banheiro era elucidante, quase não conseguia distinguir a realidade da ficção com os feixes de luz coloridos da sala em que estávamos. Jeon apoiou as mãos na beirada da pia, respirando fundo.

— Jeon. — clamei, aguardando aqueles orbes brilhantes me encontrarem entre os fios negros e espetados. O olhar de cima de Jungkook era um misto de devassidão e inocência, dividindo meus desejos da água para o vinho. Engoli em seco.

— Hm? — a mão tatuada foi até meu pescoço, afastando as mechas de meu cabelo. A fumaça do cigarro saiu entre os lábios rosados e úmidos. Gostava de quando ele erguia as sobrancelhas em confusão e suas covinhas ficavam à mostra.

O observei de cima, passando o indicador por seu queixo.

A lascividade e impaciência que tomava conta de meu corpo quando se tratava de Jungkook era surreal. Agarrei sua nuca sem uma pausa para pensar duas vezes, me aproximando de seu ouvido.

— Você tem certeza disso? — susurrei quase de um jeito erótico. Me inclinei para trás novamente, ainda com as pernas presas em sua cintura. Os olhos negros piscavam. —  Se eu te pegar, não vai ter volta.

A risada vacilava afônica em sua garganta, exibindo um sorriso perverso de canto. Ele umedeceu os lábios sem tirar os olhos de mim. Eu sabia exatamente para onde estávamos indo.

— Todo mundo já percebeu, S/N. — Jeon murmurou. — Menos você.

Ele pigarreou, olhando para o espelho e então voltou a olhar para mim. Arqueei as sobrancelhas aguardando argumentos serem proferidos por Jungkook.

— Qualquer um que me observe com nitidez consegue perceber, — o moreno fez uma pausa ao tragar o cigarro entre os dedos. — que eu só tenho olhos para você. Tá tudo debaixo do seu nariz e só você se recusa a engolir isso.

Em instantes, os olhos negros de Jungkook se tornaram quase intimidadores, invadindo e devorando cada centímetro de meu corpo com avidez. A declaração era quase arrancada de sua boca. Como sempre, tudo com ele era diferente e me fazia perder a cabeça.

— Você sabe bem, gatinho, — me reenclinei na pia de mármore, afastando as coxas que cativavam sua atenção. — eu quero ouvir sair da sua boca.

Jungkook se aproximou de meu rosto com convicção, deixando nossos lábios a centímetros de distância. O perfume amadeirado nunca passava despercebido. Minha mente girava, adocicada pela pitada de frutas do aroma. Parecia bater nas quatro paredes daquele banheiro mal iluminado para — como sempre — ser detida pelas mãos dele.

Não sei de onde ele havia tomado toda aquela coragem, mas quando se tratava de desejo, Jungkook perdia totalmente a vergonha na cara. Ele me fitava e incitava como quem fosse me beijar.

— Preciso repetir pra ganhar permissão? Eu sou totalmente seu. — ele umedecia os lábios de um jeito provocativo. — Agora deixa eu te foder. Por favor.

Jungkook ia de anjo para diabo em questão de segundos. Sempre conseguia o que queria; no caso, o que ele queria mais que tudo era eu. Por completo, sem interrupções. Engoli em seco. As possibilidades rodavam em minha cabeça, mas eu só conseguia focar no par de olhos castanhos brilhantes na minha frente.

O beijo impaciente era como um "sim". Não tive tempo de pensar duas vezes. Quando percebi, meus dedos já estavam em sua nuca colocando pressão conforme eu me divertia com a sua língua dentro da minha boca. Conduzia o beijo úmido com certo apetite, me deixando sem ar.

Ele se separou por alguns segundos, contornando meu lábio inferior com a língua. O órgão quente deslizava vagarosamente. Me viciava cada vez mais em seu toque, vacilando o movimento até que eu o beijasse novamente. Nunca havia me sentido mais viva.

