One More Night

Por PizzaDuarda

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Na frente das câmeras, uma amizade. Por trás delas, um amor interrompido por um contrato profissional. Caitr... Más

Capítulo 1: Fúria encoberta
Capítulo 2: Eu pensei que você voltaria
Capítulo 3: Uma noite
Capítulo 4: Retorno a realidade
Capítulo 5: Prova real
Capítulo 6: Inconformado
Capítulo 7: Encarando as consequências
Capítulo 8: Escolhas
Capítulo 9: Revelações
Capítulo 10: Depois de tudo
Capítulo 11: Não faça mais isso!
Capítulo 12: Limites
Capítulo 13: Uma noite - parte II
Capítulo 14: Dia da mudança
Capítulo 15: 1° semana
Capítulo 16: Baby bump
Capítulo 17: IFH
Capítulo 18: Happy birthday Sammy!
Capítulo 19: Momentos
Capítulo 20: Loving and fighting
Capítulo 21: Pesadelos
Capítulo 22: Provocações
Capítulo 23: Efeito colateral
Capítulo 24: Cinema, jantar e...
Capítulo 25: Edimburgo - Parte I
Capítulo 26: Edimburgo - Parte II
Capítulo 27: Edimburgo - Parte III
Capítulo 28: Edimburgo - Parte IV
Capítulo 29: Reconciliação
Capítulo 30: Conexão
Capítulo 31: You broke me first
Capítulo 32: Irlanda - Parte I
Capítulo 33: Irlanda - Parte II
Capítulo 34: Irlanda - Parte III
Capítulo 35: Irlanda - Parte IV
Capítulo 36: E a verdade é contada...
Capítulo 37: It's a...
Capítulo 38: It's a... - Parte II
Capítulo 39: To build a home
Capítulo 40: inseguranças e hormônios
Capítulo 41: Tour de divulgação
Capítulo 42: Tour de divulgação - Parte II
Capítulo 43: volta pra casa
Capítulo 44: Papai tem conversa séria com bebê
Capítulo 45: That's a wrap
Capítulo 46: odeio mudanças
Capítulo 47: a volta dos que não foram
Capítulo 48: concessões
Capítulo 49: tudo desmorona
Capítulo 50: 30 semanas
Capítulo 51: Curso de pais
Capítulo 53: welcome, baby girl!
Capítulo 54: o que a madrugada guarda...
Capítulo 55: Happy Birthday, Cait
Capítulo 56: desentendimento
Capítulo 57: jogo de sedução
Capítulo 58: Surpresa
Capítulo 59: Surpresa - Parte II
Capítulo 60: Hormônios
Capítulo 61: O começo
Capítulo 62: O parto
Capítulo 63: Depois do parto
Capítulo 64: pequenos momentos
Capítulo 65: Natal
Capítulo 66: Pai e filha
Capítulo 67: Primeiro encontro
Capítulo 68: afogar o bico do ganso
Capítulo 69: os finalmentes
Capítulo final: Happy Ending - Parte I
Capítulo final: Happy Ending - Parte II
Capítulo final: Happy Ending - Parte III

Capítulo 52: O outro

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Por PizzaDuarda

Dedicado as minhas mirmãs que estão sempre comigo, sem vocês eu não conseguiria chegar até aqui! 🤍🦋

______________________

Sam

Eu odeio esse travesseiro.

Eu odeio esse travesseiro.

Eu ODEIO esse travesseiro!

Fiz careta para ele.

Você nem deveria existir.

Eu te odeio!

Bufei, dando as costas ao travesseiro maldito.

Apesar do meu desejo de que ele desaparecesse por mera vontade, eu sabia que ele ainda estava lá – como um barreira entre Cait e eu – e que permaneceria por mais algumas semanas.

Algumas semanas? Ri mentalmente. Caitríona nunca mais vai largar esse travesseiro infeliz. É mais fácil ela me largar depois que a ervilhinha nascer do que a ele...

Fiz outra careta.

Eu vou ter que jogar esse travesseiro fora.

