STOLEN [ INTERSEXUAL ] SARIET...

By steisboss

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Sarah e Carolline, gêmeas univitelinas, fisicamente idênticas. Durante muito tempo a conexão entre as duas f... More

DESIGUAIS
SEGREDOS
ALUCINADA
PERIGOSO
JOGO
INEVITAVEL
MEDO
CHEQUE-MATE
CONFIANÇA
CONFESSANDO
TESTEMUNHA
A QUEDA
INESPERADO
JULGAMENTO
ARRISCADO
MENTIRAS
ÚLTIMA CHANCE
NEGÓCIOS
RECOMEÇAR
PASSADO

A BRINCADEIRA VAI COMEÇAR

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By steisboss

OI MEU POVO
OLHA QUEM VOLTOU EIN. Esse capítulo tá babado também. Aqui é vim pra se estressar. Amaram que a Carolline ta na gaiola agora? kkkkkkk

POV SARAH

- O que vai acontecer agora? - Perguntei me sentindo nervosa. Eu queria parecer tranquila na frente delas, aliás, era de nosso intuito que Carolline fosse pressa. Mas de qualquer forma eu me sentia mal por saber que minha irmã ficaria longe. Mesmo com todos nossos problemas, eu a amava. Precisava entender que aquilo era necessário.

- Nós vamos ter que provar todas acusações contra ela. Eu mostrei a gravação de Luísa pro delegado e ele deu voz de prisão a Carolline no mesmo momento. - Annalise falava e estávamos todas prestando atenção. - Agora precisamos provar as outras acusações. Vocês vão depor e vamos usar todas as provas contra ela.

- Tem alguma chance dela sair dessa? - Juliette perguntou e todas encaramos aflitas a advogada.

- Poderia se eu fosse a advogada dela, mas como eu não sou, ela vai perder. Ela pode arrumar um bom advogado e ainda assim... - Ela dizia séria e me encarou. - Eu não perco. - Eu apenas assenti encarando Juliette que me olhava com preocupação. Eu só queria me trancar no meu quarto e chorar. Precisava colocar a mente no lugar, havia um peso enorme sobre mim, e eu queria esquecer dele, pois era o velho sentimento de culpa que eu sentia.

Ouvi passos vindo em minha direção atrás de mim e me virei, era minha mãe completamente afobada. Ela me puxou pra perto dela segurando a cola da minha camisa e arregalei os olhos. Estava furiosa.

- Estou aqui tentando arrumar um advogado pra tirar sua irmã da cadeia e você aí ajudando a colocar ela lá? - Ela disse entre dentes e eu não soube o que responder. Apenas a encarava séria tentando controlar o nó na minha garganta. Era demais pra mim, já não tinha psicológico nem pra discutir mais.

- Minha senhora, sua filha cometeu crimes e precisa pagar por elas. - Annalise se aproximou e minha mãe me soltou dando sua atenção a ela. - Sarah não tem culpa se Carolline fez coisas horríveis. Ela depor contra a irmã só mostra que é a filha que você deveria se orgulhar.

- Você vai depor contra sua própria irmã? - Ela se voltou a mim novamente e fechei os olhos respirando fundo.

Eu não conseguia formular uma palavra. Era incrível como eu errava sempre que tentava acertar. Chegava a ser engraçado a forma que as pessoas que eu jurava que me amavam, faziam eu me sentir culpada por existir, como se tudo que eu tocasse desmoronasse. Eu tinha que compactuar com erros, ou era uma pessoa horrível. Essa era a lógica da minha família, e eu já me sentia totalmente deslocada dela.

- Sim. Ela vai depor. Assim como todas nós, mulheres que sua filha abusou, estuprou e tentou matar. - Juliette disse alterada. Seu tom sério me causando arrepios. Minha mãe nada disse, apenas se voltou a mim me olhando de forma intimidadora.

- Se for depor contra sua irmã, quero que saia dessa casa imediatamente. Se ela não pode ficar aqui, você também não pode.

- Mas que porra você tá falando, sua bruxa do 71! - Luísa exclamou se aproximando. - Sua filha tentou me matar. Você tá se escutando? O que Sarah tem a ver com isso?

- Luísa, calma! - Mari tentou tirá-la de perto da minha mãe.

- Me deixa falar, porra! Eu passei por um inferno por causa da sua filha. - Mari segurava Luísa, pois se soltasse a mesma, tinha certeza que ela iria pra cima da minha mãe. Eu estava parada olhando. Talvez devesse fazer alguma coisa, mas naquele momento, eu só consegui ficar quieta e imóvel com medo de simplesmente surtar e destruir tudo a minha volta.

