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JANEIRO DE 2003
Sede da Ordem da Fênix
4 anos se passaram, e continuamos os mesmos.
Aqueles mesmos amigos que se conheceram no trem em 1991.
Só que agora, estávamos crescidos. Não só fisicamente, como crescidos mentalmente.
Não precisamos nos preocupar com Voldemort ou Bellatrix por aí. Nem se vamos sobreviver até o próximo ano.
Nossas preocupações agora, era se conseguiríamos preparar o relatório para o Ministro a tempo. Ou se a reforma em casa estaria pronta a tempo.
Tempo.
Não é uma coisa que nós sempre tivemos.
Sempre temos que tomar decisões em cima da hora...
E a pior decisão que tomei em cima da hora, não foi se eu corria ou duelava com Voldemort, nem se eu ficaria com Cedrico, ou algo assim.
A pior decisão que eu tive que tomar, foi a que tomei hoje.
Não desejo a ninguém, nem a pessoa mais cruel desse mundo, ter que tomar essa decisão.
**********
Sala
Eu e meu noivo, chegamos na nossa antiga casa pela manhã. Com a gente, estava o Teddy, agora já com 5 anos. Ele dormiu essa noite na nossa casa.
Quando perceberam que tínhamos chegado, vieram na sala.
A primeira a aparecer foi minha mãe, com um sorriso no rosto. Mesmo com o sorriso, ela não estava feliz.
Ninguém estava feliz.
S/n: -Oi, mãe.
Harry: -Oi, Senhora Rose.
Ted: -Oi, mamãe Rose!
Teddy era o único feliz ali. Pulou para os braços da minha mãe. Ela acolheu ele, enquanto nos cumprimentava.
Rose: -Oi, filha. Oi, Harry. Oi, meu garoto!
Mudou a voz para se referir ao Ted.
Ao escutar a voz do meu afilhado, a vó dele desceu as escadas correndo. Ela tinha algumas seringas na mão.
Ted: -Vovó!
Correu até ela.
Andrômeda: -Calma, não chegue perto de mim.
Ele parou.
S/n: -Teddy, vem aqui.
Ele correu até mim, com medo.
Andrômeda: -A vovó está suja com essas coisas aqui, e pode te machucar se chegar perto. Eu vou tomar um banho para poder abraçar você!
S/n: -Teddy, vai brincar no seu quartinho. Nós vamos lá em cima e já voltamos.
Ted: -Eu não gosto de brincar sozinho. Eu vou com vocês.
Harry: -Não, não vai. Lembra o que a gente conversou?
Ele afirma com a cabeça, mas chutou a parede fracamente só para dizer que estava chateado.
Rose: -Venham comigo, tenho umas coisas para mostrar. Você também, Teddy.
S/n: -Mas, mãe... Ele não pode-
Fui interrompida.
Rose: -Quem disse que vamos lá para cima?
**********
Cozinha
Ao entrarmos na cozinha, surpreendentemente vi minha irmã, George e Oliver.
S/n: -Oli!
Fui na direção do meu sobrinho, e abracei ele. Oliver estava sentado na beira da mesa, com os pés balançando.
Seu cabelo ruivo, igual o do pai, estava radiante hoje. Os olhos, o nariz e a boca eram muito parecidos com os da minha irmã.
Seu sorrisinho para mim se encantador. Peguei ele no colo, que já estava com quase 3 anos. Ele completa essa idade no início de fevereiro.
Oliver: -Teddy!
Ele saiu do meu colo e foi em direção ao seu amigo, e "primo". Os dois correram para a sala de brinquedos, localizada no primeiro andar.
Allina: -Lá eles se divertem. Como estão?
S/n: -Como deveríamos estar?
Allina: -Foi mal, eu só perguntei.
S/n: -Tudo bem, eu estou um pouco... Eu nem sei explicar. Desculpa.
Me sentei ao lado dela na mesa da cozinha e ela passou a mão nas minhas costas.
Harry: -Podemos ver ele agora, Rose?
Rose: -Sim, mas você têm que saber de algumas coisas antes.
S/n: -O quê?
Rose: -Senhor Pomfrey estava aqui ontem, e trouxe companheiros trouxas.
Allina: -A doença que ele tem não é comum no mundo bruxo, na verdade, nunca existiu.
George: -Então os médicos trouxas vieram aqui e...
Harry: -E o quê?
Rose: -Disseram que...
Ela começa a chorar.
Potter abraça minha mãe, enquanto isso eu indago minha irmã por respostas.
Allina: -Disseram que ele não vai aguentar muito tempo, S/n!
Grita em meio ao choro.
Eu não sei o que fazer agora.
S/n: -Eu vou ver ele.
Enxuguei minhas lágrimas.
Fui em direção a porta, para subir. Potter veio atrás de mim, assim como minha mãe.
**********
Suíte
Obviamente ele estaria na suíte dele, então fui direto até lá.
Tentei abrir a porta, mas foi sem sucesso. Estava trancada.
Minha mãe me puxou para longe da porta, e colocou a mão em meus ombros.
Rose: -Você vai ver ele, mas não hesite. Harry, acompanha ela.
Harry: -Com certeza eu vou, Rose. Ele é da minha família também.
Minha mãe fez um feitiço na porta e abriu ela. Primeiro entrou ela, depois eu e por último, o Potter.
A suíte enorme e elegante, agora estava cheia de equipamentos médicos.
Na "cama de trisal", como ele chama por ser muito grande, estava ele.
Sirius estava deitado, com os olhos um pouco inchados, cheio de tubos, e com dificuldade de respirar.
Consegui ver seu sorriso quando nos viu. Contive minhas lágrimas, era horrível ver meu pai naquela situação.
Sirius: -Minha estrela... Harry...
Falou com muita dificuldade.
Rose: -Sirius, você sabe que não pode falar. A enfermeira pediu isso.
Sirius: -Eu vou morrer do mesmo jeito.
Rose: -Sirius, não fale assim.
Sirius: -Me deixe sozinho com as minhas crianças.
Minha mãe pensou em contrariar, mas saiu. Fui até o lado dele e me sentei na poltrona vermelha. Potter foi até mim, e segurou meu ombro.