Não! Por que pensar pequeno?!

Eu posso queimá-lo e depois jogá-lo no fundo do oceano!!!

Caitríona nem precisaria saber!!! Eu poderia dizer que foi culpa da ervilhinha... Acidentes acontecem... Principalmente com recém-nascidos sem controle de seus intestinos.

Ia funcionar! E então eu poderia ter minha namorada de volta, aconchegada a mim e não ao travesseiro!

Bufei novamente e me remexi na cama.

Eu sou patético.

Esse travesseiro é literalmente a única coisa que fez com que Cait pudesse dormir confortavelmente desde que sua barriga se tornou grande demais a ponto de que ela nem ao menos conseguisse ver os seus próprios pés. Não posso ficar bravo com ela por ter encontrado um conforto melhor do que os meus braços para conseguir dormir.

Meu problema não era ela, era ele.

Ele me afastava dela.

Ele me deixava sem Cait para abraçar e me aconchegar.

Ele me deixava solitário.

Bufei.

Patético.

— Por que você está se remexendo e bufando tanto, Heughan? — Cait murmurou, sua voz baixa e rouca de quem tinha recém acordado.

— Não queria te acordar... — murmurei baixinho de volta, me sentindo culpado.

— Eu não durmo muito com essa bexiga de velha, Sammy. — Ela se remexeu, tentando levantar.

Me levantei e contornei a cama, oferecendo a ela meu braço para ajudar.

Pensei que ela reclamaria, diria "estou grávida, mas ainda consigo levantar sozinha", mas ela só aceitou meu braço sem protestar.

Enquanto ela fazia xixi, eu lavava meu rosto, tentando me recompor.

— O que está te incomodando? — ela questionou ao parar ao meu lado na pia.

Ela lavou as mãos e me encarou. Analisando. Esperando.

Não adiantava mentir, porque essa mulher me conhecia melhor do que qualquer outra pessoa no mundo.

— Só estou inquieto.

Minha resposta não a satisfez. Sabia disso pela maneira como seus olhos buscaram os meus, como se ela pudesse ler minha alma. Mas eu não reclamaria de uma coisa que era para o conforto dela. Não.

— Vá dormir, amor. — Dei um beijinho em sua testa — Você deve estar exausta.

— Sam...

— Está tudo bem. Prometo. Vou só buscar um copo d'água... Quer alguma coisa?

Ela negou com a cabeça e soltou um bocejo.

— Dormir, então. — A ajudei a voltar para a cama e observei enquanto ela agarrava o bendito travesseiro.

Fiz careta e me afastei, precisava de ar. E precisava ficar longe daquele travesseiro.

Quando voltei, alguns minutos depois, ela estava de costas para o meu lado da cama agarrada ao travesseiro.

É, Heughan... Você perdeu.

-/-

— Ei, cara! — Steven me cumprimentou ao entrar no restaurante.

— Cree! — Me levantei e nós nos abraçamos entusiasmados.

Steven era um dos meus amigos mais próximos e divertido. Ele costumava me meter em muitas encrencas na época em que gravavamos juntos, mas desde que sua parte das gravações terminaram, nos víamos cada vez menos.

— Por que você é sempre tão cheiroso? — Reclamou, fugando meu pescoço.

Ri e me afastei.

— Já ouviu falar em banho? Perfume? — ele fez careta — Eu sou naturalmente cheiroso, Cree. Mas até eu uso invenções humanas para facilitar a minha vida e ficar mais cheiroso e irresistível.

Ele revirou os olhos e se sentou na cadeira de frente para a minha.

— Jamie Fraser não usa perfume. — comentou.

— E nem toma banho. — Completei.

— E continua sendo gostoso!

E seboso.

— Como você ousa falar isso do rei dos homens? — dei língua pra ele — Eu esperava mais de você, Heughan.

Ri.

— Como anda a sua vida? — questionei depois de fazer o meu pedido.