- Nenhuma de vocês tem noção do que minha filha passou. - Os olhos de minha mãe se encheram de lágrimas. Eu não sabia do que ela estava falando. - Ela tem que ir pra um tratamento, não pra prisão. Ela precisa de ajuda.

- Do que você está falando? - Perguntei confusa. Ela estava chorando muito. Ficamos todas olhando-a sem entender.

- Quero que saiam daqui. Me deixem em paz pra pensar em como vou tirar minha filha daquele lugar. Só me deixem em paz. - Ela saiu andando pra dentro de casa e fiquei olhando. Eu queria saber do que ela estava falando. Também precisava pensar pra onde eu iria. Eu não trabalhava, não sabia como iria me sustentar. Estava tudo desmoronando sobre mim.

- Ei... - Senti alguém tocar meu braço e me virei. Era Juliette. Ela me olhava com preocupação. Suas mãos alisando meus braços como se soubesse que eu estava me segurando pra não explodir. Fiquei a encarando sentindo meus olhos encherem de lágrimas. Eu não conseguia mais segurar. - Está tudo bem. Eu estou aqui.

- Sarah, pegue suas coisas. - Luísa se juntou a Juliette tentando me acalmar. Eu não conseguia mais segurar o choro. Estava agoniada. - Você vai ficar na minha casa.

- O que? - Juliette exclamou espantada. Levei as mãos até meu rosto esfregando com força.

- Não comecem. - Pedi ao máximo tentando controlar minha voz e meu nervoso.

- Isso aí. Não comecem. O negócio é manter Sarah segura. Ela vai ajudar vocês e isso está custando muito pra ela. - Annalise falava e eu só conseguia pensar em que diabos minha mãe estava falando sobre Carolline. Algo tinha acontecido e eu não sabia.

- Ela pode muito bem ficar na minha casa. - Juliette falou e coloquei as mãos na cintura encarando ela e Luísa que pareciam discutir aonde eu ia ficar.

- Por Deus, Juliette. Larga de ser vagabunda. Nem você sai da minha casa porque se sente mais a vontade lá. - Luísa falou e Juliette revirou os olhos. - Vou ter que escrever na testa que não quero pegar sua namorada pra você acreditar?

- Ela não é minha namorada. - Juliette disse séria e Luísa riu.

- Sério que vocês vão discutir isso agora? - Mari entrou na conversa e respirei fundo. Que diabos arrumei pra minha vida.

- Na sua casa que ela não pode ficar, Mari. Seu piriquito pega fogo perto dela. - Luísa foi sarcástica. Elas estavam me irritando tanto.

- Não quero nada com essa talha dessa garota!

- Não fale assim dela! - Juliette se alterou e foi interrompida por Annalise.

- Já chega! - Annalise gritou e elas pararam com a discussão na mesma hora. - Você tinha mesmo que ficar com todas elas? Por Deus, agora segure seus b.o. - Annalise se despediu e foi saindo dali.

Decidimos depois de muita discussão que eu ficaria no apartamento de Luísa. Eu não me sentiria bem na casa de Juliette com a mãe dela lá que achava que Juliette namorava Carolline. E também eu não sabia como agir ficando na casa dela do nada. Querendo ou não, nossa relação era diferente e definitivamente "morar junto" não era o momento.

Entrei na minha casa sentindo um frio na barriga. Estava com medo da minha mãe brigar ou algo assim. Iria pegar minhas coisas e sair de lá. Era o certo a se fazer. Não sabia o que iria fazer da vida agora, mas teria tempo pra pensar.

Abri a porta do meu quarto e encontrei minha mãe sentada na minha cama. Algumas fotos estavam espalhadas pela cama e ela segurava uma caixa com alguns CD's dentro. Ela pareceu perceber minha presença ali e me encarou fazendo um calafrio percorrer minha espinha.

- Preciso te mostrar uma coisa. - Minha mãe disse e engoli seco. Eu sinceramente não aguentava mais nada.

...

POV JULIETTE

Estava sentada com Luísa na escada que dava acesso a casa de Sarah. As outras meninas tinham ido embora e estávamos esperando por Sarah, que por sinal estava demorando bastante. Estava me segurando pra não ir lá, sabia que talvez a mãe dela a estivesse pressionando.

- Queria entender esse seu ciúmes da Sarah comigo. - Luísa quebrou o silêncio e eu a encarei. Ela amarrava o cadarço de seu tênis como quem não quer nada.

