Segunda-feira à noite, 6 de novembro
Entregando o Chapéu Seletor para a Professora McGonagall, Harry alisou sua gravata em suas novas cores de verde e prata, traçando seus dedos sobre o brasão da Casa Sonserina em seu manto onde o Leão da Grifinória estivera poucos momentos atrás. Ele tentou ignorar os sussurros entre os alunos e se concentrou em sua Professora de Transfiguração quando ela começou a falar com um sorriso triste.
"Foi uma honra tê-lo em minha casa, Sr. Slytherin. Espero que seja feliz com seus novos companheiros de casa. E espero que você se aplique aos estudos nas minhas aulas." A última foi dita em tom severo, mas com um sorriso nos olhos.
Harry sorriu um pouco inseguro - muita coisa tinha acontecido nos últimos dois dias - e acenou com a cabeça para seu antigo chefe de casa. "Eu não acho que meu guardião ou Professor Snape irão tolerar qualquer outra coisa, Professor."
Depois que ela deu a ele um sorriso afetuoso e um tapinha no ombro, Harry foi até a mesa da Grifinória, onde Hermione e Ron estavam sentados, sua bolsa entre eles.
"Cara, você está com o verde da Sonserina, isso é perturbador, cara," Ron disse, um pouco pálido.
"Não seja idiota, Ronald," admoestou Hermione, estendendo as coisas de Harry para ele. "Acho que o verde combina com você. E ainda compartilhamos muitas de nossas aulas e podemos estudar juntos. Só porque Harry está em uma casa diferente agora, isso não nos impede de passar um tempo juntos."
Harry não tinha certeza do que dizer ao elogio dela em relação à cor verde usada por ele, e simplesmente o ignorou, aceitando sua bolsa de couro. "Obrigado por cuidar das minhas coisas para mim. Acho que terei que sentar com os outros Sonserinos esta noite. Talvez você possa pesquisar o que as regras dizem sobre sentar em uma mesa diferente na Casa?"
"Eu vou," Hermione respondeu com um sorriso tranquilizador.
"Caramba!" Ron exclamou de repente, ficando ainda mais pálido. "Você não pode mais bancar o apanhador da Grifinória!"
Os rostos chocados de seu amigo mais antigo arrancaram uma risada de Harry. Claro que Ron pensaria em Quadribol. "Respire, Ron! Tenho certeza de que Ginny ou algum dos outros assumirão a posição sem problemas. E não é como se eu fosse jogar pela Sonserina agora, não é? O time está completo e joga bem junto."
Uma mão pousou em uma palmada amigável - mas forte - no ombro de Harry. "Eles seriam estúpidos se nem considerassem deixá-lo jogar no time, Harry", disse um dos gêmeos, enquanto o outro sorriu por trás de Ron. "Vá até os Sonserinos, Harry. Estamos todos com fome e você está atrasando o processo."
O olhar sério e simulado trouxe outra risada de Harry. Ele olhou em volta e descobriu que o gêmeo - Fred ou Jorge, ele ainda tinha problemas para distingui-los - havia falado a verdade. Todas as travessas e pratos ainda estavam vazios, a escola inteira focada nos cinco deles parados no final da mesa da Grifinória perto dos professores.
Harry corou e acenou com a cabeça para os gêmeos. "Certo. Vejo você amanhã!" E ele jogou sua bolsa sobre um ombro, caminhando até a mesa da Sonserina. Em seu caminho, ele procurou os rostos dos sonserinos, procurando por Theo e os outros alunos do quinto ano, porque ele queria se sentar com aqueles que ele já conhecia. Pelo menos melhor do que o resto de sua nova casa.
Em algum lugar próximo ao meio, Harry avistou Theo se virando para encará-lo, acenando. Então ele alterou seu curso e dirigiu-se a ele e aos outros sentados ao redor de seu amigo.
"Harry," Theo cumprimentou, afastando-se ainda mais do banco para que houvesse espaço suficiente para ele se sentar confortavelmente, "bem-vindo à Sonserina."
Mais alguns murmúrios ecoaram a saudação, e Harry se sentou ao lado de seu amigo, ao lado de Daphne e em frente a Draco. Parecia surreal. E a maneira como todos eles se abstiveram visivelmente de latir suas perguntas, o fez ficar apreensivo com sua recepção assim que eles alcançassem a sala comunal.
"Obrigado", disse Harry a Theo e sorriu para os outros, antes de redirecionar seu olhar para a comida que havia aparecido na mesa. Não era tão diverso quanto os banquetes costumavam ser, e comparar a seleção com o que ele estava acostumado na mesa da Grifinória sugeriu que os elfos enviaram seleções especializadas para as mesas. Provavelmente com base no que os alunos sentados preferiam comer.
Ele escolheu alguns pãezinhos e carne de veado fria em fatias, antes de encher sua taça com leite. Os outros ao redor dele encheram seus pratos também, as garotas sendo particularmente agitadas, algo que Harry notou que as garotas da Grifinória faziam. Mas talvez ele realmente não tivesse prestado tanta atenção à seleção da comida como agora.
"Você vai precisar de uma coruja emprestada?" Draco perguntou do outro lado da mesa, passando manteiga em um pãozinho e colocando-o ao lado de uma compota de maçã em seu prato.
Harry franziu a testa. "Por que eu precisaria pegar uma coruja emprestada? Posso mandar Edwiges se precisar mandar uma carta."
"Bem, você não precisa informar o seu padrinho e Lorde Slytherin sobre a sua reclassificação?" Theo perguntou antes que Draco pudesse fazer o mesmo.
Assentindo, Harry entendeu por que os outros presumiram que ele teria que pedir uma coruja emprestada. "Não preciso mandar uma coruja. Vou apenas usar os espelhos que tenho. E acho que ..." Harry hesitou apenas uma fração de segundo antes de decidir que seria melhor ficar com o forma de tratamento que ele havia usado antes, "Papai vai saber muito rápido, de qualquer maneira." O recém-formado Sonserino deliberadamente não se virou para olhar para seu novo Chefe de Casa, mas alguns dos outros não foram tão sutis. Crabbe e Goyle não conseguiram se conter para não olhar para o Professor de Poções, sentado à mesa dos diretores.
