My Girl- JJ Maybank (Outer B...

By heyemori

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CANCELADA TEMPORARIAMENTE 1 & 2 temporada (completas ✅) 3 temporada (Andamento) "🏖 Os Outer Banks, o paraís... More

Characters and Notices
Cap um
Cap dois
Cap três
Cap quatro
cap cinco
cap seis
Cap sete
cap oito
Cap nove
cap dez
cap onze
Cap doze
cap treze
cap quatorze
cap quinze
Cap um. Seg Temp
Cap dois, Seg Temp
cap três, Seg Temp
Cap quatro, Seg Temp
Cap cinco, Seg Temp
cap seis, Seg Temp
cap sete, Seg temp
cap oito,Seg Temp
cap nove, Seg Temp
cap dez, Seg Temp
cap onze, Seg Temp
Cap doze, Seg Temp
Cap catorze, Seg Temp
Cap quinze, Seg Temp
Cap dezesseis, Seg Temp
Cap zero, Terceira temp

Cap treze, Seg Temp

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By heyemori

Na manhã seguinte após nossas esperanças terem ido por água abaixo, mais uma vez, eu me desencostei da escada da entrada da casa do John B e levantei meu óculos de sol prata, o deixando preso na minha cabeça assim que vi Sarah Cameron chegando em sua bicicleta. Eu sorri para a mesma, contente por ela estar por perto e masquei o meu chiclete de melância duas vezes, antes de abrir os meus braços para recebê-la.

-Já era tempo colega, você pedala igual a uma tartaruga. -eu disse e ela sorriu para mim, descendo da bicicleta e me abraçando brevemente. -Se recuperou da briga? Estou feliz por termos arranjado uma confusão daquelas, era algo que eu sentia falta e não sabia. -ela riu fraco e assentiu, concordando comigo. -Essa cor fica boa em você, aliás, ressalta o tom da sua pele. -comentei passando a mão em sua blusinha felpuda e nós subimos as escadinhas, para entrarmos, o que atraiu a atenção do pessoal que estava espalhado pela varanda.

-Aí está ela! Olá, sumida. -JJ pronunciou abrindo uma latinha de suco e se jogou no sofá.

-O que é que você veio fazer aqui? -John B perguntou a ela e eu lancei o meu melhor olhar de descontentamento, para que ele parasse antes mesmo de começar. Não precisávamos de mais discussões e inimizades nesse grupo. -Não devia estar com os seus amiguinhos ricos do Figure 8? -ela sorriu falsamente para ele. -Ou terminou com o Topper?

-Somos só amigos. -ela respondeu se sentando em um dos sofás e a expressão no meu rosto mudou, por eu saber que ele achava que era algo há mais.

-Você é cheia de amigos, Sarah Cameron. -John B comentou.

-Éramos famosas por aqui, antes de andarmos com vocês, mendigos. A galera sente a nossa falta... -eu disse abrindo o meu vidrinho de esmalte e passando a cor verde água, nas minhas unhas. -E não reclame John B, você também fez novas amigas, como a baixinha que eu e a Sarah fizemos comer areia. -Sarah sorriu para mim e nós fizemos um high-five.

-O que quer aqui? -John B perguntou a ela, mais uma vez, se ajeitando na poltrona.

-Eu vim falar com o Pope. -ela respondeu e o garoto franziu o cenho na direção dela, se perguntando o que diabos ela iria querer com ele. -Eu achei o quarto da ilha. -nós a encaramos ao ouvirmos isso e ela sorriu para nós, assim como nós, para ela.

**

-Pessoal, prestem atenção. -Pope disse enquanto estávamos na kombi, a caminho do Figure 8. -O diário diz que a cruz possui a mais sagrada relíquia de todas, o Manto do Salvador. -eu fiz uma cara confusa, não entendendo um terço do que ele estava falando. Sendo bem sincera, essa história do Denmark Tanny já era bem confusa por si só.

-Ele está dizendo que tem vestes sagradas dentro da cruz? -Kiara perguntou a ele.

-Sim. Diz aqui que o Manto é capaz de curar qualquer doença. -Pope falou lendo em alguns papéis e eu me ajeitei no banco que eu dividia com JJ.

-Então... É por isso que a Limbrey o quer? -eu perguntei. -Por causa do problema que ela tem? E que ela acha que isso pode curá-la milagrosamente?

-Isso faz sentido. -Pope respondeu me olhando.

