Verdes nos negros. - Sasusaku...

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17 e Pai.

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By s4turnoxs


Belleville, Canadá
Sexta-feira.
22/11
9:30

        Sei que cê guenta pois toda mulher nasce de outra mulher, por isso são fortes duas vezes. - Procuro alguém. - Djonga.

                            Tenten

 No dia seguinte seria meu aniversário, mas essa data sempre me lembrava dos aniversários abrasileirados que eu tinha quando meu pai estava aqui, os brigadeiros e beijinhos, música brasileira, churrasco com carne e pão de alho caseiro, e não esses churrascos de linguiça, salsicha e hamburguer dos norte-americanos, no final eu também era norte-americana, mas eu prefiro minhas raízes sul-americanas, acho a cultura muito mais bonita, intensa e rica em detalhes, um país que só não foi escravizado porque os índios preferiam a morte do que a escravidão.

Descobriu o Brasil uma ova!! Não era terra de ninguém porra!!!

 Complicações a parte, sinto falta dos aniversários, e mesmo abominando a atitude do meu pai, eu não o odiava, eu o amava muito e falava com ele muitas vezes por mensagem, minha mãe achava ótimo eu ter uma boa relação com meu pai, e eu sentia falta dele.

Muita.

 Meu pai era um homem alto, de pele escura, cabelo crespo e tão baixo que ele parecia militar, não puxei muito dele em aparência, mas gosto de como sou e tenho muitas de suas manias, ele sempre diz que tenho que saber de tudo um pouco para quando talvez minha situação financeira apertar, eu não ficar desamparada, e eu levo a risca isso, Dança do Ventre, pouco de aulas de canto, esportes, escrita, básico de cabelo e maquiagem, concerto de algumas coisas, por exemplo: eu sei arrumar canos, ou seja!! Se um dia eu quiser ser encanadora, eu posso!! Fonte: vídeos do YouTube.

 Quanto a Neji, evito até falar dele no jornal, não nos dávamos bem antes e estamos pior agora, eu o evito o máximo possível, mas ele parece me perseguir, e eu não aguento mais ele, eu não quero escutar desculpas, não quero uma declaração, não quero ouvir a sua voz, eu quero distância e paz.

 Estamos no intervalo, indo para o pátio, comprar algo ou comer a comida que a própria escola fornece, todos saindo de suas próprias salas, conversando e rindo, alguns com o rosto amassado por dormir na mesa, outros irritados e outros felizes por estarem indo comer algo.

 Vou a procura das meninas uma a uma, as encontrando perto da porta de entrada da escola, já com os garotos, que mesmo depois da minha briga com Neji, não pararam de andar conosco, até mesmo o moreno de olhos claros.

 — Ten!! Agora que eu me lembrei, seu aniversário é amanhã não?? — Ino fala animada, logo voltando a falar sem deixar eu responder a pergunta. — Vamos fazer um festão, com churrasco, umas bebidas, refrigerante e tudo mais!!! — Ela vem até mim, segurando minhas mãos e dando pulinhos em felicidade.

 — Ew, o churrasco dos norte-americanos são horríveis. — Respondi fazendo careta, e Ino olhou indignada para mim, abrindo a boca para retrucar.

 — Tem razão, é só linguiça e hambúrguer. — Escuto uma voz que não reconheço como de nenhum dos meninos, era grossa demais para ser de um garoto de dezessete anos.

 Então começo a procurar o dono daquela voz, vendo tal pessoa atrás de todos, como se estivesse entrando na escola, sem ninguém o ver por estarmos todos ocupados com seus próprios assuntos.

 Meus olhos se arregalaram levemente, e minha boca abriu em confusão, logo sendo substituída por um sorriso alegre.

 — PAI!!! — Soltei minha mãos das de Ino, a empurrando para o lado e correndo até a figura alta de regata branca colada ao corpo, calça larga bege e o puma preto, me jogando nele e o mesmo me segurando pela cintura, senti meus pés saindo do chão e ele me rodopiar, fazendo assim eu ter que me agarrar ao mesmo para não cair, rindo com isso e escutando sua risada retumbar em meu peito, com ele logo me colocando novamente no chão, e voltando a me abraçar, de um jeito mais confortável dessa vez. — Porque está aqui? — Pergunto pouco confusa, sentindo meu coração batendo rápido demais, e meus olhos pouco marejados, faz tanto tempo que não o vejo pessoalmente.

