Na manhã seguinte, Harry acordou com nova determinação. Ele iria aproveitar a oportunidade e aprender o máximo que pudesse, contanto que tivesse que ficar no acampamento do inimigo. Com esse pensamento, ele foi até o banheiro para se refrescar antes de se vestir.
Ao sair novamente, meia hora depois, ele encontrou uma pilha de cartas em cima de sua mesa. Curioso, ele se aproximou, apenas vestido com uma toalha enrolada em sua cintura.
As cartas eram de quase todos que ele conhecia. A carta de Hermione era a mais espessa, havia cartas de Ron, os gêmeos, Ginny, Sirius, Remus, Sr. e Sra. Weasley ... mas nenhuma do Diretor. Feliz por seus amigos terem escrito, por não ser esquecido, Harry se virou para se vestir primeiro.
Ele abriu a porta do closet - um conceito que o deixou perplexo - e olhou para a seleção de robes, camisas e calças que agora tinha para escolher. Vagando entre as prateleiras, Harry deixou seus dedos percorrerem o tecido macio. Finalmente, ele se contentou com uma calça cinza-escura simples, quase preta, meias pretas, uma camisa branca e um par de sapatos confortáveis de couro preto. Ele iria para o Beco Diagonal hoje e - ele se encolheu por dentro ao admitir isso - como o herdeiro da Casa Nobre de Potter, ele precisava projetar uma certa imagem. Quando ele parou ao lado das vestes alinhadas em seus cabides, ele brevemente escovou os dedos sobre a seda fina de suas duas vestes formais.
Um foi feito em diferentes tons de verde, uma base verde médio com enfeites e bordados feitos em tons mais claros e mais escuros ao longo das bainhas e costuras. Apenas o brasão da Antiga e Nobre Casa da Sonserina era feito em fino fio de prata. Bem ao lado dele estava um manto igualmente elegante feito em um profundo, escuro, marrom-avermelhado com bordados que lembram chamas. Aqui, o brasão foi feito em ouro. O alfaiate ainda estava lutando para encontrar uma maneira de combinar as cores das famílias de ambas as famílias de que era herdeiro, sem parecer uma decoração de Natal.
Voldemort havia explicado ontem que Harry usaria uma das três vestes, dependendo da ocasião e qual papel ele teria que desempenhar.
Era um pouco demais para entender, mas Harry adorava ter um manto para vestir para representar a família Potter. Dando um passo adiante para as vestes mais cotidianas, Harry escolheu uma com braços largos, que só tinha botões sobre o peito, mas estava aberta de outra forma, em um azul caribenho profundo e vibrante. O alfaiate literalmente passou horas segurando amostras de tecido de cores diferentes no rosto de Harry para encontrar aquelas que mais lhe agradavam.
Saindo do guarda-roupa, agora totalmente vestido e com os óculos de armação de arame dourado no nariz, ele foi até a escrivaninha, sentou-se e abriu a primeira carta de cima, rompendo o lacre.
Hermione contou a ele sobre sua pesquisa na biblioteca para encontrar uma maneira de trazê-lo de volta. Ela divagou sobre dons mágicos de família e como tudo era fascinante. Harry percebeu que ela havia escrito a carta com pressa. Normalmente, eles eram mais estruturados do que a carta que ele segurava atualmente. O fato de ele ter aulas sobre diferentes tópicos estava bom para seu livro, e ela o encorajou a manter os olhos abertos e aprender.
A carta de Ron, a próxima na pilha, era muito mais curta. Ele prometeu algum tipo de missão de resgate, como a que eles lançaram no verão após o primeiro ano, e perdeu o controle tentando encontrar um substituto para o carro voador. Ele disse a ele para usar a chance para tentar espionar o inimigo, talvez até mesmo sabotar os planos do inimigo.
A carta dos gêmeos foi escrita em duas mãos diferentes. Eles se revezaram escrevendo, trazendo um sorriso ao rosto de Harry. Contaram-lhe os planos para o seu negócio de brincadeiras, que começaram a procurar uma loja e estavam a desenvolver-se bastante durante as férias, sempre que conseguiam desviar a atenção da mãe. Eles até perguntaram se Harry achava que ele poderia usar seu "in" com os Sonserinos para abrir um novo mercado para seus produtos. Eles fecharam com a promessa de encontrar uma maneira de trazê-lo de volta e uma sentença afirmando que eles se absteriam de transmitir as ordens de sua mãe para manter sua cabeça baixa e fora de problemas.
