Quarta-feira, 29 de maio de 1996
"Tudo o que estou dizendo é que não deve ser tão difícil conseguir permissão para esse tipo de coisa", disse um dos outros quebradores de maldição no vestiário, com força, no momento em que Bill saiu do banheiro, apenas um toalha enrolada em sua cintura, água escorrendo pelo peito, braços e pernas em pequenos riachos.
"Permissão para quê?" ele perguntou enquanto a conversa silenciava. Já tinha ocorrido a Bill mais de uma vez que alguns de seus colegas aqui em Gringotes, que ainda não o conheciam muito bem, tomavam cuidado com o que diziam quando ele estava à distância de ouvi-lo. Era frustrante e meio irritante, embora compreensível. Os Weasleys eram conhecidos por terem estado do lado daqueles que banem magia considerada muito perigosa na maioria das vezes, e conhecidos como apoiadores ativos da luta contra Voldemort e tudo que é rotulado de magia negra . Não que o próprio Bill ficasse feliz por tudo ter sido manchado pelo mesmo pincel. Mas como os outros deveriam saber disso?
"Pesquisa em antigos rituais que não podem mais ser usados", foi a resposta curta e aparentemente inofensiva.
Bill cantarolou, caminhando até seu armário para pegar outra toalha. "Acho que você está falando sobre aqueles em que parte ou todos os ingredientes necessários simplesmente não estão mais disponíveis, em vez daqueles que foram, por razões mais ou menos boas, proibidos de serem usados como estão?" De fato, havia alguns rituais que foram usados para quebrar a maldição no passado que agora não estavam mais disponíveis. Principalmente porque as plantas ou animais dos quais dependiam não estavam mais disponíveis. O principal deles era um círculo de contenção que tinha sido tão amplamente usado que o pequeno animal semelhante a um roedor se extinguiu devido ao uso excessivo.
"Aqueles onde não podemos obter tudo o que é necessário. Obter permissão para pesquisar sobre eles, para que possamos encontrar um substituto ou retrabalhá-lo para que possamos trabalhar sem tanto risco. " Houve alguns murmúrios de concordância e Bill assentiu silenciosamente - porque ele concordou que muitos círculos de contenção e rituais não eram tão facilmente substituídos por proteções - e ignorou um comentário murmurado de "Dar uma boa olhada em algumas dessas coisas proibidas não não dê errado também. "
"Você solicitou permissão, Brown?" Bill perguntou, separando a pilha de suas roupas limpas em busca de suas meias.
"Eu tentei", respondeu Brown, voltando para inspecionar um grande buraco em suas vestes de proteção. "Mas as pessoas nos escritórios administrativos do Departamento de Magia Experimental querem ter todos os tipos de formulários, pesquisas preliminares e outras coisas. E para fazer isso , eu precisaria ter acesso a alguns livros, mas para conseguir o acesso, eu precisaria ter permissão para trabalhar em um ritual específico. Seria engraçado se não fosse tão frustrante. "
Tendo encontrado suas meias, Bill rapidamente vestiu a cueca e sentou-se para calçá-la. "Sim, se você não tem acesso a uma extensa biblioteca própria, isso é praticamente impossível de gerenciar," ele concordou, pensando em como ele teve sorte de estar ajudando Marvolo com seu trabalho no ritual de extração de horcrux. Ele estaria interessado na pesquisa dos antigos círculos de contenção? "Você tentou encontrar algum tipo de patrocinador?" Sempre havia a possibilidade de perguntar aos Goblins, mas então eles insistiam em um contrato dando a eles os direitos de tudo o que você pudesse encontrar ou criar. Normalmente não é a melhor ideia.
"Porque sou amigo de tantos Senhores e Senhoras que realmente têm qualquer um dos livros relevantes para isso." O sarcasmo era forte o suficiente para continuar, e Bill fez uma careta de simpatia. Isso foi realmente um problema. Os Malfoys provavelmente teriam todos os livros necessários para a pesquisa, mas eles nunca admitiriam isso de bom grado.
"Você estaria interessado em trabalhar junto com alguém?" Bill apenas tinha que perguntar. Havia uma possibilidade distinta de que este projeto caísse direto nos interesses de Marvolo, e todos os quebradores de maldição em todos os lugares se beneficiariam com isso, se pudessem fazê-lo funcionar.
"Você conhece alguém?" Brown parecia cético, mas os reparos em suas vestes - Bill vagamente se perguntou o que havia causado tanto dano - foram momentaneamente esquecidos.
"Eu tenho um amigo", e não foi um acontecimento surpreendente, "que tem um grande interesse em quebrar maldições. Freqüentemente entramos em profundas discussões teóricas e ele tem talento para encontrar livros. " Bill tinha certeza de que as conexões de Marvolo com aquelas famílias que alegavam que seus membros foram forçados ou coagidos a serem Comensais da Morte, ou oficialmente se distanciaram de seus parentes Comensais da Morte, tinham um contato muito mais próximo com Marvolo agora do que faziam todos acreditarem. Por que outro motivo o Curandeiro Greengrass ainda trabalharia para ele? Por que os Malfoys deixariam Marvolo usar sua sala de rituais? Por que Lorde Lestrange deixaria o homem adotar outra criança?
"E ele não iria insistir em reivindicar tudo?" Brown quis saber, provavelmente não acreditando que isso fosse verdade.
Bill vestiu a calça de couro e vestiu a camisa pela cabeça, respondendo enquanto se vestia. "Eu teria que perguntar a ele. Mas é provável que ele concorde em ser uma figura de segundo plano. Ele está mais interessado nessas coisas por amor a tudo que é mágico, quanto menos conhecido, melhor. " Bill se sentiu sorrindo. "Eu vou deixar você saber o que ele diz."
"Claro", disse Brown e quando Bill saiu alguns minutos depois, a caminho de se encontrar com Fleur para uma noite agradável, ele se sentiu confiante de que talvez tivesse se estabelecido um pouco mais como independente de sua família naquele dia.
oooOOooo
Minerva esfregou os olhos, beliscou a ponte do nariz e então agarrou os óculos da mesa à sua frente para colocá-los de volta. Ela tinha ido cedo para a sala dos professores - deixando para trás o jantar meio comido - para ter alguns momentos de paz.