 — Sei que eu não venho muito aqui, ok? Mas é seu aniversário de 17, e eu vim fazer ele ser o melhor de todos, até que os de criança, com docinhos e tal, mas se você quiser a gente pode fazer docinhos também, saudades de fazer brigadeiro com você. — Ele fala, apertando as bochechas gordas da filha, sabendo que ela odiava o ato, logo resmungando com o contato e ele riu, soltando suas bochechas. — Ainda usando os coques? Fala sério você ainda parece a chun-li, aí eles crescem tão rápido… — Ele diz, colocando as mãos nos ombros de Tenten e negando com o semblante triste. — Mentira você continua uma baixinha. — O mais velho brinca e Tenten revira os olhos sorrindo com o comentário e dando um fraco soco no braço do pai.

 — Seu sem graça. — A morena resmungou cruzando os braços, e ele colocou as mãos dentro da calça dando de ombros.
 
 — Você riu e é isso que importa. — Ele retruca e Tenten dá uma risada nasalada, fazendo ele sorrir com a felicidade da filha. — Mas me fala, quem são esses aí. — Agora ele havia falado em português, fazendo com que os presentes ali ficassem confusos e surpresos, se perguntando o que ele disse.

 —  Ah verdade. — Tenten o respondeu em português, e seus amigos já não ficaram tão impressionados, eles sabiam que ela falava português. — Certo pai, essa é Temari, Hinata, Ino e Sakura. — Ela contou, apontando para cada uma na sequência, com o mais velhos apertando a mão de todas, ele sabia que nos Estados Unidos eles não tinham o costume de dar beijinho na bochecha.

 — Cabelo legal. — Ele disse para Sakura, que sorriu tímida e agradeceu, com ele sorrindo de volta para ela, em suma ele gostava de fazer as pessoas sorrirem.

 — Esses são Sasuke, Naruto, Shikamaru, Gaara que é irmão mais novo da Temari e Neji que é primo da Hinata. — Ela também apontou para cada um deles, olhando para seu pai na hora de falar de Neji, e o mais velho os comprimentou do mesmo jeito que com as garotas.

 — Prazer, eu sou Pedro, mas podem me chamar de Peter já que é mais fácil 'pra vocês. — Ele diz sorrindo pequeno, com todo assentindo e ele volta a olhar para Tenten. — Hora do lanchinho!! — Ele diz fazendo uma vozinha fina só para irritar Tenten, que quando menor se referia ao intervalo daquela forma, mas ela estava tão feliz com a presença de seu pai ali que apenas repetiu a frase também com voz fina, logo fazendo uma dancinha estranha, que quando pequena obrigou seu pai aprender, e ele sabia até hoje, dançando junto com ela.

 — Onde é o refeitório? Estou atrasando vocês aqui. — Ele pergunta, voltando a colocar as mãos no bolso e andando pelo corredor totalmente confortável, nem ligando para os olhares dos adolescentes fora do grupinho de sua filha.

 — Você pode ficar aqui? — Temari perguntou olhando para o mais velho, ela gostava de conversar com adultos, e por isso queria conversa com Pedro, queria que ele soubesse que ela se prestava a cuidar do bem estar de todos naquele grupo, e enquanto ele estivesse com eles na escola, ela ficaria atenta a qualquer situação que pudesse ajudar.

 — Falei com a diretora, ela deixou, mas eu viria de qualquer jeito mesmo, mas enfim, fofocas? — Ele perguntou na maior naturalidade do mundo e todos riram com a fala do mesmo, o fazendo sorrir.

 — Deixa de ser fofoqueiro homem. — Tenten disse rindo do comentário de seu pai e ele a imitou fazendo voz fina e mexendo nos cabelos que não tinha.

 — Pessoas que acreditam em Kami não fofocam, elas comentam. — Ele voltou a dizer, fazendo novamente com que eles rissem, enquanto subiam as escadas para o refeitório descoberto. — Aqui é grandinho ein. — Ele disse olhando para os lados e soltando um assovio, e logo Tenten assentiu mesmo ele não olhando para ela. — Vocês querem comer o que? Escolham que eu pago. — Ele disse entrando no local onde eram feitas as refeições.

 Os adolescentes até tentaram negar, mas ele fez questão de comprar para todos e para si próprio, logo indo se sentar em uma mesa que acomodava a todos.

 — Tinha esquecido que a Pizza daqui é estranha. — Ele diz após morder seu primeiro pedaço e beber de sua Coca Cola, com os adolescentes se sentindo muito ofendidos com tal comentário do mais velho. — Não menti não viu? A do Brasil da de 10 a 0 nessa aqui, a gente pode fazer em casa uma do jeitinho brasileiro se vocês quiserem. — Ele propõe, e os adolescentes não queriam ceder, com exceção de Shikamaru e Temari, os dois tinham fome de informação, e por isso eram muito curiosos, mesmo sendo perfeitos opostos.

 — Você sabe fazer pizza? — Shikamaru perguntou interessado, as únicas pessoas mais velhas que ele tinha para conversar eram seus pais e Temari que era meses mais velha que o mesmo, então outras pessoas era praticamente o ápice de sua felicidade.