- Tenho ciúmes das duas. - Tentei explicar de forma clara, pois era exatamente o que eu sentia, sendo certo ou não.

- E você acha o que? Que eu e Sarah vamos namorar e largar você de mão? - Ela riu empurrando meu ombro com o dela. Seria engraçado se eu não pensasse exatamente aquilo.

- Acho que somos três pessoas fudidas da cabeça, que já se envolveram uma com a outra. As vezes bate um medo de acontecer algo que não esperamos, entende? - Falei verdadeiramente e ela assentiu agora séria. Ela sabia do que eu estava falando. Meu maior medo era magoar Luísa. Ela tinha esse cheio sarcástico, parecia estar sempre animada e fazendo piadas com seu humor ácido, mas eu sabia que ela lutava todos os dias com ela mesma e com tudo que sentia. Eu não queria machuca-la.

- Olha aqui... - Ela segurou minha mão e deu um beijo me fazendo sorrir. - Eu estou bem. Estou resolvida sentimentalmente. Eu quero ajudar Sarah porque ela precisa da gente. Como eu precisei um dia e sou grata por tudo que fez por mim. Mas ela precisa da gente agora. Não se preocupa, eu tô bem, de verdade. Torço por vocês duas. - Ela disse tudo me olhando nos olhos e com um sorriso no rosto. Era gratificante vê-la assim. Luísa era forte, mais do que eu imaginava.

- Tudo bem. Vou relaxar sobre isso. - Falei verdadeiramente e ela me abraçou de lado. Ela era a melhor amiga do mundo.

- Não acha melhor ir ver a Sarah? Ela tá demorando. - Luísa falou e eu me virei encarando a porta de sua casa aberta. Eu não queria ser invasiva, mas não era seguro deixar Sarah sozinha com a mãe naquele momento. Eu estava sentindo que algo estava errado, mas estava me segurando.

- Fica aqui. Eu vou lá. - Luísa apenas assentiu e eu me levantei entrando na casa. Não queria saber se era errado ou não, ou se a mãe de Sarah iria me por pra fora sob vassouradas. Subi as escadas e escutei que as duas conversavam algo. Me assustei quando Abadia saiu do quarto e me encarou. Seus olhos vermelhos de lágrimas. Fiquei paralisada esperando por algum surto, mas não veio. Ela apenas passou por mim e saiu dali.

Adentrei o quarto de Sarah sem esperar mais. Ela estava sentada na cama encarando a parede com lágrimas nos olhos. Me senti uma idiota por deixa-la sozinha, sabia que aquela mulher iria fazer alguma pressão psicológica. Eu só queria tirar minha Sarah daquele lugar tóxico.

- Ei... - Me aproximei e sentei ao lado dela na cama. Sarah permaneceu imóvel. As lágrimas caiam pelo seu rosto, mas ela nem ao menos piscava. Percebi uma caixa em seu colo, parecia ser alguns Cd's. Não sabia o que era, mas me preocupei. Sarah parecia nada bem. - Fala comigo. O que sua mãe fez?

- Eu... Eu quero sair daqui. - Ela falou com muito custo, parecia engasgada com o próprio choro. Parecia uma criança soluçando. Meu coração estava em pedaços. Era lamentável a forma que as pessoas daquela casa não se importavam com Sarah. Só queriam fazer pressão psicológica, pois ela era a única com caráter naquele lugar. Eu estava com ódio.

- Respira fundo, amor. Se acalma. - Tentei acalma-la, pois ela não parava de soluçar. Senti meus olhos ardendo por seu estado. Precisava me manter firme. Ela precisava de mim.

- Me tira daqui.

- Preciso que você se acalme. Eu vou tirar você daqui. - Fiquei de pé na sua frente e encostei sua cabeça em minha barriga. Não sabia o que fazer direito. Fiquei alisando seus cabelos segurando seu rosto ali. Pra minha sorte isso pareceu acalma-la. - Pronto. Vai passar. Respira devagar. Não se desesperada, eu tô aqui.

- Eu fiz besteira, Juliette. E agora? É culpa minha ela estar lá agora. - Ela dizia chorando e respirei fundo. Era incrível como elas conseguiam entrar na cabeça dela.

- Por que diz isso? - Me ajoelhei na frente dela encarando seu rosto inchado de tanto chorar. Ela olhou pra aqueles cds e chorou ainda mais. - Sarah, você está me assustando.