-Sim. "Somente se eu tocar o manto, eu estarei curada". -JJ disse e nós o encaramos estranhamente, não sabendo de onde ele tirou isso. -O que? Eu fui para a escola dominical quando eu era criança.

-O que mais diz aí? -Kiara perguntou ao Pope.

-"Dizem que foi pecado roubar algo sagrado, e que Deus nos castigará". -ele respondeu e eu franzi o cenho, pensando um pouco.

-Pior que Deus os castigou mesmo. -eu comentei ironicamente, passando a olhar pela janela em seguida.

-Um furacão afundou o navio deles e apenas Denmark sobreviveu. -Pope disse e eu me entreolhei com JJ antes de apenas esperarmos até chegarmos a casa dos Cameron e vermos no que toda essa história ainda iria dar.

Eu desci da kombi atrás do grupo e dei uma olhada em volta antes de segui-los para dentro da casa de Sarah. Eu caminhei pelo corredor principal junto com a garota, ouvindo os meninos resmungando atrás de nós e ela abriu uma das portas, fazendo eu arregalar meus olhos assim que adentrei a salinha.

-Uau! -eu disse olhando os rasgos nas quatro paredes. -Só pode estar de brincadeira, que estava aqui esse tempo todo. -eu falei e ela assentiu, enquanto os outros entravam para verem também.

-Pois é! Este é o quarto da ilha. -Sarah disse.

-Deve ter um significado. -JJ falou. -É incrível.

-É, é um mapa da ilha inteira. -eu falei me aproximando de uma das paredes para olhar melhor todas as localizações desenhadas com tinta.

-Acho que tem razão, Lya, porque aqui está o Rixon's. -John B falou apontando para uma região.

-Sim e essa é a letra do Denmark e são praticamente os mesmos desenhos. -Pope falou, conferindo com os papéis que estavam em suas mãos. -Denmark você é um gênio! Ele fez todos os desenhos deste quarto.

-A pergunta é: por que? -Kie disse. -O que ele está tentando nos dizer?

-Deve ter algo haver com a chave, né? -JJ perguntou.

-E como você descobriu esses desenhos? -eu perguntei a Sarah, que estava parada perto de algumas poltronas. -Alguém disse a você que eles estavam aqui?

-Não, e também não fui eu. -ela respondeu. -Já estava assim quando eu cheguei em casa.

-Então, quem fez isso? -Kiara perguntou.

-Os doidos. -uma voz nova ecoou na sala e nós demos um pulo de susto, por Wheezie ter chegado de mansinho, tanto que mal a ouvimos aparecer. -A mulher doente e o cão de guarda dela. Eles vieram aqui ontem a noite, queriam falar com o Rafe. -ela explicou e eu revirei meus olhos sem acreditar.

-E o que houve? -John B perguntou a ela.

-Reviraram a casa atrás de alguma coisa. Então, o Rafe me mandou subir. -ela disse. -Mas, eu fiquei curiosa e escutei pela ventilação. Além disso, eles estavam falando sobre fazerem algo no domingo.

-Deve ser algum código. -JJ falou e eu franzi o cenho.

-A cruz de Santo Domingo? -Pope perguntou a garota, que assentiu.

-Isso! É isso! E falaram algo sobre anjos... Muitos anjos. -Wheezie explicou.

-As últimas palavras do Denmark não foram "O verdadeiro tesouro está ao pé do anjo"? -eu perguntei. -Acho que ouvi o Pope falando algo assim, eu não sei. Eles estão atrás de algum anjo então, e vamos ter que procurar.

**

-Ali está... Angel Oak. -Kiara falou apontando para a enorme árvore que conseguíamos ver da estrada em que estávamos. Eu me curvei para dar uma olhada e logo depois olhei em volta, percebendo que estávamos cercados pelo pântano, o que chegava a ser um pouco assustador e preocupante.

-Droga! A maré está subindo... -John B disse diminuindo a velocidade da kombi, antes que a mesma resolvesse apagar por conta da estrada com água.

-Espera, olhem... -Pope apontou para a estrada e eu franzi o cenho. -Eles já passaram por aqui. Deve ser o carro da Limbrey, precisamos ir depressa.

-O que acha, chefe? -JJ perguntou ao John B e eu fiz uma cara estranha, antes de me levantar e me colocar entre os dois para ter um melhor campo de visão de onde iríamos atravessar.

-Não estão falando sério, estão? -perguntei revezando o olhar entre os dois. -Essa kombi vai atolar nesse lamaçal todo e vamos acabar ficando presos aqui. -eu disse.

