Uma luz no Outono - Adaptatio...

By sei_lahhhh

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|•Noah and Sina•| Um pai solteiro, uma mulher atraente e uma segunda chance para dois corações... Sina Deine... More

Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Epílogo

Capitulo 15

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By sei_lahhhh

1/4

Limpar a loja no Dia de Ação de Graças a esgotou tanto que todos os músculos do seu corpo ficaram doloridos. Depois de voltar para casa no fim da noite com o cabelo coberto de teias de aranha e a pele das mãos esfolada, Sina ligou para Sammy, se satisfazendo ao saber que a filha estava feliz e bem cuidada, antes de desmoronar no tão esperado banho. Mas, em vez de beber a taça de malbec de que se serviu, ela adormeceu até que a água estivesse fria demais em sua pele. E, claro, quando se enxugou e se arrastou para a cama, de alguma forma encontrou um segundo fôlego.

Ficou deitada ouvindo o rangido da casa, o assobio do vento enquanto a tempestade caía lentamente, e tentou ordenar os pensamentos que passavam por sua cabeça.

Esse homem tem uma queda por você.

Foi o que Savannah tinha dito enquanto Noah carregava o filho adormecido de volta para casa, os músculos flexionados sob seu peso.

Ele devorou você com os olhos por metade da noite. E o jeito que ele ficava te olhando, caramba, Sina, me fez perceber que seus olhos não eram a única coisa que ele desejava.

Felizmente nem Noah nem Josh tinham ouvido o comentário de Savannah. Era ruim o suficiente ter que aturar Josh chamando-a de Londres pelo resto de sua estadia, o enorme sorriso fazendo-a querer furar seus olhos com uma caneta. Quanto a Savannah, quando não estava tentando apoiar Sina em seus problemas com Thomas, estava fazendo elogios a Noah, dizendo a ela que a melhor maneira de superar um homem era passar para o próximo.

Assim que eles saíram para pegar o voo de volta para Los Angeles, ela sentiu saudade deles. E agora a casa estava mais quieta do que nunca. Apenas Sina e seus pensamentos, que não estavam provando ser a melhor companhia.

O amanhecer chegou, anunciando uma mudança no clima.

Embora o céu permanecesse nublado, qualquer indício da tempestade do dia anterior havia desaparecido, deixando nuvens amareladas que pareciam estar tentando desesperadamente se dissolver.

Sina puxou o canto da cortina e olhou para o quintal, onde galhos e gravetos quebrados jaziam sobre folhas marrons e murchas, poças de água ainda cobrindo-as da chuva do dia anterior.

O tempo estava bom para vestir um suéter, com certeza.

Levou a xícara de café para a varanda. O banco velho rangeu quando se sentou por cima das pernas cobertas por jeans. Nuvens finas se ergueram da caneca, se misturando ao vapor que escapava toda vez que ela exalava. O que a fez lembrar da filha e do modo como Sammy chamava isso de "respiração de dragão".

Estava tomando o último gole quando viu a porta da frente se abrir na outra casa. Noah surgiu, usando um suéter cinza-escuro e jeans. A calça se agarrava a ele como se não suportasse soltá-lo.

Uau. Ele era de tirar o fôlego.

- Oi. - Um sorriso se curvou em seus lábios enquanto ele descia os degraus e ia até o bangalô dela. Seus tênis velhos rasgavam a grama molhada. - Está pronta para ir?

- Assim que eu terminar o café. - Ela ergueu a caneca. - Ainda tem um pouco na cafeteira. Quer?

Toda vez que ele estava perto, seu corpo reagia. Ele só tinha que se aproximar para ela se dar conta de sua altura, seus músculos, a forma como seu rosto parecia a perfeição esculpida. Ele tinha cheiro de água fresca e madeira de sândalo, uma combinação que provocava seus sentidos, deixando sua cabeça em um turbilhão quando a adrenalina disparava através de seu corpo.