- Meu pai... - Ela começou a falar e fiquei a encarando esperando o que ela ia dizer. - Meu pai estuprava ela e gravava. Está tudo aqui. - Ela disse com a voz chorosa e me entregou a caixa. Eu estava sem reação. Era só o que faltava. - Minha mãe disse que ela tinha ódio de mim porque ele fazia isso só com ela e não fazia comigo.

- Meu Deus...

- E ela lembra de tudo, Ju. Minha mãe o colocou pra fora depois que ela cresceu e contou tudo. Eu não sabia de nada, Juliette. Eu não sabia. - Ela chorou ainda mais e a única coisa que consegui fazer foi puxa-la para perto de mim. Aquilo era no mínimo preocupante.

- Você sabe que isso não justifica nada que ela fez, não é? - Perguntei e ela se afastou tentando limpar o rosto.

- Não justifica. - Sarah disse e soltei o ar do meu pulmão. Eu já estava tensa. Óbvio que eu estava me sentindo mal e saber pelo que Carolline passou, não desejo a ninguém. - Mas ela pode ter desenvolvido um trauma. Talvez ela precise de tratamento psicológico, e não prisão.

- Sarah, não podemos fazer mais nada. Tanto ela quanto seu pai merecem pagar pelo que fizeram. Sua mãe sabendo disso tudo deveria ter feito Carolline se tratar. Por Deus, qual problema da sua mãe? Carolline talvez não tivesse feito metade do que fez.

- Por favor, Juliette. Tem que ter um jeito. - Me levantei suspirando alto. Aquilo não estava nos meus planos. Carolline tinha que pagar. Eu precisava pensar. Todas tínhamos nossos traumas, aquilo não tinha justificativa.

- Já pensou se Luísa sai por aí atacando mulheres porque sofre de um trauma causado por sua irmã? - A questionei e ela ficou me encarando. - Ela teria que pagar pelo que fez. Quantas vezes tentou ajudar sua irmã? Me desculpe, eu não tenho empatia por ela.

- Você tem razão. - Sarah disse se levantando da cama. Pelo menos agora ela me escutava. - Ela também pagaria se sua pena fosse cumprida numa clínica psiquiátrica, certo?

- Sim. - Respondi a contragosto. Ela estava querendo que eu fizesse algo que eu não queria fazer.

- Por favor. - Sarah disse em um fio de voz e fiquei a encarando séria. Ela estava nitidamente abalada demais com tudo aquilo. Precisava deixa-la longe daquilo tudo até que ela melhorasse. Talvez fosse melhor não dizer tudo a ela, pelo menos naquele momento. Precisava agir sozinha.

- Me dê essa caixa. Vou ver o que posso fazer. - Ela assentiu me dando a caixa. - Pegue suas coisas. Vamos sair daqui logo.

Sai do quarto e desci as escadas. Fui até o meu carro e Luísa estava no banco do carona fumando um cigarro. Coloquei aquela caixa no banco de trás e me afastei um pouco do carro. Luísa me encarava confusa. Peguei meu celular e disquei o número de Annalise.

- Espero que seja realmente importante. Não aguento mais vocês. - Ela disse e revirei os olhos.

- Acho que temos um problema. - Falei inquieta observando pra ver se Sarah estava vindo. Não queria que ela ouvisse.

- Mas o que houve agora? - Annalise perguntou e lhe contei rapidamente tudo que Sarah acabara de me contar. Pra minh surpresa, ela não parecia nervosa.

- E agora?

- E agora? - Ela riu do outro lado da minha. - Guarde isso. Essa é a maior prova que temos dos estupros. Se a gente tocar nesse assunto com Carolline no meio de um tribunal, é bem óbvio que vamos destabiliza-la.

- Não acho que isso seja apropriado. Ela tem um trauma.

- Sério? Luísa também tem e Carolline por sua vez não pensou duas vezes antes de usar os traumas de Luísa para chantagea-la. Disse que faria tudo de novo. Devo ter empatia, Juliette? - Annalise disse e suspirei. Eu não tinha pena de Carolline, só conseguia pensar em Sarah nessa situação.

- Você está certa. Que se foda essa puta.

- É isso aí. Esqueça os sentimentos de Sarah por enquanto. Ela vai sofrer agora, mas nós cuidados dela depois.

- Ok. - Me despedi de Annalise e desliguei. Me aproximei de Luísa e ela sorriu.

- Conta a fofoca.

...

- Vai ficar calada até quando? - Perguntei a Sarah enquanto a observava cozinhar na cozinha do apartamento de Luísa.