Apertava minha coxa uma contra a outra, sentindo-me cada vez mais úmida com seu beijo. Ele escorregava a língua em minha cavidade me deixando completamente doida. A mão que residia na coxa agora subia cada vez mais. Neste ponto, ele poderia fazer qualquer coisa comigo; eu só desejava-o dentro de mim.

Jungkook selou nossos lábios mais uma vez antes de se afastar. Suas mãos foram sorrateiramente por baixo do vestido, segurando a barra de minha roupa íntima. Me encarava como quem pedia permissão.

— Essa merda é justa demais. — ele reclamava, com certa dificuldade para retirar minha calcinha. Eu achei graça de sua reação. Jeon franzia as sobrancelhas, irritado.

— Deixa eu te ajudar. — dei um sorrisinho de canto. Coloquei a sola da plataforma em seu abdômen rígido, afastando-o da pia de mármore. Ele mordeu o lábio ao assistir minhas pernas se distanciarem lentamente.

Subi o vestido até meu quadril, expondo a peça íntima preta — que já estava molhada o suficiente graças à ele. Jeon parecia vidrado em cada gesto meu com os olhos negros e cintilantes. O peso de seu olhar incendiava meu corpo de um jeito quase inacreditável. Ele jogou a cabeça levemente para trás, com a veia do pescoço saltada e a boca semi aberta. Tragou no cigarro aromatizado mais uma vez, soltando fumaça pelos lábios rosados.

Minha perna direita ainda estava esticada, encostada em sua blusa preta. Jungkook por sua vez estava reclinado na parede já que o banheiro não era grande. Agarrei a borda da calcinha e tirei-a aos poucos, levantando as coxas no movimento e exibindo minhas pernas desnudas. A batida periódica e a guitarra de Arabella ressoava abafada fora da sala.

— Ah, minha Arabella. — Jeon fez alusão ao trecho inicial da música que se referia à botas interestelares às minhas plataformas segurando sua barriga. — Eu tô perdendo a cabeça com você desse jeito.

E é claro que eu sabia. Joguei a calcinha longe, abaixando as pernas. A pia gelada se chocava termicamente contra minha intimidade quente e agora despida.

— Limpa aqui. — fiz sinal para seu queixo, rindo. — Tá escorrendo um pouco de saliva.

— Ah, sua filha da puta. — ele soltou uma risada anasalada. A provocação foi o suficiente para lhe fazer abaixar minha perna com rapidez. Desci do mármore, ficando mais baixa do que ele.

Jeon me prensou contra a pia novamente, encostando o quadril no meu. Conseguia sentir seu pau por baixo daquele jeans, quase judiando do volume para contê-lo ereto. Mordi o lábio.

— Volta pra lá. — ele falou, num tom grave. A ordem era tão concreta que eu resistia a vontade de contestá-lo.

— Por que?

Não houve brecha. Jungkook me agarrou pelas coxas e em poucos segundos, estava novamente na borda do mármore frio da pia. Franzi as sobrancelhas, sem entender.

— Eu quero você mais molhada. — ele agachou, beijando o interior de minha coxa. O calor de seus lábios me fazia delirar. Jeon segurava minha perna com certa pressão, fazendo uma trilha de beijos úmidos até chegar mais perto de minha buceta.

Estar sem roupa de baixo tornava tudo mais difícil. Cada toque mais próximo era motivo de arrepio. Afastei as coxas aos poucos conforme ele deixava alguns chupões distribuídos no local sem quebrar o contato visual. Ver Jungkook me olhando por baixo era extremamente satisfatório. Segurei na borda da pia com força, apertando os dedos.

Jungkook subiu o tecido de couro novamente, deixando minha intimidade completamente desnuda. O sorriso de satisfação esboçado em sua boca era sem igual.

— Por que fica me olhando desse jeito? — soltei a mão da borda e corri os dedos pelos fios negros e macios de Jungkook. Ele se aproximou de minha parte íntima sem tirar os olhos de mim. Sentia sua respiração quente próximo do local.