Harry percebeu que Theo e Draco mudaram rapidamente de assunto depois disso. Discutir qualquer coisa relacionada às atividades do Lorde das Trevas no Salão Principal certamente não era uma ideia brilhante.
"Eu acho que você vai ter nossa programação a partir de agora?" Daphne perguntou com uma carranca contemplativa.
"Provavelmente," Harry acenou com a cabeça com um encolher de ombros. "Ou talvez não. Provavelmente depende se minhas eletivas tornam isso possível. Comigo na aula de Runas Antigas do quarto ano, é um pouco mais complicado do que apenas assistir a todas as minhas aulas com vocês agora."
Draco acenou com a cabeça e engoliu em seco antes de fazer uma sugestão. "Se você não quiser esperar até que os professores resolvam isso, podemos comparar nossos horários quando estivermos nos dormitórios."
"Vai ficar bem lotado no dormitório agora, com outro para dormir lá", Zabini falou lentamente, enquanto entregava o prato de frutas frescas para os alunos mais velhos.
Depois disso, a conversa girou em torno da falta de espaço nos dormitórios e do quanto Zabini não gostava de dividir espaço com os outros meninos. Parecia que Crabbe e Goyle roncavam bem alto, e mesmo o melhor feitiço silenciador que eles conseguiram fazer não era forte o suficiente para abafar a confusão por uma noite inteira.
Harry principalmente ouvia e se perguntava o quanto Zabini era um pirralho mimado, ou por que eles não eram capazes de lançar um feitiço silenciador mais forte em suas camas. A única noite que ele passou nas masmorras após o ataque no campo de quadribol, ele sentiu que não estava tão barulhento quanto o dormitório dos garotos da Grifinória do quinto ano. Ou talvez ele apenas estivesse muito cansado e esgotado para notar.
Considerando o drama antes do jantar, o resto da refeição da noite no Salão Principal transcorreu sem muito barulho.
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Devido ao aviso de seu Senhor, Severus não se surpreendeu com a chamada para uma reorganização. E porque ele interagiu com o menino mais intimamente do que nunca desde o verão, ele também não ficou surpreso com o resultado. O adolescente era grifinório, isso era verdade, mas ele também tinha muitas das qualidades normalmente associadas à Sonserina. O fato de ele ter sido classificado na Casa do Fundador da qual ele descendia não era muito forçado. Muitas crianças de lares difíceis - abuso, violência doméstica e coisas semelhantes que tornavam a astúcia uma necessidade - encontraram seu caminho para a Casa das Cobras.
"Ele ficará bem na sua casa?" Minerva perguntou quase sussurrando do lado dele, pegando um prato de pudim de Yorkshire. Era evidente sua preocupação com o jovem que acabara de ser transferido de suas responsabilidades para as dele.
"Ele ficará, Minerva, não há necessidade de se preocupar. Ele é um descendente de nosso Fundador. Ele será protegido pela Casa. Eu irei me certificar disso", ele calmamente a tranquilizou. E ele se certificaria disso. Não apenas porque o Lorde das Trevas o esfolaria vivo se ele não fizesse o melhor para proteger seu filho, ou que ele quebraria sua palavra para Lily se ele vacilasse, mas porque ele sempre se esforçou para fazer o melhor por seus protegidos.
Durante a refeição normal da noite de segunda-feira - mesmo que ele sentisse os efeitos de um fim de semana sem dormir bastante pronunciado agora - Severus manteve um olho na mesa da Sonserina e os alunos do quinto ano se reuniram perto do meio dela, o tempo todo. Antes que pudesse se encontrar com Sonja após a refeição, ele teria que se certificar de que a mais nova adição à Casa estava confortavelmente instalada.
Talvez fosse uma boa ideia dar ao Sr. Slytherin os aposentos do herdeiro, e não colocá-lo nos dormitórios junto com os outros. Seis meninos em uma sala era o suficiente para ele, mesmo que ele tivesse certeza de que nenhum dos filhos dos outros Comensais da Morte faria algo precipitado ou idiota, o filho de Madame Zabini era outra questão.
Ele terminou sua refeição antes que seus alunos tivessem comido os últimos pedaços, esperando para acompanhá-los até as masmorras, para ter certeza de que todos sabiam e entendiam a nova situação. Quando Severus percebeu o primeiro dos alunos mais velhos saindo, e o Sr. Slytherin começando a juntar suas coisas, ele se levantou, acenou com a cabeça na direção de Minerva, ignorou o diretor e caminhou até a mesa.
"Siga-me, por favor, Sr. Slytherin. Vou lhe mostrar o seu quarto." O adolescente rapidamente se levantou do banco e balançou sua bolsa para carregá-la confortavelmente, obedientemente seguindo o Mestre de Poções.
Logo eles estavam cercados pela maioria dos outros Sonserinos, os primeiros anos correndo - ou quase correndo - para ficar à frente do grupo para que não perdessem nada do que estava para acontecer, no caminho para a sala comunal. Era óbvio que todos eles estavam ansiosos para ver o que poderiam ganhar com a presença do Herdeiro Slytherin. Prometia ser um ano interessante na Casa Sonserina, ainda mais interessante do que já tinha sido.
Suspirando silenciosamente para si mesmo, Severus acompanhou seus passos aos passos sem pressa do adolescente caminhando apenas meio passo atrás dele.
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Theo e seus amigos - alguns dos quais ele conhecia desde que eram crianças - andavam um pouco atrás do chefe da casa e herdeiro da Sonserina, Harry, que agora finalmente pertenceria a eles. Era uma possibilidade, mas ele não ousou realmente contemplar esse resultado. Ao longe, ele estava ciente de que seu pai ficaria feliz por Theo ter conseguido ganhar a amizade do menino e, portanto, agora estaria na posição natural para ser seu guia não apenas na sociedade em geral, mas também no ambiente em que era Sonserina Hogwarts.
"Temos certeza que ele é um sonserino?" Tracy disse em um tom baixo, para que apenas os realmente próximos pudessem ouvir. "A maneira como ele agiu esta noite foi um pouco ousada, não foi?"