O trabalho de diretora era uma dor de cabeça maior do que ela previra. Especialmente porque ela estava tentando resolver os fundos bloqueados vinculados a aulas específicas sendo oferecidas na escola. Os outros fundos bloqueados eram ainda mais complicados e teriam que esperar.
Conseguir o dinheiro apenas se determinada aula fosse oferecida dificultava um pouco a contratação de um professor para oferecer a aula de fato. E fazer com que os alunos realmente assistissem às aulas não oferecidas também não foi fácil.
Talvez encontrar pessoas apaixonadas por esses tópicos seja o caminho a percorrer. Ofereça-lhes salas para lecionar e mantenham as aulas, mesmo que haja apenas um aluno para atendê-las. Reintegrar uma matéria dessa forma pode ser suficiente para convencer os outros de que ela estava falando sério quando estava procurando alguém para ensinar latim, ou proteção, cura ou artes. Apenas para citar alguns.
Antes que ela pudesse cair naquele buraco novamente, os outros começaram a chegar.
"Olá, Minerva", disse Filius, caminhando até sua cadeira favorita, deixando a porta aberta para que Severus e Septima pudessem entrar, também tomando seus assentos de costume ao redor da mesa de conferência.
"Nós nos vimos há apenas um momento, Filius," Minerva disse revirando os olhos, ainda se sentindo melhor para a saudação amigável.
"Não há desculpa para ser rude," foi a resposta alegre, o que fez Severus revirar os olhos, trazendo um sorriso ao rosto de Minerva.
Um prato de biscoitos de gengibre apareceu na mesa, junto com uma grande jarra de limonada e uma com chá gelado. O tempo estava melhorando recentemente e o verão não estava mais longe, mesmo tão ao norte.
Pomona foi a última a entrar e fechou a porta atrás de si antes de se sentar em seu assento habitual.
"Obrigada por terem vindo", Minerva abriu o encontro, chamando a atenção de todos os seus colegas. "Como vão as críticas para NOMs e NIEMs?" A cada ano era igual, a época das provas não era apenas estressante para os alunos que faziam as provas importantes, era também uma época de grande carga horária para os professores. Preparando exames para cinco anos de seus alunos, preparando os alunos OWL e NIEM para seus testes importantes e lidando com a histeria e todos os resultados de muitas longas noites passadas estudando.
"Minha sala de aula explodiu apenas três vezes", Severus disse em uma voz inexpressiva, as mãos cruzadas sobre a mesa à sua frente. "Os exames são preparados e acho que meus alunos NIEM devem ser capazes de suportar o estresse." Ele não disse nada sobre os alunos OWL, mas ele nunca disse de qualquer maneira.
"Estou bastante confiante na habilidade dos meus alunos de passarem nos exames," Wilbert continuou a conversa com um sorriso no rosto depois que Severus o abandonou tão repentinamente e se virou para Filius. "Acho que o seu clube de duelo pode ter contribuído muito para isso."
Minerva tinha certeza de que mais de um deles pensava o mesmo naquele momento. Se alguém teve algo a ver com o sucesso dos alunos na Defesa, provavelmente foi o Sr. Slytherin, que era o professor principal nas reuniões do clube de duelo. Filius expressou seu espanto sobre como o Sr. Slytherin preparou bem essas reuniões, junto com seus amigos, e a paciência do garoto em explicar as coisas para os outros alunos. Filius até perguntou se ela sabia se o Sr. Slytherin estava considerando uma carreira como professor.
Ela não sabia e não tinha certeza se poderia perguntar a Severus sobre aquela sessão de conselho profissional. Ele geralmente estava muito preocupado em manter a privacidade de seus alunos protegida. Se não houvesse motivo para alguém se envolver, ele não envolveria mais ninguém. E se transfiguração ou arranjos especiais, como um estágio durante os anos escolares, agora que ela era a diretora, não fizessem parte disso, não havia razão para envolvê-la.
"É bom saber. Eles sofreram de uma educação um tanto desconexa. " Qual foi o eufemismo do ano.
"Algum de vocês notou os alunos que precisamos manter um olho especial?" Minerva mudou de assunto e mudou a reunião. E nem era tão óbvio, já que essa era uma pergunta padrão nesta época do ano. Normalmente, eles ficavam atentos aos alunos que visitavam Poppy regularmente na enfermaria por causa de noites sem dormir, problemas estomacais induzidos pelo estresse e outras dificuldades semelhantes. E também havia aqueles alunos que eles achavam que tentariam trapacear.
O que ninguém havia feito com sucesso - pelo que eles sabiam - em quase cem anos, ou algo próximo a esse período de tempo.
"Acho que precisamos encontrar a causa de todos aqueles casos de hemorragias nasais repentinas, febres, problemas estomacais e desmaios." Severus afirmou com um sorriso malicioso no rosto. Na verdade, suas aulas não tiveram um aumento repentino dessas doenças, mas muitas das aulas dos outros sim. Principalmente nos anos inferiores e em Transfiguração, História e Herbologia, quando o trabalho com fertilizantes foi anunciado.
Todos eles tinham suas suspeitas, é claro, mas seus dois suspeitos sempre foram bons em encobrir seus rastros se eles se empenhassem nisso.
"Boa sorte com isso", disse Pomona com uma risada. "Todos nós sabemos quem vende essas coisas. O que quer que seja. E não vejo como realmente provar nada. Você?" Ela se virou para olhar para Severus, que sorriu novamente.
"Não", Severus disse amigavelmente. "Acho que não, mas se não estou errado, parece que o estoque diminuiu. Talvez até para nada desde as férias da primavera. Você percebeu? A frequência de incidentes suspeitos dos quais você me informou diminuiu. "
Minerva sentiu sua sobrancelha se erguer. Seria verdade que os gêmeos Weasley ficaram sem material para vender? Ou eles parariam de vender o que quer que os alunos estivessem usando bem a tempo dos exames para remover a tentação?