- Café seria bom. - Sua voz ainda soava sonolenta. - Tem caneca para levar para viagem? Podemos levar um pouco conosco. - Ele a seguiu até a cozinha, e ela pôde sentir o calor de seu corpo atrás dela. O cômodo parecia pequeno e mais fechado do que ela se lembrava. Como se estar ali com ele tornasse todo o resto menos importante.

- Também fiz sanduíches para nós. Eu não tinha certeza de quanto tempo vamos ficar fora, então pensei em levar alguma coisa.- Ela estava falando apenas para preencher o silêncio, com medo do que aconteceria se o deixasse dominá-la. - É salada de presunto... você gosta de presunto? Talvez eu devesse ter perguntado primeiro.

- Adoro presunto. Obrigado por ter feito. E podemos ficar fora o tempo que você quiser, já que estamos sem as crianças. O dia é nosso.

Ah. Ela sentiu a excitação provocar um arrepio em sua pele.

O caminho para o cais passou em um piscar de olhos. Ele ligou o rádio, colocou em uma estação de rock e cantarolou enquanto dirigia pela cidade em direção à orla. Seu pé acompanhava a batida, a coxa musculosa subindo e descendo, e ela não conseguia desviar os olhos. Quando chegaram a um semáforo, ele a olhou com um sorrisinho divertido nos lábios. Seus olhares se encontraram, como se compartilhassem um segredo que ninguém mais poderia saber. A pele dela começou a formigar novamente.

- Você está bem, Londres?

- Estou, sim.

- Está muito quieta. - Ele inclinou a cabeça para o lado, ainda olhando para ela. - Tem alguma coisa errada?

- Só estou um pouco cansada. Os últimos dias foram exaustivos.

- Parece o motivo perfeito para entrar no barco e relaxar. Preciso da sua ajuda para sair, mas, depois disso, pode se sentar e apreciar a vista. Vou tentar não te cansar demais. - Ele sorriu depois da última frase e um raio de prazer a atingiu.

- Eu gosto de puxar meu próprio peso.

Ele ainda sorria, mas dessa vez de um jeito afetado.

- Você não tem muito peso para puxar. - Ele olhou para o corpo dela: o suéter listrado de azul e branco e o jeans apertado.

Seus olhos se suavizaram quando ele a encarou.

O clima entre eles parecia elétrico, como naquela noite no clube de dança. Ela podia sentir a pele se arrepiar, fazendo os pelos minúsculos dos braços se erguerem.

- Isso soa como um elogio - ela observou, mantendo a voz leve. - Mas acho que pode ser um insulto também.

- É tudo elogio. - A voz dele era grave. - Com certeza você deveria encarar assim.

Quando chegaram ao estacionamento, o cais estava cheio de pessoas aproveitando o feriado. Os dois subiram no píer em direção à Miss Maisie, o barco de quarenta pés que não havia sido afetado pela tempestade do dia anterior.

Como na última vez que ela estivera ali, a embarcação estava pronta; sem dúvida tinha sido polida até brilhar pelo amigo de Noah, Kyle. Mas, ao contrário da última vez, eram apenas os dois, e ficar sem Sammy e Matthew a fez se sentir exposta e excitada.

Noah subiu a bordo primeiro, estendendo a mão para ajudá-la.

Seus dedos quentes e fortes se curvaram ao redor dos dela, puxando-a com facilidade até ela pousar no convés. Ele estava perto, o corpo se elevando acima do dela. A brisa agitou o cabelo de Sina, uma mecha escapou do rabo de cavalo, e ele esticou o braço para ajeitá-la atrás da orelha.

Ele deslizou o dedo sobre o pescoço dela, deixando um rastro gelado atrás de si. Um arrepio percorreu sua coluna, fazendo a parte interna de suas coxas tremer de necessidade.

Ela nunca havia sido tão afetada por um homem. Ele era forte, quente e bonito, e a assustava pra caramba.

O amor machuca. Ela sentira isso mais de uma vez. Primeiro quando a mãe morreu e depois quando Thomas a deixou. Era uma faca envolta em veludo, suave ao toque, mas mortal.