— Você fica tão linda quando tá excitada. — Jungkook disse, passando a língua nos meus lábios de baixo. Soltei um suspiro que já estava preso em meus pulmões desde que ele havia deixado alguns vergões em minha perna. — Não consigo evitar de olhar.

Quase tive vontade de socar a pia quando ele abria os meus lábios com a língua. Soltei um gemido rouco ao sentí-lo deslizar em minha intimidade com tanta vontade. Segurou minhas coxas forte enquanto devorava cada centímetro da minha buceta. Ora ou outra voltava a olhar para meu rosto.

— Ah, caralho. — praguejei, jogando o pescoço para trás. Segurava seus cabelos com certa força enquanto deixava escapar mais alguns gemidos baixos. Só conseguia me concentrar no movimento de sua língua em meu clitóris. Ele escorregava-a úmida em minha parte íntima, me deixando completamente fora de si.

Ter o rosto de Jungkook entre minhas coxas era a visão mais absurdamente atraente que eu já havia vivenciado. Ele se deliciava com minha buceta, roçando os meus lábios nos dele. A cada gemido que eu deixava escapar, ele intensificava o movimento. A língua dele parecia já conhecer o caminho de minha intimidade de cor, trilhando com a sua saliva o caminho do meu orgasmo.

Quanto mais tempo ele passava lá, mais eu sentia o ápice de toda a luxúria escorrendo pelo meu corpo. Jeon depositou alguns selinhos no local, satisfeito em me ver com as pernas fracas. Se levantou apoiando em meus joelhos. A fumaça do maço em suas mãos permanecia intacta.

— Desce daí, gatinha.

Jungkook não falhava em me impressionar com a autoridade e confiança que ganhava quando se tratava de me satisfazer. O sorriso despretencioso bordava seus lábios anteriormente usados para me devorar. Encarava-o com certa curiosidade, mas obedeci.

As mãos correram por meu corpo, guiando-me até o espelho. Observei o meu reflexo bem desenhado naquele vestido. Jungkook me encarava de lá com as mãos em minha cintura e uma faceta ladina. A diferença de altura entre nós era relativamente grande por conta das botas de combate dele.

A pouca distância se transformou em negativa quando Jeon me puxou pela cintura, colando nossos corpos. Sentia seu órgão por trás da calça roçar em minhas nádegas propositalmente. Ele se aproximou de meu pescoço.

— Eu quero que você termine no meu pau. — Jeon sibilou logo depois de tragar no cigarro novamente. Eu o encarava pelo reflexo sem conseguir acreditar que ouvia aquilo. Ele não quebrava o contato visual e aguardava minha reação.

Dei um sorriso de canto, contornando o canto da boca com a língua.

— E então?

A risada anasalada ressoou enquanto ele soltava fumaça pelos lábios.

— Já entendi o que você quer. — Jungkook disse, me puxando pelo quadril e friccionando minha pele contra a calça jeans preta. Colocou a mão direita em minhas costas e fez força para que eu me inclinasse, usando a pia de apoio.

Observava-o subir mais meu vestido, deixando-o na cintura.

— Eu só não rasgo ele porque não quero você voltando pra casa pelada.

— Aposto que ia gostar. — ironizei.

— Claro que eu ia. — Jungkook sorriu, posicionando as mãos mais abaixo de meu quadril desnudo. — Mas eu não quero mais ninguém de olho em você.

Mordi o lábio. A sensação de pertencer a ele me enchia de euforia, batucando em meu peito. Ele sempre tinha suas maneiras de expressar o que sentia — e eu fazia questão de presenciar todas elas.

— Você bem que podia dizer isso mais vezes.

— Quando eu digo, você fica revoltada. — assistia Jungkook por seu reflexo colocar o cigarro entre os dentes e desabotoar o jeans preto, exibindo a cueca da mesma cor.