S/n: -Nós deveríamos-
Sirius: -Não, não deveríamos. Não se culpe. Eu já fugi da morte muitas vezes, ela viria até mim algum dia.
S/n: -Mas não pode ser desse jeito, Almofadinhas. Não assim.
Não consegui segurar minhas lágrimas.
Harry: -O que o médico disse?
Sirius: -É uma gripe muito forte, mas não é contagiante. Ele disse que faz muito tempo que está em meu corpo, mais de 4 anos.
Sirius: -E eu não tenho... Muito tempo.
S/n: -Almofadinhas...
Sirius: -Mas não se preocupem, não vão precisar trabalhar mais. Todo meu dinheiro vai para vocês.
Harry: -Sabia que alguém foi promovido?
Sorriu.
Sirius: -Bom garoto! Promovido a quê?
S/n: -Seu afilhado é o novo Chefe dos Aurores, a partir de julho.
Sirius: -Parabéns! Mas... E você?
S/n: -Digamos que... Ninguém fica por muito tempo nesse cargo. E novas portas abrem, e temos que entrar.
Harry: -Ela disse que prefere aventuras do que ficar sentada na mesa o dia inteiro, assinando coisas.
S/n: -Quero dizer, ser uma aurora tem muita adrenalina envolvida. E é realmente incrível. Mas, meu coração é destinado a outra coisa.
Sirius: -O quê?
S/n: -Meu coração sempre pertenceu a Hogwarts. E é lá que ele vai ficar.
Harry: -Defesa Contra as Artes das Trevas.
Sorriu.
S/n: -A partir de setembro.
Complementei.
Sirius: -Não seja rígida com os alunos.
Apontou para mim.
S/n: -Juro solenemente não fazer nada de bom.
Pisquei.
Sirius: -Está muito frio na rua? Estão cheios de casacos.
S/n: -Sim, muito frio.
De repente, ele começa a chorar. Eu não sei o que fazer e começo a chorar junto. Até o Potter chorava.
Sirius: -Eu não tenho medo de morrer. Não tenho medo de encontrar meus Marotos. É até uma alegria.
Sirius: -Mas eu tenho medo de deixar vocês aqui... Harry, cuide da minha estrela. E minha estrela, cuide do meu pequeno James.
Harry: -Eu vou, Sirius.
S/n: -Eu vou, Almofadinhas.
Harry: -Meu amor, acho que agora é a hora.
S/n: -Também acho.
Sirius: -Hora de quê?
S/n: -Precisamos te contar uma coisa.
Sirius: -O que foi? Vocês vão casar?
Harry: -Algum dia vamos... Mas não é isso hoje.
Peguei a mão dele que segurava antes, mas agora eu levei ela a outro lugar.
Coloquei a mão do meu pai na minha barriga.
S/n: -Estou grávida, pai.
Apesar de tudo que estava acontecendo com ele, ele sorriu. Talvez, o sorriso mais verdadeiro que eu já vi no rosto dele.
Deu risada, e puxou meu braço, me levando até ele. Deitou minha cabeça no peito dele e beijou o topo dela. Fez o mesmo com o Potter.
Sirius: -Grávida...
Sorriu.
Harry: -22 semanas já.
Sirius: -Fale em língua de gente, garoto.
S/n: -Quase 5 meses, Sirius.
Sirius: -Então dá pra saber se é menino ou menina?
S/n: -Sim.
Me aproximei do ouvido dele e sussurrei o resultado.
Sirius: -Não acredito! É-
Interrompi ele.
S/n: -Shhhh! O Potter não sabe ainda.
Harry: -Isso está me matando. Mas ela não quer contar.
Sirius: -Tudo bem, estou calado. Estou muito feliz... Pena que não vou ver minha neta ou meu neto crescer.
S/n: -Não fale assim.
Sirius: -Falo sim. Não podemos fugir da morte. Minha estrela, me deixe falar em particular com o Harry.
S/n: -Mas... Tá bom.
Saí da sala e fiquei no corredor.
**********
Corredor
Esperando o assunto deles encerrar no corredor, encontrei Dromeda chorando.
S/n: -Ei...
Andrômeda: -Ele é minha única família. O único primo...
S/n: -Eu também sou sua família, tanto de coração como todo mundo aqui, quanto como de sangue.
Andrômeda: -Eu matei minha irmã. A outra, não olha na minha cara quando vem aqui. Meu primo está morrendo, e o outro já morreu.
Andrômeda: -Eu estou sozinha. Sou a última pessoa a estar de pé.
Ela me encara. Eu não sei o que dizer. As palavras não saem da minha boca.
Andrômeda: -Você está passando por algo pior do que eu, e eu aqui te atormentando.
S/n: -Não devemos medir o nosso sofrimento com o dos outros, Dromeda.
Andrômeda: -Eu vou ver o Teddy. Ele deve estar com fome.
S/n: -Quer que eu faça isso?
Andrômeda: -Não, se despeça de Sirius.
S/n: -Você acha que ele morre em quanto tempo?
Andrômeda: -Não sei. Pode ser agora, semana que vem, amanhã, daqui a 10 meses... Eu não sei.
Ela deu as costas e limpou o rosto com a mão. Desceu as escadas e eu bati levemente minha cabeça contra a parede.
A porta abriu e eu me assustei. Meu noivo saiu.
Harry: -Ele quer falar com você. Em particular.
S/n: -Potter...
Eu sentia que não tinha forças para fazer mais isso.
Ele segurou meus cotovelos e me puxou para um abraço. Não precisava de mais nada agora.
Harry: -Você consegue. Vai lá.
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Quarto
Entrei e Almofadinhas estava sentado na cama. Diferente de antes, que estava deitado.
Me sentei na poltrona e segurei a mão dele. Depois de um suspiro, ele começou a falar comigo.
Sirius: -Não fique triste quando eu for.
S/n: -Como eu não ficaria, Sirius? Você é meu pai. Você é tudo que eu tenho.
Sirius: -Não fique. Porque eu não estarei triste. Imagine só, uma festa de boas-vindas no céu.
Riu e eu também.
Sirius: -James está dançando e encarando a Lily. Aluado está conversando com ela, rindo dele. Escondido, atrás das comidas, está meu irmão.