Mas aquilo não era amor, era desejo. E Sina poderia lidar com isso, não poderia?

Poderia se render à tentação, às sensações que o toque de Noah provocava. Os dois eram adultos, solteiros e sabiam o que estavam fazendo.

Uma aventura.

Nem mais, nem menos.

Alguns meses de diversão enquanto ela resolvia sua vida e Noah esperava para ir embora, assim os dois poderiam seguir em frente sem arrependimentos. Ninguém precisava saber, poderiam manter o segredinho. Poderia ser simples se ela parasse de analisar a situação em excesso.

- Está pronta? - ele murmurou, a mão envolvendo seu pescoço, os dedos roçando suavemente sua pele.

Estava? Sim, ela realmente estava. Pronta para o que quer que acontecesse a seguir e determinada a encarar o que fosse.

- Sim, estou. - Ela assentiu. - Vamos lá.

O vento aumentou na baía, fazendo as velas baterem contra o mastro enquanto o barco acelerava pela água. Sina estava parada na parte da frente, o cabelo solto enquanto se agarrava à balaustrada para se manter de pé. Estava olhando para a baía, de costas para Noah, e por um momento ele se lembrou das figuras de madeira esculpidas em navios antigos.

Britânia governando o mar.

Quando se virou para olhar para ele, o rosto dela estava corado pela brisa. Os lábios estavam inchados e vermelhos, os olhos brilhando. A vitalidade dela era inebriante, um fio vivo que ele não podia deixar de querer tocar. Não ficava mais surpreso com a intensidade de sua reação a ela, mas isso não diminuía nem um pouco seu impacto. Toda vez que a olhava, não conseguia deixar de lembrar do beijo apaixonado. O calor da boca, a suavidade dos seios enquanto se pressionavam contra ele. Estavam navegando havia pouco menos de uma hora, deixando Shaw Haven para trás enquanto seguiam pela baía. E, por sessenta minutos, não conseguiu tirar os olhos dela. Não tocá-la o estava deixando louco.

No entanto, lembrou-se da promessa que havia feito naquela noite quando voltou para casa.

O que aconteceria a seguir era com ela.

Ele não era o tipo de cara que costumava forçar as coisas - não depois de ver o pai dominar a mãe durante a infância.

Se quisesse alguma coisa, ela teria que dar o primeiro passo.

- Vou ancorar ali adiante - ele gritou, tentando ser ouvido acima do vento. Guiou o barco em direção à margem gramada à esquerda, que se abria em uma pequena enseada. Longe de qualquer cidade, estava deserta, a não ser pelas aves que voavam sobre o pantanal.

Sina assentiu, subindo na proa para segurar a âncora enquanto ele os conduzia para a margem. Ele amava o jeito como ela era natural, antecipando suas instruções antes que ele tivesse a chance de gritar. Era uma boa companheira de navegação, tranquila a bordo, e era sexy pra caramba vê-la assumir o controle.

Ele parou o barco a seis metros da terra firme, sem querer arriscar as águas rasas, que poderiam fazê-los encalhar.

- Qual a profundidade? - ela gritou.

- Cerca de quatro metros.

Sem mais uma palavra, ela mediu a linha de ancoragem, amarrando um nó para fazer a profundidade certa antes de lançar a âncora na água. Ele endireitou o barco enquanto a âncora afundava lentamente, e Sina amarrou a corda restante no gancho da proa.

- Ficou bom? - Ela franziu a testa, puxando o nó para se certificar de que estava apertado. - Fiz do jeito que você me ensinou, mas já tem um tempo.

Ele soltou o timão e caminhou até ela. Olhar o nó bastou para lhe dizer que estava resistente. O barco balançava suavemente na água, subindo e descendo com o ritmo da maré.

- Está perfeito - ele disse, sem olhar mais para o nó. Estava muito ocupado contemplando o rosto dela, os lábios e os profundos olhos cor de avelã.

Ele sentiu o calor do olhar dela. Ela parecia diferente agora. Mais forte, de alguma forma. Mesmo usando tênis, parecia alguns centímetros mais alta.