Sirius prometeu manter contato e fazer tudo que pudesse para levar Harry para casa. Bem, exceto por coisas ilegais, já que ele tinha certeza de que Harry chutaria sua bunda se fosse mandado de volta para Azkaban.
A carta de Ginny era sentimental demais para ser lida, e a tinta estava borrada em lugares onde parecia que algumas gotas haviam caído no pergaminho. Um pouco desconfortável com o sinal de que a irmã mais nova de Ron ainda tinha uma queda por ele, ele colocou a carta de lado rapidamente.
Remus não tinha escrito muito e principalmente o aconselhou a não perder a cabeça.
A carta dos pais de Ron basicamente era um aviso para não fazer nada estúpido, como fugir, e reunir informações, enviando-as em uma carta, para que eles pudessem encontrar uma maneira de reverter a adoção.
Harry franziu a testa, havia vários indícios de que ele deveria reunir informações e repassá-las à Ordem. Dando de ombros e descartando isso como coincidência, Harry se levantou e saiu do quarto para tomar o café da manhã.
No corredor ele conheceu Theodore, que deixou seu quarto no mesmo momento. Quando o outro garoto se virou e viu Harry, ele sorriu educadamente, fez uma pequena reverência com a cintura e cumprimentou, "Bom dia, Herdeiro Sonserino-Potter."
Harry gemeu e deu a Theodore um olhar fulminante. "Isso é mesmo necessário?" Eles começaram a andar lado a lado.
"Sim, ele é. Você é o herdeiro de duas Casas Nobres, e uma delas é uma Casa Antiga e Nobre para arrancar. E eu sou apenas o herdeiro da Casa Nott, nada com nobre. Portanto, existem regras que ambos temos que seguir. "
"Maravilhoso!" Harry disse com sentimento e sarcasmo. "E não há nada que possamos fazer para mudar isso? Esperar!" Harry se virou para encarar o outro adolescente. "Eu sempre fui o Herdeiro da Nobre Casa de Potter. Ninguém nunca me chamou de herdeiro na escola. "
Parando, Theodore se virou para encarar Harry. "Sim, as regras da escola são diferentes. Não é tão estrito. Mas, no momento, você é um convidado aqui em Nott House e, portanto, todas as regras se aplicam. "
Com um bufo exasperado, Harry começou a andar novamente. "E não há nada que possamos fazer sobre isso? Vou ficar louco se isso continuar pelo resto do verão. "
Rindo, Theodore acertou o passo com ele. "Bem, você poderia me permitir chamá-lo pelo seu nome. Não há outra maneira. E, na ocasião, o endereço formal ainda seria o único a ser usado. "
Eles dobraram uma esquina e começaram a descer as escadas. "Oh, que inferno adorável." Harry pesou suas opções. Ele realmente não queria ser chamado de Herdeiro Sonserino-Potter o tempo todo em que ficaria aqui. Ele queria que um Sonserino, uma das pessoas que o havia insultado e intimidado no passado, o chamasse de Harry? Com desgosto, ele percebeu que a mudança de nome que ele não havia pedido agora poderia ser útil. Ele poderia permitir que Theodore o chamasse de Henry, ou viver sendo chamado de Herdeiro Sonserino-Potter o tempo todo. Lembrando-se da bela tarde que eles tiveram juntos voando em suas vassouras e jogando artilheiro um contra o outro, ele deu uma boa olhada no sonserino à sua frente. Suspirando, Harry esfregou a mão na testa. Ele se recompôs e ofereceu em um tom educado: "Eu ficaria feliz se você me chamasse de Henry."
Estendendo a mão, Theodore respondeu: "E você deveria me chamar de Theodore." Eles apertaram as mãos e seguiram pelo corredor até a sala de jantar.
A vida de Harry tinha assumido uma sensação surreal, ele se perguntou se algum dia seria normal novamente.
Sentando-se à mesa do café da manhã, depois de cumprimentar os bruxos adultos já lidos no jornal, Harry aceitou uma seção do Profeta, pois ler parecia melhor do que olhar para os outros enquanto eles liam.