Sirius: -Bellatrix dançando até o chão, e quando eu chegar, ela some. Seu avô, me xingando como sempre.
S/n: -Seria uma grande festa.
Sirius: -Com certeza. Quando a Tonks morreu, ela não te disse para fazer uma festa?
S/n: -Sim.
Sirius: -Então faça o mesmo. Quando eu morrer, eu quero que você case.
S/n: -Você me pedindo para casar? Os tempos mudaram...
Sirius: -Mas é óbvio. Imagine só a grande manchete do jornal, "Casamento de Harry Potter e S/n Bell Black, com tema de Sirius Black".
Nós rimos.
S/n: -Mas seria melhor se você estivesse lá. Se você entrasse comigo.
Sirius: -Coloque Arthur para entrar com você. Oliver e Teddy entrando com as alianças.
Sirius: -Já estou imaginando... Seria lindo.
S/n: -Sim, seria.
Sirius: -Já sabe o nome?
Apontou para a minha barriga.
S/n: -Potter queria homenagear os pais, e eu queria homenagear os meus.
Sirius: -Se eu não conhecer, diga que eu era bom na escola. Não fazia pegadinhas. O melhor. Finja que está falando do Lupin.
S/n: -Tá bom, eu vou falar.
Sirius: -Outra coisa...
S/n: -Fale.
Sirius: -Não quero saber de você e aquele garoto de coisinha.
S/n: -Como?
Ri.
Sirius: -Vocês dois aí... Sem a minha presença para manter vocês na linha, quem vai manter?
S/n: -Tudo bem, Sirius.
Relevei.
Nos encaramos e começamos a chorar novamente. Essa sensação é muito ruim.
Sabe a decisão que ninguém deveria tomar?
Será que eu caso só para talvez meu pai entrar comigo, ou eu espero e faço meu casamento dos sonhos?
Ele pode morrer daqui a 10 minutos, e não vai valer esforço nenhum. Ou ele pode morrer em 11 meses, e tudo valer a pena.
Então, ao invés de decidir algo... Eu só chorei.
S/n: -Eu te amo tanto!
Sirius: -Então me deixe ir.
S/n: -Não, Sirius... Você não pode!
Sirius: -Se você me ama, me deixe ir em paz. Não temos como mudar isso. Pula a fase da negação, e entre na fase da aceitação.
S/n: -Eu te amo, muito. Muito!
Sirius: -Eu também te amo muito. Por todas as estrelas desse universo.
Deixei a mão dele sozinha, para enxugar minhas lágrimas.
Sirius: -Eu vou dormir. Faça alguma coisa, ocupe sua cabeça com outra coisa. Eu não vou sair daqui.
S/n: -Certeza?
Sirius: -Absoluta, minha estrela?
Indicou a porta.
S/n: -Continua me chamando assim?
Sirius: -Sempre.
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Corredor
Potter estava parado ali, me esperando.
S/n: -Potter... Temos que fazer uma coisa.
Harry: -O quê?
S/n: -Temos que casar.
Eu tomei a decisão.
Errada? Certa? Arriscada.
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Cozinha
Entramos para compartilhar a novidade: casamento.
Meu sonho é ver o Sirius do meu lado, e se ele não estiver mais aqui quando isso acontecer, vou me culpar tanto...
S/n: -Atenção, todos!
Harry: -Vamos nos casar!
Eles nos parabenizam, mas não entendem o porquê de estarmos fazendo isso naquele momento.
S/n: -Lina, George... Vocês aceitam serem nossos padrinhos?
Allina: -Merlin, claro que sim!
Me abraça muito forte.
Depois recebo um abraço do George, e um beijo na bochecha da minha mãe.
E agora começamos uma outra missão... Missão casamento.
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Quarto
No mesmo dia, a noite, os Weasleys vieram para cá. O objetivo era ver o Sirius, mas como estavam todos aqui, foi melhor ainda.
Chamei Mione e Ronald para um quarto separado, e depois chamei meu noivo.
S/n: -Como falamos lá embaixo, nós vamos casar.
Hermione: -Eu estou muito feliz!
Sorriu.
Ron: -Lembra, há alguns anos atrás, quando eu disse que vocês iriam casar? Foi nesse mesmo quarto!
S/n: -Faz muito tempo mesmo, Ronald.
Harry: -Eu odiava ela.
S/n: -Eu te odiava mais.
Harry: -Não, eu te odiava mais.
S/n: -Nem vem. Eu te odiava mais. Lembra que-
Fui interrompida.
Hermione: -Foco!
S/n: -Claro...Potter?
Harry: -Vocês são mais que amigos para a gente, vocês sabem. Somos todos família. E por isso, queríamos saber se vocês aceitam serem nossos padrinhos de casamento.
S/n: -Será que eles vão aceitar?
Brinquei.
Hermione: -Acho que não... Não é, Ronald?
Ron: -Está brincando né? Hermione, eles são nossos melhores amigos, e óbvio que vamos. Por que não?
Hermione: -Eu estava brincando, Ronald! É óbvio que vamos aceitar!
Ron: -Ufa!
Harry: -Apesar de tudo que estamos passando, um casamento vai ser perfeito para...
Hermione: -Nós entendemos, Harry. Quem são os outros padrinhos?
S/n: -Na minha parte, é Allina e George, Fred e Arlete, Gui e Fleur.
Harry: -Já na minha parte, são vocês, Gina e Luna, Cho e o namorado dela.
Ron: -O QUÊ?
Gritou.
Hermione: -Harry Potter!
Gritou.
Harry: -É brincadeira, óbvio que não.
Revirei os olhos rindo.
Harry: -Dino e Simas.
Fiquei pensando nos planos que fiz com a Tonks sobre o nosso casamento. Ela seria minha madrinha, e eu seria a dela.
Estava tudo planejado...
S/n: -Vou falar com Sirius e depois sair pra ver meu vestido.
Harry: -Casamento em 10 dias!
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Toca
Existe casamento sem ser na Toca?
17 de janeiro de 2003.
Eu estava nervosa, fazendo meus votos na carruagem. Eu estava sozinha, com um bloco de notas.