— Uma fralda suja de cada vez, uma hora a menos de sono a cada semana... — suspirou — Gritos mal criados de uma bebê de 8 meses...

— Eles já gritam com 8 meses?

— A primeira coisa que eles aprendem é chorar e gritar, meu caro amigo. O choro diminui com o tempo, mas os gritos? — Steven balançou a cabeça — Ouvi dizer que pioram na pré-adolescência...

— Nem quero ouvir da adolescência — neguei, perplexo.

— Por que você está péssimo assim?

Fiz careta.

— Não estou tão mal assim.

— Está, sim. Por mais que eu ame sair com você e sinta muita falta de quando era nós dois contra o mundo — segurei o riso, Steven sabia ser dramático como ninguém — não entendo por quê me ligou pela manhã e me chamou para almoçar.

— Porque eu senti saudade.

Steven revirou os olhos.

— Você nunca sente saudades ao ponto de preferir almoçar comigo ao almoçar com a Cait. Ela está ocupada?

Foi a minha vez de revirar os olhos.

— Eu posso almoçar sem ela, você sabe. E não só por ela estar ocupada!

— Eu sei que pode, mas você nunca quer.

— Está se sentindo negligenciado, querido? — Fiz uma carinha triste para Steven.

— Estou! — Respondeu com um semblante correspondente.

— Você é um carente, Steven.

— E você está mudando de assunto, Sam.

— Estou chateado com ela. — admiti.

— Por que?

— Maril a deu um... — hesitei — Um... Travesseiro. — olhei para Steven, esperando ver um olhar debochado ou uma cara de dor por segurar uma gargalhada, mas ele ficou quieto e sério — Steven?

— Um travesseiro de corpo todo?

Fiz careta, assentindo.

— Eu odeio esse travesseiro! — Steven esbravejou.

— Ah... Então você também é familiarizado com ele?

— Nós somos velhos conhecidos. — falou franzindo o nariz — E eu o odeio!

— Me diz que ele vai sumir depois que a bebê nascer, por favor. — Supliquei.

Steven bateu em meu ombro e deu um aperto, resumindo a sua resposta: não.

— Quanto tempo tem desde que a sua filha nasceu mesmo?

Oito meses.

— E ele ainda está lá?

Ele assentiu, resoluto. Seus ombros estavam caídos e a sua expressão era de derrota.

— E temo que ficará pelo resto das nossas vidas...

— Não diga isso! — Exclamei — Se você desistir, como terei esperanças?

— Não tenha.

— Você poderia se livrar dele... — Sugeri.

Cree fez não com a cabeça.

— Minha esposa saberia. E prefiro odiar a existência dele do que ela odiar a minha!

Suspirei.

— Acidentes acontecem, Steven.

— Não depois de ela ter me pego tentando enfiar o maldito no lixo... Se ele sumisse, ela saberia.

Fiz careta.

— O que eu faço?

— Aceite. O travesseiro não vai a lugar nenhum...

Neguei com a cabeça.

— Não quero ser egoísta. Sei que o travesseiro é para o conforto dela, mas me sinto...

— Deixado de lado? Trocado? Traído? — Steven disse solicito.

— Um pouco...

— Não é egoísmo, é senso da realidade. Você foi definitivamente substituído e nunca mais ocupará o mesmo lugar no coração da sua amada.

— Você não está ajudando nem um pouco.

— Se você queria conversar com alguém que mentiria para você, deveria ter ligado para o Graham.

— Nem deveria existir esses travesseiros na época dele.

Steven riu.

— Eles são pré-históricos. Aposto que foram criados por homens que não transavam, porque além do "conforto" — ele fez aspas no conforto — eles são feitos para impedir o sexo!

— Faz uma semana, Steven. E eu já estou louco!

— E falta quanto tempo para a Cait dar a luz?

— Pelo menos mais 6 semanas.

— Boa sorte!

— Vamos mudar de assunto. — Pedi.

— Você já ouviu falar daquelas mamadeiras com bicos... — o interrompi.

— Vamos mesmo falar de bicos de mamadeira?