Ele conseguiu o papel com os anúncios e avisos. Ele passou os olhos por eles, às vezes parando para dar uma olhada em um deles. Havia bruxas se oferecendo para trocar edições do Witch Weekly, ofertas de cachorrinhos ou gatinhos amassados, uma mãe de um menino de cinco anos estava procurando outras que estariam dispostas a entrar em uma espécie de escola do bairro para ensinar as crianças a ler , escrita e matemática. Harry sempre se perguntou como os alunos de famílias bruxas aprendiam o básico. Agora ele conhecia duas maneiras: contratando professores se você fosse rico ou fazendo tudo sozinho se não houvesse dinheiro para desperdiçar. Mas o ensino em casa era aparentemente o caminho a percorrer.
Dando uma mordida em sua torrada com ovos mexidos, ele leu algumas das ofertas de emprego. O Nôitibus estava procurando por um segundo motorista para cobrir metade dos turnos, e parecia que o Professor Dumbledore ainda estava em busca de um novo Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Harry quase engasgou com o chá ao se deparar com uma oferta de emprego postada por Lorde Slytherin. Diz:
Tutor de História da Magia necessário. Preparação OWL. Um aluno, várias horas por semana, possivelmente continuando após o início do semestre. Começando o mais cedo possível. É necessário ter experiência de ensino e NIEM em história. Pagamento negociável.
Estupefato, Harry largou o jornal sobre a mesa e pousou o copo. Os outros também levantaram os olhos da leitura. Corando, Harry percebeu que eles tinham ouvido sua reação à oferta de trabalho.
"Qual é o problema, Henry?" Voldemort perguntou "Você está bem?"
Respirando fundo e tossindo um pouco mais, Harry balançou a cabeça. "Estou bem. Apenas surpreso. Você fez uma oferta de emprego no Profeta Diário, senhor? Por que apenas para história? Você já recebeu uma resposta sobre minhas notas? " Ele se sentiu desequilibrado. Ele realmente só precisava de aulas de história? Isso não parecia certo. E certamente não foi tempo suficiente para obter um relatório sobre suas notas em Hogwarts, não é?
Levantando uma sobrancelha e dobrando o jornal, Voldemort se virou ligeiramente em sua cadeira para encarar Harry mais diretamente. "Não, ainda não recebi uma resposta. Mas você disse que História e Poções são suas piores matérias. Portanto, parece prudente você ter aulas particulares nestes, independentemente de quais são suas notas reais. "
Ainda parecendo confuso, Harry debateu se deveria perguntar, e decidiu que sim. Voldemort parecia estar determinado a educá-lo, então questões relacionadas a essa educação deveriam ser pelo menos remotamente seguras. "Então por que procurar um tutor para me ensinar História?" Mas antes mesmo que Voldemort pudesse responder a isso, a compreensão ocorreu em Harry e um olhar de horror substituiu a confusão.
"Como você percebeu, eu tenho um tutor de Poções já disponível. E, "ele disse em resposta a Harry ficando mais pálido a cada segundo," seria bom para você ter uma relação de trabalho cordial com seu Professor de Poções, uma vez que você esteja de volta a Hogwarts ". Um sorriso maligno apareceu no rosto bonito de Voldemort, causando arrepios na espinha de Harry. "Eu acho que Severus estará suficientemente motivado para fazer melhor em ensinar você do que antes." Pegando o guardanapo para enxugar a boca, Voldemort estudou Harry e finalmente acrescentou: "E se não der certo, depois de uma tentativa decente de fazer funcionar, veja bem, vou encontrar outro professor."
Contemplando isso, Harry chegou à conclusão de que talvez esse não fosse o pior resultado possível. Snape pode ser um link para Dumbledore e a Ordem. Mesmo que eles não pudessem ficar perto um do outro, o Professor de Poções salvou a vida de Harry no passado, e seu conselho, antes de Harry ser levado ao Ministério para ser entregue ao homem que tentou matá-lo, provou ser valioso. Ele estremeceu ao pensar em como exatamente Voldemort se certificaria de que Snape estivesse motivado. Ele provavelmente deveria fazer um esforço real para poupar o professor mais odiado de Hogwarts da tortura se eles deixassem de trabalhar juntos.