"Vou ficar de olho. São os candidatos usuais, - Poppy falou. "E o número de poções que distribuí até agora não é maior do que no ano anterior. Não precisa se preocupar, Minerva. " O rosto da medibruxa se contraiu, olhando para Minerva de forma calculista. "Você dorme o suficiente, querida?"
Minerva acenou para as preocupações de Poppy embora. "Não tanto quanto eu gostaria, mas não falta muito até o verão agora, e mesmo que ainda haja trabalho suficiente para preencher todo o verão, certamente terei mais liberdade na forma como me organizo. Não se preocupe, Poppy. "
Isso fez com que uma discussão sobre os planos de férias fosse iniciada e efetivamente encerrasse a reunião relacionada ao trabalho.
oooOOooo
Sábado, 1 ° de junho de 1996
O tempo estava agradavelmente quente e seco - o que era muito mais importante hoje - com alguma sorte eles poderiam ir nadar no lago no final do verão. Tanto Sirius quanto Remus estavam sentados em um pequeno grupo de árvores jovens, descansando no leito macio de musgo, esperando o nascer da lua.
Pensando em como as proteções ao redor dessa parte do terreno da Mansão Potter eram bacanas, Sirius virou o rosto em direção ao farfalhar das folhas. "Como tutor de história de Harry, o que você acha das chances de Harry ganhar um NOM em História?"
Remus bufou. "Você quer falar sobre trabalhos escolares?" Sirius revirou os olhos, mas não reagiu. "Você, Sirius Orion Black, estudante indolente por toda a sua vida, cortando atalhos sempre que possível. Inferno! Às vezes, mesmo quando não havia maneira de cortar custos! E você quer falar sobre História e exames na noite de lua cheia? Quem é Você? E o que você fez com meu amigo? "
Revirando os olhos mais uma vez, Sirius lançou um braço, mirando em Remus, mas apenas roçando nas vestes soltas do outro. Eles planejavam tirar suas roupas com tempo de sobra antes que a lua nascesse, Sirius se transformando em Padfoot para passar a noite correndo com seu amigo.
"Sim, quero falar do meu afilhado. Quem vai tirar seus NOMs em breve. Sinto muito se isso é um choque para você. E agora responda à pergunta. "
Remus riu. "Se ele mantiver a cabeça fria, ele deve facilmente administrar um aceitável. Não tenho certeza se ele realmente está interessado em levar o assunto ao NIEM. Espere, "Remus se interrompeu. "Não Isso não é verdade. Tenho certeza de que ele não está mais interessado em estudar História da Magia com Binns como professor. "
Ambos riram por longos momentos antes de rirem mais algumas vezes e ficarem quietos mais uma vez.
"Ele já é tão grande," Remus suspirou, sentando-se. "Não parece muito real."
"Sim," Sirius concordou sentando-se também, então mudou um pouco de assunto. "Recebi outra carta dos gêmeos. Eles também estão se preparando para os exames. Se eu não tivesse corrido imprudentemente atrás de Peter, teria visto Harry crescer. E talvez até soubesse sobre Nawel e Enora muito antes. É meio triste saber tudo que perdi. As primeiras palavras deles, aprender a andar, o primeiro ataque acidental de magia ... "Sirius parou, suspirando.
"E talvez você ainda não soubesse, e talvez não os tivesse encontrado mesmo agora, porque você nunca teria olhado," disse Remus razoavelmente. "O jogo de hipóteses não é aquele que você pode vencer, Sirius. Deixe estar." Muito mais brilhantemente, ele continuou. "Mas você está em contato regular com as meninas?"
Esse esforço transparente para mudar de assunto rendeu a Remus um olhar sombrio de Sirius, antes que ele começasse a sorrir. Remus estava certo, é claro, e não adiantava pensar em e se. "Sim, nós escrevemos regularmente. Eles começaram a me ensinar um pouco de francês. Não falando, é claro, mas lendo, e palavras que são mais usadas fora da França continental. É interessante. E espero ter alguma prática para realmente falar durante o verão. "
"E como está progredindo o contato com Olivienne?" O olhar de Remus era inocente demais para Sirius confiar nele.
"Você sabe disso muito bem, Remus. Ela ainda insiste em escrever em francês e você sabe disso! " Afinal, Sirius teve que pedir ajuda para traduzir algo mais de uma vez. "Se você quer saber como me sinto sobre a coisa toda, não é necessário me enganar."
O olhar de Remus praticamente demonstrava sua descrença nessa afirmação, e Sirius se conhecia bem o suficiente para concordar silenciosamente. Ele nunca tinha falado sobre como se sentia a respeito de qualquer situação que pudesse ser descrita como difícil. Piadas e travessuras sempre foram tanto paixão quanto distração e diversão.
Então Sirius bufou e mudou de assunto, trazendo - em um golpe baixo - os próprios relacionamentos de Remus. "Dora convidou você para sair de novo?"
Remus lançou a ele outro olhar mal-humorado, antes de olhar para a floresta arejada ao redor deles. "Ela fez, na verdade. Não que ela tenha muito tempo no momento com a investigação do bugio ou com a tentativa de assassinato de Diggory. Todo o Departamento de Aurores está enterrado no trabalho. Mas ela me pediu para almoçar com ela na próxima semana. "
O rubor no rosto do amigo fez Sirius sorrir. Era muito mais divertido falar das desgraças amorosas dos outros. "E para onde você vai?"
O rubor ficou mais profundo. "O que você quer dizer? Para onde iremos? Achei que o Leaky seria um lugar legal. "
"Remus, é um encontro! Você realmente não pode considerar o Caldeirão Furado! Mesmo?" Sirius se virou para seu amigo surpreso. O Caldeirão Furado não era um lugar para levar uma garota para um encontro. Um bom restaurante trouxa seria uma escolha muito melhor.
