✓ Lover² • Bucky Barnes

By sarahverso

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𝑳𝑶𝑽𝑬𝑹. 𝐃𝐔𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 '𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒' ● 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐃𝐎𝐈𝐒 ⸻ Após longos e dolorosos anos, em que fel... More

lover
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booktrailer e afins
epígrafe
prólogo
parte um | outono
01 | ação de graças
02 | babás
03 | reunião em família
04 | treino
05 | donuts e café
06 | capitão américa
07.1 | provocações e problemas
07.2 | provocações e problemas
08 | estável
09 | fazenda barton
10 | zemo?
parte dois | inverno
11 | àrvore de natal
12 | lola
13 | natal
14 | teoria
16 | madripoor
17 | festa
18 | desculpa?
19.1 | manjar turco e walker
19.2 | manjar turco e walker
20 | vingança
parte três | primavera
21 | encontro
22 | barco
23.1 | babá e surpresas
23.2 | babá e surpresas
24 | buckyzinho
25 | escargot
26 | filme de terror
27 | poltrona
28 | preso
29 | ioga
30 | piquenique
parte quatro | verão
31 | karli
32 | candy lovers
33 | feliz aniversário
34 | caos
35.1 | desmaios e emoção
35.2 | desmaios e emoção
36 | até a lua e de volta
37 | leite
38 | sozinhos
39 | banheira
parte cinco | final
40 | churrasco
41 | telecinese
42 | bodas de trigo
43 | chá de bebê
44.1 | pressentimento e esperança
44.2 | pressentimento e esperança
45 | boas vindas
epílogo
agradecimentos

15 | tigre sorridente

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By sarahverso

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NOVA YORK
Apartamento no Brooklyn
(08:43)

NATASHA ESTAVA SENTADA na poltrona confortável da sala de estar. Em suas mãos, tinha um The New York Times novinho, e em seu colo, Milo dormia confortavelmente enquanto recebia um carinho nos pelos pretos. 

A ruiva escuta som de passos e gira a cabeça para o lado, avistando a sua melhor amiga caminhar decidida até a sala. No entanto, algo a mais chamou a atenção de Nat: Amelia abraçava uma mochila grande, enquanto carregava uma bolsa pendurada no ombro.

— Onde você vai?

Amelia, que estava abotoando a calça jeans preta que usava, ergueu o olhar para Natasha, dando de ombros. Ela larga a mochila em um canto e apoia as mãos na cintura, olhando ao redor.

— Indo atrás dos dois patetas, ué.

Natasha solta um suspiro e fecha o jornal, dando toda a sua atenção para a outra ruiva.

Ela tinha uma leve carranca, as sobrancelhas estavam franzidas e os lábios pressionados em uma linha reta. Claramente, Amelia estava brava e decepcionada com Bucky e Sam.

— E você lá sabe onde eles estão, gatinha?

— Não... — Deu de ombros, erguendo o dedo indicador no ar. — Mas eu conheço alguém que deve saber.

— Ah, é? Quem?

— O Torres. — Amy sorriu, satisfeita. No entanto, o sorriso sumiu quando Natasha franziu o cenho.

— Ele não vai te contar.

— Bom — suspirou Amy, caminhando até o sofá e jogando o seu corpo no mesmo. —, eu não me orgulho disso, mas tenho meus meios de descobrir.

Natasha não precisou pensar muito para saber quais eram os meios de Amelia. Ela negou com a cabeça e cruzou as pernas.

— Você vai ler a mente dele? Poxa, Amelia.

— É por um bem maior! — retrucou Amelia, decepcionada. — E só vou fazer isso se ele não me contar. Vai dar tudo certo!

A outra mulher bufou, analisando a melhor amiga meticulosamente.

— Pra quê você vai atrás deles? — indagou. — Espera eles voltarem pra resolver isso, amiga.

Amelia ponderou, encarando o lustre sobre suas cabeças.