Olhando de volta para ela, Theo balançou a cabeça um pouco. "Pode parecer assim, mas eu discordo." Às vezes, os outros simplesmente não olhavam profundamente sob as ações das pessoas ao seu redor. Este foi um desses casos. Mas ele não estava com humor para explicar por que Harry agiu daquela maneira, e por que exatamente foi um movimento genuíno da Sonserina.
"Bem, considerando que o diretor não parecia muito feliz, eu acho que essa era a única maneira de ele passar. Na frente de todos, sem avisar a equipe, então ninguém poderia tentar dissuadi-lo disso. Você viu que o Professor Snape não ficou surpreso? " Draco explicou em um tom tão condescendente que a garota não poderia interpretar mal seus pensamentos. Sorrindo com seu bufo frustrado, Theo silenciosamente concordou com a avaliação de Draco sobre a situação. O diretor certamente não queria que Harry se tornasse ainda mais próximo dos sonserinos, teria querido que ele continuasse um grifinório. Pedir uma reclassificação em público garantiu que ninguém pudesse alegar que não havia acontecido ou tentar negar o pedido.
Eles chegaram à entrada da sala comum e entraram em fila atrás dos anos mais jovens - ansiosamente sentados em frente à lareira principal, esperando o discurso esperado - procurando seus lugares favoritos para se sentar.
Harry ficou - um pouco sem jeito - ao lado do Professor, que estava em seu lugar de costume para anúncios para toda a Casa. Assim que todos se acomodaram, o Professor deixou seu olhar varrer todos eles e então começou a falar. "Para evitar mal-entendidos, ouça com atenção. O Sr. Slytherin está em uma posição perigosa porque sua herança foi descoberta. Alguns consideram sua relação com o Lorde Slytherin contra ele e não hesitarão em lhe fazer mal por isso." O homem falou com uma intensidade silenciosa apenas amplificada pela qualidade sedosa e suave de sua voz. "Como membros da Casa Slytherin, é nosso dever e honra protegê-lo, assim como ele vai defender cada um de nós." Alguns murmúrios surpresos passaram pela multidão, e Theo sentiu sua sobrancelha se arquear em silenciosa surpresa. Harry, por outro lado, não parecia nada novo para ele. "O Sr. Slytherin ocupará a sala reservada para o herdeiro oficialmente reconhecido. Está dentro de sua competência decidir quem tem permissão para entrar na sala e quem não é. Espero que todos os eventuais desentendimentos entre o Sr. Slytherin e qualquer um de vocês não saia estes quartos. " Com outro de seus olhares sombrios e temidos, o professor acenou para que eles se dispersassem e se virou para Harry. "Vou lhe mostrar o seu quarto, Sr. Slytherin. Seus pertences já deveriam ter sido removidos."
Apenas saber que ele tinha que terminar uma redação com entrega no dia seguinte impediu Theo de seguir seu amigo e o professor de Poções.
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Harry deu um pequeno círculo em seu novo quarto. Ele espelhava o estilo de todos os outros dormitórios que ele tinha visto em Hogwarts. A cama tinha quatro pilares sustentando um dossel, o cobertor era feito de lã e seda, o travesseiro grande e fofo. Havia um pequeno armário e uma mesa com uma cadeira acolchoada. No geral, parecia bastante com os quartos que ele tinha na Torre da Grifinória. A decoração era tingida de verde e as janelas eram enfeitadas, mostrando a vista para o lago. A sala não era circular e não havia cortinas dividindo o lugar. Mas ele tinha seu próprio banheiro, uma área de estar e o que poderia ser chamado de uma pequena biblioteca.
Eram quartos agradáveis e Harry desempacotou suas coisas sob o brilho quente da luz do fogo. Ele se perguntou se os elfos mantinham o fogo ou se ele mesmo seria capaz de acender um. Os invernos anteriores haviam deixado claro que as masmorras podiam ficar bem frias e, a julgar pelo número de lareiras na sala comunal, os dormitórios da Sonserina não eram exceção a esse fato. Ele prefere quartos aquecidos o tempo todo.
Assim que terminou de desempacotar, Harry pegou o espelho que Marvolo havia feito para ele e se jogou em sua nova cama. Melhor ligar agora e começar com a ligação mais curta. Depois de informar Marvolo, ele teria que ligar para o padrinho. Ele só esperava que o fato de ter esquecido de informá-lo sobre sua queda e ficar na enfermaria não deixasse o animago muito zangado com ele.
No momento em que Marvolo atendeu ao chamado de Harry no espelho, o bruxo mais velho pareceu surpreso. "Henry, você foi reordenado? Eu não esperava que você tomasse uma decisão tão importante tão rápido." Ele apenas parou por um momento antes de um sorriso irônico puxar os cantos de sua boca. "Mas você sempre teve algumas qualidades Grifinórias, então acho que não é tão surpreendente assim."
Logo Harry franziu a testa em confusão. Como foi que Marvolo soube que tinha sido reclassificado? Não parecia que o professor já o havia informado, mais como se ele tivesse deduzido de algo que tinha visto. Balançando a cabeça para colocar seus pensamentos de volta nos trilhos, Harry descartou sua reflexão sobre como Marvolo sabia. Ele poderia apenas perguntar se ele realmente queria saber.
"Eu estive pensando sobre isso há algum tempo. E depois do que aconteceu no domingo de manhã ... eu simplesmente não pude ficar mais. Então eu pedi para ser reorganizado antes do jantar." Harry encolheu os ombros o melhor que pôde, deitado de costas na cama. Ele não queria discutir suas razões para essa decisão agora.
Marvolo acenou com a cabeça, um pequeno sorriso nos lábios. "Posso presumir pelo verde logo atrás de você que você foi selecionado para a casa de nosso ancestral?"
Com um sentimento de satisfação, Harry percebeu que Marvolo notou a mudança na decoração e naturalmente concluiu que ele não estava mais hospedado nos quartos no topo da Torre da Grifinória.