O barco subia e descia na água enquanto ele a olhava, nenhum dos dois interrompendo a conexão. O suave fluxo e refluxo da água na margem acompanhava o som do sangue correndo pelos ouvidos dele. Um ganso do Canadá voou até a beira do rio. Aninhado na grama alta, soltou um forte grasnido.

- Vamos explorar? - ele perguntou, apontando para a margem. - Temos tempo suficiente.

Sem tirar os olhos dos dele, ela balançou a cabeça.

- Não. Não quero explorar.

Ele franziu a testa.

- Não quer?

- Não.

- Se estiver com frio, tenho um suéter na cozinha. Quer que eu pegue?

A sugestão de um sorriso se curvou nos lábios dela.

- Não estou com frio. Nem preciso de um suéter. - Ela deu um passo à frente até que o espaço entre eles quase desapareceu. Ele podia sentir o perfume doce do xampu que ela usava se misturando ao aroma fresco do rio. Teve que fechar as mãos para se impedir de estendê-las e tocá-la.

- Londres...

- Shhh. Tudo bem. - Havia um olhar determinado em seu rosto que ele não tinha visto antes. - Não precisa ficar tão preocupado, Noah.

- Não estou preocupado.

Ela estendeu a mão para traçar as linhas em sua testa.

- Você está franzindo a testa - ela murmurou, passando o dedo ao longo da pele até a têmpora.

Ele fechou os olhos por um momento.

Mesmo o mais breve toque dela era suficiente para acionar a necessidade que ele tentou manter enterrada. Seus punhos estavam tão apertados que as unhas cortavam as palmas.

Quando ele abriu os olhos, ela desfez por completo a distância entre eles. Estava na ponta dos pés, olhando para ele, os olhos suaves e ainda profundos.

- Noah - ela sussurrou.

- Sim?

- Em que você está pensando?

Em que ele estava pensando? Ela estava louca? Com ela tão perto, ele mal conseguia ter um pensamento lúcido.

- Estou pensando que você está muito perto.

- Quer que eu me afaste?

- Não.

- Quer saber o que eu estou pensando? - ela perguntou. Ele podia sentir o calor de sua respiração quando ela falou.

- Não há nada que eu queira saber mais.

A resposta provocou outro sorriso.

- Estou pensando no beijo. O beijo na minha cozinha. E estou pensando sobre o que poderia ter acontecido se as crianças não estivessem lá.

- Como agora, você quer dizer?

- Sim. Exatamente como agora. - O dedo dela deslizou da têmpora até o queixo. - Porque eu não consigo tirar isso da cabeça. Desde aquela noite. Continuo lembrando como os seus lábios estavam quentes, quanto o seu corpo era firme... e como eu queria mais.

- Mais? - A voz dele falhou.

- Muito mais. - Ela passou o dedo pelo seu lábio inferior. Ele estava imóvel em um barco atracado. Estava hipnotizado demais com aquela versão de Sina para fazer qualquer coisa além de ficar ali de pé e admirá-la. - Noah?

- Sim?

- Quer me beijar de novo?

Naquele momento, ele não conseguia pensar em mais nada.

Ainda assim, esperou, mantendo seu desejo contido e olhando diretamente para ela.

- Sim, quero.

- Então por que não beija? - Ela estava flertando com ele.

Noah podia dizer pelo olhar em seu rosto e o som de sua voz.

Caramba, ele amava aquilo, o jeito como ela podia ser tão vulnerável e, ao mesmo tempo, tão forte. Ela o tocava em lugares que ele nem sabia que existiam.

- Porque eu quero que você me beije primeiro.

O sorriso que estava se formando no rosto dela se abriu por completo. Seus ombros relaxaram, as bochechas se ergueram, e ela se tornou mais desejável do que nunca.

- Por que você não falou antes?

O próximo capítulo ia ter hot que eu não sei escrever essas coisas entãoooo não vai ter🥲

Nao esqueça de votar plissss

Jennah♡

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