— Somos pais agora, Sam. O que você acha que pais conversam?

— Sim, eu comprei as mamadeiras com esses bicos novos. — confessei — Mas Cait e a obstetra não gostaram muito e nós provavelmente não vamos usar.

— Sabe o que eu acabei de pensar?

— Em formas de se livrar do travesseiro? — ele riu.

— Não. Mas que devíamos formar um grupo de pais!

— Tipo um clube do livro?

— Sim, mas nós debateríamos bebês e nossas mulheres...

— Tenho certeza que elas tem um desses. — comentei.

— Elas se unem para falar mal de nós... E nós nos unimos para falar mal dele.

Vou avisar ao Matt.

— Ele tem gêmeas, cara. Gêmeas! Você tem noção que ele vai ter duas meninas na puberdade daqui há alguns anos?

Fiz careta.

— Nós vamos ter meninas na puberdade também, Steven.

Ele fez careta.

— Você sabe que está ferrado se a sua for como a Cait, não sabe?

Cait já havia fornecido muito entretenimento contando tudo o que tinha aprontado durante a sua infância em Mohghan.

— Nem me diga ou ficarei careca antes dos 40!

— Acho que você já está ficando, caro amigo.

— Culpa da Caitríona. Imagina uma mini Caitríona?

Steven riu.

— Qual é a sensação? — perguntei depois que fizemos a nossa refeição.

— De que?

— De segurar sua filha em seus braços pela primeira vez...

— Sam... É a coisa mais linda e aterrorizante do mundo. Você tem a sensação de segurar todo o seu mundo nos braços ao mesmo tempo que teme machucá-la...

— Eu mal posso esperar para segurar minha pequena ervilhinha nos braços.

— Ervilhinha?

— É como Cait e eu chamamos nossa bebê até ela nascer.

— Fofo.

— Vocês tinham um apelidinho para a menininha de vocês?

— Pé no saco.

— Steven! — repreendi e nós rimos.

— Ela acaba com o humor da minha esposa, nada mais justo!

Ouvi um blip de mensagem do meu celular e abri ao ver o contato de Cait.

Sam, pode trazer creme de avelã e ameixas para mim quando voltar do seu almoço com o Steven?

- C.

Creme de avelã com ameixa?

- S.

Não questione os desejos de uma grávida, Heughan.

- C.

Você vai demorar muito para voltar? Eu quero muito comer minhas ameixas...

- C.

Steven e eu acabamos de almoçar! Você quer alguma coisa para comer?

- S.

Já almocei. Obrigada! Volta logo... Com as minhas ameixas!
Amo você.

- C.

Estou a caminho!
Amo você.

- S.

Fofo!

Revirei os olhos para o Steven.

— Você sabe que ainda fica com os olhos brilhando quando troca mensagens com a sua amada?

— Você sabe que você é inconveniente?

— É por isso que sabemos quando você está falando com ela! Você fica com essa cara de bobo apaixonado.

— E como é essa cara?

— Você fica sorrindo e com os olhinhos brilhando. Como eu disse... Fofo.

— Você é insuportável! E eu tenho que ir, Cait está com desejo por ameixas e creme de avelã...

— Junto? — Steven fez careta enquanto eu tirava algumas notas da carteira.

— Sabe Deus...

Steven tirou suas próprias notas da carteira.

— Nojento. — Falou fazendo careta.

Não discordei.

Nós dois vestimos nossos casacos e saímos para o vento frio da Escócia.

— Foi ótimo almoçar com você, Steven.

— Me ligue mais vezes, Samzinho... Estava com saudades! — Ele me abraçou, dando um beijo na minha bochecha — Fala para a Cait que eu vou roubar você para mim dá próxima vez!

— Você acha que ela deixaria?

Ele fez biquinho.

— Egoísta! Deus mandou dividir.

Ri.

— Tchau, Steven! Manda um beijo para a sua esposa e para a sua filhinha.

— Se eu mandar um beijo seu para a minha mulher, é capaz de ela me largar por você. Sem chance!