— Você sabe que não vou aguentar esperar, Nat. — Ela umedeceu os lábios com a ponta da língua. — Tirando que o Sam me bloqueou e o Bucky desligou o telefone. Como vou ficar esses dias sem notícias e sem poder esclarecer isso?

Natasha não disse nada. Se estavam tentando esconder alguma coisa ou agir como "inocentes" naquele história, tinham se entregado por completo ao evitarem contato com Amelia. Burros, pensou Natasha. Nem parecia que eram super heróis.

— Então eu vou atrás deles e resolver isso pessoalmente. — Sorriu, satisfeita. — E se de bônus eu puder dar um soco nos dois, melhor ainda.

— Você é impossível! — Riu.

Amelia riu e encarou o teto, pensativa. Ela mordiscou o interior da bochecha e encarou o rosto de Nat.

— Além do mais... — Engoliu em seco. — Acho que Bucky foi fazer algo a mais do que descobrir sobre os super soldados...

— Você não... Amelia! Você não está insinuando que o Bucky está te traindo, né?

Amelia arregalou os olhos e endireitou a coluna.

— Não! Pelo amor de Deus, Natasha! — Amelia gargalhou. — Nunca. É outra coisa, na verdade.

— Ufa! — Riu, sem graça. — O que é então?

— Acho que ele... — Amelia abaixou o tom de voz, como se fosse compartilhar um segredo de estado com Nat. — Acho que ele foi atrás do cara... do cara que matou o bebê.

Os olhos de Natasha se arregalaram, confusos e surpresos.

— Você acha?

— Talvez?

— Mas... Ele não viu o cara. Só você.

Amelia ficou de pé e aproximou-se de Natasha, segurando a mão da amiga entre as suas. Ela olhou ao redor e fechou os olhos, sentindo-se culpada.

— Eu tive um pesadelo alguns dias atrás, né? E aí... Quando eu tenho pesadelos...

— Você compartilha os seus pensamentos — Natasha completou, concordando com a cabeça. — Foi assim que ele viu quem era o cara.

— Sim...

— Faz sentido.

— Pois é.

— Mas, pensamento positivo, gatinha. Vai ver ele nem lembra disso ou vai ver ele nem tem essa intenção ou, sei lá, eles realmente foram para a Europa só pra trabalhar com o Zemo mesmo.

— É... Talvez. 

Elas ficaram em silêncio, cada uma perdida em seu próprio pensamento. Amelia prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e checou as horas no relógio em seu pulso.

— Você acha que ele sabe?

— O quê?

— O Zemo... — Deu de ombros, mordiscando a unha do polegar. — Será que ele sabe que foi você quem matou o irmão dele?

Não tinha parado pra pensar naquela possibilidade. E, pensando melhor, poderia ser por isso que Helmut foi atrás dela no estúdio aquele dia. Ou não. Não. Ele não poderia saber. Ninguém além dos Vingadores — e sua mãe — sabiam a causa da morte de Carl Zemo.

— Não. Ele não sabe.

No fundo, Amelia tinha um pouco de medo. Saber que Bucky e Sam estavam trabalhando lado a lado com Zemo, não ajudava em nada naquele seu medo bobo. O sokoviano não é flor que se cheire, todos eles sabiam isso. Lidar com uma vingança não estava nos seus planos para aquele ano. E ela sabia o quão longe e doloroso uma vingança podia chegar. Então, sim, desejava muito que Helmut não soubesse quem havia matado o seu irmão. Era melhor assim, para todos eles.

— Bom, acho que vou indo. Quero falar com o Torres antes dele começar a trabalhar e quem sabe conseguir uma caroninha aérea.

— Vai com o quinjet.

— Eu nem sei dirigir aquela coisa. — Amelia riu. E antes que Natasha abrisse a boca para retrucar, ela continuou: — E não confio em piloto automático. Você não quer ir comigo? — perguntou, erguendo-se do sofá e indo até a sua mochila.