Decidindo não se arriscar a empurrar muito cedo, Harry apenas acenou com a cabeça, disse "Sim, senhor," e retomou seu café da manhã.
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Fazia um dia inteiro desde que Harry deixara Grimmauld Place com o Sr. Weasley, e os espíritos entre os que estavam na casa estavam, conseqüentemente, oprimidos.
Tomando o café da manhã, os Weasleys, Hermione, Sirius e Remus não falaram muito. Os pratos eram passados de um lado para outro entre as pessoas sentadas à mesa, a sala cheia com o cheiro de pão recém-assado, café, salsichas fritas e bacon.
Os gêmeos estavam curvados sobre o Profeta Diário em busca de anúncios de lojas para alugar. Eles queriam ter uma ideia de quanto dinheiro precisavam reservar para o aluguel de quartos para abrir sua loja. E então Fred percebeu uma oferta de emprego que chamou sua atenção. Apontando para seu irmão, os dois leram cuidadosamente mais uma vez antes de se dirigir ao ex-Professor de Defesa do outro lado da sala.
"Professor Lupin, senhor!"
"Ainda está procurando emprego?"
"Podemos ter encontrado a oportunidade para você!"
Sorrindo apesar do humor sombrio, o lobisomem respondeu, "Eu não sou mais um professor, então, por favor, me chame de Remus. E vocês dois sabem que estou procurando um emprego. Eu não acho que alguém vai contratar um lobisomem, no entanto. "
"Achamos que ..." "... Provavelmente não será um problema com isso ..." "Oferta de emprego."
Fred encantou a página com a oferta de emprego para voar como um pássaro até o confuso e curioso Remus Lupin. Pescando o pássaro de papel no ar, Remus começou a ler, enquanto Molly Weasley encarava seus filhos. Ela não aprovava a carreira escolhida e deixava isso claro sempre que podia encontrar uma chance de mencioná-la, até mesmo inventando alguma se nenhuma se apresentasse.
Sirius estava de olho em seu amigo e os gêmeos, que pareciam muito animados com o anúncio que haviam encontrado, tentando entender o que havia de tão especial nele. Perdendo a paciência um tanto curta, ele se levantou da cadeira e deu a volta na mesa para ler por cima do ombro do amigo. E depois de ler uma vez, ele começou de novo. "Essa é uma oportunidade," afirmou Sirius. Demorou mais alguns minutos até que o último dos saqueadores envolvesse suas mentes em torno disso e começasse a planejar.
No final, Remus e Sirius decidiram que Remus se candidataria para ser o tutor de História de Harry. Como eles tinham certeza de que Você-Sabe-Quem não era o único a contratar um tutor para si mesmo. Mesmo que Fred, ou Jorge, os lembrasse de que ele realmente tinha que fazer seus NOMs e NIEMs novamente, arrancando risadas de todos.
Molly não ficou feliz com a decisão de Sirius sem consultar o Diretor primeiro, mas ela não tinha como atrapalhar os homens, então Remus se sentou, escrevendo uma candidatura para o cargo de tutor de História.
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Marvolo estava sentado em sua cadeira no escritório de Nott House. Severus estava parado em frente a ele, projetando calma. Mas Marvolo tinha certeza de que essa era apenas uma fina camada sobre um turbilhão de emoções conflitantes e medo.
No momento, ele estava esperando seu filho descer. Ele havia enviado Henry para seu quarto para tentar domar um pouco o cabelo. Ele mal foi capaz de conter um sorriso quando viu o garoto revirando os olhos com a ordem. Mas o menino provavelmente estava certo, domar aquela mecha de cabelo poderia ser impossível.
Entre o Mestre de Poções e seu Senhor estava uma caixa com dezenas de pequenos frascos cheios com as várias poções que Henry teria que tomar para se recuperar do dano causado a ele por aqueles que generosamente chamavam de sua família . Severus provavelmente tinha ficado acordado a noite toda para prepará-los para serem tomados no café da manhã hoje.
