Uma luz no Outono - Adaptatio...

By sei_lahhhh

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|•Noah and Sina•| Um pai solteiro, uma mulher atraente e uma segunda chance para dois corações... Sina Deine... More

Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Epílogo

Capitulo 23

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By sei_lahhhh

A euforia de Sina por finalmente ter enfrentado Thomas durou toda a sua volta para casa. Ela encostou o carro na calçada de cascalho e estacionou, inclinando a cabeça no encosto do banco, fechando os olhos enquanto respirava fundo.

Realmente tinha acabado de fazer isso?

Sim, parecia que tinha. Ela reagiu, tirando o controle de Thomas, se recusando a continuar em silêncio. Abrindo os olhos, teve um vislumbre de si mesma no reflexo do espelho e não pôde deixar de sorrir.

Olhando para ela estava uma mulher fodona que não ia mais engolir sapo.

Ela era mais forte que isso.

Estava cansada de ouvir dizerem o que ela devia fazer. Em algum momento nas últimas semanas, tinha parado de ter medo de Thomas e do que ele poderia decidir. Havia percebido algo importante: ele só poderia machucá-la se ela permitisse. E, nesse ponto, ela tinha todo o poder.

Ela olhou para a casa de Noah e seu sorriso se alargou. Ele podia não saber, mas sua nova força tinha muito a ver com ele.

Teria enfrentado Thomas sem ele? Talvez, mas não teria se sentido tão bem com isso. O mais leve pó de neve havia caído durante a noite, fazendo o chão brilhar como um tapete de diamantes. Teria derretido antes do fim das aulas, deixando apenas algumas poças para trás, mas naquele momento fazia tudo parecer mágico.

No entanto, ela não podia ficar ali o dia todo. Tinha coisas a fazer — uma troca rápida de roupa e depois iria para a loja, onde a pobre Sabina estava cuidando de tudo. Teria algumas horas de trabalho antes que precisasse pegar Sammy na escola. Não havia tempo para pensar nisso agora. Talvez ela comprasse uma garrafa de espumante a caminho de casa e convidasse Noah para celebrar mais tarde. Eles poderiam brindar à sua nova liberdade e desfrutar da companhia um do outro.

Tirando as chaves da ignição, se virou para abrir a porta quando um lampejo do sol de inverno passou pelos seus olhos. Vinha do carro atrás do seu. Aquele que estava estacionando na entrada da garagem para bloqueá-la.

O carro de Thomas.

Ele seguiu com o sedã preto até que o para-lama estivesse tocando a traseira do seu pequeno Ford.

Ele estava tentando intimidá-la? Seu coração acelerou. Abrindo a porta com a mão trêmula, colocou os pés na calçada, o salto fino dos sapatos deslizando na superfície escorregadia.

Quase imediatamente, Thomas abriu a porta também, seus pés esmagando o cascalho enquanto cobria a distância entre eles.

Parecia tão furioso quanto no escritório da advogada.

— Precisamos conversar. — Ele agarrou seu braço. Os dedos se fecharam com facilidade ao redor do pulso fino.

— Não temos nada para falar. — Ela puxou o braço para trás. — Se quiser alguma coisa de mim, pode passar para a minha advogada. — Caminhou com cuidado para a casa, tentando se manter em pé com seus melhores sapatos. O que estava pensando ao calçá-los nas condições de hoje? Outra maneira de mostrar que estava ótima sem ele. Podia se vestir bem, e não era mais para ele.

Era por ela.

— Temos muito a conversar. — Ele estava logo atrás dela, seus passos acompanhando-a. — Quando você ia me contar que está dormindo com aquele idiota?

— Que tal nunca? — ela respondeu. — Estamos quase divorciados, Thomas. Com quem eu passo meu tempo não tem nada a ver com você. Quanto mais cedo você colocar isso na cabeça, melhor.

— Tem tudo a ver comigo.

Ela virou a cabeça para encará-lo. Embora seus saltos tivessem acrescentado alguns centímetros, ele ainda era mais alto que ela. Intimidante pra caramba. Mas ela não o deixaria saber disso de jeito algum.

— Enquanto a Sammy estiver saudável e segura, não tem. E, caso cocê não tenha notado, ela está feliz. Está indo muito bem.
Então, se eu escolher passar um tempo com outro cara, você não tem nada com isso, está bem?