— Ah... Eu queria, sabe? Mas, de novo... A maldita obra no complexo! — Natasha revirou os olhos. — Além do mais, vou ter uma conversinha com o Tony sobre isso.

— Isso! Mostra pra ele quem está no comando!

Natasha se levantou do sofá e acompanhou a melhor amiga até a porta de entrada. Só então, notando que Amelia também carregava a sua bolsa de flechas e o arco nas costas.

— Ei — chamou, segurando Amy pelo cotovelo. — Toma cuidado, hein? Não machuca muito eles e não faça nada que eu não faria.

— Pode deixar! — Amy bateu continência e abraçou Natasha apertado.

— Qulquer coisa me liga e eu vou ao seu resgate — brincou, beijando a bochecha da outra.

— Amiga, vou te mandar atualizações em tempo real do que estiver acontecendo. — Riu. — E se um dos dois entrar em contato com você, me conta. E não diz que eu fui atrás dele. Quero pegar os bonitinhos no pulo!

Amelia sorriu, mas aquele sorriso não chegou aos seus olhos. Estava muito decepcionada, triste e brava com os dois homens. Eles sabiam o quanto ela odiava mentiras. Ainda mais uma mentira — mentira não, merda, uma grande merda — daquele tamanho. Não sabia como ia reagir ao estar cara a cara com eles. Ou melhor, não sabia como iria reagir quando olhasse nos olhos azuis que tanto amava e que mentiu na sua cara, sem um pingo de remorso.

Deixando Natasha para trás com Alpine e Milo, Amelia entrou em um táxi e foi até Joaquim Torres, conseguindo — sem precisar usar a telepatia, apenas o seu charme — a informação que precisava. Bucky Barnes e Sam Wilson estavam em Madripoor. E não sabiam que em poucas horas, Amelia Barnes estaria ali, pronta pra pega-los na mentira e saber o que diabos era tão importante para que cometessem um crime.

MADRIPOOR
Hotel Cardiff
(20:43)

As cortinas balançavam conforme a brisa noturna passava pelas portas da sacada. O quarto era espaçoso, com duas camas grandes e confortáveis. As luzes amareladas traziam um clima gostoso, deixando o homem ainda mais sonolento.

E era na cama que Bucky Barnes estava. Ele usava as mesmas roupas do dia seguinte, quando entraram no jato particular de Zemo para chegarem até Madripoor. Ele tinha os braços dobrados abaixo da cabeça, enquanto as pernas estavam esticadas e os tornozelos cruzados. Os seus olhos estavam fixos no teto, observando com atenção os detalhes chiques que o compunham.

— A gente está muito ferrado! — disse Sam, saindo do banheiro. — Muito ferrados mesmo!

— Relaxa, cara.

— Relaxa... Relaxa... — repetiu Sam, andando de um lado para o outro. — Como você pode estar tão tranquilo? Ela está desconfiando da gente, Bucky. Você entendeu essa parte, né?

— Entendi.

— Então?

— O que os olhos não veem o coração não sente? — brincou, sentando-se na cama.  — Quando a gente voltar, a gente resolve isso com ela. Então, só fica tranquilo e foca no que viemos fazer aqui.

— Mas... Ela tá me enchendo de mensagens e ligando a cada minuto — suspirou Samuel. — Ela me chamou de mentiroso e traidor. Nossa, ela não está desconfiando, ela sabe que a gente fez merda.

Bucky olhou ao redor, coçando a nuca. Odiava mentir e esconder as coisas de Amy, mas foi o melhor que fizeram. Não só pela segurança dela como para poupá-la de lidar com os Flag Smashers e o Zemo. Ele tinha feito a coisa certa em não contar, né?

— Na verdade, quem fez a merda foi você! — acusou.

— Você sabe o que eu fiz, então é meu cúmplice — retrucou Bucky, suspirando. — Faz igual eu, desliga o telefone.

— Eu preciso usar meu telefone.