— Óbvio. — pausei. — Mas você me conhece.

— Você sempre reluta...

Ele passou a língua pelo piercing, segurando meu quadril com certa força. Deixei um gemido de surpresa sair de meus lábios quando Jungkook deu a primeira estocada, sentindo cada centímetro de seu órgão quente invadir meu corpo.

— Mas no final sabe que é minha.

Praguejei mentalmente, usando todo o meu vocabulário vasto de palavras de baixo calão para definir o êxtase que senti depois de finalmente experimentar dele dentro de mim novamente. Jeon afastava o pau quase por completo para então meter novamente aos poucos e isso me torturava do melhor jeito.

Apertei a borda de mármore, com certa dificuldade para não fazer barulho. Levantei o rosto e observei-o tragar mais uma vez com o controle de meu quadril através do seu, colidindo nossas dermes ardentes.

Ele correu os dedos tatuados pela minha nuca, segurando com força em meio às estocadas. A mão esquerda segurava meu quadril no qual ele guiava o movimento. Puxou-me pelos cabelos, me dando acesso ao reflexo do espelho.

Jeon tinha um sorriso sacana nos lábios, com a cabeça inclinada para trás ao dar ênfase no maxilar. Os fios espetados e úmidos caíam sob seu rosto. Conseguia visualizar aquela maldita camisa preta e justa, suficientemente levantada para mostrar seu abdômen. A destra no quadril segurava firme, pressionando o polegar contra minha pele.

— Olha como você fica bonita quando eu te fodo. — ele sussurrou; observava seu quadril se mover ao entrar em meu corpo. Sentia a temperatura de sua pele ao bater contra minhas coxas. Pegou o cigarro nos lábios e soltou fumaça ente os dentes, dando mais impacto ao movimento. — A mulher mais linda do mundo.

— Puta merda.

Os gemidos saíam roucos de minha garganta conforme Jungkook diminuía a velocidade apenas para conseguir deslizar por dentro de minha buceta, degustando de cada parte dela. Ele prensava os lábios um no outro, franzindo as sobrancelhas de um jeito ridiculamente sedutor.

Reparei no meu reflexo. A maquiagem esfumada e preta de meus olhos já estava um pouco escorrida. O batom vermelho sangue tinha uma trilha borrada até meu queixo, me fazendo lembrar da amante do Coringa, Arlequina. Dei um sorriso travesso, mordendo o lábio.

— Vem aqui. — Jeon guiou meu corpo conforme puxava meus cabelos, me fazendo levantar do apoio da pia. Grudei meu corpo no dele ao me reerguer. Minhas costas sentiam os gomos saltados do abdômen.

Arrisquei desobececê-lo, me virando e dando de cara com aqueles olhos castanhos que me devoravam. Segurei a borda de sua blusa preta e forcei-a para cima, tirando com certa urgência. 

Observei aquele corpo bem delineado, com os ombros largos e a cintura fina. O braço inteiramente tatuado agora estava exposto. Jeon respirava fundo, com o peito subindo e descendo ofegante.

Pressionei meus dedos contra seu abdômen, guiando-o até a privada de mármore branca. Ele não relutou. Apenas deu um sorriso de canto, passando a língua no piercing. O jogo de dominância e submissão que eu tinha com ele era sincronizado.

Jeon se sentou na tampa gélida, afastando as coxas fartas. Deslizou a mão por elas, chegando em sua ereção. Me encarava quase sem piscar ao contornar seu comprimento com os dedos tatuados, num movimento de vai e vem. Se estivéssemos com tempo de sobra, eu adoraria fazê-lo bater uma apenas olhando.

— Tira a mão daí. — ordenei. Jungkook obedeceu, pousando a destra no interior da coxa. Os músculos bem desenhados do braço eram ressaltados com esta posição. Usou da mão contrária para tragar no cigarro mais uma vez, soltando fumaça de um jeito sedutor.