Ele balançou a cabeça, franzindo a testa.

— Não, não está bem. Não está nada bem. — Ele a alcançou novamente, e ela recuou, vacilando. Quando olhou para Thomas, a expressão dele era muito estranha. Uma mistura de confusão e outra coisa. Seria pânico?

Ela suspirou.

— Olha, eu sei que as coisas estão mudando. Levei muito tempo para aceitar sua relação com outra pessoa. Mas você também vai aceitar. Não espero que você goste dos caras com quem eu venha a namorar, nem que os tolere. Mas espero que você respeite o meu direito de passar o tempo com quem eu quiser.

Ele balançou a cabeça novamente.

— Não, não posso fazer isso.

Os músculos do seu estômago se apertaram.

— Por que não?

— Porque você é minha esposa.

— Sou quase sua ex-esposa — ela corrigiu. — E não se esqueça: era isso o que você queria. Você escolheu a Nicole, quis ficar com ela. Não somos fantoches. Você não pode ficar mudando de ideia.

Havia uma guerra acontecendo no fundo dos olhos de Thomas.

Ele estendeu a mão para esfregar o pescoço, levantando o paletó com o movimento.

— Não pensei... — Parou, franzindo a testa. — Não achei que você ia seguir em frente. Não assim tão rápido. Não gosto disso.

A pele de Sina estava fria, e não tinha nada a ver com o ar que os rodeava.

— Não estou entendendo.

Ele parou de esfregar o pescoço e estendeu a mão para o rosto dela, segurando seu queixo com a mão macia.

— Não é isso o que eu quero. Não quero que você saia com outros caras. Não quero que passe tempo com eles. Você é minha, Sina. Você é minha esposa.

— Não. — Ela balançou a cabeça. — Não, você não pode fazer isso. Não pode. — Ele estava fazendo um joguinho com ela. Justo agora que ela conseguira forças para se libertar, ele estava tentando arrastá-la de volta. — Você não pode mais dizer essas coisas. Não sou sua e não vou ser sua esposa por muito mais tempo.

— Mas cocê não vê que pode ser? Podemos tentar de novo. — O rosto dele se iluminou, como se tivesse uma epifania. — Você e a Sammy podem voltar para casa e podemos ser uma família outra vez. Não é isso que você quer? Que ela cresça com os dois pais?— A voz dele se suavizou. — Nós fomos felizes, não fomos? Sinto saudade de vocês duas. Quero vocês em casa comigo.

Por um momento, seus pensamentos foram para aquela grande mansão perto do rio.

Lembranças felizes surgiram — as que ela tinha esquecido na escuridão do ano anterior: Sammy pequena, correndo para os braços de Thomas quando ele chegava em casa do trabalho todas as noites.

— Eu era feliz — Sina falou —, mas não foi o suficiente para você. — A imagem de Thomas segurando Sammy desapareceu, seguida pela memória de Nicole no quarto, usando apenas um lençol. — Quando você planeja contar à Nicole sobre isso? — perguntou, seca. — Ou você quer nós duas na sua cama?

— A Nicole não significa nada.

— Ela significa o suficiente para você ter jogado fora o seu casamento. — Sina nem sabia por que estava discutindo com ele.

Talvez houvesse certa satisfação em ouvi-lo descartar Nicole, mas, na realidade, isso não mudava nada.

— Não é tarde demais. Podemos tentar de novo. — Thomas estava se repetindo. — Vou falar com a Nicole. Você pode voltar na próxima semana.

Ela podia imaginar tudo. Voltariam ao que era, com Sina cuidando de Sammy e da casa, sendo voluntária em instituições de caridade e dando atenção aos pais de Thomas. Ele iria para o trabalho, voltaria para casa à noite e esperaria que ela cuidasse dele. E o tempo todo ela estaria esperando que outra Nicole aparecesse.

— Não quero tentar de novo. — Sua voz era forte, mesmo que ela se sentisse como uma criança por dentro. — Não sou a mesma mulher com quem você se casou. E sabe de uma coisa, Thomas? Estou muito feliz assim. Porque eu não quero ser sua esposa, nem morar na sua casa, e não quero acordar e me perguntar se você vai ser fiel a mim hoje. Quero muito mais do que isso, e eu consegui. Sem você.

A expressão dele endureceu. Ele se inclinou para mais perto, semicerrando os olhos enquanto a observava. Ela sentiu um calafrio.