— Me dá aqui! — pediu, puxando o celular da mão de Sam. Bucky leu as mensagens raivosas que Amelia mandou para o melhor amigo, rindo em algumas e engolindo em seco com outras. — É... Ela está muito brava mesmo!

— Dessa vez a gente vai morrer...

— Ela não vai matar a gente, Samuel. — Revirou os olhos. — Talvez, vai só bater na gente e nos manipular... Nada demais.

— Nada demais? — Sam indagou, incrédulo. — Não quero ela bagunçando minha cabeça, obrigado. E não quero virar saco de pancadas da sua mulher, isso eu deixo pra você e seu fetiche estranho.

— Não é estranho! — reclamou Bucky, desamarrando os cadarços de suas botas. — É sexy, e depende da situação.

Sam fingiu que ia vomitar e pegou o celular que Bucky havia colocado sobre o colchão. Ele leu as mensagens e mandou um emoji de coração, em seguida, Sam voltou a bloquear o número de Amy. Ele abriu a mensagem com Natasha, e mandou um coração branco, perguntando se estava tudo bem. No entanto, tudo que sua namorada fez foi mandar um emoji de dedo do meio e o bloqueou. Eles estavam muito ferrados. Sabiam que ajudar na fuga do Zemo traria problemas, mas não problemas tão grandes como Amy e Nat putas da vida com eles.

— Porra... — resmungou Sam, jogando-se na outra cama. — É bom o Zemo saber o que está fazendo, cara. Se isso der certo, ao menos apanhar não vai ter sido em vão, sabe? 

Bucky riu, encarando o chão. Ele também esperava que aquilo desse certo. Ou ele mesmo quebrava a cara de Zemo e o jogava de volta na prisão.

— Vai dar tudo certo. — Ele abriu a braguilha da calça e deitou na cama. — Ela não pode nos bater lá de Nova York, né? Então, estamos seguros aqui!

— Pois é...

As reservas no hotel em que estavam hospedados, estava no nome de Zemo, assim como todas os gastos que tivessem ali. Eles tinham dinheiro, mas não para pagar a hospedagem naquele hotel cinco estrelas. Desnecessário, mas pra que reclamar? Não tava saindo do bolso deles mesmo. "É o nosso sugar daddy", disse Sam mais cedo, causando uma careta de Bucky e um revirar de olhos de Zemo.

No entanto, ainda não sabiam o que fariam, ou melhor, o que estavam fazendo em Madripoor. Tudo que Zemo fez desde que o jato pousou, foi avisar que aquela noite só iriam descansar em um hotel. Nada mais e nada menos. E, desde que chegaram no tal hotel, Sam e Bucky estavam no quarto que iriam dividir — quando a notícia da fuga de Zemo foi revelada ao mundo, causando a terceira guerra mundial, pelo visto, na casa de Sam e Bucky.

Bucky não quis pensar naquilo agora. Já estava se sentindo culpado o suficiente por ter omitido várias coisas relacionadas aquela viagem, não precisava de mais um item na lista. Ele encarou o seu celular sobre a mesa de cabeceira, que estava desligado há algumas horas já. Um suspiro cansado escapou de seus lábios rosados. Aquilo tudo tinha mesmo que valer a pena... 

— Você e a Nat não gostam de uns tapinhas aqui e ali? — indagou Bucky, tentando aliviar o clima pesado que se instalou no quarto.

— Não, seu sadomasoquista. — Sam fez uma careta.

— Sério?

— Sim.

— Mesmo?

— Sim, Bucky.

— Não é possível... — comentou, incrédulo. — Vocês já testaram?

— Não... A gente treina, às vezes, igual você e a Amy.

— Você é um idiota. — Bucky jogou um travesseiro em Sam. — Na hora do sexo?

— Por que a gente está falando da minha vida sexual?

— Porque você falou da minha.

— Tanto faz. Não quero falar sobre isso.

— Sam — chamou Bucky, sentando-se. — Uns tapinhas e uma enforcadinha na hora do sexo... Vai por mim, elas gostam. A Amy ama, pelo menos.