Ri de novo. Adorava sair com o Steven!

— Até mais, amigão.

Nós dois nos viramos em sentidos opostos. Steven em direção a sua casa e eu ao mercadinho da esquina para comprar o que a minha mulher linda, grávida e deslumbrante pediu.

-/-

— Cait, eu trouxe as ameixas que você pediu e o creme de avelã... Apesar de não entender o que você pretende fazer com esses dois... — comentei, ao entrar em casa, mas me calei ao dar de cara com o maldito travesseiro.

Ela não estava mais usando aquilo só para dormir! Ela estava deitada com ele durante a tarde no sofá.

Como eu ia aturar isso?

— Oi, Sammy! — Cumprimentou me dando um sorrisinho — Aaaaaa você trouxe! — ela bateu palminhas igual uma criança quando ganha um brinquedo novo — Me dá, me dá! Estou morrendo para comer isso!

Entreguei a sacola para ela e ela abriu sem cerimônias, pegando o conteúdo que estava dentro.

Cait pegou o pote de creme de avelã e abriu, mergulhando uma ameixa dentro. Fiz careta.

— Isso é nojento.

Ela mordeu a fruta, me ignorando. E gemeu.

— Que delícia!

— Não vejo como...

Ela mordeu a fruta de novo e gemeu mais alto.

Eu estava começando a ficar desconfortável dentro das minhas calças.

Sam! — chamou em um gemido — isso é MAGNÍFICO.

Mais desconforto dentro das minhas calças.

— Eu vou tomar um banho. — murmurei.

Cait emitiu alguns protestos e alguns "Sam", mas eu precisava tomar um banho gelado.

Quando eu desci novamente, Cait já tinha largado as ameixas e o creme de avelã e estava deitada agarrada com o maldito do travesseiro. Fiz careta. Peguei as coisas que ela tinha colocado sobre a mesa e levei para a cozinha.

— O que está acontecendo?

Bati a cabeça no armário com o susto.

— Ai!

— Você está bem? — Cait perguntou se aproximando.

— Estou! — me afastei, indo buscar gelo para a minha cabeça — Você só me assustou...

Caitríona ergueu a sobrancelha para mim.

— Por que você se assustou comigo?

— Porque você estava deitada na sala com o seu travesseiro.

— Por que você está sendo debochado comigo?

— Não estou.

— Está sim.

— Cait... — enrolei o gelo em um pano de prato e coloquei na minha cabeça — Por que você não volta para o seu travesseiro?

— Qual o seu problema?

— Nenhum.

— Você nem me deu um beijo quando chegou!

Me aproximei dela e a dei um selinho rápido.

— Prontinho.

Ela revirou os olhos.

— Eu não quero que você me beije por obrigação.

— Não foi uma obrigação. Eu quis beijar você.

— Depois que eu pedi.

— Cait...

— Qual é o problema, Sam? — questionou, cruzando os braços abaixo dos seus seios extremamente grandes por conta da gravidez.

Desviei o olhar para os seus olhos.

Nada.

— Não mente para mim.

— Eu não...

— Está.

— Nós estamos realmente brigando?

— Se você está realmente mentindo para mim, então sim.

Bufei.

— Por que você é tão teimosa?

— Porque eu conheço você. E sei quando você não está bem ou não está sendo sincero.

Bufei de novo e me virei para pegar uma fruta.

— Podemos só sentar e ver um filme juntos?

— Tá. — Respondeu — Mas você não me engana, Sam. E saiba que não estou feliz com você.

Nós voltamos para a sala de estar e ela simplesmente abraçou o travesseiro e ficou de costas para mim durante todo o filme.

Se eu saísse dali, ela nem notaria.

Fiquei durante todo o filme.

Depois disso, deixei que ela ficasse com o seu precioso travesseiro enquanto cozinhava algo para o jantar. Antes do travesseiro, ela me acompanharia e ficaríamos conversando enquanto eu a mantinha bem longe do preparo da refeição...