"Eu pedi a você para ficar, para discutir dois pontos com você." Com isso, Marvolo conseguiu toda a atenção do outro mago. "Primeiro, quero que você dê aulas de Poções para meu filho. Tenho certeza de que ele estará motivado para estudar muito, e você deve ser capaz de deixar a velha animosidade no passado. " Ele acrescentou com um sorriso malicioso: "Agora que você não precisa mais fingir que odeia o menino. E para o diretor, você pode fingir que é legal para variar. " Ele tinha pensado em chamar seu novo filho de "filho de Lily", mas desistiu. Isso teria sido um golpe cruel, e ele estava tentando colocar Severus firmemente de lado, então nada de golpes baixos por um tempo. Ele viu Severus engolindo em seco. "E certifique-se de começar com o básico. Parece que o velho intrometido se certificou de que Henry estava totalmente despreparado. "
"Sim, meu senhor."
Pegando o pequeno frasco com a poção que ele mesmo preparara de uma gaveta fortemente protegida da escrivaninha, Marvolo fixou seu espião mais eficaz com um olhar especulativo. "Precisamos encontrar um tempo para isso. Quando você pode sumir por um dia sem que Dumbledore suspeite? "
O Mestre de Poções olhou para o frasco com um pouco de medo nos olhos e então voltou seu olhar para Marvolo. "Ele não vai suspeitar de nada, mesmo que eu desapareça por mais de um dia. Ele sabe que você ter uma tarefa para mim vai acontecer com mais frequência agora. Deixei claro que nem sempre poderei informá-lo de minha ausência. "
Marvolo notou a calma artificial, mas não comentou sobre ela. "Venha depois do jantar esta noite, você pode ficar o dia e dormir longe dos efeitos. Depois disso, tenho várias outras ... tarefas de pesquisa desafiadoras para você. "
Naquele momento, houve uma batida na porta, e Henry entrou pela porta depois que Marvolo a abriu com um aceno de mão, ao mesmo tempo que depositou o frasco de volta em seu esconderijo protegido. Era emocionante ser capaz de manejar sua magia com tanta facilidade novamente.
O olhar do menino caiu sobre seu Professor de Poções de uma vez, e ele enrijeceu enquanto caminhava para ficar diante dos dois homens. "Estou pronto, senhor."
Avaliando essa afirmação, Marvolo olhou para o filho e notou que ele estava bem vestido, mas seu cabelo ainda parecia um ninho de pássaro. "Você tentou deixar seu cabelo crescer?" O garoto balançou a cabeça. Marvolo ergueu uma sobrancelha e lançou ao adolescente um olhar penetrante, esperando que ele o alcançasse. Finalmente, o menino percebeu qual era o problema e acrescentou um "Não, senhor".
"Talvez você devesse tentar. Cabelo mais comprido pode ser mais gerenciável. Pense nisso."
Deixando o tópico da maldição da família Potter - cabelo incontrolável - para trás, Marvolo se dirigiu aos outros bruxos com um pequeno discurso que havia preparado. "Começando depois de nos instalarmos em nossa própria casa, vocês dois começarão a trabalhar para se dar bem. Você ", ele se voltou para o filho adotivo," fará o possível para ser respeitoso e aprender com o seu tutor. E você, "ele se virou para o Professor de Poções," vai começar a ensinar meu filho com o melhor de sua habilidade e com paciência. Está claro?"
Um carrancudo "Sim, senhor" e um respeitoso "Sim, meu Senhor", foram suas respostas. "Boa." Ele se levantou e ajeitou suas vestes, lançando um pequeno feitiço sem varinha para se livrar das rugas que ficavam tão fáceis nas roupas de linho. "Verei você à noite, Severus. Venha, Henry, beba suas poções, precisamos ir, você não quer se atrasar para sua primeira aula de Runas Antigas esta tarde. "
Pegando o primeiro da fileira de pequenos frascos, Henry fez uma careta ao sentir o gosto depois de engolir as poções.
Eles deixaram o escritório, Severus para ficar o resto do dia na Mansão Malfoy, Marvolo e Henry para ir para o Beco Diagonal.
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Quando Lúcio entrou em seu escritório, logo após um longo e agradável café da manhã, ele encontrou seu amigo sentado na poltrona em frente à lareira, apertando as mãos e olhando para a lareira fria.