— Ela é minha melhor amiga.

— E daí? — Revirou os olhos. — Segue o meu conselho, por favor. Tenta uma vez com a sua ruiva. Você vai me agradecer depois, irmão.

— Você é a muito
convencido. — Sam olhou para Bucky.

— Eu tenho experiência com a minha ruiva, ué. — Deu de ombros.

— Nojento.

Bucky riu, olhando para o melhor amigo. Então, ergueu uma sobrancelha em acusação.

— Quem vê acha que você é um puritano, né? — zombou. — Além do mais, não foi você que me incentivou a transar com a sua melhor amiga por todo o apartamento, alguns meses atrás?

Sam bufou.

— Era por um bem maior. — Ele se sentou. — Um afilhado pra mim.

— Quem disse que vai ser seu afilhado?

— Nem pense em entrar nessa, Bucky. Nós dois sabemos que eu sou o padrinho antes mesmo de vocês pensarem em procriar.

A risada de Bucky ecoou pelo quarto, arrancando um revirar de olhos de Sam. O homem ficou de pé e pegou um travesseiro, jogando na cara de Bucky.

— Eu te mato sufocado com esse travesseiro, hein? — Sam ameaçou, com um sorriso brincalhão despontando nos cantos dos lábios.

— Faz isso, Samuel. Faz e eu te mostro como estalar o pescoço de uma forma diferente. — Bucky piscou. Então, ele uniu os punhos fechados um em cima do outro e fingiu torcer alguma coisa.

— Estou morrendo de medo. — Sam largou o travesseiro na cama. — Não vou nem conseguir dormir essa noite. Uhhh, que assustador.

Bucky chutou a coxa de Sam e se ajeitou na cama, deitando-se de lado. Quando Sam estava prestes a retribuir o chute, uma batida na porta chamou a atenção dos dois amigos. Os dois se olharam confusos e um pouco desconfiados. Quem poderia ser aquela hora da noite? O serviço de quarto tinha chegado meia hora antes com a comida que pediram. Então, quem estava do outro lado da porta?

— Senhores? — A voz soou abafada, seguida de mais dois toques na madeira da porta. Era Oeznik, mordomo de Zemo.

Bucky ficou de pé em um pulo, empurrando Sam para que ele fosse atender a porta. Resmungando, Samuel colocou um sorriso forçado nos lábios e escancarou a porta, dando de cara com o senhor de cabeça branca.

— Pois não?

O homem ergueu as mãos, deixando no campo de visão de Sam duas caixas de papelão.

— Tenham uma ótima noite! — O homem disse, entregando as caixas para Sam e sumindo no corredor vazio e escuro.

Logo em seguida, Zemo surgiu, sorrindo de lado. Ele não pediu permissão e muito menos disse algo, apenas empurrou Sam para o lado e entrou no quarto deles, olhando ao redor, curioso.

Bucky franziu o cenho e trocou um olhar com o melhor amigo, que apenas deu de ombros. Então, o olhar de Bucky caiu para as caixas nas mãos de Sam, a curiosidade se aflorando em seu ser. Que merda era aquela?

Após fechar a porta, Sam deixou as caixas sobre a sua cama e olhou para Zemo, que, agora, se encontrava sentado em uma cadeira estofada perto da janela. O homem usava um roupão preto e pantufas da mesma cor, parecia ter acabado de sair do banho.

— Fica a vontade, Zemo — disse Bucky, irônico. — Que porra é aquela?

— Abram. É para amanhã.

Os dois amigos se olharam, indo até as caixas e abrindo as tampas. Certo. Tinham folhas de seda na cor roxa cobrindo todo o conteúdo da caixa. Ao descartarem as folhas, viram o que de fato era: roupas. Simples assim. Só roupas.

— Um presentinho. — Zemo cruzou as pernas, analisando os dois homens. — Amanhã a noite iremos atrás do meu contato. Quero que estejam prontos às vinte e três horas em ponto no saguão do hotel.