 — Ah meu irmão, quando você nasce no Brasil e é pobre, você tem que saber fazer de tudo um pouco, ou seja, já foi pizzaiolo. — Ele diz brincando para não fazer o comentário ficar tão pesado e desconfortável. — Falando em fazer de tudo um pouco, como vai o jornal? — Ele questiona a sua filha, que estava ao seu lado e ela sorri sem abrir a boca, mastigando seu lanche.

 — Vai bem pai, agora a gente tem o blog também, aí quando não tem nenhuma fofoca, ou notícia de algum evento da escola, a gente só acaba postando lá algo sobre os professores, as aulas do dia de cada sala, o tempo, alguma música indicada, enfim, é bem legal. — Ela diz sorridente, voltando a comer seu lanche.

 Pedro gostava de ver sua filha falar sobre coisas que a mesma gostava, ela falava tão feliz, que sorria sem perceber, e ele gostava de a ver sorrir, afinal ela era sua filha. 

 — Que bom, fico feliz mesmo que esteja dando certo. — Ele diz sorrindo, e logo olha ao redor, vendo os amigos de sua filha vendo a interação dos dois. — Mas é seu aniversário, tá afim de alugar uma casa com piscina pra passar o final de semana todo? Porque eu já aluguei antes de você se decidir. — Ele fala como se estivesse dando bom dia, e Tenten se engasgou momentâneamente com a notícia, fazendo assim seu pai bater em suas costas. — Menina engoliu pelo burraco errado? Tá bem? — Ele fez as pergunta que sua mãe o fazia quando o mesmo engasgava, ele sempre acabava rindo e engasgando mais.

 — Não fala umas coisas dessas assim, do nada, eu de boa vivendo minha vida e você do nada mete uma dessas. — Ela acabou falando em português, tomando pouco de sua Coca para ver se melhorava.

 — Ué, 'mó maneiro aluga uma casa com piscina, passar o dia tostando no sol, escutando um pagode, 'mó paz. — Sim Pedro usava muitas gírias, e não ligava que sua filha às falasse também, mas aquele diálogo estava deixando todos confusos, droga eles não sabiam falar português.

 — Sim é legal, mas do nada, enfim eu quero de qualquer jeito. — Ele responde rindo um pouco, lembrando do diálogo que acabou de ter, quando menor ela falava da mesma forma com seu pai, às vezes até misturando o inglês e o português na mesma frase.

 — Que ótimo, a gente pode fazer uma pool party, muito tendência Ten. — Ino fala voltando a se animar, e o pai de Tenten olha para loira, ele já haviam entendido que ela era festeira, então ele daria a maior festa no estilo brasileiro para aqueles Norte-Americanos, que se achavam ótimos no assunto.

 — O legal é fazer um churrasco com carne mesmo, bebidinha gelada, uma piscina no solzão e música boa, vou dar a melhor festa que vocês já foram. — Pedro fala comendo de seu lanche, logo tirando de seu bolso uma mini caixinha de som, bluetooth e colocando na mesa. — Então já vou apresentar pra vocês músicas boas do Brasil, escolhe um número aí de um a três loira. — Ele disse conectado o celular na caixinha.

 — Ahn, três? — Ino praticamente pergunta e ele assente.

 — Um pagodinho, vamos começar por fundo de quintal, não estranhem a letra, a música é ótima. — Ele falou deslizando o celular pela mesa para os amigos de sua filha, com a letra da música em inglês, que era "Eu Não Quero Mais - Fundo de Quintal" que era uma de suas músicas favoritas.
  
  Logo os adolescentes escutaram um ritmo estranho, mas era bom de se escutar, eles não sabiam de onde era aquele som, mas tinham certeza ser de algum instrumento de corda, e um batuque ritmado, era bom.

                    Eu não quero mais
                    Amar essa mulher
              Ela magoou o meu coração.

           Desconsiderou, o lar que é meu
                           Barracão.

  — Por isso, eu não quero não!!!! – Pedro cantou junto de sua filha a música que tanto gostava, Tenten não era muito de escutar pagode, preferia escutar rap, mas ela sabia todos que seu pai colocava, pois era um dos ritmos favoritos de seu pai, e ela gostava tanto de o ver feliz quanto ele gostava de ver a própria feliz.

  — Que letra estranha, o que seria um barracão? – Shikamaru perguntou para os dois que cantavam entretidos, sem nem perceber o refeitório os olhando pela gritaria.

  — Uma casa que foi construída com uma baixa renda, tipo, Madeirite, às vezes sem tijolo, enfim. – Pedro explicou para Shikamaru e só ali ele entendeu o porque do Brasil ser um país de terceiro mundo, ele mesmo nunca tinha visto algo do tipo no Canadá, agora entendia como era um país um tanto carente, mas ele achava não só inspirador como bonito, as pessoas mesmo na pobreza, na dor de alguma doença, ainda conseguiam ser felizes, mesmo em situações complicadas, eles sempre achavam uma saída, mesmo não sendo a mais certa.