— Você não vai ter oferta melhor — ele declarou. — Quanto mais velha ficar, mais difícil vai ser para você encontrar alguém.
Você está passando do auge. — Ele deu de ombros. — Mulher solteira com filho... Que cara vai ficar com você com essa bagagem? Enquanto isso, vou ter um monte de mulheres se jogando em cima de mim.

— É mesmo, Thomas? — Ela revirou os olhos. — Pelo que eu saiba, são necessários dois para fazer um bebê, e, pelo que me lembro, você foi um participante mais que disposto. Você também é pai solteiro.

Ele abriu a boca para responder quando o estrondo de um motor ecoou na estrada. Os dois se viraram e viram Noah estacionar na garagem de sua casa. A caminhonete preta parou e a porta se abriu. Ele saiu do carro, passando a mão pelo cabelo, sem saber que estava sendo examinado.

— Urrea? — Thomas falou em voz baixa. Por um momento ela esqueceu que ele estava lá. — Que idiota.

— Você precisa ir agora, Thomas. — Uma sensação de urgência tomou conta dela. Os dois homens estarem no mesmo lugar era uma péssima ideia. Especialmente porque Noah não fazia ideia de que ela tinha contado tudo sobre eles para Thomas. — Conversamos mais tarde, quando estivermos um pouco mais calmos.

Ele balançou a cabeça.

— Não vou a lugar nenhum.

Noah se virou e olhou para eles. Ela queria que ele se afastasse, subisse os degraus até a casa e os ignorasse. Se pudesse manter os dois homens separados, todos teriam uma chance de sair ilesos.

— Você está bem, Boozie? — Noah gritou para ela.

Droga.

— Ela está bem. Agora dê o fora daqui, porque isso não é da sua conta. — A resposta de Thomas veio antes que ela pudesse responder. A agressividade fez sua coluna formigar. Noah congelou no lugar, franzindo a testa enquanto absorvia as palavras.

Então ele se virou e caminhou na direção deles.

Merda.

— Vá embora agora, Thomas — ela sussurrou com os dentes cerrados. Ele a ignorou, os olhos focados firmemente na aproximação de Noah. Quando ele chegou perto, ela quase pôde sentir a testosterona no ar. Emanava deles, tensa e furiosa, deixando-a desconfortável demais.

— Precisa de ajuda? — Embora o rosto de Noah estivesse tenso, seus olhos eram gentis quando captaram os dela. Mesmo em pé ao lado do futuro ex-marido, ela podia sentir a atração desse homem, incapaz de resistir a sua energia magnética. Havia algo sobre os dois juntos que parecia se encaixar.

— O Thomas já estava indo embora — ela respondeu. — Terminamos a mediação hoje.

Com seu um metro e oitenta e sete de altura, Noah superava Thomas. Era mais musculoso também. Mas altura e peso não eram nada quando comparados à determinação, e ela podia sentir a antipatia no olhar de Thomas.

— Vou embora quando quiser. — A rejeição de Thomas pareceu muito familiar. — Enquanto isso, acho que temos algo a discutir, Urrea.

— Thomas, não. — Ela segurou o braço dele, mas ele a afastou, dando de ombros.

Noah deu um passo em direção a eles, os olhos passando de Sina para o ex-marido, como se tentasse avaliar a situação.

— Não tenho nada para discutir com você — Noah declarou.

— Exceto o fato de você ter trepado com a minha mulher — Thomas grunhiu.

Sina queria gritar. Dividida entre se atirar entre eles, fugir e se esconder, ela se viu presa no lugar. Congelada como em um daqueles momentos pouco antes de um acidente, podia antecipar tudo o que ia acontecer, mas estava impotente para impedi-lo.

— Ela tem razão. Melhor ir embora. Antes que você diga algo de que possa se arrepender. — O olhar de Noah não vacilou.

— Ah, isso é uma ameaça? — Thomas ergueu as sobrancelhas. — Não tenho medo de você, Urrea. Eu te desprezo.

— O sentimento é mútuo. Então por que você não senta essa bunda no carro e dá o fora daqui?

— Ah, estou interrompendo alguma coisa? — Thomas riu. — Os dois tinham algo planejado? Talvez eu deva ir para te deixar transar com a minha mulher, como você tem feito sabe-se lá há quanto tempo. — Ele balançou a cabeça, o sorriso maldoso ainda nos lábios. — Ela é uma vadia na cama com você, do mesmo jeito que era comigo?