Bucky tirou a roupa de sua caixa, a erguendo até a linha dos olhos. Era uma blusa de couro na cor marrom, que deixava o braço de vibranium a mostra e era adornada com zíperes e fechos. Além da blusa, tinha uma calça tática cinza. Um traje. Bem parecido com os que usava nas missões.

— Não quero atrasos.

— Ei... — murmurou Sam, analisando as suas roupas. Era um terno colorido, com uma estampa africana nas cores amarelo e vermelho. — Por que a minha roupa é assim?

— Qual o problema? — Zemo indagou, confuso.

— Não... — Sam negou com a cabeça, desapontado. — A gente tem que dar um jeito aqui. Eu sou o único que pareço um cafetão.

Zemo bufou, ficando de pé e abrindo as cortinas do quarto deles.

— Apenas um americano acharia que um homem negro fashionista pareceria um cafetão. — Zemo andou até Sam, tirando o celular do bolso do roupão. — Você parece exatamente o homem que está interpretando. Sofisticado e charmoso.

O homem entregou o celular para Sam, onde a imagem de um homem negro e usando roupas espalhafatosas e caras iguais as da caixa estava. Bucky franziu o cenho, erguendo o olhar para o rosto do amigo e depois para o do homem na tela do celular.

— Caraca...

— Um homem africano chamado Conrad Mack, conhecido como Tigre Sorridente.

— Tem até um apelido horrível — disse Sam, também analisando o homem na foto. — Mas pior que parece comigo.

— Não importa o que aconteça, permaneçam no personagem! — alertou Barão, sério. — Nossas vidas dependem disso. Não há margem para erros.

Zemo voltou a pegar o celular e o colocou no bolso, indo se sentar na cadeira perto da janela. Ele apontou o dedo para o horizonte, olhando para os dois homens. Eles foram até Zemo, olhando pela janela, para a direção que ele apontava.

— A Cidade Alta fica para lá. — ele continuou a dizer. — Não é um lugar ruim para visitar, mas a Cidade Baixa é para o outro lado.

Zemo apontou para o lado Sul de Madripoor.

— E deixa eu adivinhar, não temos nenhum amigo na Cidade Alta — falou Sam, atraindo a atenção de Zemo, que apenas sorriu, enigmático.

Então, o homem se levantou e seguiu em direção a porta. Antes de sair do quarto, porém, ele olhou por sobre os ombros.

— Durmam bem! — Sorriu, deixando Sam e Bucky a sós.

Sam foi até a porta e a trancou, girando a chave três vezes. Em seguida, olhou para Bucky, que guardava o seu traje na caixa e a deixava sobre a mesa de centro.

— Não sei se foi uma boa ideia deixar ele no comando.

— Fazer o quê? Ele tem os contatos, Sam. — Deu de ombros, tirando a camiseta que vestia e jogando na cara de Sam. Então, Bucky foi até a sua mala e pegou roupas limpas e uma toalha.

— Vou tomar banho.

— Vai mesmo, você está fedendo demais.

Bucky ergueu o dedo médio para o amigo e se trancou no banheiro. Quanto a Sam, apenas ficou encarando as roupas dentro de sua caixa. Ele esperava que tudo corresse perfeitamente bem no dia seguinte. Precisavam muito daquela informação sobre o soro, não podiam cometer erros.






━━━━━━ ❄️ ━━━━━━

Nota da autora: Oie!!!! Mais um capítulo para vocês. Ainda está tudo muito tranquilo, mas eu amei escrever a visão de cada um. A patroa tá muito puta, gente, e vai buscar os cachorrinhos dela pela orelha KKKKKKKKKKKKKKK

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje e dado umas risadas! ❤️😂

O próximo capítulo tá MUITO bom, modéstia parte, e é a partir dele que voltamos com um pouco de ação na fanfic 😁👀

Vejo vocês na próxima quarta, tá? Até mais! ❤️😘

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