  — Entendi. – Respondeu tranquilo e sorriu pouco, lembrado da frase de Pedro a minutos atrás "Ah meu irmão, quando você nasce no Brasil e é pobre, você tem que saber fazer de tudo um pouco, ou seja, já foi pizzaiolo." Shikamaru se perguntava por tudo o que Pedro já havia passado, e se sentia feliz por conhecer alguém como ele, que mesmo tendo passado por possíveis dificuldades, gostava de fazer as pessoas sorrirem, não só sua filha mas também as pessoas ao seu redor, ele tinha uma aura leve e acolhedora, isso fazia Shikamaru se perguntar se era uma pessoas assim, como Pedro.

  Sentiu uma cabeça descansar em seu ombro e logo o cheiro que tanto gostava, cheiro de mel, era Temari, e ali ele entendeu, que conseguiu conquistar uma das pessoas que ele mais achava complicada, então sim, ele era um pessoa minimamente parecida com Pedro, se sentia feliz por isso, havia acabado de conhecer aquele homem, mas sabia que nunca o esqueceria.

  — Eu me apaixonei pela pessoa errada!! Ninguém sabe o quanto eu estou sofrendo, sempre que eu vejo ele do seu lado, morro de ciúmes 'tô enlouquecendo. — Pedro cantava Exaltasamba a todos pulmões, batucava as mãos na mesa no ritmo da música, enquanto a letra era traduzida para os adolescentes na mesa, que liam aquilo com estranheza, mas pelo menos a letra dessa música fazia sentido.

  Tenten tinha em uma mão a latinha de Dr.Pepper e a outra para o alto, cantando com seu pai, como se o refri fosse uma latinha de cerveja e ela estivesse sofrendo mesmo, mas ela só pensava em como Neji foi um imbecil consigo, então sim, ela estava sofrendo, mas não por gostar de alguém que namora, mas sim por ter sido usada.

  — Tá amando é? — Seu pai perguntou e ela olhou para o mais velho com estranheza.

  — Tá maluco? No dia em que eu estiver amando pode bater na minha cabeça com um pedaço de pau pra ver se eu viro gente, coisa de carente isso aí ein. – Ela brinca e o mais velho ri, empurrando a cabeça da filha para o lado, que sorri e leva a lata de Dr.Pepper a boca, fazendo um barulho exagerado de sucção, pois sabia que seu pai odiava o som.

  O mais velho olhou ela desgostoso e fez o mesmo porém mais alto que a filha, fazendo ela rir, quase cuspindo o refri em todos da mesa, seus amigos gostavam da interação deles, e Neji nunca tinha visto Tenten tão feliz e descontraída.

  — Credo, cuspindo nos outros, sem educação porca. — Pedro brincou novamente e Tenten colocou a língua para fora, como se fosse lamber o mais velho, que se afastou dela fazendo um som de nojo de forma exagerada, fazendo a morena rir novamente. — Okay, isso aí é pagode barra samba, agora, rap, trap e rap blues, vamos pelo início, Racionais, prestem atenção na letra, é importante. — Ele falou de uma forma mais séria dessa vez, colocando a música em seu celular, com um som leve reverberando, e Sakura conhecia a música por causa de Tenten.

                    O que é, e o que é
                      Clara e salgada
     Cabe em um olho e pesa uma tonelada
                   Tem sabor de mar
                   Pode ser discreta

                      Inquilina da dor
                     Morada predileta
                    Na calada ela vem
                   Refém da vingança
                   Irmã do desespero
                   Rival da esperança

                 Pode ser causada por
                 Vermes e mundanas
                  E o espinho da flor
                 Cruel que você ama
                  Amante do drama
         Vem pra minha cama por querer
         Sem me perguntar, me fez sofrer

              E eu que me julguei forte 
                   Eu que me senti
    Serei um fraco quando outras delas vir
  Se o barato é louco e o processo é lento     
                      No momento
        deixa eu caminhar contra o vento

            O que adianta eu ser durão
            E o coração ser vulnerável?
               Vento não, ele é suave
               Mas é frio e implacável

                        (É quente)

             Borrou a letra triste do poeta

                              (Sol)
             
          Correu no rosto pardo do profeta
                    Verme sai da reta
           A lágrima de um homem vai cair
           Esse é o seu B.O 'pra eternidade

             Diz que homem não chora
                       Tá bom, falou
                Não vai 'pra grupo irmão
                     Aí, Jesus chorou!