Já estava vestida, com um vestido lindo. Completamente liso, o tecido. Não era muito decotado na parte superior, apenas mostrava minha clavícula e um pouco de meus peitos.
Uma manga longa chique, de tecido francês (segundo Fleur). Justo até a cintura, e depois dela, ele se solta. Armado abaixo da cintura, como o vestido de uma princesa.
Estava sem véu, porque não achei nenhum que eu gostasse. Meu cabelo castanho claro, estava solto e ondulado.
Havia um buquê de flores brancas e vermelhas também. Meu salto de cristal (acho que não é verdadeiro).
Não estava conseguindo achar as palavras certas, e desisti. Levei um susto quando minha mãe entrou na carruagem.
A carruagem estava em um morro perto da Toca. Quando desse a hora, viajariamos.
Rose: -Não sabe o que escrever? É, eu não sabia o que escrever da minha vez também.
S/n: -Você e Régulo se casaram?
Rose: -Sim. Sem testemunhas. Foi no meu quarto.
Riu.
S/n: -Como? Quando?
Rose: -No meu último ano, ele disse que talvez morreria no dia seguinte. Eu achava que era mentira, então ele disse para a gente se casar naquela hora. Tive 10 minutos para pensar nos votos.
S/n: -Sem vestido?
Rose: -Coloquei o vestido de casamento da minha mãe. E o véu também. Falando nisso...
Ela tirou um véu da sua bolsa. Ele era fino, liso e bonito. Cheiroso também.
S/n: -Era da vovó?
Rose: -Sim, era. Eu usei e... Quando você disse que não achou nenhum, pensei que fosse a oportunidade perfeita.
S/n: -Obrigada, mãe.
De repente, alguém surge na carruagem. Eu sorrio.
S/n: -Como está caminhando? De pé? Sirius!
Sirius: -Hoje é o último dia feliz da minha vida, me deixe aproveitar.
Rose: -Está muito bonito, Sirius.
Sirius: -Não tente fazer uma cantada para mim, você me trocou pelo meu irmão.
Rimos.
Sirius: -Você também está bonita, Rose.
Apontou para o vestido azul que minha mãe usava.
Ted: -Vamos!
Minha mãe correu para ajudar os dois, Oliver e Teddy, a entrarem na carruagem.
18:45.
Hora de ir.
Fiz o feitiço na carruagem, e ela começou a voar. Um frio na barriga. Tensão. Ansiedade.
Tudo ao mesmo tempo.
Enxerguei o altar.
Puta merda. O que estou fazendo aqui?
A música começou. É a hora dos padrinhos entrarem.
Puta merda parte 2.
Que medo. Será que vai dar tudo certo?
Sirius está aqui. Isso é bom.
Minha mãe está aqui. Isso também é bom.
Mas o vovô não está.
Nem a Tonks.
Medo novamente.
Os padrinhos já entraram. É a minha hora de entrar.
Sirius saiu da carruagem e estendeu a mão para minha mãe descer.
Tremendo, ela agarrou a mão dele e desceu.
Eu estava tremendo.
Acalmei Teddy e Oliver, mesmo estando mais nervosa que eles.
Recebi um beijo na bochecha do meu afilhado.
Minha mãe estendeu a mão para mim. Agarrei a mão dela.
Não. Consigo. Falar.
Não. Consigo. Me. Mexer.
Não. Consigo. Andar.
Desci da carruagem e agarrei Sirius.
Sorri. Estava nervosa.
Avistei meu noivo. Me acalmei.
Ele estava lindo.
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POV: HARRY
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Minha noiva desceu graciosamente da carruagem. Deveria estar nervosa, mas acho que eu estava mais.
Ela sorriu para mim, e eu sorri pra ela.
Era a noiva mais brilhante que eu já conheci. A mais bonita do mundo.
E ela era minha.
Percebi que Almofadinhas estava com dificuldade para caminhar, mas nos braços da filha tudo dava certo.
Eles se aproximavam... Meu coração ia explodir.
Passei o olho pelos padrinhos. Mione fez alguns sinais para eu respirar. Ronald sorriu.
Os três chegaram no altar.
O altar era composto por um pequeno palco, uma mesa vermelha de centro, um arco branco com flores vermelhas.
As madrinhas estavam de vermelho também, assim tudo combinava. Cor da Grifinória.
Me aproximei e abracei Rose. Senti o coração dela bater rapidamente. Durante o abraço, ela me falou uma coisa.
Rose: -Obrigada por cuidar da minha filha todo esse tempo. Você é o homem dela. Eu confio em você.
Harry: -Obrigado, Rose.
Rose: -Você vai ser um ótimo pai.
Se afastou e piscou. Ela sabia.
Minha sogra foi para o lado do Sirius, e pegou o braço dele. Fui para os braços do meu padrinho.
Sirius: -Cuide bem da minha estrela. Ela merece o universo. E você é o universo dela. Já falei pra ela cuidar de você, meu pequeno James.
Harry: -Eu te amo, Sirius.
Sirius: -Eu também, meu afilhado.
Nos afastamos e os dois foram se sentar. Peguei as mãos da minha noiva e olhei no fundo dos olhos dela.
Sorri e beijei a mão direita dela. A trouxe até o altar, onde o Oficial de Cerimônia estava.
Eu não consegui prestar atenção no discurso dele, porque só reparei na minha futura esposa.
De repente, ela apertou minha mão. Olhei para o Oficial confuso, e ele repetiu o que tinha acabado de falar.
Xx: -As alianças, por favor.
Me virei e Oliver e Teddy vinham correndo. Baguncei o cabelo dos dois e peguei as alianças.
Coloquei no dedo dela, e ela no meu. Só com trocas de olhares.
Xx: -Vamos iniciar os votos. O homem sempre inicia.
Era agora. Será que ela iria gostar?
Harry: -Eu não sabia o que escrever. Utilizei recursos trouxas para pesquisa, e achei alguns modelos prontos.
Todos riram. Era para ter sido engraçado?
Harry: -Eu decidi copiar um, então enquanto eu escrevia, percebi algo que podia escrever.
Harry: -Falava sobre a felicidade. Que todos deveriam achar a sua própria felicidade. Uns acham no esporte, outros em comidas...