Estávamos ali a algumas horas. Sarah trouxe suas coisas e ficaria aqui por um tempo. Luísa tinha ido levar Eloá ao pediatra e eu estava encarando Sarah. Ela estava séria, não abriu a boca desde que chegou. Eu sabia que ela estava mal, que os pensamentos estavam machucando a cabeça dela. O que eu podia fazer? Estava agoniada de vê-la assim. Eu não era muito boa com isso, mas pelo menos estava tentando.

- Desculpa. Eu não tô bem. - Ela disse encarando a panela. Seu rosto abatido. Eu só queria coloca-la no meu colo e cuidar de todas suas feridas.

- O que está fazendo de bom pra gente comer? - Puxei qualquer assunto e me sentei no balcão ao lado do fogão.

- Macarrão. Não estou com muita criatividade hoje. - Ela finalmente me encarou e me deu um sorrisinho, desviando logo em seguida. Fiquei olhando pra ela, como era possível eu estar apaixonada por aquela mulher? Eu não sabia como tinha acontecido, não sabia ao menos explicar.

- Odeio te ver assim. - A vi desligando o fogo e a puxei pelo braço pra perto de mim. Ela evitava contato visual comigo. Parecia que Sarah ainda não confiava em mim 100%. Podia senti-la acoada por mais que ela falasse sobre seus sentimentos as vezes. Ela desconfiava de mim, eu a entendia. Teria que mostrar a ela tudo que eu sentia.

- Eu vou ficar bem. - Ela passou as mãos por minha cintura e me encarou finalmente. Senti um arrepio percorrer meu corpo. Entrelacei minhas pernas em sua cintura, agora nossos corpos estavam grudados. - Eu só estou tensa.

- Se quiser pode te ajudar com isso. - Falei no calor do momento e ela sorriu. Não sabia se era uma boa hora, mas aquela mulher me tirava o pingo de sanidade mental que me restava. Não aguentava mais não poder toca-la.

- Não estou no clima. - Ela desviou o olhar do meu completamente sem graça já que eu a olhava como uma ninfomaniaca e pressionava meu quadril no seu. Eu não sabia me controlar muito bem e isso parecia assustar Sarah.

- E o que é isso aqui? - Pressionei no volume de sua calça e ela sorriu nervosa. - Deixa eu cuidar de você. - Colei meus lábios em seu pescoço me apertando cada vez mais nela. Senti sua pele se arrepiar e sorri.

- Ju... - Sarah disse em um fio de voz e apertou minha cintura com força. Cada toque dela em mim fazia meu corpo vibrar. - Luísa vai chegar.

- É só você gozar rapidinho. - Falei em seu ouvido descendo a mão para o volume na sua calça jeans. Ela aumentou o aperto na minha cintura instantaneamente. Seus suspiros me excitavam tanto que ela mal podia imaginar. Ela se afastou um pouco pra poder me olhar enquanto eu apertava o volume em sua calça. Seus suspiros e seu quadril mexendo fazendo minha boceta molhar.

- Não consigo resistir a você. - Sarah disse e me puxou pela nuca colando nossos lábios. Meu corpo inteiro reagindo aos lábios dela nos meus. Ela beijava bem. Será que tinha algo que ela não sabia fazer? Sarah era boa em tudo.

Fui abrindo sua calça um pouco desesperada sem cessar o beijo, enquanto ela levantava meu vestido de qualquer jeito. Fazia tanto tempo que não tínhamos esse tipo de contato que eu estava um pouco ansiosa por aquilo, e acho que ela também.

Ela abaixou uma a alça do meu vestido deixando meus seios amostrar, se abaixou um pouco e seus lábios quentes atacaram meu mamilo. Ela lambia, beijava, modiscava. Pressionei sua cabeça ali apertando uma perna na outra pra aliviar a tensão no meio das minhas pernas. Ela estava me deixando louca.

Ela abaixou um pouco sua calça e grudou seu quadril no meu esfregando sua ereção no meu centro por cima da calcinha. Senti meu corpo estremecer com o contato. Fechei os olhos com força me esfregando nela, mal conseguia segurar os gemidos que saiam da minha boca sem que eu ao menos percebesse.

- Você gosta disso, Juliette?

- Sim. - Respondi completamente no automático. Sua mão agarrou meu rosto com brutalidade e eu abri os olhos para encara-la. Ela não parava de sarrar ali, ela sabia o quanto eu gostava, o quanto isso me deixava pronta pra ela. Sarah se transformava quando estava com tesão, e eu adorava isso.