  Uma batida mais forte foi ouvida, era intensa, a letra era inexplicavelmente  boa, o começo parecia um poema, falado de uma forma tão viva que para aqueles que não conheciam os braços arrepiam em apreciação, era dito com tranquilidade, mas o cantor parecia estar pouco irritado e decepcionado no último verso do começo, e a forma que ele transmitia isso era tão real, que por um momento eles se sentirem reduzidos a um grão de areia, vendo como eles viviam suas vidas tão tranquilamente, viam como seus problemas eram diminutos ao de um adulto, eles não estavam menosprezando a própria dor, mas nenhum deles ali tinha uma família para alimentar estando na pobreza, e eles entendiam isso, exceto Temari, ela sabia de tudo aquilo antes de seus amigos, literalmente criou seus irmãos sozinha, okay era seu pai que pagava as contas em casa e comprava comida, mas ela havia formado duas pessoas com um caráter ótimo, eles eram humanos, e ela gostava de ver o choque de realidade no rosto de cada um ali, poucos entendiam a loira, mas Pedro percebeu.

  Pedro olhou para a loira que olhava os amigos bebendo seu refrigerante de limão, ela não tinha o choque de realidade na face como os outros amigos de sua filha, e ele a observou, ele via na postura da loira a responsabilidade, e pelo pouco a ele havia observado da garota, sabia que ela era uma pessoa confiável e dura e não muito flexível, perfil de liderança.

  A face sempre seria da loira, que não tinha tantas reações como a dos outros ali sentados, os olhos atentos aos amigos, a todas olhadas feias que ela tinha dado pelo caminho e enquanto sentados para pessoas que os olhavam com algum julgamento, que passava despercebido pelos seus amigos, e às vezes até pelo próprio Pedro, ela cuidava tão minuciosamente deles, que passava despercebida, sim todos sabiam que eram cuidados pela loira, mas não sabiam como ela o fazia, mas seu Pedro viu, e ele queria conhecer a loira.

  — Temari, não? – Ele pergunta de forma retórica, e a loira leva sua atenção ao mais velho, confirmando com um aceno de cabeça. — Interessante, todos aqui tiveram um choque de realidade com a música, você não, muito vivida? — Ele questiona, e Temari sorri pequeno, dando de ombros.

  — Não muito, mas eu cuidei dos meus irmãos a vida toda, sou a mais velha de três. – Ela responde colocando a refrigerante em cima da mesa, trazendo a atenção do grupo a si, a música já havia acabado de todo jeito, e Temari não falava muito de si, nenhum dos Sabakus na verdade.

  — Os pais trabalhavam muito? – Pedro perguntou tentando desvendar a loira, qual a história dela.
  
  — Não, minha mãe faleceu no parto do meu caçula, era ele ou ela, ela escolheu ele obviamente, então okay, eu tinha 1 ano, um irmão gêmeo e um recém nascido. —  Ela fala tranquila e o grupo reage com surpresa, a informação era óbvia, mas olhando por esse ângulo, era tão problemático e difícil.

  — Sinto muito, mesmo, mas e seu pai? – Pedro perguntou tentando passar conforto para a garota, ele a entendia, tinha irmão mais novo, mas sua mãe o ajudou a criá-lo diferente da garota a sua frente.

  — Ele odiava Gaara, falava que por culpa dele minha mãe morreu, o que não é verdade, mas machuca, entende? – pergunta sem realmente querer uma resposta, era a primeira vez que ela estava se abrindo e sentia que iria explodir se não falasse tudo. — Então é, eu tive muita ajuda do meu irmão gêmeo, Kankuro, mas ele também tinha 1 ano e era um bebê também, então tudo que eu sabia sobre bebês eu tive que fazer na prática, a partir dos meus 5 anos, que foi quando meu pai decidiu deixar tudo pra mim, eu dava mamadeira, eu trocava ele, Kankuro me ajudava a dar banho nele porque eu não aguentava segurar ele por muito tempo. — Ela enumerava as situações em seus dedos e Shikamaru sentia seu peito apertar por tudo que a garota já havia passado, ela era tão forte, e ele tão relaxado em seu canto.

  Gaara se sentia culpado, mesmo sabendo que não tinha culpa, já teve essa conversa com Temari inúmeras vezes, mas não com tantos detalhes como agora, Pedro assim como o restante do grupo se sentia surpreso, ela era aparentemente só uma adolescente difícil, mas era mais que isso.