Harry: -Eu achei em você.
Ela sorriu pra mim. E eu pra ela.
Harry: -Aquela garota que entrou com o amigo ruivo na minha cabine, no dia 1 de setembro de 1991, está na minha frente agora.
Harry: -Quando eu disse que meu nome era Harry Potter, era revirou os olhos. Achou que fosse mentira. Até eu mostrar minha cicatriz, então ela acreditou.
Harry: -Muito orgulhosa e teimosa. Foi assim nos primeiros anos. Nos unimos com a chegada do meu padrinho, e do pai dela.
Harry: -Foi então, quando eu comecei a enxergar ela com outros olhos. Ou seria quando ela chegou no baile?
Harry: -Tentei de tudo. Fazer ciúmes, brigar, chamar atenção, provocar... E nada.
Harry: -Então um dia na Comunal, ela tomou iniciativa. Me beijou. E desde então, descobrimos que não podíamos viver separados.
Harry: -Mesmo com obstáculos no caminho, como Você-Sabe-Quem, nós continuamos nos amando.
Harry: -Você não faz ideia de como me ajuda a ficar em pé. E como eu já disse para você, você é a razão pela qual eu acordo todos os dias.
Ela sorriu com o meu simples texto e totalmente verdadeiro. O Oficial disse que agora era a hora dela.
S/n: -Nós nos odiavamos, e isso era fato. Mas, por quê? Meu falecido avô dizia que ele era um bom garoto, minha irmã dizia que ele era especial para todos nós.
S/n: -Meus amigos falavam que ele era a melhor pessoa do mundo. E eu, o odiava. Por quê?
S/n: -Eu realmente não sei. Talvez, eu era apaixonada nos olhos dele desde o primeiro ano, e negar era mais fácil do que aceitar.
S/n: -Mas se for pensar nesse caminho, ele também me odiava. Então... Ele me amava? Sim, amava.
S/n: -Comecei a aceitar isso, só no nosso quinto ou quarto ano. Depois que nos beijamos, eu tive certeza.
S/n: -Pensei muito também, em um livro que li. Vovô sempre nos levou em bibliotecas e livrarias trouxas, para comprarmos livros.
S/n: -Naquele ano em que nos beijamos, eu tinha lido um livro que falava o seguinte.
S/n: -"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer parar de funcionar o seu coração por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida."
S/n: -E eu pensei... Aquele garoto faz isso comigo.
S/n: -"Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus mandou-lhe um presente: O Amor."
S/n: -Então... O Testa Rachada na verdade era meu amor?
S/n: -"Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu."
S/n: -Nossos olhares tinham a mesma magia do que esse trecho. E talvez... Nós dois nascemos para estarmos juntos.
S/n: -E nós não podemos fugir do nosso destino.
S/n: -Porque ele que nos trouxe até aqui. Até esse altar. Nesse casamento adiantado. Em coisas que estão por vir...
S/n: -Então, Potter... Você é o meu destino. Sempre foi, e sempre será. O meu Testa Rachada.
Por que eu estava chorando? E por que eu estava com um sorriso de orelha a orelha?
Harry: -Você também é o meu destino, minha estrela.
Oficial: -Harry James Potter, você aceita se casar com S/n Bell Black?
Harry: -Eu aceito.
Sorri.
Oficial: -S/n Bell Black, você aceita se casar com Harry James Potter?
S/n: -Aceito.
Sorriu.
Oficial: -Então eu os declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Os olhos dela brilharam, e acho que os meus também. Uma mão minha puxou a cintura dela, e a outra puxou sua nuca.
Nossos lábios se encontraram, agora, casados.
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POV: S/N
_______________________________
Durante nosso beijo, não consegui pensar em nada. Apenas aproveitei aquele momento.
Nos afastamos e sorrimos. Os olhos verdes dele, eram muito encantadores.
Ele segurou minha mão e nós saímos pelo corredor entre as cadeiras, acenando para as pessoas.
Minha mãe e os padrinhos saem atrás de nós, como nos casamentos lindos trouxas.
Fui direto para a Toca, trocar minha roupa.
**********
Quarto da Gina
Correndo, eu e Allina fomos para o quarto da Gina, dentro da casa.
Chegando lá, meu vestido já estava pronto.
Um vestido branco, de mangas longas. Havia um decote em V que expunha minha clavícula e meus peitos.
Ele era um pouco justo, e seu comprimento dava até acima dos meus joelhos.
Curto o bastante para dançar, e longo o bastante para dizer que sou noiva.
Nas mangas, haviam pedras vermelhas escuras, como um amaranto. Da direção da manga para os ombros, as pedras iam diminuindo.
Na cintura, também havia algumas pedras em formato de bolinhas, assim como o das mangas.
Coloquei um salto mais baixo, mas não tanto. Allina me ajudou em tudo, em cada detalhe.
Allina: -Você é a noiva mais bonita que se casou na Toca!
S/n: -Para com isso, Lina. Vamos aproveitar a festa logo!
E assim nós fomos para a tenda, a mesma de sempre, apenas com decorações diferentes.
**********
Tenda
Com lustres de cristais vermelhos, bandejas pratas voando para todas as mesas, uma pista de dança média no centro, diversos jornalistas tentando entrar...
Esse estava sendo meu casamento.
Ao entrar, avistei meu noivo... Quero dizer, meu marido, sentado na nossa mesa.
Fui até lá. A mesa dos noivos, como tradição, estava os pais de cada um.
Parece um pouco incoveniente, porém... Nós dois não tínhamos nossos pais presentes ali.
James e Lily não estavam aqui, nem Régulo.
Felizmente, minha mãe estava. Ela estava sentada uma cadeira depois da minha.
Na cadeira entre nós duas, estava meu pai. No caso, Sirius.
Potter disse que Almofadinhas também era o pai dele, e ele aceitou isso.
Mas mesmo assim, meu marido convidou Arthur e Molly. Fiquei feliz por eles terem aceitado.
Potter convidou Hagrid também, só que ele teve que se sentar em uma cadeira adaptada, na ponta da mesa.
A mesa circular, fez com que ele ficasse na lateral da visão dos convidados. Mas ainda faltava um lugar naquela mesa.