-Vocês estão realmente analisando a situação? -Sarah perguntou nos olhando. -Desde quando escolhem o caminho mais seguro? -John B acelerou de uma vez quase fazendo eu cair do banco e eu dei uma olhada na estrada de lama, sabendo que se ficássemos presos aqui, seria para sempre. Sarah riu se segurando e eu respirei fundo um pouco preocupada, até que os pneus da kombi chegaram a estrada de terra ao outro lado, me fazendo soltar um suspiro de puro alívio.

-Vamos descer, Angel Oak está aqui perto. -JJ disse e Kie abriu a porta, nos fazendo segui-la quando a mesma desceu. -E só um conselho pessoal, tem ninhos de jacaré por aqui, então fiquem de olho, beleza? -eu o encarei sem acreditar, não sabendo se ele estava falando mesmo sério. -É verdade. Não vai querer pisar em uma mãe jacaré.

-Eles tem ninhos? -Kiara perguntou parecendo duvidar e eu olhei para o chão, com medo de ver algum jacaré por aqui.

-Ótimo lugar para estacionarem. -eu comentei.

-Você sembra da Pat Womack, Lya? -JJ me perguntou enquanto pegava um pedaço de pau no chão. -Das aulas de surf? Um jacaré arrancou a panturrilha dela.

-Não foi bem assim, ela se machucou em um acidente de carro, seu idiota. -eu falei o seguindo pelo caminho. -Mas, entendi bem o que você quis dizer.

-Acredite no que quiser. Mas, um jacaré arracou a panturrilha dela. Eu tenho certeza. -ele me respondeu e eu revirei meus olhos duvidando. -Igual esse que está logo aí. Cuidado! -eu dei um grito estridente e pulei em suas costas, quase o derrubando no chão por ter tido que me segurar de uma hora para a outra.

-Shhhh! Estão malucos? Eles vão nos ouvir! -Pope brigou e eu apontei meu dedo do meio para ele enquanto JJ ria, me ajeitando em suas costas. Nós chegamos até um moita ao ouvirmos uma movimentação de máquinas e eu desci olhando o grupo escavando perto da árvore. Eu me abaixei um pouco vendo Rafe passando com uma pá em mãos e franzi o cenho, olhando para Sarah que apareceu do meu lado para olhar também.

-Jesus, o Rafe está em todo lugar... Ele é uma praga. -eu cochichei para ela e voltei a olhar o que faziam.

-Ei! Parem! Vocês ouviram isso?! -Limbrey perguntou e o grupo se aproximou do buraco, para olhar o que tinha dentro. -O Denmark colocou dentro de um caixão. Tirem-o daí. -eu fiz uma cara estranha, me entreolhando com JJ que estava atrás de mim. Eu olhei de volta para o caixão marrom sendo retirado e engoli em seco.

-Eles pegaram a cruz? O que vamos fazer? -JJ perguntou em um baixo.

-Eles estão em maior número, não podemos fazer nada. -eu respondi.

-Não tem nada aqui dentro... Além de um cadáver. -Rafe disse. -Meu Deus!

-Devemos estar no lugar errado. -Limbrey falou se levantando. -Vamos voltar ao quarto da ilha! É hora de voltar! -nós os acompanhamos com o olhar até entrarem em seus carros e assim que eles pareciam ter ido embora, Pope saiu correndo, nos fazendo segui-lo no mesmo instante. Eu me aproximei do caixão aberto assim como eles e encarei o cadáver já decomposto, que havia dentro.

-Puta que p... -eu engoli o palavrão e cobri minha boca com as mãos.

-É a Cecilia Tanny, esposa do Denmark. -Pope disse e eu me afastei alguns passos, não querendo olhar aquilo novamente. Chegava a ser assustador e muito sinistro. Coisa de mais para a minha cabeça, meio doida, conseguir suportar também. Chega de cadáveres. -Denmark não estava falando sobre a cruz. Ele enterrou aos pés do anjo o seu verdadeiro tesouro. A esposa dele... -o garoto respirou fundo e se agachou, enquanto nos entreolhávamos sem saber o que dizer depois de termos ouvido algo assim. -Denmark foi enforcado por enterrar a sua esposa e agora profanamos o túmulo dela. -Sarah pegou algo dentro do caixão e sorriu, nos mostrando o anel dourado.

-Deve ser o anel de casamento dela. -ela mencionou e eu senti o meu estômago dar uma volta, por essa história ser bem horrível. JJ se aproximou de mim me abraçando de lado e eu retribuí, não gostando de estar aqui encarando as cinzas da mulher.