  — Ensinei a andar, a falar, a se vestir, ensinei ele a comer, ensinei a fazer a higiene pessoal dele, a fazer o minino na cozinha pra não ser dependente de ninguém nunca na vida dele, respeitar o outro acima de tudo, a ter empatia, ser resiliente mesmo estando numa situação difícil, a ser esforçado e não ter preguiça de correr atrás do que ele realmente quer ou precisa, mas aí opa, puberdade feminina. — Ela falava rápido demais, sem puxar o ar, e aquilo os angustiava principalmente Gaara, que se sentia péssimo pela vida que sua irmã teve. — Eu não sabia o que fazer com a menstruação, eu entrei em colapso e nem entrei na internet, fui direto para uma farmácia, e eu agradeço a Kami que a farmacêutica me deu os absorventes de graça e me ensinou a colocar, por que eu não tinha um real comigo, todo meu dinheiro era pro Gaara, meu pai comprava o que eu e Kankuro precisávamos, mas não para Gaara, então tudo que eu achava em casa de dinheiro, eu juntava 'pra comprar o que meu pai negligenciava a Gaara, dinheiro no bolso das roupas, minha mesada, troco de compras, moedas soltas pela casa, não importava, era tudo pra ele. – Ela relata franzindo as sobrancelhas de um jeito forte, não raivoso, mas sofrido. — Então a bomba explodiu, o Kankuro entrou na puberdade dele e porra que inferno, se eu não sabia me virar com a minha puberdade imagine a masculina, então dos onze anos, que foi quando eu menstruiei, até os 14, que foi o início da de Kankuro, eu me virei de um jeito inimaginável, porque agora, meu dinheiro era 'pra nós três, eu nunca na minha vida pedi absorvente pro meu pai, nem gilete ou desodorante, tudo que eu comprava era do que eu achava ou ganhava do meu pai, mas ainda assim eu conseguia me virar bem. — Ela relata e no fim suspira cansada e sem fôlego, com todos a olhando de forma pesarosa ou admirada, ela é realmente muito forte.

  — Te entendo sabe, também tenho um irmão mais novo que eu, mas meu pai abandonou minha mãe e ela cuidava de mim e meu irmão sozinha, morávamos em uma casa de dois cômodos, cozinha e quarto, de dia ficávamos na minha avó materna, ela cuidava da gente, mas como já era velhinha, era difícil 'pra ela também, então eu me esforçava para darmos o menor trabalho possível 'pra ela. – Pedro conta, em um tom nostálgico e sorrindo pouco, lembrando dos momentos de dificuldade e alegria. — Mas você é vivida sim garota, você formou o caráter de duas pessoas sem ter o seu próprio formado, no início da vida, e eu acabei de te conhecer mas quero que saiba que sinto orgulho de você, percebi que cuida deles, bem sigilosamente, mas são grandes atitudes sabia? Cuidar dos seus. — Ele diz e Temari assente concordando.

  — Acho que depois de tanto tempo cuidando dos outros, me acostumei a ser assim, acho que amadureci rápido demais e me sinto uma velha pensando nisso porque poxa, eu só tenho 17 anos, não estou reclamando de tudo que eu passei, isso me fez muito forte, mas me fez ser dura também, e não sei, acho que só queria conseguir rir de coisas que vocês dão risada mas que eu não vejo a mesma graça, vejo tudo tão preto no branco que  sinto a realidade batendo na minha cara todo dia sem parar. — Ela fala jogando a cabeça para trás, olhando o teto branco do refeitório, sentindo novamente a vida batendo em sua cara e falando "Ei, para de drama garota, olha tudo que você já passou, vai chorar agora?" E não, ela não iria chorar, não por isso.

  — Mas se não fosse você, talvez seus irmãos não seriam as pessoas que são hoje, tudo o que você fez, tudo o que você é, é muito, muito mesmo. – Ele tenta tranquilizar a garota, ele via no semblante da loira que ela não pensava muito sobre o que já passou, ela deveria pensar e ver como ela foi extraordinária. — E eu sei que você aguenta porque toda mulher nasce de outra mulher, por isso são fortes duas vezes. – Pedro fala sério olhando nos olhos da loira, para que ela entenda, ela lhe sorriu e abaixou a cabeça envergonhada pela atenção em si.

  Percebendo que iria ficar um clima meio pesado, então Pedro anuncia a próxima música, rap blues, de um de seus cantores favoritos, Baco Exu Do Blues, era a básica que todo brasileiro já tinha ouvido mas não lembrava o nome "Me Desculpa Jay-Z."

                 Eu não gosto de você
                 Não quero mais te ver

             Por favor não me ligue mais

                    Eu amo tanto você
                     Sorrio ao te ver

                Não me esqueça jamais

                  Eu não gosto de você
                      Sorrio ao te ver

              Não quero não te ver jamais

                  Eu pareço com você
                 No espelho está você

               Não me enlouqueça mais…

          Não me ligue a vida tá meio difícil
                     Não sei o que fazer

                       Tá tudo confuso     
           como os meus sonhos eróticos 
                       com a Beyoncé.