Das alturas do castelo às fundações mais baixas. Bem, não o mais baixo. A câmara provavelmente era muito mais profunda nas rochas do que as masmorras.
"Sim. E o Professor Snape me deu os quartos designados para o herdeiro oficialmente reconhecido ... Este deveria ter sido o seu quarto também, não deveria?" A curiosidade súbita o levou a perguntar, mas quase instantaneamente desejou que sua boca não tivesse fugido dele. Esse pensamento sobre as consequências que supostamente fazia parte do comportamento Sonserino adequado precisava de um trabalho sério.
Para o alívio de Harry, Marvolo não ficou zangado, apenas sorrindo tristemente, ele balançou a cabeça. "Como não havia nenhum Lorde Slytherin quando eu fui para a escola, eu não poderia ter sido o herdeiro oficial. Então, não, aqueles quartos não seriam meus. Mas estou feliz que agora você irá residir neles. faça o que eu puder para aumentar sua segurança. "
Eles não conversaram muito depois disso. Harry teve que informar seu padrinho, e como a comunicação regular com ele era considerada um de seus deveres por Marvolo, o homem não se opôs quando Harry mencionou isso como um motivo para interromper a ligação.
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Sirius sentou-se pesadamente em uma poltrona ao lado da lareira em sua sala de estar favorita. Agora mesmo ele tinha conseguido fazer Remus dormir. O pobre homem pegou um resfriado poucos dias antes da lua cheia. E como ele insistia em tomar a Mata-cão, ele não podia tomar nenhuma outra poção para combater a doença, fazendo seu nariz escorrer, sua voz ficar rouca, sua cabeça latejar. Ou pelo menos foi o que Remus declarou. Sirius não tinha tanta certeza se era impossível combinar outras poções com wolfsbane. Mas Remus não estava disposto a arriscar enfraquecer a poção que o deixava manter sua mente durante a transformação, como nunca havia acontecido. Aceitando a decisão de seu amigo, Sirius parou de pressionar o lobisomem e começou a preparar chás de ervas e caldo de galinha.
Na véspera - domingo, se ele não tivesse perdido o contato com a realidade - ele havia recebido uma coruja de Minerva informando que Harry havia caído na escada, e teve que ficar na enfermaria para cura de alguns ossos quebrados. Ela não tinha entrado em muitos detalhes - sempre um mau sinal - e Sirius decidiu ignorar a exigência nas entrelinhas de que ele viesse visitar Harry. Ele se sentiu culpado por essa decisão. Mas como Harry tinha seus amigos e seu guardião - mesmo quando era difícil admitir que o homem se apresentaria e faria o que qualquer pai decente faria - e Remus não tinha ninguém além do próprio Sirius, não era muito difícil ignorar esses sentimentos por o momento.
Ele só esperava que Harry entendesse assim que tivesse a oportunidade de falar com ele.
Assim que Kreacher colocou uma bandeja com um copo e uma garrafa de vinho tinto em uma pequena mesa à sua direita, o espelho que ele sempre tinha em um de seus bolsos começou a vibrar.
Ansioso para falar com Harry, Sirius tirou o espelho do bolso e atendeu a ligação. "Harry! Estou tão feliz que você ligou! Remus está doente com um resfriado, e pouco antes da lua cheia. Eu não poderia deixá-lo sozinho. Espero que você entenda. um reembolso. Tudo bem? "
O adolescente do outro lado do espelho pareceu pasmo por um momento antes de começar a rir, rolando no que parecia ser um edredom de seda verde.
Um edredom verde? Sirius estava confuso e mal conseguia esperar com suas perguntas até que seu afilhado conseguisse se acalmar novamente.
Varrendo os olhos para se livrar das lágrimas de sua alegria, o adolescente, com o cabelo preto ainda mais despenteado do que o normal, riu um pouco antes de começar a falar novamente. "Ohhh, Sirius! Obrigado! Isso era exatamente o que eu precisava. Este fim de semana foi tão confuso."
A sensação de travessuras idiotas desapareceu sob o assunto que Harry queria discutir com seu padrinho, deixando Sirius inquieto. Ele havia interpretado mal a carta de Minerva? A queda fora mais séria do que ele pensava?
"Suponho que lhe disseram que eu caí?"
Sirius acenou com a cabeça, deslizando para fora da cadeira para se sentar no chão.
"Alguém te disse que uma garota - a namorada de McLaggen - armou um feitiço de viagem? Eu considero isso um não," Harry afirmou secamente para a expressão de horror no rosto de Sirius. "Essa foi a gota para fazer a poção transbordar." Harry suspirou, esfregando uma mão no rosto. "Eu pedi para ser reorganizado um pouco antes do jantar. O Chapéu aceitou e me colocou na Sonserina." Agora os olhos verdes por trás dos óculos pareciam inseguros.
Antes que o adolescente pudesse expressar suas preocupações, Sirius rapidamente tentou pensar em algumas palavras tranquilizadoras. "Bem, se você se sente melhor cercado por pessoas que você sabe que têm segundas intenções, mais poder para você, filhote. E eu gosto bastante de Andrômeda, ela estava na Sonserina, você sabe." Internamente, Sirius estremeceu. Isso não tinha sido tão reconfortante quanto ele queria. Mas a julgar pelo sorriso hesitante no rosto de Harry, tinha sido adequado o suficiente.
"Mostre-me seu quarto! Estou curioso. Nunca conseguimos dar uma boa olhada nos dormitórios da Sonserina!" Ele realmente estava curioso e sentiu que este era um assunto mais seguro do que a mudança na casa.
"Se você nunca colocou os pés nos dormitórios, como você conseguiu incluir todos os dormitórios - e não apenas a Grifinória - no mapa?" um Harry que parecia curioso perguntou ao se levantar do que Sirius reconheceu como sua cama.
"Pedimos mapas gerais a outros. Consegui entrar em Hufflepuff e Ravenclaw com alguns outros que estava namorando ..." Ele provavelmente não deveria se aprofundar muito nesse assunto se quisesse evitar que Harry perseguisse todos que o queriam. "E principalmente nós conseguimos descrições do layout de livros na biblioteca - esse era o trabalho de Remus - ou parentes distantes. Regulus estava sempre descrevendo coisas quando contava aos nossos pais sobre coisas do termo ..."