"Sírius! É um almoço. Ela está no trabalho antes e depois. Ela não terá tempo para se transformar em outra coisa! Eu pensei sobre o belo lugar indígena a algumas ruas de sua casa, mas, bem ... Ela não pode realmente ir a um lugar trouxa com suas vestes, pode? "
Bem, Remus tinha razão. Então Sirius acenou com a cabeça. Talvez um encontro no Caldeirão furado não fosse tão ruim assim, afinal. Era preciso considerar as circunstâncias. "Isso é verdade, eu acho. Mas tente convidá-la. Não que ela vá deixar você. "
Eles caíram em um silêncio confortável, ouvindo os pequenos animais ao redor da floresta, os pássaros voando de galho em galho, esperando o momento de tirar suas roupas e se tornarem seus próprios animais.
Sirius amava as noites de lua cheia. Era liberdade absoluta correr sem preocupação na floresta protegida, ao lado de seu amigo, brincando, caçando pequenos animais - coelhos, ratos e outros - deixando todos os problemas humanos para trás por um tempo.
E com grama seca e musgo fresco sob suas patas, era ainda mais divertido do que com neve e lama cobrindo o solo.
oooOOooo
Domingo, 2 de Junho de 1996
Harry começou a empacotar suas coisas - livros, notas, cartões de aprendizagem e todas as outras coisas - chamando a atenção de todos os seus amigos que dividiam um espaço de estudo com ele.
"Onde você está indo?" Hermione perguntou, mal tirando os olhos de seu dicionário de runas, intrigada com um complicado exercício de tradução.
"Reunião com o Sr. Filch. Eu disse a vocês tudo quando começamos. Lembrar?" Harry explicou, enrolando algumas folhas de pergaminho não usadas e olhando ao redor da sala de aula não usada que eles reivindicaram para sua sessão de estudo, que envolvia lançar magia para ver se havia algo mais que ele deveria pegar.
"O que você fez para ganhar uma detenção agora?" Ron perguntou, levantando os olhos de suas anotações com uma carranca no rosto, em uma confusão honesta.
Harry bufou assim como Theo, Ginny e Luna. "Não é uma detenção, Ron! Ele disse que me mostraria um pouco de seu trabalho. "
"Limpeza?" Ron parecia ainda mais confuso agora, como se houvesse uma pegadinha acontecendo aqui e ele estivesse tentando descobrir.
Harry riu e fechou sua bolsa. "Não limpar, tirar o pó, esfregar o chão ou qualquer coisa assim, Ron. O Sr. Filch está trabalhando em todas as pinturas do castelo. Limpando, consertando ... "Harry acenou com a mão tentando transmitir que havia muito mais na posição que o Sr. Filch ocupava no castelo do que a maioria acreditava. "Ele aprendeu que me interesso por arte. E ele estudou arte, se ofereceu para me deixar vê-lo trabalhar. Estou curioso, então aceitei. "
Estava mais do que claro que Ron realmente não entendia por que Harry passaria um tempo com Argus Filch em uma tarde de domingo. Mas ele não disse nenhuma das coisas que provavelmente passaram por sua mente. Ron apenas olhou de volta para suas anotações, franzindo a testa novamente, e murmurou um distraído, "Divirta-se!"
Theo piscou para Harry, Hermione apenas acenou distraidamente e Ginny nem ergueu os olhos, claramente perdida no que quer que estivesse lendo, sentada no chão com as costas apoiadas nas pernas de Theo.
Daphne estava praticando feitiços de banimento com sua irmã, ambas repassando a lista de feitiços do quarto ano um por um. Draco se desculpou, indo para uma mosca, e Neville decidiu que uma tarde nas estufas lhe faria bem.
Com um sorriso no rosto, feliz com o grande número de amigos que agora tinha em mais de uma casa, Harry saiu da sala e fez o seu caminho pelo corredor em direção ao seu destino.
Esse destino não era o escritório que todos conheciam, a sala que continha muitos itens confiscados e os registros de todas as detenções já cumpridas por qualquer aluno de Hogwarts - pelo menos os gêmeos alegaram que era esse o caso - mas a sala de trabalho do Sr. Filch, que estava ligada nível do solo em um canto afastado do castelo.
Harry demorou um pouco para chegar ao quarto, e ele se sentiu inexplicávelmente nervoso assim que parou na frente da porta, hesitando em bater.
O Sr. Filch realmente não interagia com frequência com os alunos fora de seu dever de zelador, supervisor de detenções e aplicador da regra de não magia nos corredores. As próprias interações de Harry até agora tinham sido menos do que ideais. A noite de sua detenção na Floresta Proibida e a noite de Halloween durante todo o fiasco da Câmara Secreta, quando o Sr. Filch presumiu que deve ter sido Harry quem petrificou seu gato.
Respirando fundo e lembrando a si mesmo que nenhum dano real tinha acontecido, Harry ergueu a mão e bateu decisivamente na porta.
Oferecer a Harry conselhos e um olhar sobre a arte foi uma compensação mais do que suficiente para o desvio de volta no primeiro ano e a acusação proferida em um momento de terror e tristeza durante o segundo ano de Harry.
"Digitar!" foi chamado de dentro, e Harry abriu a porta para fazer exatamente isso.
Harry o cumprimentou educadamente e deu uma boa olhada ao redor. A sala não era o que Harry esperava, embora fosse difícil para ele descrever o que esperava.
Uma parede inteira estava decorada com janelas, cortinas fechadas para que nenhum sol direto pudesse entrar. A sala era bastante grande, tendo uma grande - e realmente muito grande - mesa colocada no meio da sala. Outra parede estava coberta de prateleiras cheias de potes cheios de pós coloridos, caixas de papelão e de madeira, telas enroladas, pincéis e uma série de ferramentas que Harry não conhecia.
O Sr. Filch estava parado na última parede - sem contar aquela com a porta, Harry tinha acabado de passar - um cavalete na frente dele segurando uma pintura de uma cena de caça, pelo que Harry poderia dizer. O ar estava cheio do cheiro distinto de limpadores à base de vinagre fortes.