Determinado a aliviar o clima, ele se sentou em uma cadeira ao lado da poltrona e disse em tom de provocação: "Narcissa está encantada com a ideia de ajudá-la a encontrar uma noiva. Ela está atualmente no paraíso dos casamenteiros. "
Lúcio foi pego de surpresa, quando a única resposta de Severus à provocação foi um olhar cansado por debaixo de sua cortina de cabelo preto sedoso. Suspirando, ele deixou a provocação descansar e procurou por palavras para fazer seu amigo compartilhar o que o incomodava tanto. "O que o incomoda tanto, Severus? Não carregue todas as suas preocupações sozinho. Você se lembra de que somos amigos, não é? " Lucius começou a se preocupar quando o bruxo moreno deixou sua cabeça afundar em suas mãos com isso. Qual era o problema? Severus estava em perigo com seu Senhor por causa da situação com Dumbledore?
Felizmente Severus não estava inclinado a deixá-lo sofrer por muito tempo, sem saber o que estava acontecendo. Mesmo que o homem loiro não entendesse para onde estava indo a princípio. "Você sabe por que fui selecionado para espionar Dumbledore tantos anos atrás?"
"Porque você é um excelente potioneiro e havia uma vaga aberta para o Professor de Poções na equipe de Hogwarts?" Lúcio ofereceu.
"Parcialmente," Severus concordou. "Mas o verdadeiro motivo era que minhas habilidades de Oclumência são tão boas que posso manter o diretor fora da minha cabeça e até mentir para ele sem ser suspeito."
Severus ficou em silêncio novamente, até que Lucius ficou impaciente e perguntou, "Bem?"
"Esta também é a razão pela qual Dumbledore acredita que eu sou sua espiã nas fileiras do Lord das Trevas."
O Mestre de Poções ficou em silêncio novamente, e Lucius tentou desvendar as dicas dadas por seu amigo. "Você está tentando me dizer que Dumbledore acredita que você é capaz de mentir para nosso Senhor?"
Assentindo em concordância, Severus elaborou, "Ele não apenas acredita, mas sabe. Eu sou capaz de mentir para os dois. " Inclinando-se para a frente, apoiando os braços nos joelhos, ele deixou o cabelo cair para cobrir o rosto, olhando para o tapete tecido à mão sob seus pés.
A compreensão amanheceu para Lucius. Se seu amigo foi capaz de mentir para seu Senhor, o homem não poderia ter certeza de que Severus ainda era leal a ele. Esse era certamente um motivo para estar tão sombrio. "Existe uma maneira ..." Lucius parou, sem saber como perguntar o que estava em sua mente. Ele já suspeitava por um tempo que Severus havia começado a vacilar em sua lealdade no final da última guerra. E como ele poderia culpá-lo, já que era óbvio que seu Senhor havia perdido um pouco de sua sanidade até então? Mas falar em voz alta sobre essas coisas simplesmente não era feito.
Severus entendeu o significado mais aceitável e respondeu a outra pergunta não feita. "Há uma poção que força uma oclumência a diminuir todas as proteções." O homem de cabelos escuros estremeceu.
Tomando isso como uma confirmação de que seu amigo ainda era leal e disposto a provar isso, Lucius simplesmente perguntou: "Quando?"
"Hoje à noite, depois do jantar." Severus se recostou e deixou sua cabeça afundar no encosto da poltrona, fechando os olhos. Era óbvio que seu amigo estava angustiado com isso, mas não exatamente por que ele estava tão nervoso. Esperando que fosse apenas porque Severus não gostava que ninguém soubesse muito sobre ele, e não seu desejo de esconder algo crucial de seu Senhor, Lucius decidiu que era hora de distrair seu amigo e trazer outro assunto preocupante para a frente. "Deixe-nos colocar sua mente em outra coisa." Severus ergueu os olhos, levantando uma sobrancelha interrogativamente. "Narcissa está esperando na sala da família, ela quer planejar alguns eventos sociais."
Severus gemeu, uma casamenteira Narcissa tinha sido seu pesadelo alguns anos atrás.
"Agora, agora, meu amigo. Você ouviu as ordens tão bem quanto eu. Você quer encontrar sua própria noiva ou quer que nosso Senhor selecione para você? "
Levantando-se, Severus respondeu com uma tentativa pobre de humor, "Depois desta noite, ele pode ser a pessoa mais adequada para escolher para mim."