Sirius se sentiu melhor no momento em que Harry começou a mostrar seus novos quartos. Ser uma figura parental de qualquer tipo era honestamente aterrorizante. A ideia de encontrar um adulto para adotar ficava melhor a cada dia. Não pela primeira vez, Sirius se perguntou por que James o pediu para ser padrinho, ou por que ele aceitou a honra e o dever. Ele se sentia desqualificado para este papel, mal conseguindo não ser um desastre. Pelo menos agora, depois de seu maior erro de ir atrás do rato sem um plano sólido.
Talvez ele pudesse ajudar Harry a evitar os erros que cometeu quando jovem.
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Pela primeira vez que Ron conseguia se lembrar, ele estava sentado na sala comunal junto com todos os outros grifinórios, esperando o professor entrar para fazer um discurso oficial. Provavelmente não foi a primeira vez, mas agora, com Harry faltando porque ele tinha sido reordenado, ele estava muito mais focado. Normalmente ele passaria o tempo enquanto esperava, brincando com seu melhor amigo. Não se concentrando na tensão como estava agora.
A sala ficou em silêncio no momento em que a severa Professora de Transfiguração subiu pelo buraco atrás do retrato, seus olhos frios, seus lábios apertados. Ron estava certo de que ele não foi o único a se contorcendo em seu assento, mesmo que ele tinha não fez nada de errado. Ele tinha certeza de que não havia feito nada de errado. Hermione teria contado a ele, e ainda seria irritante. Ela pode ter perdido um pouco de seu amor pelas regras, mas ainda lamentava quando havia a necessidade de quebrá-las ou dobrá-las.
"Nunca em todos os meus anos como Chefe da Grifinória eu estive tão envergonhado dos meus alunos. Estou ciente de que nem todos vocês sabiam ou participaram das pegadinhas e ataques ao Sr. Sonserino. Mas um dos nossos não se sentiu mais seguro entre nós. Por causa das ações tomadas por um Grifinório, e da inércia de outros. Todos nós - e eu me incluo nisso - deveríamos ter feito melhor. A Srta. Parkes foi levada sob custódia e não retornará tão cedo, se isso acontecer . " Ela fez uma pequena pausa, deixando seu olhar vagar pelos alunos reunidos, fazendo Ron se sentir ainda mais como se tivesse jogado uma pedra pela janela da cozinha. "O bullying não será tolerado e vou garantir que todos os monitores entendam o que é bullying. É verdade que nem todos em uma família se dão bem com todo mundo o tempo todo. Mas implicar com alguém também não é algo que uma família faça. Eu espero que todos vocês aprendam com isso, e não abandonem suas amizades com o Sr. Slytherin apenas porque ele agora se juntou à Casa de seu ancestral. "
Antes que eles realmente pudessem processar o que o Professor queria dizer com isso, ela havia desaparecido novamente, deixando os alunos por conta própria. Demorou alguns minutos, mas logo a reunião se dividiu em vários grupos menores, discutindo o que aconteceria a seguir.
Ron sentou-se ao lado de Hermione, sem realmente ouvi-la tagarelar sobre todas as diferentes regras para visitas às salas comuns de outras casas, ou quando era aceitável sentar-se em uma mesa diferente para as refeições. Ron não queria perder seu amigo, e que Harry esperou tanto tempo para pedir uma reordenação porque ele queria mantê-lo e Hermione por perto era bom. Mas ele sentia que seria difícil manter a amizade.
"Ei, Ron!" Os gêmeos se sentaram ao lado de Ron e no chão. "Amanhã, depois das aulas, vamos fazer um teste. Precisamos de um novo apanhador. Angelina quer que toda a equipe esteja lá."
Oh sim, havia quadribol, e eles não tinham mais Harry para jogar para eles.
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Já era tarde quando Severus finalmente conseguiu se preparar para sua visita prometida a Sonja. Mas antes que ele pudesse chegar ao limite das proteções para aparatar no apartamento dela, uma pequena coruja voou até ele, obviamente com o objetivo de pousar nele onde pudesse.
Para evitar que o pássaro pousasse em seu ombro, ou - a magia proibia - em sua cabeça, o Mestre de Poções estendeu o braço como um poleiro para o mensageiro. Com dedos hábeis, ele desenredou um pequeno pergaminho da perna da coruja, anotando seu nome escrito do lado de fora em uma letra cursiva familiar. Ele o vira muitas vezes por ordem do boticário. E em quase todas as cartas das últimas semanas. Isso era de Sonja.
Alterando ligeiramente seu caminho enquanto a coruja levantava vôo novamente, Severus desenrolou a carta e a leu à luz da varinha.
Caro Severus,
Você ainda não está aqui, então acho que vai desconsiderar sua promessa de dormir cedo em favor de uma visita tarde. Você precisa dormir, então enviarei esta carta por coruja expressa. Eu quero que você descanse um pouco!
Eu consegui examinar as informações que você me deu e estou feliz que parece que você está cumprindo todos os requisitos para o príncipe senhorio. Gosto daquele que afirma que se espera trabalhar em uma posição respeitável. Bem pé no chão, isso. Esses são valores familiares que posso defender.
Hoje havia algumas bruxas fofoqueiras em busca de poções para cuidar dos cabelos, era fácil direcioná-las ao tema dos casamentos da sociedade. Meu voto vai para o casamento antes de você se sentar. Nenhum de nós dois deseja a atenção que um casamento posterior nos traria.
Vá para a cama, descanse um pouco, escreva-me de volta pela manhã.
Amar,
Sonja
Sorrindo baixinho para si mesmo, Severus deu uma volta curta pelo terreno, saboreando o ar fresco antes de retornar ao castelo e seus aposentos nas masmorras. De todas as pessoas que reivindicam sua vida, Sonja era a única cujas ordens ele sempre seguia com um sorriso feliz.
Rindo com aquele pensamento sentimental, Severus se perguntou o que o amor estava fazendo com ele. Realmente pode ser uma força perigosa.