Ela se afastou de mim me fazendo resmungar. Abaixou um pouco sua calça e sua cueca logo em seguida. Seu membro duro me fazendo salivar. Cheguei a sentir um desconforto no meio das pernas de tanta vontade de sentar ali. Sarah prendeu os cabelos em um coque frouxo e fiquei a encarando enquanto ela simplesmente se arrumava pra me comer.

- Você é muito abusada. - Falei e ela riu. - Eu estou uma decadência aqui.

- Abre essas pernas. - Ela se aproximou novamente enquanto mexia sem parar em seu membro. Eu estava sentada no balcão. Ela abriu mais minhas pernas segurou por trás dos meus joelhos com uma mão, enquanto a outra pressionava seu membro na minha entrada. Por mais que eu tivesse feito isso só uma vez, não estava sentindo dor, só a queria qualquer parte de Sarah dentro de mim. - Sua boceta é uma delícia.

Ela começou a se mover parecendo não ter noção de seus movimentos. Estava tão desesperada quanto eu. Segurava firme nas minhas pernas e olhava o tempo todo para o seu membro entrando em mim, como se isso a estivesse excitando muito.

- Você é muito gostosa. - Ela me puxou ainda mais pra ela e meteu várias vezes, não parava nem pra respirar, parecia não se cansar nem um pouco. Me segurei em seus ombros e fechei meus olhos sentindo uma sensação indescritível.

- Não para, Sarah. - Pedi completamente tomada pelo prazer que ela estava me proporcionando. Não tinha nem noção mais das palavras que saiam da minha boca. Segurei firme em sua nuca me segurando pra não sair do lugar com a força que ela metia dentro de mim. Ela sabia fazer aquilo, como sabia.

No segundo seguinte ela me puxou com brutalidade me tirando de cima do balcão. Me virou de costas pra ela de uma vez só e me fez apoiar metade do corpo no balcão. Ela só podia estar querendo me matar de tanto tesão. Não consegui fazer nada além de me expor completamente pra ela.

- Quer gozar, Juliette? Não está se aguentando. Olha como você fica pra mim... - Ela disse esfregando seus dedos na minha entrada encharcada. Eu só conseguia gemer inquieta procurando por contato.

Suas mãos agarraram minha cintura sem muita delicadeza e senti seu membro me penetrando com força. Os dedos dela pareciam que iam me rasgar. Me segurei no balcão e joguei a cabeça pra trás deixando que ela me fodesse como quisesse. Aliás, eu estava a ajudando a tirar sua tensão.

Sarah segurou meus cabelos com uma das mãos e com a outra estapeava minha bunda e me puxava mais pra ela em seguida. Eu não conseguia mais segurar, meu corpo inteiro estremecendo a cada investida. Estiquei a mão pra trás tentando agarrar sua cintura para que ela fosse mais fundo, e tudo que ela fez foi segurar minhas duas mãos nas costas, se apoiando ali pra investir cada vez mais rápido em mim.

Fechei os olhos com força sentindo meu ventre contrair. Eu mal conseguia raciocinar. Estava entregue a aquela sensação gostosa. Senti meu corpo ficar rígido e perdi completamente as forças gozando forte com o membro dela dentro de mim.

- Está gozando em mim, Juliette. Sua cretina. - Ela largou minhas mãos e apertou minha bunda com força parecendo estar se controlando muito pra não gozar dentro de mim. Se movia devagar agora e eu sentia seu membro vibrando violentamente.

Voltei a me mover contra ela rebolando com seu membro dentro de mim e ela fazia de tudo pra me segurar. Parecia estar tendo uma guerra interna entre fazer aquilo ou não.

- Goza pra mim, Sarah. - Pedi me virando para olha-la e ela segurou minha cintura cravando suas unhas. - Não se preocupe. Pode jogar tudo dentro de mim. - Falei baixo e ela me puxou grudando seu corpo no meu sem sair de dentro de mim. Ela agarrou meu rosto com uma mão e me manteve grudada a ela enquanto estocava devagar, mas forte, pra dentro de mim. Sarah suspirou alto gemendo de forma descontrolada e pude sentir seu líquido quente me enchendo. Ela ainda estocava enquanto estava gozando com força. Seu corpo tremia e ela me apertava com força parecendo não ter controle do que estava sentindo. Seu corpo foi relaxando aos poucos e ela foi afrouxando o aperto do seu corpo no meu. Sua respiração ainda ofegante me fazendo sorrir pelo estado que eu conseguia deixá-la. Sarah era irresistível.

- Eu vou... Te matar. - Ela disse com o rosto colado no meu. Estávamos suadas e ofegantes ainda. - Eu não devia ter feito isso.