-A gente não pode deixá-la dessa maneira. -eu disse.

-Não vamos. -John B respondeu, pegando a tampa e ele e JJ fecharam o caixão de volta, prendendo a parte de cima com os pregos que foram soltos. Eu e Sarah nos entreolhamos e eu respirei fundo, quando o colocaram de volta no buraco e começaram a tampá-lo com a terra.

-Eu não entendo mais nada disso... Vocês viram o mapa. -Pope disse. -O ouro dele ficou escondido por 170 anos. Ele deixou um recado para o filho Robert ir até o túmulo da mãe, mas isso nunca chegou até ele. O Denmark queria que ele achasse a cruz. É aqui. E eu acho que...

-Deixamos passar algo despercebido? -JJ perguntou e nós o encaramos, vendo ele olhando para cima. -Pessoal. -ele subiu em cima da Kombi e Kiara o seguiu no mesmo instante para ir olhar, enquanto eu ficava em baixo com os  outros tentando entender o que estava acontecendo. -Parece...

-O desenho do quarto da ilha. -ela completou.

-Vale a tentativa. -JJ falou e enfiou sua mão dentro do buraco que havia na árvore. -Ei, tem alguma coisa aqui. -eu franzi o cenho e de repente ele começou a gritar quando algo parecia ter agarrado ele. Eu gritei assim como os outros, não sabendo o que estava acontecendo, e me aproximei para puxá-lo do que sequer aquilo fosse. Ele começou a rir em seguida da nossa cara, deixando todos nós o encarando sem entender. -Eu peguei todos vocês! Deviam ver suas caras, meu Deus!

-Imbecil! Quase me matou do coração! -eu disse sem acreditar, enquanto eu tentava me recuperar do susto.

-Que originalidade JJ! -John B falou por fim. -Bem original.

-Mas, é sério. Tem algo aqui. -JJ disse tirando seu braço de lá. -É uma luneta. Está escrito HMS Royal Merchant. -ele pulou de cima da kombi e nós nos aproximamos para olhar.

-Tem algo escrito ali. -Sarah falou apontando.

-"Quem chega até aqui não fraqueja. A cruz está no altar da  igreja." -Pope leu e nós nos entreolhamos antes de sairmos correndo juntos no mesmo instante para irmos.

**

-Droga, pelo visto a maré subiu. -John B falou quando chegamos a estrada, alagada pela água e pela lama do pântano.

-O quão fundo é? -Kiara perguntou dando uma olhada em volta.

-Não sei. A estrada praticamente sumiu. -JJ respondeu. -John B, qual é a altura das velas?

-Elas estão boas. -o garoto respondeu e eu franzi o cenho com a resposta sem sentido que ele deu.

-Qual é a altura? -JJ e Pope perguntaram juntos.

-Fica acima do farol. -John B respondeu.

-1 metro mais ou menos? -eu perguntei. -Essa joça vai afundar.

-Apertem os cintos, eu vou pisar fundo. -o garoto falou acelerando e eu me segurei, fechando meus olhos com força por não querer nem olhar o que iríamos fazer. Eles começaram a gritar enquanto eu apenas pensava nos jacarés que poderiam surgir por aqui e de repente, batemos em algo, fazendo a kombi atolar. -Droga!

-Eu devia ter dirigido. -JJ falou.

-Talvez dê para irmos andando. -eu sugeri por não querer ficar por aqui de jeito nenhum, ainda mais sabendo que a água iria subir mais.

-E deixar a twinkie? A maré está subindo. -John B falou, se virando para me olhar e eu dei de ombros.

-O que vamos fazer então? -Sarah perguntou.

-Não vamos ficar aqui. -JJ respondeu e eu respirei fundo.

-Eu posso pegar o meu carro. Está na minha casa. -eu disse me dando conta de que eu poderia facilmente perdê-lo de vez nessa confusão que estávamos.

-Você tem certeza? -John B perguntou.

-Sim, e é de sete lugares, não vamos ter problemas quanto a isso. -eu comentei abrindo a porta para sair da kombi, percebendo que a água estava na altura dos meus joelhos. -E pior que está, não fica. Não é mesmo? -perguntei buscando um lado positivo em tudo isso.

-Vamos precisar prender a Kombi no seu carro. Tem um gancho no Castelo. -JJ disse. -Fica uns três quilômetros daqui.

-É uma boa ideia. -Sarah mencionou.

-Certo, então precisamos agilizar isso aqui. -John B falou. -Se a maré subir, a Twinkie afunda. -eu assenti dando uma olhada em volta.