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Terça-feira, 7 de novembro
A sala comunal ficou quieta no momento em que Harry passou pelo portal que levava ao dormitório dos meninos. Theo se aproximou de onde ele e o resto dos alunos do quinto ano estavam esperando e fez uma reverência na direção do outro adolescente. "Herdeiro Slytherin."
O dito adolescente revirou os olhos verdes - enquanto Theo amaldiçoava Daphne por apontar, repetidamente, como o verde da Sonserina combinava bem com eles - se aproximou dele e dos outros, balançando a cabeça. "Sério, Theo, não. Eu nunca amei a atenção que vem por ser eu. Então, se pudéssemos ser apenas nós na sala comunal, pelo menos, isso seria ótimo."
Algumas risadas nervosas puderam ser ouvidas de alguns daqueles sonserinos que tinham pais Comensais da Morte, ou parentes próximos. Theo sorriu, Harry foi refrescantemente direto. "Tenho certeza de que consigo me comportar de maneira um tanto normal. Mas você sabe o que provavelmente vai acontecer se não seguirmos o protocolo, ou você se machucar?"
Colocando a bolsa um pouco melhor no ombro, Harry acenou com a cabeça, seu cabelo tão rebelde como sempre. "Eu sei quem ele é, e o que ele está disposto a fazer, para proteger ... seu herdeiro. Vou tentar tornar mais fácil para todos vocês." Uma cabeça de cabelo escuro acenou com a cabeça na direção das irmãs Greengrass, Draco, e seus dois capangas, olhos verdes varrendo a sala como se ele estivesse tentando localizar todos aqueles ligados à família Sonserina por mais do que a colocação na Casa.
Às vezes Theo se perguntava o quanto Harry sabia das ações e seguidores do Lord das Trevas. E então eles começaram a caminhar até o Salão Principal para o café da manhã. Essa não foi uma ocorrência incomum. Quase todas as manhãs, eles caminhavam em grandes grupos pelos corredores. Era uma tradição que começou quase ao mesmo tempo que as outras casas começaram a alienar a Sonserina abertamente. Não deixar os anos mais jovens à mercê de alguns dos grifinórios mais velhos se tornou fundamental.
Por um momento, houve um silêncio nas conversas no Salão Principal quando eles entraram e encontraram seus lugares na mesa da Sonserina.
Theo se sentou ao lado de Harry, e os outros de seu ano sentaram-se ao redor deles. Todos eles começaram a encher seus pratos com as várias comidas, quando Draco parou de pegar uma tigela de ovos mexidos, olhando para um pequeno frasco ao lado da taça na frente de Harry. "O que é isso? Henry?"
"Minha poção diária de nutrientes." Com um suspiro, o frasco foi aberto e Harry bebeu o conteúdo, apenas fazendo uma leve careta. "Daphne, você pode me passar o suco de abóbora?"
"Certamente. Aqui está."
Dali em diante, foi um café da manhã bem normal. Havia nuvens escuras correndo sobre o céu encantado do Grande Salão e, quando as corujas entraram, os alunos foram borrifados com as gotas de chuva de centenas de asas. As gotas de chuva eram geladas. Com certeza começaria a nevar em breve.
Algumas cartas e jornais foram entregues em sua mesa, ignorados por Harry, que cuidadosamente selecionou uma maçã da pilha perto de sua mão direita.
Pansy engasgou e correu para abrir o Profeta Diário, quase derrubando uma jarra de leite no processo. "Olha só! Skeeter encontrou um novo alvo!" Sua voz penetrante assegurou-lhe a atenção de metade da mesa da Sonserina e de alguns Corvinals também. E porque agora era quase tradição ler em voz alta artigos humilhantes, Pansy começou a ler todos eles o artigo principal da edição de hoje.
"Aluno de ligação em Hogwarts significa desastre!" ela proclamou com óbvio deleite em seu rosto.
Theo sentiu Harry suspirar ao seu lado, pegando outra porção de ovos mexidos.
" Após o jogo vitorioso do herdeiro de Lorde Slytherin no passado sábado, o confuso Gryffindor menina Juli um e P a rk e s conjunto uma brincadeira que quase custou o nosso amado Menino-Que-Sobreviveu seu jovem li f e. Ajuda rápida pela competente Medi-bruxa Poppy Pomfrey foi capaz de evitar qualquer dano duradouro. Persistindo em manter ing seu cofre filho adotivo, o bem conhecido, jovem e lindo Senhor Slytherin insistiu que Aurores ser chamado para investigar e ficou o dia inteiro ao lado de seu filho em A Ala Hospitalar ... Se não é um pai devotado, não sei o que é, meus caros leitores!"Snickers subiram de diferentes pontos ao redor da mesa da Sonserina, e Theo percebeu outro suspiro infeliz de Harry, que balançou a cabeça no momento em que Theo ergueu uma sobrancelha questionadora.
"Oh ouvir, este é o melhor! Testemunhas descreveram Senhorita parque e s ' ações como parecendo estar sob compulsão, e seus amigos confirmou que ela agiu deprimido e errático desde Mr. McLaggen foi expulso de Hogwarts por tentativa de homicídio. Seus pais pedi a um curandeiro para fazer um exame médico completo em busca de influência indevida. Existem rumores sobre Cormac McLaggen usando feitiços e poções em garotas impressionáveis para fazer com que passassem mais tempo com ele. Com ele sozinho. Ohhh, eu sempre soube que ele era o pior tipo de cara para uma garota se aproximar! Oh, olhe, há até mesmo uma parte sobre um frenético Sr. McLaggen tentando defender aquele filho da puta! "
Theo não ouviu mais as fofocas sobre uma nova matança - falando figurativamente - quando Harry se levantou, recolhendo sua bolsa. "Qual é a primeira aula que temos?" o adolescente de olhos verdes quis saber, afastando-se lentamente da mesa e indo em direção ao hall de entrada, fazendo com que alguns dos outros também se levantassem.