  — Então o cantor gosta da Beyoncé, se sente culpado pelos sonhos, e pede desculpa pro Jay-Z, que é marido da Beyoncé? – Naruto pergunta fazendo uma careta confusa e engraçada, fazendo seu Pedro rir junto de Tenten.

  — Não é isso, ele só está confuso quanto a pessoa que ele gosta, e consigo mesmo, ele está meio que se perguntando se ele deveria continuar ou parar, de forma bem rasa. – Tenten tentou explicar de uma forma bem prática para o loiro, e nisso Sakura se pegou pensando, ela deveria continuar??? Quer dizer Sasuke tinha terminado a quase um mês, mas ainda era recente e ela não queria o forçar a nada, não queria ser lembrada como uma fase ruim na vida do moreno, então a resposta mais óbvio para aquilo seria a espera, ela já esperava por ele desde os 14 anos, não seria nada demais esperar mais um pouco.

              

  Já era sábado e algumas coisas haviam acontecido, como Pedro tendo que falar com Dona Verônica, e foi uma conversa mais calma do que o esperado, Dona Verônica achava a relação de Pedro e Tenten ótima, e apoiava a ideia da festa, então ela cedeu rapidamente dizendo que o ajudaria com as despesas, então estava tudo tranquilo.

  Tenten pensou muito sobre chamar Neji ou não, mas no fim ela não dava a mínima para ele, se ele fosse ou deixasse de ir não era problema para ela, ela sabia que no fundo queria chamar ele para mostrar que aquilo não tinha afetado ela, mas ela estava sim se sentindo usada e manipulada, das muitas vezes que ele abraçou ela um pouco mais forte, ou sorriu perto de seu lábio, com ela a ponto de sentir o hálito do moreno, ela sabia que havia se envolvido demais, e que ele parecia agoniado sempre que algum garoto iria comprimentar ela.

Mas era realmente o certo a se fazer??

  Temari disse que se fosse a festa dela, não chamaria, Ino disse que todos deveriam curtir juntos, era uma festa, não momento de intriga, Hinata teve a preferência em não opinar, já que era seu primo sendo falado ali, Sakura simplesmente disse que não ligaria se ele fosse ou não, que já não era mais um grande problema, já que ela já brigou o suficiente com o moreno.

  No fim ela chamou sim, Neji ficou sem graça e logo quando ele iria responder, a garota lhe deu as costas e saiu andando, ela realmente não ligava se ele iria ou não, ela só queria ficar em paz.

Sábado
23/11
10:34

  A essa hora o pai de Tenten já tinha buscado a todos os adolescentes em suas casas para irem ao sítio, o dia estava quente, o sol brilhava em todo seu esplendor, e Tenten não poderia estar mais feliz, seu pai literalmente havia planejado tudo, alugou uma van para levá-los e estava bem com sua mãe, eles não brigavam, eles nem se falavam na verdade, então era o evento que Tenten lembraria para sempre, e nem Neji estragaria aquilo.

  Eles chegaram cerca de meia hora depois no local, era um sítio enorme, tinha uma quadra de futebol, uma piscina enorme, lago com patos de verdade, e tantos quartos que dava para dormirem cada um no seu, sem pares, tinha uma área de churrasco, que eles não usariam, já que comeriam na beira da piscina, e eles não tinham vizinhos, o que significava que eles poderiam badernar até dizer chega.

  Logo cada um escolheu seu quarto, mas era certo que os casais ficariam juntos, então Sakura e Sasuke ficaram em um só para os dois, assim como Shikamaru e Temari e Gaara e Ino, seu Pedro e dona Verônica não ficaram juntos, mas estavam em paz um com o outro, já Tenten ficou com o maior quarto já que era a aniversariante e fazia mais bagunça ao se arrumar, os meninos decidiram seus próprios quartos assim como Hinata, e estava ótimo para todos.

  Mas a questão era, e a comida? Tirando o churrasco, eles não haviam feito nada, só o bolo estava pronto porque havia sido encomendado, e os docinhos e salgados? Seu Pedro havia pensado nisso também.

  — É o seguinte, quem quer cozinhar comidas ala Brasil comigo? – Os adolescentes logo se animaram lembrando da pizza do Brasil, e brigadeiro sem ser o de colher que Tenten havia feito para eles anteriormente. — Começamos pelo mais demorado a pizza. — Seu Pedro disse com tranquilidade já com os ingredientes na mesa, pré colocados ali. — Venham vamos fazer cada um uma, a sorte é que essa cozinha é enorme. – E realmente era, a bancada poderia ser usada por todos ao mesmo tempo sem problemas e com espaçamento entre eles. — Escolham os seus sabores e vamos fazer ao mesmo tempo para ser mais rápido. – Então cada um escolheu o que queria, e Hinata foi a mais básica enchendo sua pizza de mozzarela, mas tinha muito queijo ali dentro, e a morena olhava aquilo com uma felicidade gigantesca.