Eu disse que eu convidaria essa "mãe" para sentar conosco. E ela aceitou. Minerva se sentou entre Hagrid e minha mãe.
Molly: -Esses jornalistas não têm noção da raiva que me causam. Não nos deixam em paz!
S/n: -Penso a mesma coisa, Tia Molly.
Minerva: -Verão que amanhã nos jornais, vai ser publicada a manchete do casamento do ano.
Rose: -Com certeza, Minnie. "Harry James Potter e S/n Bell Black se casaram. Confiram o que aconteceu no evento do ano".
Harry: -Odeio isso. E você?
Murmurou pra mim.
S/n: -Também. Mas não deixe isso afetar o nosso momento, Potter.
Ele pegou minha mão debaixo da mesa e entrelaçou nossos dedos. Então, comecei a comer apenas com a mão direita.
Arthur: -Então, Hagrid! As crianças dão muito trabalho em Hogwarts?
Hagrid: -Se comparar com o trabalho que aqueles ali me davam, nenhum.
Apontou para nós dois.
Hagrid: -Mas eu amo dar aulas na escola. É bom quando se faz o que gosta, onde se gosta.
Harry: -Diria que está puxando o saco de Minerva, se não te conhecesse.
Minerva: -Meu melhor professor... Não desmerecendo os outros, mas ele está na escola desde o início.
Sorriu.
Hagrid: -Obrigado pela confiança, Minerva. Creio que você tem muito trabalho também, Arthur.
Arthur: -Com certeza, mas não há comparação com o de antigamente. Trabalho por diversão.
Molly: -Não para de pensar em Ministério um segundo.
S/n: -Te entendo, Arthur. Quando entramos nesse barco, é difícil sair.
Harry: -Mas você saiu.
Provocou.
S/n: -Foi só para deixar você ter um gostinho do que é comandar, Testa Rachada.
Provoquei de volta.
Rose: -Não poderia ter um presente melhor na vida. Minhas duas filhas, professoras de Hogwarts!
Minerva: -E eu não poderia ter um presente melhor também, Rose.
Enquanto conversávamos mais, e comiamos mais, percebi que Almofadinhas estava quieto demais.
S/n: -Tudo bem, Sirius?
Murmurei.
Ele apenas afirmou positivamente com a cabeça. Estava mentindo.
S/n: -Está se sentindo mal? Quer alguma coisa? Quer que eu chame alguém?
Ele apenas sorriu.
S/n: -Sirius! Por favor... Me responda.
Sirius: -Está tudo perfeito, minha estrela.
Sorriu novamente.
S/n: -Por favor, se precisar de alguma coisa, eu largo o que for preciso para te ajudar.
Sirius: -Não se preocupe comigo. Estou quieto porque estava admirando isso.
S/n: -Isso o quê?
Sirius: -Vocês. Lembra que eu falei que seríamos uma família no futuro?
S/n: -Sim.
Sirius: -Então. Eu cumpri minha promessa.
S/n: -Sim, e muito bem.
Ele colocou a mão na minha barriga. Tive que tirar antes que alguém olhasse.
A barriga já estava crescendo, e por isso não optei por vestidos muito justos. Eles eram, mas não tanto para mostrar o formato exato da minha barriga.
Tradicionalmente, o casamento bruxo é composto por três discursos.
Odiava quando eles eram longos, por isso planejei eles para que fossem breves. Afinal, eles abriram a pista de dança.
Eles eram, respectivamente: pai da noiva, noivo e noiva.
E ali nós começamos...
Almofadinhas se levantou e se apoiou na cadeira. Todos estavam em silêncio. Pedi a ele que fosse breve.
Sirius: -Boa noite a todos. Para quem não me conhece, o que acho muito difícil, sou Sirius Black.
Sirius: -O traidor, o fugitivo ou aquele que era inocente? Nenhum deles. Sou apenas o pai de duas crianças que estão crescendo.
Sirius: -Crescendo e se casando...
Todos riram.
Sirius: -Meus dois filhos se casam hoje, por minha causa, para me verem feliz. E queria agradecer a eles, porque eu estou muito feliz.
Sirius: -Não quero que isso soe como uma despedida, mas essa festa é a última que eu terei. E com certeza, a mais especial.
Sirius: -Então só queria agradecer a esses dois jovens, duas estrelas, a me proporcionarem esse momento.
Sendo aplaudido, ele se senta com dificuldade. Potter se levanta nervoso.
Harry: -Primeiramente, obrigado por tudo Sirius. Você é um pai para mim. Obrigado por cada pequeno e grande ensinamento que me deu.
Harry: -Com certeza, meu pai e minha mãe estão orgulhosos de você. Mas assim como você disse, eu não quero que isso pareça uma despedida.
Meu marido limpou os olhos, antes que as lágrimas começassem a cair.
Harry: -Nunca achei que estaria aqui onde estou. Falo isso, porque sou muito tímido e não estaria aqui de pé se não fosse por ela.
Me olhou.
Harry: -Também falo isso, porque nunca achei que encontraria o amor da minha vida. E na real, eu o encontrei aos 11 anos.
Harry: -E estar aqui, depois de tudo que passamos, é o meu maior presente. Além de agradecer a você, por me proporcionar isso tudo.
Olha para mim.
Harry: -Tenho que agradecer cada um que fez parte da nossa história. Hermione, Ron, Gina, Luna, Fred, George, Sirius, Rose, Arthur, Molly, Gui, Fleur, Allina, Hagrid, Minerva... Todos vocês e muitos mais que eu vejo daqui.
Harry: -E também, a aqueles que não estão aqui presentes mas fazem parte disso. James, Lily, Oliver, Cedrico, Snape, Dumbledore, Régulo, Lupin, Tonks, Neville... É por vocês.
Ele se sentou, sendo aplaudido e eu me levantei.
S/n: -Assim como eles, eu quero agradecer a todos vocês, pesentes nesse mundo ou não, por terem feito parte da nossa história.
S/n: -Não quero ficar abraçada em algo do passado, e sim, me abraçar no futuro. Então, não vou chorar agora. Nem depois.
S/n: -Quero aproveitar cada segundo, e deixar na memória. Lembranças são as maiores armas que temos.