Cuidadosamente, Harry se aproximou de onde o outro estava trabalhando, altamente concentrado.
ooOoo
"Venha, Sr. Slytherin," Argus chamou o jovem, assegurando-se de que tinha sido uma boa ideia convidar o garoto pela maneira cuidadosa como ele se movia pela sala e não tocava em tudo à vista sem pensar.
Esta foi a primeira vez que Argus convidou alguém para esta sala. Nem mesmo o diretor esteve aqui desde o primeiro dia de trabalho de Argus aqui. Parecia provável que essa ideia não se transformasse em um desastre.
"Você já decidiu sobre uma aula para o seu verão?" Argus retomou a conversa na biblioteca, escovando cuidadosamente uma última mancha de pigmento no lugar que tivera para consertar a tela da cena de caça que normalmente era colocada em um corredor perto da torre da Corvinal.
- Sim, na verdade - respondeu o garoto, ficando bem longe do caminho de Argus e da luz, que era mais importante de qualquer maneira. "Acho que trabalhar com tintas a óleo é algo que não posso praticar muito bem durante o ano letivo. Então vou tentar isso. E então, talvez, um curso mais curto sobre como desenhar pessoas. " O menino parecia um pouco envergonhado.
Argus se virou sutilmente, fingindo verificar a cor que estava misturando, e viu um leve rubor no rosto do menino. Que adolescente de quinze anos não se sentiria tentada por uma aula de arte ensinando desenho com modelos vivas? "Parece um bom plano para mim", disse Argus e cantarolou, limpando seu pincel em um grande copo de água - ele gostou do som de tilintar das partes de metal da escova contra o vidro - antes de pousar a escova para que ficasse em forma enquanto secava.
"Vamos até a mesa." Argus gesticulou para a mesa onde havia colocado o quadro da biblioteca. "Achei que você poderia estar interessado em como vou remover aquele marcador trouxa."
O menino parecia bastante ansioso e sentou-se no banquinho que Argus indicou.
"Como você pode ver, tirei a moldura e tirei a maca", Argus começou a explicar, escorregando nos cravos de algodão, encantado por não deixar passar nada, fosse o suor das mãos ou qualquer coisa que costumava limpar as pinturas com as quais ele trabalhou. "E eu decidi que o verniz nesta foto precisa ser substituído. Geralmente as tintas e vernizes usados em pinturas mágicas são muito mais duráveis do que produtos trouxas da mesma época. Especialmente em um lugar tão magicamente carregado como Hogwarts. " Foi bom explicar isso para alguém que estava realmente ouvindo. Talvez ele devesse revisitar a ideia de dar aulas de verão por conta própria.
"Mas esta pintura, de acordo com os registros mantidos aqui no castelo, não foi re-envernizada desde que chegou ao castelo pela primeira vez por volta de doze centenas. Então, primeiro removerei o marcador, depois removerei a outra sujeira da superfície, antes de finalmente remover o verniz, que amarelou com o tempo. "
O menino ao lado dele estava quase vibrando, não com o desejo de ir embora, de estar em qualquer lugar que não seja aqui, mas com perguntas.
"Você pode fazer perguntas, se tiver alguma." Ele havia trazido o menino aqui para alimentar um jovem artista, na esperança de atiçar a chama com cuidado, para que ele pudesse fazer perguntas.
"Como você será capaz de limpar o marcador, mas não danificar a pintura?" Era uma pergunta óbvia, mas não ruim.
"Lembre-se que também existe verniz entre o hidrocor e a tinta. Vou mover com cuidado com a solução de limpeza que misturei aqui. " Argus indicou uma pequena jarra de vidro que poderia ser fechada com uma tampa de metal rosqueada. "E embora isso provavelmente afete pelo menos parcialmente o verniz, não atingirá a tinta de forma alguma." O que era bom, porque a maior parte da solução de limpeza era álcool puro, uma das maneiras mais confiáveis de remover a maioria dos marcadores permanentes. "Esse é outro motivo pelo qual decidi tirar o verniz também. Provavelmente será danificado no local onde preciso remover o marcador permanente, e é mais fácil recolocá-lo todo junto do que tentar retocá-lo. "
Pegando seus cotonetes, Argus então tirou a tampa e mergulhou o primeiro cotonete com cuidado na solução de limpeza. "Eu diluí isso o máximo possível, então vai ir devagar. Mas temos tempo. Se a limpeza for muito rápida, pode fazer um buraco em toda a pintura - tela e tudo - antes que eu possa retirá-la novamente. "
O tempo até o jantar voou, com o Sr. Slytherin ocasionalmente fazendo uma pergunta inteligente - as poções eram parte do verniz usual? qual era o propósito de um verniz em primeiro lugar? quais foram as diferenças entre vernizes não mágicos e mágicos? - e Argus explicando todas as suas ações, por que ele escolheu o método específico que estava usando em vez de outras possibilidades, e em que circunstâncias ele teria escolhido algo diferente.
Certamente tinha sido uma das tardes mais agradáveis em muito tempo.
Eles se separaram com o Sr. Slytherin prometendo trazer um pequeno exemplo de sua arte para a escola após as férias de verão. Realmente não haveria muito tempo para repetir a tarde no semestre restante. Os exames faziam isso com o horário do aluno.
Com um raro sorriso no rosto, Argus foi até a cozinha. Ele não exporia seu bom humor a crianças indisciplinadas e pegajosas para que morresse uma morte rápida. Melhor comer sozinho em seus aposentos, depois de pedir algo aos elfos, e depois ler, do que arriscar seu bom humor desnecessariamente.
oooOOooo
Harry se encontrou com seus amigos novamente no final da escada principal, mas antes que pudesse chamá-los, um sextanista da Corvinal - Carmichael, se Harry não estava enganado - apareceu com um ar secreto sobre ele.