A mandíbula de Noah se tensionou.

— Se chamá-la de vadia de novo, vai se arrepender.

— Vou? — Outra risada. Desta vez, mais curta e dura. — Você não seria capaz de machucar a porcaria de uma mosca. — Thomas se virou para Sina. — É isso o que você quer? Ele largou a família sem uma palavra. Você sabe que ele não vai ficar por perto para você. Quando menos esperar, ele vai embora e te deixar sozinha. Você escolheria isso para a sua família? Talvez eu devesse solicitar uma avaliação psiquiátrica como parte do divórcio.

— Não há nada de errado comigo — ela falou. — Minha mente está mais sadia do que nunca.

— Pelo que estou vendo, você só pode ser louca para dormir com esse imbecil. — Ele apontou o polegar para Noah. — Ou ele é só mais um em uma longa fila?

Pelo canto do olho, ela viu as mãos de Noah se fecharem com força.

— Thomas, você realmente precisa ir agora. — A voz dela era urgente.

— Não fale assim com ela — Noah disse lentamente. — Ela é uma mulher bonita, divertida e inteligente que você deixou escapar, seu idiota. — Deu mais um passo, até ficar cara a cara com Thomas. O ritmo cardíaco de Sina acelerou.

De alguma forma, ela conseguiu se colocar entre os dois. De costas para Thomas, deslizou as mãos no peito de Noah, tentando segurá-lo.

— Por favor, não piore as coisas. — Olhou para ele, desejando que ele retribuísse o olhar. Por fim, foi o que ele fez. — Por favor — ela implorou novamente. — Vá para casa e me deixe esfriar a situação. Isso não está ajudando.

Ele ficou em silêncio por um momento. Em suas costas, ela podia ouvir Thomas andando pela varanda. Talvez ele tivesse percebido que esse confronto não era uma boa ideia.

— Não quero te deixar sozinha com ele — Noah disse a ela.

— Ele vai embora — ela respondeu com firmeza. — E, de qualquer forma, eu sou durona, lembra? Não preciso de um salvador. Posso cuidar de mim.

Noah estava hesitante; ela podia ver pela maneira como ele a olhava. Ele precisava da confirmação de que ela estava bem, que poderia lidar com as coisas. Ela assentiu levemente, como se dissesse que estava no controle.

— Sim, eu vou embora — Thomas falou. — Mas isso não está terminado, nem de longe. Se acha que é bem-vindo perto da minha filha, você está louco, Urrea. Você pode ter a minha esposa, mas, no que depender de mim, é tudo que terá.

Sina se virou para olhá-lo e se certificar de que ele estava indo.

— Vou ligar para o meu advogado assim que chegar em casa — Thomas disse. — Vou pedir a guarda total da Sammy. — Ele parou, olhando para ela por um momento. — A menos que você queira reconsiderar minha oferta, é isso que vou fazer.

— Que oferta? — Noah perguntou, com a voz tensa. Ela podia sentir a tensão no corpo dele a seu lado. Ele era como um arco, apenas esperando para lançar a flecha.

— Não importa — Sina disse.

— Claro que importa. — Thomas olhou para Noah. — Se quer saber, pedi à Sina para voltar para casa. Para acabarmos com esse absurdo, e ela e a Sammy voltarem para o lugar a que pertencem.

— É verdade? — Noah perguntou a ela, com a voz perigosamente baixa.

— Sim, ele pediu, mas eu não concordei. — Ela lançou um olhar para Thomas, que estava no meio da escada, desejando que ele desse o fora dali.

— Mas ela vai concordar — Thomas declarou, soando mais confiante do que alguns minutos atrás. — Vai perceber que você é só um babaca fraco que nem consegue se defender. — Seus lábios se curvaram em uma careta. — Espero que você tenha gostado de transar com a minha mulher, Urrea. Mas lembre-se de quem a teve primeiro.

Noah desceu os degraus antes que processasse as palavras e seu punho voou.

Houve um estalo quando o soco acertou o queixo de Thomas, e Sina cobriu a boca para não gritar.

Que merda Noah tinha feito?

Eita atrás de eita, vish atrás de vish


Votem votem votem☆☆

Jennah♡

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