S/n: -Então queria convidar todo mundo, a fazer lembranças. Porque o que derrotou o Lorde das Trevas, não foi a porcaria de um voto perpétuo.
S/n: -Foi algo maior que isso. Algo que se valeu a pena lutar.
Olhei para meu marido e ele sorriu.
S/n: -Vamos dançar para colecionar memórias.
Assim eu abri a pista de dança. Todos foram dançar ao mesmo tempo, mas Allina impediu todo mundo.
Segundo a tradição, os noivos primeiro.
DESASTRE!
Potter não sabia dançar, e minhas habilidades não eram as melhores também.
Só que... Não tinha o que fazer.
Allina: -Os noivos primeiro!
Xx: -Eeeee!
Todos comemoraram.
S/n: -São só alguns segundos, eu juro.
Harry: -Desculpa.
S/n: -Pelo o quê?
Ele segurou em minha cintura.
Harry: -Já peço desculpas por pisar no seu pé.
A música começa. Nós começamos a dançar.
S/n: -Mas nós nem começamos a dançar direito.
Harry: -É melhor pedir antes.
Ele pisou no meu pé.
Harry: -Foi mal.
S/n: -Potter, não fique pressionado. Se divirta.
Ele sorriu e nós dois deslizamos pela pista, sem ligar se estávamos pisando no pé um do outro.
Rindo e se divertimos, como queríamos.
A música finalmente acabou, e todos aplaudiram. Não sei o quê.
Entraram os padrinhos, e teríamos que dançar novamente. Mas pelo menos, se é que dá para festejar quando se livra do marido, haveria troca de casais.
A música começou e eu já a conheci. Sorri e tentei achar Ronald, era a nossa música.
Ele deveria estar atrás de alguém, porque não o vi. Meu marido e eu começamos a dançar, lentamente, no ritmo da música.
"Pass me that lovely little gun
My dear, my darting one"
"Forgive us now for what we've done
It started out as a bit of fun"
No momento em que o último trecho terminou, aconteceu a troca de casais.
Nem percebi quem havia me tirado para dançar, até que vi a cicatriz no rosto do Gui.
Eu sorri e começamos a dançar. Diferente do Potter, ele dançava muito bem.
Mas percebi que ele dançava como um francês, então provavelmente Fleur o ensinou.
"We're older now, the light is dim
And you are only just beginning".
Outra troca. Agora, eu dançava com Gina. Sorri no mesmo momento em que percebi.
Gina: -Sei que vai parecer repetitivo, mas você está uma gostosa de noiva.
S/n: -Você também está de madrinha.
Rimos e continuamos a dançar. Ela dançava belamente, com movimentos rápidos e bonitos.
"Rejoice, rejoice"
Outra vez, nós trocamos de par.
Agora, estava com Dino. Me senti desconfortável. Mesmo ele sendo muito importante para todos nós, não esqueci do que aconteceu entre nós.
Eu usei ele, foi muito errado, eu admito. E ele me largou de uma hora pra outra. Então ele também me usou.
Nós dois erramos feio.
Ele também estava desconfortável. Eu percebi isso, mas continuei sorrindo.
Acho que eu não tenho coragem de falar o que aconteceu para o Potter. Ele é meu marido, mas...
Todos nós temos segredos que ninguém deve saber.
O meu é esse. E eu duvido que ele tenha contado pra Simas sobre nós.
Graças a Merlin, minha irmã percebeu e gritou "troca!". Como eu amo ela.
Fui parar nos braços de George. Eu sorri.
George: -Vou te mostrar como se dança de verdade.
Rindo, ele pega minha cintura e me levanta no ar. Me apoio em seus ombros. Logo, ele me coloca no chão, mas com uma cara séria.
S/n: -O que foi?
Ele dançou mais devagar.
George: -Você... Eu senti.
S/n: -O quê?
George: -Eu senti sua barriga. Você está?
Sussurrou.
Olhei pra ele sorrindo.
S/n: -Estou.
George: -O Christopher Alexander!
Gritou.
S/n: -Shhh!
Rimos.
"They've hosed you down, you're good as new
They're lining up to inspect you"
Trocamos de novo. Dessa vez, fui para o outro gêmeo.
S/n: -Oi, Freddie.
Fred: -Olá, Senhora Potter.
S/n: -Credo, não me chame assim.
Fred: -Não gosta do nome do próprio marido?
S/n: -Sinceramente, eu amo o nome Potter. Acho que combina muito com a Grifinória, e minhas características.
S/n: -Só que... Eu nasci para ser a Bell. E cresci para ser a Black.
Fred: -Verdade... Se eu pensar em você criancinha, te chamaria de Bell. Bellzinha!
Revirei os olhos.
Fred: -Se eu te imaginar na guerra, lutando... Eu vejo uma Black. A Black Fodona.
S/n: -E agora?
Fred: -Agora eu vejo... A Potter.
S/n: -Eu não coloquei Potter no meu nome.
Fred: -Por quê?
S/n: -Não preciso que o nome do meu marido esteja no meu, para que nosso amor seja verdadeiro. Não apagarei minhas origens.
Fred: -Tá falando como uma Black agora.
Riu.
"We're all weeping now, weeping because
There ain't nothing we can do to protect you"
Essa parte da música me tocou muito naquele momento. Fred percebeu.
A tradução, seria "estamos todos chorando agora, chorando porque não há nada que possamos fazer para protegê-lo".
Isso me remeteu a Sirius.
Estamos rindo e nos divertindo, para esconder a dor.
A dor de estar perdendo meu pai aos poucos. E não há nada que possamos fazer para mudar isso.
É só esperar... É só... Tempo.
"O, children
Lift up your voice, lift up your voice
Children"
Trocamos novamente. E bem na hora do refrão.
Do NOSSO refrão.
S/n: -Ronald!
Ron: -S/n!
"Hey little train! We are all jumping on
The train that goes to the kingdom
We're happy, ma, we're having fun
And the train ain't even left the station"
Sorrimos. O destino fez com que nós dois estivéssemos juntos naquela hora.
S/n: -Hey, little train! Wait for me!
Ron: -I once was blind but now
S/n: -I see have you left a seat for me?