"Ei, Slytherin! Interessado em obter um pequeno impulso para seus exames a partir de amanhã? " o outro garoto perguntou, virando as costas para as portas do Salão Principal, pegando um pequeno frasco de sua bolsa, que estava cheio de algo apenas levemente colorido de verde e oleoso. "Tarde demais para impulsionar sua revisão. Isso ", ele balançou a garrafa com cuidado," é o único responsável por meus nove excelentes resultados OWL ". Harry tinha certeza de que Carmichael queria que ele ficasse impressionado com isso. "Mas também vai ajudar a lembrar de coisas durante os exames. Então você está interessado? "
Harry não conseguiu responder - na negativa, porque seu pai tinha contado algumas histórias realmente horríveis sobre o que tinha sido vendido durante seu tempo em Hogwarts, e Harry não tinha ilusões de que esse aspecto havia mudado muito - quando Hermione apareceu apenas aquele momento.
"Carmichael! Eu tenho que denunciá-lo ao Professor Flitwick? Esta não é a primeira vez que o peguei tentando roubar o dinheiro dos alunos vendendo o falso Elixir de Cérebro de Baruffio. Passe para cá - chamou o aluno mais velho, estendendo a mão com a palma para cima em um movimento que lembrava a Harry um professor primário que ele teve uma vez, confiscando um pacote de doces de outro aluno.
O Ravenclaw entregou o frasco e conseguiu desaparecer de vista antes que Hermione pudesse exigir que revistasse sua bolsa por qualquer outra que ele pudesse ter.
"É escandaloso como muitos de nossos colegas estudantes usam a importância e o estresse dos exames para enganar os outros para ganho monetário." Hermione balançou a cabeça e lançou um feitiço de banimento no frasco, esvaziando-o de seu conteúdo duvidoso.
Durante aquela troca, os outros os alcançaram e pararam para assistir os gritos de Hermione, como ela costumava fazer. E então Hermione ficou quieta, olhando para a entrada do castelo. "Aqueles são os examinadores?" ela perguntou com uma voz comicamente fraca.
Todos eles se viraram, quase como um só, e olharam para as grandes portas, observando enquanto a diretora McGonagall cumprimentava um grupo de bruxos e bruxas idosos. E assim como eles se tornaram um, eles não precisaram de palavras para decidir que estavam curiosos o suficiente para cronometrar sua chegada na entrada do Salão Principal para que eles e o grupo de professores chegassem ao mesmo tempo.
"É tão triste que a querida tenha sofrido tão terrivelmente com aquela maldição", disse uma bruxa idosa, ligeiramente curvada para a diretora. "Eu me lembro de como ele pegou seus NOMs e NIEMs, um rapaz tão brilhante. Isso nos faz pensar, não é, quando alguém que você conheceu quando jovem de repente declina de forma tão severa devido à idade. "
A Professora McGonagall parecia seriamente perdida, mudando rapidamente de assunto, assim que Harry e seu grupo de amigos passaram por eles no corredor. "Certamente me fez pensar muito, quando os primeiros filhos de alunos que ensinei também se tornaram meus alunos. Espero que você se junte a mim para jantar hoje, e talvez participe das refeições da escola com todos os outros. "
Então eles estavam fora do alcance da voz dentro do burburinho usual que era o jantar em Hogwarts quando todos estavam animados. Os amigos se separaram, Luna pegando a mão de Harry para atraí-lo para um breve beijo, indo para suas respectivas mesas para se sentar e comer.
Todos estavam tensos e concentrados nos exames a partir de amanhã de manhã para se importar muito com a socialização.
"Estou meio que feliz que você decidiu sentar aqui hoje, Harry," Theo disse enquanto se acomodava ao lado de seu amigo. "Por mais que eu goste de sentar com Ginny, suportando Hermione e sua conversa constante sobre exames anteriores, todos os feitiços anti-trapaça e tudo o mais que me levaria a fazer algo infeliz hoje."
"Como o quê?" Harry perguntou, sorrindo para si mesmo enquanto pegava uma tigela de purê de batatas. Depois daquele tempo intenso com o Sr. Filch na sala de trabalho do homem, ele estava faminto.
"Como esvaziar um prato deste molho fino sobre a cabeça dela." Theo disse, pegando um molho para colocar uma quantidade generosa do dito molho em cima de seus vegetais selecionados e um pedaço de torta de pastor.
"Isso seria realmente lamentável." Draco disse de alguns assentos adiante, pegando uma tigela de cenouras cozidas no vapor e glaceadas. "Posso imaginar vividamente as palestras que você teria."
"Palestra é ?" Theo perguntou, enfatizando o s no final, claramente perguntando por que Draco achava que Theo receberia mais de um sermão sobre algo bobo como começar uma briga de comida.
"Sim," Draco respondeu com prazer. "Primeiro por Granger, é claro. Depois que ela superou o choque, naturalmente. Ela deu palestras para baixo pat. Em seguida, pela diretora. Afinal, ela está bem ali. E depois disso, "a alegria no rosto de Draco só foi superada pela de sua voz," pelo menos uma semana de detenções, eu acho. O Professor Snape adoraria deixar bem claro na frente de toda a Casa que ideia totalmente idiota seria fazer algo tão estúpido na frente de tantas testemunhas. "
Todos eles começaram a rir, Harry pousou cuidadosamente sua taça de leite para não derramar nada, e Daphne quase se dobrou de tanto rir.
Quando Blaise começou a imitar como o Professor Snape soaria, eles ficaram perdidamente perdidos nas gargalhadas por pelo menos mais dez minutos depois que Blaise terminou com um "Da próxima vez, use um pouco mais de sutileza e não seja pego" em uma voz arrogante, e com um rosnado no rosto.