-Certo, não vou demorar. -eu falei.

-Eu vou com você. -JJ disse pegando uma mochila dentro da kombi e eu assenti, a passando nas minhas costas após pegá-la de suas mãos.

-Você vai me levar até o outro lado, eu não quero levar uma mordida de nada. -eu disse indo até ele e o mesmo riu, deixando eu subir em suas costas. -Não demoramos pessoal! Fiquem vivos por aqui! -eu falei.

**

Assim que pegamos o carro na minha casa, despistando qualquer aparição repentina da minha mãe, nós seguimos para a casa do John B em busca do gancho para usarmos para puxarmos a kombi. JJ saiu correndo do carro para não demorarmos e correu até o galpão, levando um tombo dolorido no meio do caminho quando tropeçou em alguns arames por lá jogado.

-Eu estou bem! -ele gritou para mim e segurei a risada até que ele não estivesse perto o suficiente para me ouvir rindo do que lhe aconteceu. Eu neguei com a cabeça sem acreditar o quanto ele era atrapalhado e chequei o meu celular algumas vezes antes de respirar fundo, dando uma breve olhada em volta. Eu olhei na direção do galpão e buzinei algumas vezes por ele estar levando mais tempo do que era preciso, para pegar apenas um simples gancho.

-JJ anda logo! -eu disse. Eu franzi o cenho achando ter visto de relance alguém com ele e buzinei novamente para ele vir. O garoto saiu do galpão junto com o delinquente do seu pai e eu fiz uma cara estranha, não entendendo absolutamente nada e nem da onde o homem havia surgido.

-O que estão fazendo? JJ! -eu falei descendo do carro sem acreditar. -Não. De jeito nenhum, ele não vai vir com a gente. O que é isso? -eu perguntei.

-Entre no carro. -ele disse ao homem e eu me coloquei na frente do cara para pará-lo.

-Não vamos fazer isso. -eu falei. -Não temos tempo para lidar com ele agora! -JJ me puxou para o lado para que o homem entrasse e eu o encarei brava. -O que diabos pretende fazer?! A twinkie está afundando, JJ!

-Presta atenção, beleza?! -ele falou segurando os meus braços para que eu o escutasse. -Ele precisa ir á marina do Island Club para pegar uma lancha. Estamos com o gancho, eu só preciso de 20 minutos. -ele me soltou e eu revirei meus olhos enquanto o garoto contornava o carro para entrar. Eu respirei fundo e me virei em sua direção.

-A kombi terá virado um submarino quando voltarmos! -eu disse o relembrando da situação em que estávamos.

-Eu sei, Lya! -ele gritou.

-Então vamos ajudá-lo depois! -eu respondi no mesmo tom de voz.

-A merda da polícia está atrás dele! -JJ gritou batendo no carro. -Não temos tempo! Se eu fizer isso agora, talvez nunca mais eu precise fazer. Agora, você pode dirigir ou não? -eu franzi o meu nariz com uma cara debochada e abri a porta do carro, olhando o homem no banco de trás como se eu fosse matá-lo. Eu apontei o meu dedo do meio antes de revirar meus olhos mais uma vez e liguei o carro para irmos logo.

Eu segui por uma estrada, ficando em silêncio durante todo o percurso por não querer conversar sobre assunto nenhum perto desse homem. Eu me entreolhei com o JJ, não muito contente por estarmos atrasando o grupo e voltei a olhar para a estrada, indo o mais rápido que a via permitia, porque eu não precisava de uma multa agora.

-Ei, garota, pode parar ali? Eu preciso de comida. -Luke pediu e eu o ignorei, preferindo pensar que ele era apenas um mosquito chato zumbindo na minha cabeça.

-Lya, o carro. -JJ disse e eu o joguei para o acostamente antes de dar o retorno no estacionamento da lanchonete. JJ tirou o cinto fazendo uma cara óbvia para mim e abriu a porta para descer.

-Bolachas, feijão enlatado, atum, sal e pimenta. -o homem pediu. -Para cinco dias.

-Penas de morte, certeza. -eu sussurrei e JJ correu até a loja para buscar o que o seu pai havia pedido. Eu fiquei em silêncio ouvindo o homem bater no meu banco, apenas para tirar ainda mais do sério e eu fechei meus olhos brevemente, me controlando. -Você é um pai terrível, sabia? -eu perguntei me virando para ele.

-Isso, me dê um sermão. -ele retrucou de modo debochado. -Me torne um cara melhor.