Antes que Theo pudesse responder à pergunta, eles foram abordados pelos gêmeos ruivos do time de Quadribol da Grifinória. "Olá, Harry!" o da direita gritou. "Podemos pedir um favor ao nosso sonserino favorito?" perguntou seu irmão idêntico da esquerda. Além do fato de que eles eram filhos do meio da família Weasley e, portanto, provavelmente associados com Dumbledore e a facção da luz, Theo não sabia muito sobre eles.
Com diversão clara como o dia em sua voz, Harry respondeu aos dois bruxos com uma pergunta própria. "E qual seria esse favor?"
Os dois gêmeos envolveram os ombros de Harry com um braço, efetivamente prendendo o adolescente menor entre eles no caminho para fora do Salão Principal. "Bem, nós temos uma boa compreensão do que o típico aluno da Grifinória espera dos produtos de pegadinhas. Nós até conseguimos perguntar a alguns Lufa-Lufas e Corvinals. Mas os Sonserinos, Harry, os Sonserinos têm nos causado problemas."
"Você quer que eu ajude com sua pesquisa de mercado?"
"Em essência, é isso que queremos perguntar, sim." confirmou um dos irmãos - Theo não foi capaz de distinguir entre os dois e nunca se preocupou em tentar até agora - enquanto o outro apenas acenou com a cabeça com um largo sorriso no rosto.
"Podemos inventar algo. Mas temos que ter cuidado, o Professor Snape com certeza está mais alerta para travessuras do que a Professora McGonagall." Os acenos que os gêmeos deram a essa declaração foram bastante graves, reconhecendo o fato de que o Diretor da Casa Sonserina não era conhecido por sua leniência com travessuras.
"Assim seremos, Harrykins! Nos veremos mais tarde!" E com esse grito de despedida os dois desapareceram, deixando um Harry sorridente e alguns sonserinos confusos para trás.
"Pesquisa de marketing?" Draco falou lentamente e tentou arrancar informações até a primeira aula do dia.
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Draco teve um bom pressentimento sobre suas chances de se aproximar do herdeiro do Lord das Trevas depois do almoço. O outro adolescente tinha sido amigável com eles a maior parte do tempo, sentando-se com ele, Daphne ou Theodore em vez de membros das outras Casas. Se ele pudesse impedir Crabbe e Goyle de fazer algo estúpido, e ele mesmo de insultar os Grifinórios, ele provavelmente seria capaz de melhorar o relacionamento deles.
No momento em que desceram a colina para o lugar que geralmente tinham Trato de Criaturas Mágicas - de alguma forma, ele desejou ter feito outra eletiva no terceiro ano, outra matéria que ele costumava se sujar fazendo não tinha sido sua melhor ideia - a realidade de A associação de Henry com Grifinórios indignos desabou ao seu redor.
Ele teve que se lembrar que Granger era a herdeira da família Lestrange para evitar que um sorriso de escárnio estragasse seu rosto, quando a garota veio das estufas.
"Atormentar!" ela gritou, agitando um braço freneticamente no ar, suas luvas vermelhas claras para ver no tempo sombrio.
"Com licença?" Henry realmente não esperou que eles respondessem de qualquer forma ou estilo antes de decolar - pelo menos em um ritmo respeitável, Draco estava feliz em notar - caminhando até os dois grifinórios dos quais ele era amigo desde o primeiro ano.
"Você realmente não achou que ele iria deixar seus amigos só porque ele agora é um sonserino?" Theodore disse com uma cadência sarcástica em sua voz, batendo-lhe no ombro, antes de ajustar o chapéu e o cachecol, para melhor se aquecer.
Durante o resto do caminho até a cabana do guarda-caça, Draco ficou de olho em Henry e nos Grifinórios. O Weasley parecia não ter certeza de como agir, Granger estava falando constantemente. Portanto, nada de novo aí.
Draco gemeu baixinho quando avistou a forma gigantesca de Hagrid, o meio-gigante, esperando por eles perto da pilha de madeira que ele passou por uma espécie de casa. O homem estava sorrindo, pelo que Draco foi capaz de perceber através daquela escova de barba, e gesticulou para que todos se aproximassem, ganhando olhares cautelosos não apenas dos sonserinos.
"Olá, Harry! Ouvi dizer que você foi reordenado! Pode ser bom para as cobras ter um Grifinório entre elas. Você não acha?"
Draco ignorou o que foi dito depois disso. Ele lamentou que o idiota mais uma vez fosse seu professor. A contragosto, ele teve que admitir - apenas em sua própria cabeça, veja bem - que o homem conhecia seus monstros e podia lidar com eles. Mas ele tinha a tendência lamentável de julgar seus monstros pelo que ele podia fazer. No ano passado e as monstruosidades que eles tiveram que criar foram um excelente exemplo disso.
"Vamos!" o gigante chamou, erguendo meia vaca no ombro, pingando sangue no chão coberto de folhas perto da floresta.
Ele disse a eles o que eles iriam fazer? Draco se lembrou com um estremecimento da única vez em que colocou os pés no chão sob a densa folhagem da floresta normalmente proibida aos alunos. Ele ainda não tinha certeza do que os professores estavam pensando, atribuindo aos primeiros anos uma detenção à noite na Floresta Proibida. Tinha sido horrível, então Draco se manteve perto dos outros enquanto eles seguiam seu Professor em um grupo apertado nas profundezas da floresta escura. O cheiro de folhas podres e carne crua servindo apenas para lembrá-lo daquela noite horrível em que estiveram procurando por um unicórnio ferido.
A lição seguinte sobre Testrálios foi assustadora e fascinante. Assim que a pergunta sobre quem poderia ver os cavalos esqueléticos foi respondida, Draco ficou, ao mesmo tempo, triste por não poder vê-los e feliz por não poder vê-los. E então ele percebeu que não era capaz de dizer qual morte Henry supostamente tinha visto que o tornara capaz de ver as feras tão intimamente relacionadas à morte.
Rumores diziam que ele tinha visto Quirrell morrer. Ele certamente estava na sala quando o Lord das Trevas matou sua mãe, se alguém pudesse confiar nas histórias que circulavam sobre os eventos daquela noite. Não havia dúvida de que ele tinha visto a morte de Diggory no ano passado. E a julgar por seu rosto, ele não os estava vendo pela primeira vez ...