Quando Harry conseguiu se sentar direito novamente, usando cuidadosamente um lenço para enxugar as lágrimas de tanto rir, ele sorriu para Draco e Blaise. "Obrigado, acho que todos precisávamos disso." ele disse antes de começar a comer, que felizmente ainda estava quente. Havia muitas coisas boas a serem ditas sobre os amuletos para manter a comida quente nas mesas.
oooOOooo
Segunda-feira, 3 de junho de 1996
"Hermione, por favor!" Ron estava perdendo o juízo. E tão boa amiga quanto ela era na maior parte do tempo, atualmente Hermione estava matando seu último nervo. "Você realmente acha que pode aprender mais agora? Momentos antes do início do exame? " Sim, era verdade que Ron tinha lido - ou pelo menos tentado - todas as suas anotações sobre Feitiços na noite anterior, as mãos tapando os ouvidos para bloquear o pior ruído, mas com certeza agora o dia do exame era tarde demais?
"E você sabe tudo de qualquer maneira!" Essa foi claramente a pior coisa que ele poderia ter dito.
"Eu não sei tudo, Ronald Weasley!" Hermione quase gritou, fazendo Parvati cobrir os ouvidos com as mãos, curvada sobre um livro em seu colo.
E ela não parou por aí. Ron ficou meio atordoado por apenas alguns momentos, imaginando como alguém que conseguia se lembrar de mais de vinte ocorrências de ter obtido algo apenas um pouco menos que perfeito, conseguia pensar tão pouco em sua própria capacidade de lembrar coisas.
"Por favor, Hermione, pelo bem de todos nós, pare com isso," um dos gêmeos interrompeu o discurso de Hermione - bem, mais curto, pelo menos - de lado enquanto todos se levantavam para deixar o Salão e esperar do lado de fora . "Entendemos que você sente que deve ser excelente em tudo o que tenta fazer. E percebemos que você está inseguro sobre todas as coisas. Mas acredite em nós, você se sairá bem. "
O outro gêmeo colocou sua bolsa no ombro e colocou uma taça vazia de volta na mesa. "Um pouco de tensão é bom. Mas muito vai atrapalhar você, principalmente nas práticas à noite. Então tente relaxar um pouco, Hermione. Você tem uma base sólida construída nos últimos cinco anos. Você não precisa aprender tudo agora, como alguns outros. "
Ron ainda tentou decidir se aquela última parte tinha sido uma crítica para ele - ele realmente não tinha prestado tanta atenção à escola como deveria - quando eles saíram do Salão Principal e viram uma figura distinta parada logo no saguão de entrada . "O que ele está fazendo aqui?"
ooOoo
Harry tinha acabado de sair do Salão Principal depois dos outros que iriam fazer o exame de Feitiços hoje, quando avistou uma figura familiar parada lá esperando.
"Pai!" Ele havia coberto a distância entre eles e jogado os braços ao redor de Marvolo antes que seus pensamentos o alcançassem. Então ele enrijeceu. Preocupado que essa demonstração aberta de afeto - ele havia chamado Marvolo de pai! Ele nunca tinha feito isso antes - faria com que Marvolo o rejeitasse, igualmente publicamente.
Antes que essas preocupações pudessem se enraizar e começar a apodrecer, os braços de Marvolo ergueram-se e abraçaram Harry de volta. "Estou feliz em ver você também." Então ele começou a sibilar, provavelmente impossível de ouvir para ninguém além de Harry. .: Acho que Marcus está influenciando você, Harry. Só para deixar isso claro: não faço objeções quando Marcus me chama de D ad, e não me oponho, se você desejar :.
Sibilando de volta um silêncio .: Obrigado :. Harry estava ferozmente feliz por ter seu rosto enterrado no ombro de Marvolo, efetivamente escondendo-o e seu rubor brilhante dos outros alunos.
Quando os dois se afastaram do abraço, os outros que estavam esperando se moveram de modo que um círculo de respeito foi formado ao redor deles.
Estreitando os olhos, Harry olhou para Marvolo - não era mais tão distante - e disse bruscamente: "Você não me disse que estaria aqui hoje!" E Marvolo não o fez, embora eles tivessem falado pelo espelho na noite anterior, como faziam todas as noites.
"Isso é verdade", Marvolo estava sorrindo quando respondeu. "Eu não queria te distrair. Mas, como você certamente se lembra, preciso ganhar meus NOMs e NIEMs novamente. E como esta é a primeira data em que os exames são oferecidos neste verão, perguntei se poderia fazer alguns exames em Hogwarts. " Ele encolheu os ombros claramente encantado com a surpresa de Harry. "Recebi permissão e farei meu exame de Feitiços OWL hoje, junto com você e seus colegas."
"Não vai ser estranho, então?" Harry não pôde evitar perguntar.
"O que exatamente deve ser estranho?" Marvolo quis saber, parecendo totalmente à vontade.
"Fazendo as provas aqui, com os alunos, todos tão mais jovens ..." Harry parou, pensando que talvez fosse mais estranho para ele ter seu pai aqui fazendo as provas na mesma hora que ele.
"Eu não faço ideia. Não pode ser muito mais estranho do que minha vida tem sido por quase um ano. Estou certamente feliz por ter a oportunidade. " Marvolo não revelou nada, mas Harry tinha certeza de que o outro estava pensando em todas as mudanças pelas quais passaram juntos. E quão pouco as tentativas do Professor Dumbledore de atrapalhá-lo realmente funcionaram.
"Então, você tem aprendido em segredo?" Melhor não se distrair com a filosofia e a moral das segundas chances.
"Mais ou menos", confirmou Marvolo. "Aprimorei a teoria e alguns dos encantos que não uso regularmente, como aqueles que fazem objetos aparentemente aleatórios dançarem ou se comportarem de maneiras inesperadas. Mas a maior parte do material não é incomum. Eu uso muito regularmente. "
Isso fazia mais do que um pouco de sentido, então Harry apenas acenou com a cabeça e perguntou o que Marcus havia pensado sobre Marvolo fazer os exames durante o dia.
Dessa forma, o tempo até que fossem chamados de volta ao Salão Principal passou muito rápido. O grupo de alunos nervosos do quinto e sexto ano, e um adulto, marchou para um Salão Principal transformado quase tão radicalmente quanto havia sido para o Baile de Inverno durante o maldito torneio.