Ron: -Is that such a stretch of the imagination?
Mione e Potter se juntam a nós, ficando mais perto.
Hermione: -Hey, little train!
Harry: -Wait for me!
: -I was held in chains but now I'm free.
Potter e Mione cantam juntos.
: -I'm hanging in there, don't you see
In this process of elimination...
Eu e Ronald finalizamos a canção.
**********
Campo de Quadribol
Hora do buquê!
Subi na minha vassoura, e voei para o centro do campo. Todo mundo me observava.
As mulheres estavam posicionadas, em vassouras, abaixo de mim.
Avistei Mione (que foi por pura pressão), Arlete, Gina, Luna...
Joguei o buquê.
Gina correu para pegar ele, mas Arlete chegou primeiro. As duas se chocaram de frente, fazendo o buquê voar.
As flores vermelhas estavam indo em direção do chão, só que havia alguém lá embaixo. Realmente, no chão.
Mione tinha desistido da "brincadeira idiota", e desceu da vassoura.
O buquê foi até ela, e caiu em seus braços. Ela riu e olhou para Ronald.
Só escutava ele gritar "somos os próximos, Hermione!".
Desci da vassoura e a entreguei para meu marido. Ele estava com Teddy no colo, e eu o peguei. Com um beijo, Potter subiu.
Harry: -Me deseje sorte.
S/n: -Espere aí!
Percebi o que estava acontecendo. Todos estavam se dividindo em times.
S/n: -Eu também quero jogar.
Harry: -Mas, e o bebê? Ou a bebê?
S/n: -Qual é, Potter? É quadribol. Eu quero jogar.
Harry: -Então venha. Teddy, corre com Dromeda!
Ted: -Não dá, papai Potter.
Harry: -Por quê?
Ted: -Vovó está na vassoura.
E realmente estava. Ela e Almofadinhas. Eles estavam na mesma vassoura.
S/n: -Desce! Agora!
Gritei.
Sirius: -Me deixe me divertir!
Gritou.
Uma sensação ruim entrou no meu corpo.
S/n: -Sirius! Desça!
Sirius: -Não! Me deixe jogar quadribol.
Harry: -Ei, ele não vai cair. Ele está com Dromeda.
Minha amiga chegou por trás de mim, e me entregou uma vassoura.
Hermione: -Harry está certo. Deixe o se divertir. Não foi para isso que fez a festa?
S/n: -Talvez.
Hermione: -Vem, Teddy. Vamos ficar longe desses jogadores de quadribol.
Ted: -Quando crescer, quero ser igual a você, titia Mione.
Hermione: -E vai ser! Tem que estudar muito.
Começou a conversar com o garoto. Ele sabia que ela estava a um passo de se tornar Ministra da Magia.
Assim que Shacklebolt saísse, ela entrava. E ele estava nos seus últimos anos. Não de vida, mas de mandato.
S/n: -Então vamos jogar. Artilheira!
Gritei subindo na vassoura.
**********
Toca
Eu, Astória e Mione estávamos fazendo feitiços nos envelopes com dinheiro, para que eles se arrumassem sozinhos.
Fazíamos isso na sala. A maioria dos convidados já haviam ido embora.
De repente, Potter, Draco, Ronald e os gêmeos entram na sala pela porta da frente dançando e cantando.
Muito bêbados. Com certeza.
Não bebi, porque estou grávida. Mas com certeza beberia se não estivesse. Ninguém poderia saber ainda da minha gravidez.
Astória também não bebeu, porque estava grávida. A diferença era que ela estava dizendo isso para todos.
Ela é uma boa pessoa, eu gostei muito dela. Espero que seja feliz com meu primo.
Molly os expulsou, porque Teddy e Oliver dormiam pacificamente lá em cima.
Já era de manhã, e nem dormimos.
S/n: -Obrigada, Mione. Tudo pronto. Nós já vamos indo. Tchau, Tia Molly! Obrigada por tudo.
Hermione: -Tchau, S/n. E aproveita.
Piscou.
Molly: -Tchau, querida!
Saí da casa com uma mochila, em que havia os presentes e mais outras coisas.
**********
Casa de S/n e Harry
Como a tradição, os recém casados entram com o noivo carregando a noiva.
Ele estava tonto, então talvez tenha sido uma má ideia. Mas ocorreu tudo certo.
Potter me levou para o quarto, para comemorar.
S/n: -Eu te amo, Harry Potter!
Gritei.
Harry: -Eu te amo, S/n!
Gritou.
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POV: NARRADOR
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Quarto de S/n e Harry
No meio da tarde, um dia após o casamento deles, eles estavam acordando.
Depois de uma manhã de sexo, uma madrugada de festa e uma noite de casamento.
S/n estava deitada no peito dele, acordando com os beijos do Harry no topo da cabeça dela.
O homem estava muito feliz, e orgulhoso por estar com ela.
Já a mulher, estava se sentindo amada e amando cada segundo.
Harry: -Bom dia, minha estrela.
S/n: -Bom dia, Hazz.
Ela levantou a cabeça e eles selaram os lábios. Bell começou a rir.
Harry: -O que foi?
S/n: -Você dormiu com seus óculos.
A Black retirou eles do rosto do marido, e colocou nela mesma. Rapidamente, tirou.
Eles riram.
Ele tinha prometido a ela, que acordaria todas as manhãs da vida com ela ao seu lado.
Harry: -Essa é a nossa primeira noite, como casados.
S/n: -Sim, é.
Harry: -A primeira da eternidade.
Sorriu para sua amada.
S/n: -A primeira da eternidade.
Sorriu para ele.
Um estava fazendo carinho no outro. Harry acariciava o braço dela, fazendo S/n ter alguns arrepios. Já ela, fazia carinho no abdômen dele.
Harry: -Vamos fazer uma promessa?
S/n: -Qual?
Harry: -Que vamos ficar juntos e acordar juntos até o nosso último dia no mundo. Até ficarmos bem velhinhos.
S/n: -Achei que tivéssemos prometido isso ontem.
Harry: -Mas quero saber agora. Você vai continuar me amando depois de muitos anos que passarmos juntos?
Olhou para o teto, pensativo.
S/n: -Sempre.
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