  — Sempre quis uma pizza atolada de queijo, mas nunca vendem assim e eu não sabia fazer pizza. – A morena comentou estando do lado de Pedro, que olhou para ela e jogou mais queijo na pizza da morena, que olhou para ele abismada.

  — Agora é seu momento, então joga queijo aí dentro mulher. — Ele disse sorridente, Hinata era uma das amigas de sua filha que mais tinha curiosidade, então ele tentaria ficar mais próximo da morena.

  Hinata lhe sorriu, e fez o que ele disse, colocou muito queijo ali dentro, se sentindo grata ao pai de sua amiga, e do carinho que ele dava a todos ali, sentindo pela primeira vez, algo próximo do amor paterno que ela quase nunca experimentava de seu pai, já que ele ficou extremamente frio depois da morte de sua mãe, era raro os momentos de paternidade deles juntos, mas a morena não o culpava.

  — Pai, tá bom ou ta feio? – Tenten que tinha acabado de fazer sua pizza, com o sabor: coloquei tudo que eu gosto aqui, perguntou a seu Pedro que riu para a filha tentando entender o que tinha ali.

  — Tá bonita, mas o que você colocou aí? — Ele perguntou para a menina que sorriu animada e começou a falar tudo que tinha, apontando para tudo que ela colocou.

  — Tem Queijo, Perroni, Presunto, Cebola, Parmesão, Catupiry, Tomate e Franguinho. – Ela disse procurando mais alguma coisa para ver se não havia esquecido de nada e não, ela não tinha, logo levantou a cabeça sorrindo e todos a estavam olhando estranho. — O que? – Ela perguntou confusa.

  — Tá passando fome é? – Seu pai perguntou debochando da cara da mais nova e ela levantou uma de suas sobrancelhas e cruzou os braços.

  — Tô em fase de crescimento ein. – Ela disse e o mais velho imitou sua pose.

  — Tá na onde? Tá com 1.60 desde os 14 anos menina. — Ele disse brincando e Neji riu pouco mais evidente que seus amigos.

  — Óh é verdade viu? – O moreno parecia ter esquecido que estava brigado com Tenten e falou sem pensar, tanto que o local ficou em silêncio.

  — Que mentira, eu tenho 1.62 – Tenten também não tinha prestado atenção no silêncio e apenas respondeu Neji que riu da morena.

  — Se você é alta assim, eu duvido você conseguir me dar um toca aqui. – Neji disse e Tenten gostando do desafio foi até o moreno, não conseguindo realizar o feito mesmo pulando o mais alto que conseguia, com Neji rindo de si e todos o acompanhando.

  A morena ainda não havia desistido, e o braço de Neji ja estava começando a doer, então ela simplesmente passou seu braços livre pelas coxas da morena e a levantou, a deixando mais alta próxima de seu braço levantado, com ela tocando a mão do moreno o mais forte possível.

  — Nhe Nhe Nhe, quem é baixinha agora? — Ela disse toda orgulhosa olhando de seu pai para Neji, que ainda a segurava.

  — Você. – Neji respondeu e a morena sentiu o hálito quente do riso do moreno em seu busto exposto pela regata branca, a fazendo arrepiar por todo corpo, assim como nas pernas, onde Neji estava a segurando, fazendo assim então o moreno sentir o arrepio nas coxas desnudas pelo short jeans da morena em seu colo.

  Ele não teve uma reação muito boa, respirou um pouco mais fundo, o que só fez o cheiro bom da morena entrar em suas narinas, e ele apertar um pouco mais a morena, que com o susto apertou o ombro de Neji, onde ela se sustentava, decidiu então desfaçar.

  — Vocês que são altos e uma forma anormal. – Ela disse e começou a mexer as pernas como um bebê que quer sair do colo, fazendo assim o moreno a colocar no chão.

  Aquele arrepio havia sido estranho para si, e o apertão a deixou estranha, seu corpo reagindo ao de Neji, era tão estranho, mas descidiu pensar sobre isso na segunda feira.


Oi gente, sei que eu demorei pra att, tipo, meses, e eu peço desculpas a todos que estavam esperando e agradeço por não terem desisitido de mim, amo muito vcs.

Aconteceu várias coisas nesse tempo que eu estava longe daq, até troquei de Cell, sai com amigos e agora sei até a sensação de estar bêbada, então espero fazer uma boa festa pra vcs no próximo cap.

A minha explicação não era só pq eu saí com amigos, afinal eu tava saindo porque em casa as coisas estão meio chatas e como eu estou trabalhando e tenho meu dinheiro, não tem porque eu fica me torturando com a minha família, sei que descontei em vcs também e isso foi errado, mas nem sempre estamos bem, desculpa mesmo, por tudo.

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