-Tem idéia do quanto o seu filho é diferente de você? -eu perguntei a ele. -Tem a menor noção?

-Ele é um ladrão, isso sim. -o homem falou.

-Ah, e o que você é? Um cara falido que não faz nada além de usar drogas, beber e brigar? -eu perguntei. -Nada impressionante para mim. Esse é tipo de pai que meus filhos teriam se um dia eu me casasse com Rafe Cameron, então não ache que isso é alguma novidade. -ele riu e assentiu com a cabeça.

-E trocou o Rafe Cameron pelo JJ? -ele me perguntou e riu. -Para uma Kook, você é bem burra. -ele se aproximou do meu banco e sorriu para mim. -Agora me conte... Quem está iludindo quem? -eu sorri falsamente.

-Me lembre de não ter "pais" no meu casamento, porque vocês são um porre. -eu retruquei.

-Certo, princesa Kook. -ele falou. -Só não seja uma ingrata, igual aos seus pais. Srta. Dona do Figure 8 querendo me dar lição de moral dentro do carro que o papai não precisou nem suar para comprar. -eu fechei meu punho acertando um murro em seu nariz e sorri gentilmente.

-Não tão forte quanto eu queria. -eu respondi e JJ abriu a porta do carro, com as coisas que comprou. Ele revezou o olhar entre eu e o homem que segurava o nariz, e eu apenas liguei o carro de volta.

-O que aconteceu? -ele me perguntou.

-Ele está feliz porque eu contei a ele que vamos nos casar! -eu falei alegremente e acelerei para andarmos logo com isso, antes que eu pulasse para o banco de trás para bater mais no imbecil. JJ assentiu, não acreditando muito e apontou para o caminho que eu devia seguir.

Eu parei o carro cerca de 10 minutos depois  e ele desceu assim como o homem que abriu a porta. JJ pegou algumas coisas para ajudá-lo até o barco e eu olhei quando o homem se aproximou de mim.

-Lembranças de mim aos meu futuros netinhos. -eu o olhei sem acreditar e sorri falsamente, esperando que ele descesse logo.

-Cala a boca. -JJ mandou a ele e o puxou de dentro do carro. Eles saíram andando e eu os acompanhei com o olhar esperando não ver esse homem nunca mais.

-Ei Luke. -eu o chamei, e ele se virou na minha direção. -Se for preso novamente, não conte para os outros que apanhou de uma garota. Eles vão achar que você é um marica. -eu apontei o dedo do meio e sorri. O homem fechou a cara fazendo menção de vir até mim e JJ entrou em sua frente.

-Anda logo. -ele disse ao pai e eles seguiram pelo píer.

Alguns minutos se passaram comigo apenas esperando o garoto retornar. Eu dei uma olhada onde eles estavam, e os dois se abraçaram por alguns segundos, antes do garoto descer da lancha para deixá-lo ir. Eu abri a porta do carro para ir até lá e me aproximei quando o homem já estava indo embora de vez. JJ jogou alguns frascos de remédio na lixeira ao lado e o abracei por trás, beijando o seu ombro.

-Tudo bem? -eu perguntei e ele se virou de frente para mim, me abraçando, assim que assentiu. Eu enxuguei as lágrimas em seu rosto e nós dois nos beijamos brevemente.

-Eu não serei igual a ele, ok? -ele me perguntou e eu assenti.

-Eu sei que não. -eu disse e o beijei novamente. Ele passou seu braço em volta dos meus ombros e me abraçou de lado enquanto voltávamos para o carro. Eu olhei para trás brevemente, cerrando meus olhos por conta da luz do pôr-do-sol e soltei um suspiro, sabendo que agora ele estava realmente livre.





AAAAAAAAAA EU PASSEI NO ENEM COM 87% UHULLLLLLL EU TO FELIZASSAAAAAAAAA EU VOU FAZER FACULDADE DE MEDICINA AMORES💃💃💃💃 COMEMOREM POR MIIIMM
Desculpem a falta de atualização e que como eu disse eu tava sem ideias e tals.... e também eu to me desanimando a escrever pq eu passo mais de duas horas escrevendo os caps com mó empolgação e quase ninguém interage e tals isso tá me deixando bastante pra baixo mais vamos voltar ao assunto
EU PASSEI NA FACULDADE MAIS AINDA NÃO ME DERAM AS MINHAS NOTAS DAS PROVAS DO COLÉGIO SE EU TIVER REPETIDO EU ME MATO NAMORAL

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