— Como quiser.

— Assim mesmo. — esbocei um sorriso ladino nos lábios, colocando as pernas ao redor de suas coxas e finalmente me sentando em seu colo. Sua pele estava tão quente que em contato com a minha quase pegava fogo.

— Você quer me matar desse jeito. — Jeon jogou a cabeça para trás enquanto eu me deliciava com seu desespero. Roçava minha intimidade úmida em seu pau sem piedade.

— Ah, eu quero. Eu quero sim. — meus dedos foram até seu pescoço, envolvendo-o por completo.

Ele mordeu o lábio, fechando os olhos. Segurei sua ereção com a mão esquerda, movendo o quadril para cima e para baixo umedecendo a extensão com meus lábios de baixo. Jeon relutava muito, mas acabava soltando gemidinhos abafados entre os dentes.

— Olha pra mim, Jeon. — pressionei o pescoço dele, encontrando os orbes castanhos e brilhantes. O sorriso de cafajeste em seu rosto era inestimável.

Movi os dedos para seu queixo, posicionando-o levemente inclinado para baixo para que ele então assistisse com os próprios olhos. Me mantive suspensa em seu colo para então colocá-lo no devido lugar. Sua ereção invadiu minha intimidade novamente, arrancando um gemido de surpresa de minha parte logo que nossos corpos se encontraram, tornando-se um só.

Assisti Jungkook respirar fundo, jogando a cabeça para trás logo em seguida. Ele umedeceu o lábio numa expressão de sofrimento como quem lutava contra o próprio Id. O fôlego fugia de seus pulmões e ele tentava a todo custo recuperá-lo. Franzia as sobrancelhas e deixava as covinhas à mostra; os brincos prateados balançavam na orelha.

O calor de minhas coxas entrava em contato com as suas. Conseguia quase sentir o líquido de minha buceta escorrendo em seu pau conforme movia os quadris lentamente, apenas para assistí-lo agonizar mais um pouco. O desejo de sentí-lo dentro de mim me consumia cada vez mais. Por Deus, era a melhor coisa do mundo.

— Meu Deus, eu sinto que vou explodir. — ele falava numa voz manhosa, colocando as mãos em minhas costas e me puxando para mais perto. O pouco deslocar de posição com seu membro dentro de minha intimidade me fazia subir pelas paredes. — Que merda você tem, hein?

— O que?

— Nunca me senti assim. — Jungkook olhava em meus olhos. Eu apertava as coxas contra seu quadril, interrompendo sua fala com alguns gemidos. — Sedento pelo seu toque, ansiando toda vez para que surja uma desculpa convincente para que nós nos juntássemos novamente.

Ele deslizou as mãos pela minha cintura, colocando certa pressão lá. Eu rebolava vagarosamente em seu pau, sentindo tanto tesão que eu poderia facilmente fazê-lo gozar numa questão de minutos — e ele sabia disso.

— Como se você precisasse de uma desculpa convincente. — afirmei, passando os dedos por sua bochecha. Cada segundo a mais me encarando e eu sentia como se minha alma ficasse tangível, pronta para ser entregue à ele.

— Eu não quero arriscar ser um idiota para te perder.

Jungkook fazia meu coração cair e voltar apenas com uma frase.

Mais uma vez, eu me via perdida nas garras dele. Mas quer saber? Eu até que gostava disso. O sentimento de ter minhas dúvidas respondidas sem sequer mencioná-las era como soltar um longo suspiro preso por muito tempo.

— Eu prezo tanto pelo seu bem estar. — ele continuou. — Depois de um tempo, cogitei várias vezes abrir mão daquele dinheiro por você. Me sinto meio mal pensando que topei aquela noite sem te conhecer direito.

— Nós estávamos meio bêbados-

— Não interessa. — Jungkook articulou rapidamente. — Mas só consigo agradecer que isto tenha me dado a oportunidade de conviver contigo. De despertar a minha curiosidade para conhecer cada lado seu e de me permitir sentir tudo isso de novo.