- Shiiu. Quietinha. Eu me cuido. Não se preocupe. - Falei verdadeiramente e ela assentiu saindo de dentro de mim devagar.

Depois de um tempo tentando nos recuperar, tomamos um banho, almoçamos e nos jogamos na cama. Sarah parecia totalmente exausta. Estava quieta de novo e eu tentava puxar assunto para não deixa-la pensar em seus problemas com sua irmã.

- Para de falar isso, Juliette. - Sarah disse envergonhada. Ela estava deitada de barriga pra cima e eu de bruços do seu lado.

- É sério. Agora eu entendo porque essas meninas todas já deram pra você. - Falei enquanto escutava sua risada. Ela estava vermelha e morrendo de vergonha dos meus comentários sobre sua potencia sexual. - Você acaba comigo.

- Eu peguei leve com você. - Sarah disse com um sorrisinho no rosto me fazendo sorrir também. Percebi que aquele sorriso fazia meu coração bater mais rápido. - O que acha da gente sair pra jantar hoje?

- Pode ser. Posso escolher o lugar? - Perguntei animada e ela sorriu assentindo. - Ok. Vou passar em casa pra pegar umas roupas. Tenho outro compromisso, mas volto aqui pra te buscar.

- Tá bom, neném. - Ela disse e fiquei a encarando com um sorriso de orelha a orelha pelo apelido. Pareceu ter escapado e agora ela estava envergonhada.

- Eu gosto de você, Sarah. - Confessei no calor do momento e ela ficou me analisando esperando que eu dissesse mais coisas. Seus dedos vieram parar em meu rosto fazendo um carinho de leve. Seu olhar tinha um bilho diferente ao me olhar. - Você fez com que eu não tivesse vontade alguma de ser durona, de usar minha armadura e sair por aí para enfrentar o mundo e não voltar pra casa tão ferida.

- Ju... - Ela passou o dedo limpando a lágrima que escorreu pelo meu rosto. Eu sentia necessidade de dizer aquilo a ela. Eu me sentia exposta, mas ela precisava saber, precisava saber que alguém a amava de verdade.

- Com você eu não tenho medo de mostrar que sou frágil e que as coisas me atingem com muita força e que por ser bruta, mandona e sincera as pessoas pensam que sou forte demais e que não me sensibilizo. - Fechei os olhos sentindo as lágrimas descendo. Eu não conseguia mais fingir na frente dela. - Mas a verdade é que tudo me atinge em uma profundidade muito grande.

- Você pode achar que não, mas eu já sei de tudo isso. E por mais que eu me sinta receosa as vezes, eu sei que você precisa de alguém verdadeiro, tanto quanto eu preciso. - Sarah disse tudo enquanto sua mão fazia um carinho delicado em meu rosto. Eu estava tão apaixonada que chegava a ser ridículo.

- Eu vou precisar mais de você do que você de mim, Sarah. - Confessei e ela sorriu assentindo. - Eu sou intensa, eu explodo. Eu sou um acumulo de exaustão e decepções. Não tenho uma boa rotina, e eu penso em desistir todos os dias. E, por incrível que pareça, minha salvação é você.

- E você é a minha. - Ela me puxou delicadamente e me deitei em seu peito. Ela parecia alegre com minhas palavras. Talvez eu não devesse ser tão dura sempre. Sarah precisava de alguém que fosse leveza pra ela. As duas únicas pessoas de sua vida acabavam com seu psicológico. Ela precisava de um pouco de paz. - Eu e você agora. Promete?

- Prometo.

...

Estava dirigindo meu carro em direção ao presídio onde Carolline estava. Deixei Sarah dormindo no apartamento de Luísa e sai de lá. Ainda faltava uma coisa a ser feita no meu plano, e eu não deixaria passar batido.

- Alô? - Atendi o telefone vendo que Luísa me ligava.

- Você não tem jeito, não é?

- Nós tínhamos um intuito, Luísa. Eu não estou satisfeita. - Falei nervosa parando o carro no sinal vermelho. Estava nervosa e ansiosa. Me sentia excitada só em pensar que deixaria Carolline completamente sem chão ainda hoje.

- Julie, sabe que Sarah não está bem. Pra que vai piorar as coisas? - Luísa falava e eu sentia meu corpo esquentar de odio.

- Quero atingir Carolline. Não Sarah.

- Eu quero muito que Carolline se foda. Então, vamos evitar que ela entre em contato com Sarah depois disso, ok?