As quatro mesas da casa grande haviam sumido. Em vez delas, fileiras organizadas de carteiras e cadeiras individuais foram dispostas de frente para a mesa dos professores, onde o Professor Flitwick estava de pé, sorrindo de orelha a orelha, acenando para que se sentassem. "Entre, entre! Ah, Lorde Slytherin! Seja gentil e sente-se aqui na frente, bem ao meu lado. "
Marvolo deu uma piscadela para Harry antes de fazer o que ele havia instruído, sentando-se elegantemente em sua cadeira em sua mesa.
Harry escolheu uma cadeira ao acaso, não perto de Hermione, e se sentou, olhando para o fundo da pilha de pergaminhos que esperava por ele. Também havia uma pena - como Hermione insistira em dizer a eles repetidamente, escrita contra muitas formas comuns de trapacear - e um copo de tinta preta fina - outra coisa fornecida e escrita para evitar tentativas de trapacear - esperando que ele escrevesse.
Pegando a pena, Harry verificou se estava bem cortada. Seria um desastre se ele tirasse pontos de seus resultados porque os examinadores não conseguiam ler o que ele estava prestes a escrever.
"Gostaria de lembrar a todos que trapacear não é permitido e resultará em você reprovando no exame e sendo obrigado a sair imediatamente", Flitwick falou em voz alta, chamando a atenção de todos os alunos sentados tensos em suas cadeiras. "Você tem tempo até que a areia acabe." Ele virou uma ampulheta bastante grande e enfeitada - a madeira era entalhada - de modo que a areia começou a escorrer. "Você pode começar agora."
Harry virou sua pilha de pergaminho e pegou a tinta para desatarraxar a tampa. Alguns assentos adiante, Hermione já estava rabiscando furiosamente em suas próprias folhas de exame.
Com uma última respiração estimulante, Harry olhou para o primeiro pedaço de pergaminho e a primeira pergunta - mal percebendo que o papel estava claramente rotulado com seu nome completo, Henry James Slytherin-Potter - e o leu.
Nomeie o encantamento,
e descreva o movimento da varinha do amuleto usado para fazer os objetos voarem.
Lembrando-se claramente da voz de Ron chamando Wingardium Leviosa , enviando a clava do troll voando apenas para derrubar a grande besta - eles foram classificados como bestas? Ele teria que verificar antes do exame de Trato das Criaturas Mágicas - momentos depois, Harry começou a escrever sua primeira resposta.
Talvez isso não fosse tão ruim quanto ele temia quando ouviu todas aquelas admoestações sobre a importância dos NOMs e como eles eram difíceis.
ooOoo
Draco olhou incrédulo enquanto Lorde Slytherin - o Lorde das Trevas - se sentava à mesa da Casa Sonserina ao lado de Harry, pegando um prato de sanduíches triangulares cuidadosamente cortados como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Selecionando cuidadosamente seu próprio almoço, Draco manteve o estranho par de bruxos em sua visão periférica o tempo todo. Ele não tinha esquecido a única vez que espionou o Lorde das Trevas ficando com raiva de um de seus Comensais da Morte por não ter feito o que lhe foi dito, e lançou uma maldição Cruciatus na mulher - Alecto Carrow - como se não fosse nada .
Embora provavelmente fosse seguro aqui cercado por tantas pessoas como eles estavam, Draco não conseguia se livrar da inquietação que sentia em torno do Lorde das Trevas.
À sua frente estava Theo, que encontrou os olhos de Draco sem pestanejar, claramente surpreso que Lorde Slytherin se sentasse com os alunos ao invés dos professores.
Ou talvez não tão surpreso quanto Draco havia pensado. Porque, um momento depois, Theo falou. "Você poderia, por favor, passar as frutas, senhor?" claramente se dirigindo ao mesmo homem que a maior parte da mesa estava com medo demais para reconhecer apropriadamente.
Mas o Lorde das Trevas passou muitas das férias de verão na casa de Nott.
"Certamente, Sr. Nott," o Lord das Trevas respondeu, levitando sem varinha o prato que Theo havia pedido, movendo-o sem esforço pela mesa. Quando Theo aceitou o prato com frutas frescas da estação, o Lord das Trevas se voltou para Harry, continuando a animada discussão que pareciam estar tendo sobre o exame que todos acabaram de fazer.
E isso não era incompreensível? O Lorde das Trevas levando seus NOMs com alunos normais em Hogwarts!
"Quais outros exames você fará?" Harry perguntou ao bruxo sentado ao lado dele, omitindo todos os títulos. Draco sentiu os pelos de seus braços se arrepiarem. Ele nunca ousaria ser tão desrespeitoso com o pai em público, mesmo sabendo que, no máximo, sofreria por uma semana sem poder voar no verão.
"Você sabe que eu já fiz Transfiguração no verão passado," Lorde Slytherin simplesmente respondeu entre goles de sua taça cheia do suco mais doce que a mesa deles tinha a oferecer. "Decidi levar Defesa, Runas, Poções e História com você durante todo este ano." Draco sentiu que precisava não rir de descrença enquanto o Lord das Trevas contava os exames que planejava fazer na ordem em que deveriam fazê-los, em seus dedos.
O homem comeria com eles todos aqueles dias?
"Não tem interesse em fazer aula prática de Herbologia?" Harry perguntou com um sorriso provocador que fez o coração de Draco disparar de preocupação.
Mas o Lorde das Trevas apenas bufou, dando a seu filho um olhar exasperado. "Estou priorizando alegremente os assuntos de que mais vou precisar. Tenho a intenção de me empenhar por resultados ainda melhores do que da primeira vez, em todas as disciplinas que fiz quando tinha sua idade. "
Draco tentou se concentrar em sua própria comida e no próximo exame prático de Feitiços, ao invés de se deixar abalar pela estranha dinâmica familiar - porque o que mais poderia ser? - entre os sonserinos sentados a apenas alguns lugares dele.
Talvez, ao final desses exames, ele conseguisse fingir estar à vontade de maneira tão convincente quanto Theo estava fazendo.
Pode-se ter esperança.