Era quase cômico como os versos mais românticos de Jungkook saíam dele quando estávamos transando. Nus de corpo e de alma, revelando o que sentíamos um pelo outro.

Selei nossas bocas num beijo mais uma vez. Tocar seus lábios ganhava um novo sentido com a paixão. Me embebedava com seu gosto, envolvendo-me com a sua língua e umedecendo minha cavidade. Movia meu quadril para frente e para trás provando do êxtase puro de seu corpo. Conseguia experimentar cada centímetro de seu pau ao rebolar em seu colo.

Jungkook puxava minha nuca descontroladamente conforme o movimento de minha cintura se tornava frequente. Ora ou outra, ele escapava do beijo buscando ar, soltando gemidos abafados. O grave alto de Slow Down de Chase Atlantic estourava por trás das paredes daquele banheiro.

— Continua assim. — ele pediu, olhando para mim por cima. — Por favor.

A manha em sua voz era a cereja do bolo para a submissão de Jungkook. Quanto mais ele pedia, mais eu possuía seu corpo, levantando o quadril languidamente para voltar com certo impacto. Impacto que arrancava mais gemidos roucos dele. Minha buceta devorava sua ereção ferozmente; deslizava fácil por conta da umidade.

— Assim?

Os movimentos periódicos aumentavam, arrancando o fôlego que restava no meu pulmão. Conseguia sentir meu ápice se aproximando a cada encontro com suas coxas. Batia as nádegas contra elas, fazendo barulho. Jeon segurava meu corpo com força, franzindo as sobrancelhas numa expressão ridiculamente atraente.

Me joguei levemente para trás sem diminuir a frequência. Observava-o devorar meu corpo com os olhos. Os brincos prateados tilintavam com o impacto do meu corpo no dele. O braço tatuado se tensionava ao segurar meu quadril que subia e descia; tudo nele me atraía.

O clímax chegava conforme eu ficava mais ofegante. Rebolava de um jeito erótico em seu pau, consumido de desejo. Colei meu corpo no seu, aproximando-me de seu ouvido.

— É tão difícil de ficar quietinha com você, Jeon. — sussurrei arfando. Ele deu uma risada abafada, mordendo o lábio.

— Geme baixinho pra mim.

Cravei as unhas em seu pescoço na tentativa de amenizar o choque de nossas dermes. Sentia seu peitoral pressionado contra meu corpo. Não conseguia pensar em mais nada. Meu quadril quase se movia sozinho conforme eu gemia afônica no pé de seu ouvido. Jungkook retribuía com a voz grave e ofegante.

Me pegando desprevenida, Jeon segurou novamente minha nuca para um beijo. A urgência era maior ainda de sentir sua língua envolvendo a minha; ele conduzia o beijo enquanto cravava um pouco mais forte a parte de trás da minha coxa. Fiquei apenas responsável pelo rápido movimento de sobe e desce no seu colo.

Clamava pelo seu nome roucamente. Ele sabia o que eu queria dizer com isso. Aumentei a velocidade de meu quadril contra suas coxas, sentindo o início de meu orgasmo. Jungkook não ficava quieto por um minuto, gemendo gravemente me deixando completamente louca. Quicava com mais força ainda degustando do êxtase puro que era gozar no seu pau.

— Ah, porra.

Continuava rebolando lá sem interrupções até sentir o líquido quente me invadir. Jungkook puxava minha nuca com mais força, contraindo os músculos do braço tatuado de um jeito fodidamente sensual. Deslizava minha buceta ao redor de seu pau, presenciando-o escorrer até o final do orgasmo.

A fadiga do final do sexo era inevitável. Jungkook estava com a cabeça jogada para trás no azulejo do banheiro, de olhos fechados. O peito se movimentava com rapidez, deixando o ar entrar e sair pela boca semi aberta.