— O frango está pronto. — avisei.

Comemos em silêncio. Lavei a louça em silêncio.

Eu não aguentava mais tanto silêncio e não aguentava mais aquele travesseiro! Subi para o nosso quarto, prestes a dizer a ela para fazermos alguma coisa e a encontrei dormindo no meio da cama com o travesseiro.

Ótimo! Agora nem mesmo tem espaço para mim na cama!

Peguei roupas limpas no closet e sai para tomar banho no banheiro do corredor. Eu podia dormir em um dos quartos de hóspedes, mas estava muito puto para dormir, então desci novamente e fui para o lado de fora.

Eu estava em surto! Não podia ter outra explicação... Eu estava com ciúmes de um travesseiro. T r a v e s s e i r o! Tudo bem que ele tinha o poder de ter os braços de Cait ao seu redor e de me expulsar da cama, mas no fim era só um objeto...

Quando o frio foi demais para mim, eu entrei e me deitei encolhido no sofá da sala enrolado na manta que eu havia pego no armário do corredor e adormeci sonhando com o dia que eu afogaria aquele travesseiro.

Senti um cutucão forte no meu braço e abri os olhos, dando de cara com uma barriga grande.

— Ervilhinha?

— E a mãe dela.

Ergui o olhar, encontrando o rosto furioso de Cait.

— Bom dia!

— Ainda não é de dia. — Respondeu brava.

— Então porquê você está acordada e fora da cama?

— Imagina a minha surpresa quando eu acordei e você não estava lá.

— Não tinha espaço para mim. — Falei baixo.

— O que? — Questionou, irritada.

Me sentei, esfregando os meus olhos.

— Não tinha espaço para mim!

— Você está de sacanagem com a minha cara, Heughan?!

— Você queria que eu deitasse onde exatamente, Cait? Seu precioso travesseiro e você estavam no meio da cama!

— Você está reclamando que eu estava dormindo?!

— Não! Eu estou te dizendo que entre você e o seu precioso travesseiro não tinha espaço para que eu deitasse na porra da cama!

— Eu não acredito nisso!

— Desculpa! — Pedi — Eu ofendi o seu travesseiro?

— Seu filho da puta!

— Eu o odeio!

— É só um travesseiro!

— Que ocupa a cama toda! Você sabia que 4 é demais?!

— Eu não acredito que você está com ciúmes de um travesseiro!

— Ele parece estar tendo mais da minha noiva do que eu! Ela dorme de costas para mim toda noite! Hoje, mal conversou comigo além de me pedir para comprar algo para comer!

Ela jogou uma almofada em mim.

— Eu estava com saudades seu desgraçado! — bateu com outra almofada — Você sabe como é ser obrigada a ficar trancada dentro de casa enquanto seu noivo sai para almoçar?! Você nem me chamou!

— Você mesma disse que não podia sair!

— Porque o filho da puta do Tony revelou para todos que eu estou grávida!

— E o que isso tem haver com o travesseiro?

— Esquece o bendito travesseiro, Sam! A questão é: eu te mandei mensagem pedindo aquelas coisas porque estava com saudades de você! E sabia que você voltaria mais rápido se eu dissesse que estava com desejo de algo.

— Então você não queria comer aquilo?

— Aquilo era nojento!

— E os gemidos?

Ela revirou os olhos.

— Se você estava com saudades, deveria ter me dado mais atenção ao invés de agarrar a porra do travesseiro durante toda a tarde!

— Você nem me deu um beijo quando chegou!

— E nem você!

— Argh! Você está impossível!!!! — ela se virou e foi andando.

Eu fui atrás.

— Eu quero que o travesseiro vá embora.

— Não.

— Então vou continuar dormindo na sala.

— Não, você não vai!

— Sou eu ou ele, Cait.

— Isso é ridículo, Heughan! Você tem noção que está com ciúmes de um objeto?

Dei de ombros.

— É sua escolha, Balfe.

— Isso é um ultimato, seu desgraçado!

— Ouso dizer que você está enrolando para escolher.