- Certo. - Me despedi de Luísa e desliguei. Acelerei mais e cheguei rapidamente ao presídio. Informei que queria visitar Carolline Andrade e passei por alguns procedimentos, até que levaram para uma salinha para esperá-la. Logo pude vê-la se aproximando. Tudo que nos separava era um vidro enorme. Ela se sentou na minha frente, usava roupas laranjas. Seus cabelos presos em um rabo de cavalo, seus olhos escuros. O verde mal aparecia. Aqueles olhos escondiam coisas sujas demais, e agora transpareciam em sua feição.

Ela pegou o telefone e fiz o mesmo o colocando no meu ouvido. Ela ficou calada esperando que eu dissesse algo, acho que se pudesse ela
me esganaria.

- Como você está? - Perguntei apertando a boca pra não rir.

- Vai se fuder.

- Hmmmm. Ela sabe dar respostas. - Falei sarcástica e a vi trincar a mandíbula. Estávamos só eu e ela ali. Eu só queria brincar.

- Fala que merda você quer, Juliette. Eu não estou com paciência pra você. Já não basta ter ficado
meses com você sem te comer? - Ela disse provocativa e fiquei a encarando. - Eu tive que comer tantas mulheres fora da nossa relação por que nem pra sexo você me servia.

- Irônico você dizer isso. - Sorri tendo flashes da tarde de hoje. - Carolline, meu anjo, antes de eu ter meu chifre você teve o seu. - Me aproximei mais do vidro, ela me olhava atentamente.

- Do que você está falando? - Ela disse calmamente, mas podia ver seus dedos apertando com força a madeira a sua frente.

- Estou falando que eu tive relações com alguém enquanto estava com você. - Eu dizia quase sussurrando, Carolline estava paralisada. - Eu pegava ela, me esfregava toda vez que estávamos juntas. Uma mulher de verdade, não uma merdinha igual a você. Eu não aguentei. Transei com ela. E acredita que fui pra sua casa logo depois?

- Isso é mentira. - Ela disse e comecei a rir de sua feição desesperada. Como era gostoso, por Deus.

- Quer saber quem era?

- Eu não quero sab-

- A Sarah. - Falei analisando sua expressão, eu não conseguia conter o sorriso no meu rosto. Os olhos dela arregalaram um pouco, ela abriu a boca algumas vezes, mas nada saiu.

- Isso é mentira. Você tá mentindo.

- Lembra quando cheguei em casa com um chupão? Eu te disse que foi um mosquito... - Eu dizia e ela me encarava ainda com seus olhos arregalados. - Aquilo foi sua irmãzinha, a Sarah. Chupou meu pescoço com força de tão excitada que ela estava de comer minha buceta virgem. - Ela se levantou em um solavanco e apoiou a palma da mão no vibro, me fazendo levantar também instantaneamente.

- Para. É mentira.

- Toda vez que você falava pra ela deitar do meu lado pra você ir comer outra, toda vez ela se aproveitava. E eu sabia que era ela. Sua irmã gozava no meu corpo em cima da sua cama, sua merdinha! - Falei tudo de uma vez. Ela bateu no vidro com força e tudo que eu conseguia fazer era rir.

- Isso é mentira. Ela não seria capaz. - Ela bateu de novo no vidro, completamente transtornada. Eu estava me divertindo.

Meu celular vibrou no meu bolso e eu o peguei vendo uma mensagem de Sarah. Eu abri sorrindo ao ler. Era tudo que eu precisava naquele momento. Encarei Carolline e ela me olhava como uma maniaca.

- Hmmm, veja só. Falando no diabo. Acho que você vai gostar de ler essa mensagem.

Encostei o celular no vidro e Carolline não excitou antes de ler a mensagem. Seus olhos pareciam que iam sair de órbita.

Sarah:

Oi amor Já decidiu onde vamos jantar? Queria comer o mesmo que comi no almoço: você! 😏

- Não... - Ela disse desacreditada e eu ri. Eu podia gozar só de ver sua feição derrotada. Eu não sabia brincar. Me aproximei do vidro e ela me encarou com lágrimas nos olhos.

- Tenho que ir, Carolzinha. Tenho um jantar hoje com sua irmã. Talvez eu sente nela depois pensando no tesão que essa cena me deu. - Peguei minha bolsa e joguei nos ombros. - Missão dada, é missão cumprida. Aprodeça na cadeia, filha da puta.

Me virei pra sair dali e escutei Carolline gritar e socar o vidro. Logo os policiais correram para contê-la. Sorri saindo pela porta. Eu definitivamente não sabia brincar.

...

QUE SABORRRRRRRR CARALHO

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