Só conseguia reparar em seus detalhes, tão próximos de mim. Ele parecia ter sido perfeitamente esculpido pelos deuses, com exatidão em cada centímetro. A mandíbula bem definida contornava seu rosto, entrando em harmonia com os lábios rubros e o nariz perfeitamente reto. Pequenas gotículas de suor escorriam de seu pescoço com as veias saltadas.

Corri meus olhos até a clavícula acentuada, seguido do braço direito exageradamente tatuado. Os símbolos se iniciavam no ombro como uma espécie de flor tribal bem preenchida. Algumas palavras se distribuíam em seus músculos, até chegar próximo do cotovelo com mais uma flor, nuvens, um olho de coloração vermelha e escritos em hangul. Poderia ficar o dia todo contando suas tatuagens.

— Você gosta delas, não é? — Jungkook meneou a cabeça, ainda encostado no azulejo. Abriu os olhos castanhos e se pôs a me fitar.

— Impossível não gostar. — toquei seu braço, passando o polegar pelos desenhos.

— Vamos, saia daí. Deixa eu arrumar você.

Obedeci, levantando de lá. Não queria nem olhar para a bagunça que havíamos feito. Encostei na pia, observando Jeon levantar e ajeitar a cueca box preta. Acertou o cinto em seu quadril e logo em seguida pegou minha calcinha jogada no chão. Enrolou papel higiênico nas mãos e ao agachar, limpou minha intimidade. Ele fez sinal para que eu levantasse os pés, colocando a roupa íntima. Ajeitou meu vestido em minhas coxas como quem nunca havia saído de lá. O cavalheirismo dele era de deixar qualquer um derretido.

— O que foi que você tá me olhando assim? — ele perguntou, lavando as mãos.

— Nada. Só fico pensando nas coisas que você faz.

— O que? Isso é o mínimo. Se estivéssemos na minha casa, teria cuidado melhor de você. Inclusive, já peço desculpas de antemão.

— Não precisa disso. Você já cuida bem de mim.

Jungkook pegou a camisa na borda da pia e colocou-a. Se pôs na minha frente, me encarando com um sorriso nos lábios. Observei-o enquanto ele colocava uma mecha de meu cabelo perdida atrás de meu ouvido.

— Eu quero mais.

Não houve tempo para que eu digerisse aquilo, porque ele pegou na minha mão e destrancou a porta do banheiro. Já haviámos ficado tempo demais naquele lugar e eu não estava afim de ser arrastada por um segurança. O som agora havia triplicado o volume e parecia que aquele lugar havia ficado mais lotado ainda.

Conseguia assimilar pouca coisa daquele local, exceto pelos feixes de luz que cegavam minha visão e o resto da iluminação neon. Jungkook apertou minha mão, ainda me guiando no meio daquela gente toda. Em poucos segundos estávamos fora do bar.

O vento gelado me fazia arrepiar. Ele pegou a jaqueta que estava na parte de dentro de seu braço e colocou-a ao redor de meus ombros. Fomos andando até o carro que não estava muito longe. Com o tanto de tempo que ficamos dentro daquele banheiro, pensava que já era outro dia.

Me acomodei no banco de couro da Mercedes, deslizando aos poucos. Minhas pernas estavam bambas e eu mal conseguia sentir minhas coxas direito. Encostei minha cabeça no banco, digerindo tudo aquilo que havia acontecido. Nesse meio tempo, Jungkook dava a volta no carro e entrava, colocando a chave no painel e ligando-o.

— Tá tudo bem?

Não respondi. O silêncio pairava naquele ambiente a não ser pelos pingos finos batendo na janela, anunciando a chuva da madrugada como de usual. Engoli em seco, cruzando as pernas em meu assento.

— Jungkook — fitava minhas pernas, mordendo o lábio. — O que você quis dizer lá no banheiro?


(...)

Continue Reading