— É claro que eu não estou enrolando!

— Então qual é a sua resposta?

Ela mordeu o lábio, extremamente irritada.

— Você volta para o quarto, mas vai dormir de roupas.

Eu a dei um olhar debochado.

— Medo de não se controlar na minha presença?

— Medo de capar você durante a madrugada por ser tão idiota! — ela se virou e subiu as escadas com raiva.

Fiz uma pequena dancinha da vitória, apenas porque eu tinha conseguido me livrar do travesseiro! Steven, você vai morrer de inveja ao saber...

Quando entrei em nosso quarto, Cait já estava deitada. Nua. Como uma maldita deusa banhada com a luz do luar que entrava pela janela do nosso quarto. Deus, me dê força de vontade e resiliência para manter minhas mãos longe do corpo da minha noiva muito gostosa que está muito brava comigo.

Sua mão fazia carinho em sua barriga e eu sorri involuntariamente.

Tirei minha calça de dormir e me deitei ao seu lado na cama, ele nem olhou para mim.

— Eu disse com roupas.

Você está sem.

— Eu estou grávida.

— Eu sou escocês.

Ela bufou.

— Pode colocando o seu amiguinho para o outro lado, ele não vai receber nenhuma atenção hoje.

— Onde está o seu amiguinho?

Ela olhou para mim, seus olhos estreitos com a irritação.

— Socado no closet.

— Ótimo. Eu terei o prazer de me livrar dele!

— Você é uma criança. — ela me deu as costas.

— Pelo menos agora posso ver você. — comentei, ela ergueu o dedo do meio para mim sem se dar o trabalho de virar — Posso ver a sua linda, redondinha e magnífica bunda.

— Você não tem um pingo de amor a vida, tem? — rebateu, ainda de costas para mim.

— Tudo que eu tenho é amor a você.

Eu podia sentir ela revirando os olhos, mesmo que estivesse de costas para mim. Peguei a coberta grossa que estava aos nossos pés e cobri nós dois, ela se remexeu um pouco, mas não virou de volta para mim. Me aproximei dela, sentindo o seu calor irradiar para mim... E dei um beijo em seu ombro nu, provando que eu não tinha nenhum senso de autopreservação quando se tratava dela. Ela podia ter me chutado, se afastado do meu toque ou ter dito que eu saísse, eu o faria. Mas ela ficou em silêncio, então passei meu braço pela sua cintura, repousando minha mão sobre a sua barriga.

— Boa noite, amor.

— Eu odeio você.

Sorri.

— Vamos ver sobre isso amanhã.

-/-

Senti a cama se remexer, mas eu estava muito cansado para abrir os olhos e investigar o que era. A cama se remexeu novamente e senti o calor de Cait se afastando dos meus braços. Será que ela ainda estava brava ou estava levantando para fazer xixi? A cama se remexeu de novo.

— Sam! — Chamou, batendo em mim cegamente sob a coberta. Tentei expulsar o sono para abrir os olhos, aposto que ela não estava conseguindo levantar da cama e precisava fazer xixi. — SAM! — o grito dessa vez foi assustado e eu abri os olhos imediatamente, apesar de ainda estar meio sonolento.

— O que foi? — esfreguei meus olhos, tentando acordar completamente — Você quer que eu vá buscar um melão com mel? Ou aquele pãozinho doce que você gosta de comer com patê de abacate? Ou está com desejo de outra coisa? Eu posso...

Caitríona apertou meu braço com força.

— Cala a boca — Pediu, sua mão repousada sobre a sua barriga.

— Cait...

— Acho que estou em trabalho de parto.

__________________

Nota 1: alguém estava pronto para isso??? 👁️👄👁️

Nota 2: qual música que vocês escutam e pensam automaticamente em OMN?

Nota 3: Se preparem para as fortes emoções do próximo capítulo 😜

Não esqueçam de me dar 🌟 e comentar, juro que eu amo comentários!!!!! Bom capítulo e até a próxima 🤍

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