Rindo, Lúcio conduziu seu amigo do escritório para a sala de estar. Melhor mantê-lo ocupado com outras coisas até a noite do que deixá-lo chafurdar na miséria.
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Após uma breve visita ao oculista, Harry caminhou ao lado de Voldemort pelo Beco Diagonal em direção a Gringotes.
Harry gostou de seus novos óculos e ficou agradavelmente surpreso quando Voldemort não insistiu em um estilo em particular, ou restringiu a quantidade de dinheiro a ser gasta. Assim, o jovem bruxo foi capaz de navegar pela seleção disponível em seu lazer e selecionar os óculos que o atraíam. Ele ainda não tinha certeza se queria tomar a poção para corrigir sua visão. Seria legal não precisar de óculos, mas o fato de a poção ser considerada escura o irritou.
Ao passarem pelas lojas em ambos os lados do beco, Harry percebeu que eles estavam sendo observados. Bruxos e bruxos vinham às vitrines das lojas, paravam no meio da rua, até se viravam para passar por eles uma segunda vez, para olhá-los e cochichar sobre eles com os que estavam ao lado.
Eles também foram seguidos por dois bruxos que Harry vira pela última vez naquela noite no cemitério. O Sr. Goyle e o Sr. Crabbe os encontraram na entrada do Beco Diagonal, para serem seus vigias e guardas. Voldemort insistiu, e Harry não ousou fazer muito barulho. Os dois foram educados o suficiente, e depois de duas tentativas de bruxos enfurecidos de se aproximarem deles, gritando algo sobre necromantes e a reencarnação do mal, Harry ficou feliz que os dois bruxos estavam em suas costas. Se ele tivesse que caminhar ao lado de Voldemort pelo Beco Diagonal, seria melhor ter alguém lá que estivesse disposto a protegê-lo. Ele se sentiu estranho pensando nisso, mas isso não tornava a coisa menos verdadeira.
Subindo as escadas que levavam à entrada do banco, Harry se perguntou o que esse encontro traria à luz. Voldemort havia dito que eles tinham que ser parentes de alguma forma, já que não havia como alguém fora da família Sonserina ser um ofidioglota. Claro que Harry discordou. Ele se lembrava bem do dia em que Dumbledore lhe contara que na noite em que Voldemort tentou matá-lo quando bebê, parte do poder do bruxo das trevas foi transferido para a criança. O adolescente não tinha contado isso ao homem, não tendo certeza se seria algo que o Diretor gostaria que seu inimigo soubesse.
Mas pensar sobre a consulta deles trouxe de volta à mente de Harry uma questão que ele havia esquecido quando viu os bruxos esperando por eles uma hora antes. "Por que temos que ir aos goblins para fazer esse teste de ancestralidade, senhor?"
"Durante uma das primeiras guerras goblins, por volta de 845, eu acho, um tratado de paz foi feito." Eles entraram no enorme corredor e entraram na fila em um dos balcões. "Naquela época os goblins lutavam para não serem caçados pelos bruxos para serem usados como ingredientes de poções. Parte deles é usada na poção necessária para realizar o teste de ancestralidade mais eficaz. Conhecemos alguns outros, para testar a paternidade e quem eram os avós, mas para obter uma árvore genealógica completa, esta poção é necessária. " Harry ficou surpreso com a facilidade com que Voldemort entrou em modo de palestra e tentou não parecer muito animado em ter algo explicado sem ser repreendido por não saber antes ou mesmo por perguntar. "Para ter paz mais uma vez, os bruxos daquela época concordaram em entregar todo o conhecimento desta poção, ou destruí-la, em troca da promessa dos goblins de que eles se ofereceriam para realizar este teste para magos. Por uma taxa, é claro. " Harry acenou com a cabeça para confirmar que ele entendeu, e o outro bruxo acrescentou um pouco mais de explicação. "Acredita-se que este seja o início deste banco e uma das razões pelas quais os goblins quase sempre estão envolvidos em contratos de casamento, testamentos e outros assuntos em que as conexões familiares são importantes."
Como agora era a vez deles no balcão, eles deram um passo à frente e, com um breve aceno de cabeça para o goblin atrás do balcão, Voldemort declarou suas intenções. "Estou aqui para fazer um teste de ancestralidade para meu filho adotivo", aqui ele apontou para Harry de pé ao seu lado, "anteriormente conhecido pelo nome de Harry James Potter."