Era difícil pensar como a vida deveria ser para Henry. Neste verão, Draco finalmente percebeu o quão perigoso o Lorde das Trevas era, e que o nome de sua família não era o suficiente para protegê-lo do homem ou do que viria para ele nos anos que viriam. Era preocupante que Henry provavelmente soubesse disso desde que eles tinham onze anos.
Uma vez, Draco tinha ficado ressentido com o outro garoto pela fama. Agora ele acreditava que tinha sido principalmente inveja e orgulho ferido por ter sido rejeitado. Draco estava feliz que Henry fosse Grifinório o suficiente para dar às pessoas outra chance, ou tão verdadeiramente Sonserino que deu por perceber o potencial político que um relacionamento amigável entre eles tinha.
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Várias rachaduras de aparatação encheram a sala que Marvolo estava olhando de seu trono confortável montado em um estrado. Ele ficou feliz em saber que Henry tinha qualidades Sonserinas suficientes para ser classificado na Casa de sua família em Hogwarts.
Mas agora que seu filho havia se transformado em uma das Casas contendo mais filhos de seus seguidores do que qualquer outra, ele deveria se certificar de que todos eles sabiam o que ele esperava deles.
Assim que ele se levantou, seus Comensais da Morte se ajoelharam, curvando a cabeça em respeito. Foi um espetáculo para ser visto, todas aquelas pessoas vestidas com túnicas escuras com suas máscaras brancas curvando-se a ele em respeito. Talvez ele devesse emitir uma declaração banindo as vestes e máscaras de serem necessárias em todas as reuniões. No passado, ele havia enviado seu povo para atacar alguma família ou lugar com pouco aviso prévio, se é que havia algum. Portanto, tinha sido melhor fazê-los trazer os adereços para intimidar e esconder sua identidade em todas as reuniões. Como agora provavelmente nunca mais seria necessário empregar tais táticas, seria melhor se livrar de outro dos sinais externos da existência contínua dos Comensais da Morte.
"Tenho certeza de que vocês com filhos da idade de Hogwarts já ouviram sobre a reclassificação que aconteceu ontem à noite. Meu filho e herdeiro foram selecionados para a Sonserina." Ele viu algumas cabeças olharem para cima, então alguns ainda deviam ser ignorantes sobre isso.
"Há alunos na escola irritados com os acontecimentos, dispostos a prejudicar meu filho. Exijo que você avise seus filhos para não se envolverem em tais esquemas, mas denuncie-os a um professor - de preferência o Professor Snape - ou o proteja se isso acontecer necessário. Espero que você seja capaz de transmitir a eles as graves consequências do não cumprimento. "
Então ele pediu relatórios, sentando-se novamente. A potente poção para alívio da dor de cabeça que ele havia tomado antes de chamar seus Comensais da Morte - ter um deles como assistente pessoal constantemente ao seu lado estava funcionando bem - o deixou um pouco cansado e feliz de se sentar. Talvez ele devesse fazer uma pausa na tentativa ativa de absorver uma de suas horcruxes com remorso e pesquisar na escassa literatura outras maneiras conhecidas.
Os relatórios não trouxeram nada de novo. Principalmente, ele fazia seu povo ouvir as reações às suas ações, aparentemente reparando os danos causados durante a última guerra. O Departamento de Mistérios estava lentamente liberando os corpos recuperados do lago de Inferi, gerando um grande número de sepultamentos e memoriais em toda a sua comunidade.
As reações foram mistas. Havia aqueles sempre prontos para dar a alguém outra chance, aqueles que acreditaram na história do jovem sob uma terrível maldição antiga, alguns segurando rancores com todas as suas forças, uma vasta maioria que não sabia o que pensar, e alguns tão envolvidos em seus próprios problemas que realmente não se importavam.
Foi uma informação útil e uma boa base para tomar suas próximas decisões sobre o que ele deveria fazer durante o inverno e seus encontros sociais habituais.
"Antes de liberá-lo para ir para casa, dê-me uma atualização sobre seus esforços para estabilizar nossa população. Xerxes." Ele ligou para seu amigo mais antigo para relatar primeiro porque ele queria receber as notícias da escola primeiro. Talvez aqueles que tiveram problemas para ter mais filhos pensassem em adotar uma das crianças que Xerxes e London haviam encontrado e resgatado para suas próprias famílias.
"Meu Senhor, agora temos dez jovens bruxas e bruxas na escola, que ficaram presos no mundo trouxa sem tutores adequados. Outras trinta crianças de diferentes idades com tutores não mágicos adequados estão frequentando aulas cinco dias por semana. Alguns dessas famílias estão ansiosas para descobrir uma ancestralidade potencialmente mágica. Uma delas já passou muito tempo rastreando sua ancestralidade por meios trouxas. Eles esperam por ajuda do nosso lado. Mas temo que os goblins ainda estejam relutantes em se comportar como muitos testes de ancestralidade quantos forem necessários. Tenho a sensação de que, pela primeira vez, não é uma questão de dinheiro. "
Lúcio informou a ele e aos outros que sua esposa estava grávida, alguns declararam que ainda estavam em busca de uma parceira adequada, e então foi a vez de Severus.
"Meu Senhor, fico feliz em informar que encontrei uma mulher para me casar. Ela deseja um casamento durante as férias de inverno para não acender muitos rumores com suas visitas ao castelo e as noites em que eu desligo para visitá-la. "
"Estou muito satisfeito, Severus, muito satisfeito mesmo." Parecia que seu desejo de aumentar o número deles poderia ser alcançado com suas medidas atuais. Agora ele precisava decidir se queria ceder ao constante apelo de bruxas elegíveis - e alguns bruxos - e se casar. Deixar uma família tão pequena como a deles com apenas dois membros era um risco. E ele não podia enterrar Henry sob o peso de se casar tão jovem, talvez antes mesmo de ele sair da escola, apenas para ter um filho o mais rápido possível. Mas ele realmente não se sentia atraído por ninguém. Seja homem ou mulher. Talvez essa parte ainda estivesse faltando? Este provavelmente foi outro tópico de pesquisa.