Com muitos dentes à mostra - isso era um sorriso ou um rosnado? - o goblin deu uma sacudida em um minúsculo sino, e outro goblin veio de algum lugar nos fundos. "Siga Grookfangs, ele conduzirá o teste."
Eles obedeceram e foram conduzidos a um pequeno escritório com um belo piso de mármore, móveis caros de mogno e algumas armas de aparência letal e tapeçarias de parede marciais, representando cenas de batalha, como decoração. Sentando-se, Harry observou com um pressentimento quando o goblin pegou um pergaminho estranhamente fora de cor e uma adaga de prata ornamentada de um pequeno armário na parede oposta.
Colocando ambos os itens na mesa na frente do adolescente, o goblin sorriu / zombou novamente. "Você vai ter que picar um dedo ou fazer um corte na palma da mão e deixar pelo menos três, ou melhor, sete gotas de sangue caírem no pergaminho. Nada mais simples. "
Harry tinha quase certeza de que "até um bruxo deveria ser capaz de fazer isso" foi adicionado, mesmo que não falado em voz alta. Então ele pegou a adaga, bastante pesada para uma arma tão pequena, e virou a mão esquerda de forma que a palma ficasse para cima, reunindo coragem.
Movendo a lâmina sobre a palma da mão quase sem pressão - as armas feitas por goblins eram afiadas - Harry fez um corte raso, inclinando a mão para que o sangue pudesse cair no pergaminho. Quase no momento em que a primeira gota caiu, espirrando pequenas gotas em todas as direções, a escrita começou a emergir do pergaminho. Tudo começou com seu nome, como era agora, Henry James Slytherin-Potter, seguido pelos nomes de seu pai e sua mãe. Os nomes dos pais de seu pai eram fáceis de ler, Charlus e Dorea Potter, com Dorea nascendo negra, mas os nomes dos pais de Lily eram apenas borrões. A partir daí, a árvore se ramificou, obtendo mais e mais galhos. Apenas os pais de uma pessoa foram mostrados, nenhum irmão, então esta não era uma árvore genealógica completa, apenas os ancestrais diretos de Harry. Ele viu que os Potters tinham se casado com muitas outras famílias,
Ficou muito interessante quando os nomes do lado Evans de sua ancestralidade começaram a ser legíveis. Houve um Alana Gaunt que se casou com Lionel Evans cerca de cinco gerações atrás. Seu nome mal era legível, assim como o do marido. Seus pais eram apenas bolhas sem nome, mas quatro gerações antes disso houve um Malfoy que se casou com uma bolha sem nome.
Harry estava hipnotizado pelo crescimento suave de sua árvore genealógica. Ele não prestou atenção ao que estava ao redor, quase não registrando que Voldemort gentilmente pegou sua mão e lançou um pequeno feitiço de cura no corte, fechando-o. Seguindo a árvore a partir dos nomes do lado materno, tornou-se óbvio que os nomes começaram a aparecer em ambos os lados, mas os Gaunts estavam presentes apenas no lado materno. De "Gaunt", o nome mudou para "Selvyn" e depois para "Slytherin". Ao atingir ancestrais que não tinham sobrenomes, o crescimento parou e o pergaminho ficou várias vezes maior do que no início do processo.
Harry ainda estava muito surpreso para reagir quando Voldemort bateu na árvore, bem nos pais de Alana Gaunt. "Isso também está na minha árvore. Parece que encontramos a conexão. Isso é realmente curioso, "Voldemort murmurou, traçando a árvore com o dedo indicador direito.
Harry só poderia concordar. Parecia que sua mãe não era realmente uma bruxa nascida trouxa sem ancestrais bruxos, mas uma bruxa descendente de uma família muito antiga. Ainda atordoado e verdadeiramente confuso, Harry foi levado para fora do banco e de volta ao ponto de onde aparatariam.
Não havia mais como negar. Ele era parente de Voldemort. O homem que matou seus pais realmente era família. Ele teve problemas para envolver sua mente em torno dessa nova informação chocante.
Caminhando ao lado de seu filho adotivo, Voldemort estava igualmente atordoado e silencioso.