A cabeça de Ambêr girava e girava cada vez mais, não sabia se era a falta de descanso a afetando ou a presença insignificante da sogra — que não fora embora na manhã seguinte, pelo contrário, passou duas longas semanas mimando o frustrado filho. A ruiva estranhou. Narcisa passou exatos 14 dias e duas horas na Mansão Trouxa, sendo que como desculpas alegou de início, que seria apenas uma visita banal a uma de suas casas, que antes seria com o marido.
Onde Lucius estava esse tempo todo que não notou a falta da esposa e do filho ?
Essa pergunta rondava a cabeça da ruiva, a fazendo doer.
- No que tanto pensa? - Sentiu Draco cutucar seu braço pela milésima vez. - Já lhe chamei três vezes, parece que está no mundo da lua. – Ele sinalizou o número nos dedos.
- Nada muito importante. Apenas besteiras. - Ela afogou o ombro do loiro. - Está ansioso para retornar a Hogwarts? Esse ano irá ser pesado. Acho que terá que me dar aulas de Transfiguração. – Brincou ela.
Ambêr sentou de uma vez em cima do malão que amassou as roupas e blusas que foram roubadas do loiro. Ela fechou o zíper da bolsa e suspirou cansada.
- Hogwarts...não sei como chamam aquilo de escola, eu me jogaria da Torre de Astronomia se tivesse que continuar por mais dois anos. - Sibilou Draco com desprezo, enquanto elevava o corpo no colchão.
- Tá falando do que? - Ambêr questionou dobrando uma nova blusa roubada. Sua testa de espremeu.
- Nada que deva se incomodar, honey. - Ele depositou um beijo demorado na bochecha da ruiva.
- Sempre soube que não gostava de Hogwarts, mas não sabia que pretendia deixar de cursar os últimos anos. - Ela comentou desconfiada. – Hm ? – Insistiu ela.
- E não pretendo. - Ele disse puxando o malão da ruiva e o colocando no chão. - Esqueça o que eu disse.
Ambêr apenas concordou positivamente tentando não começar uma discussão com o companheiro. A ruiva sabia que tinha algo de errado, seu ótimo instinto a dizia isso, e ele raramente errava. Ela pretendia ficar ainda mais atenta.
Faltava apenas dez minutos para as onze quando os dois aparataram junto de um dos elfos da Mansão. A estação King's Cross estava lotada como em todos os anos, sem falta. Os olhares distantes e curiosos se direcionaram aos dois jovens, que não estavam muito distante da entrada do trem.
Concerteza, seria um longo ano.
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Harry Potter abriu a porta de sua cabine com certa força e a fechou rapidamente atrás de si. Sua cabeça trabalhava rapidamente, como se fosse uma máquina movida a óleo. Não acreditava que finalmente havia descoberto algo que pudesse mecher o jogo de xadrez que sua vida virou.
O moreno sabia exatamente o que fazer, onde e em que momento. Perfeitamente planejado. Ele suspirou fundo e foi sorrateiramente até a entrada da cabine da Slytherin. Encostou seu fino corpo em uma fresta escondida da entrada da cabine e se cobriu com a grossa capa da invisibilidade. Quando se preparou para causar a sua distração, viu uma bela figura ruiva sair de dentro da cabine alheia.
Com toda certeza, Harry ainda sentia sentimentos pela Weasley, porém já havia aceitado a ideia de não ser uma opção de escolha da ruiva. Viu ela sorrir histérica ao ver tortinhas de abóboras recheadas de chocolates.
Ele enfiou a mão em um dos bolsos da capa e retirou um pequeno objeto, porém destruidor que havia ganhado de Fred e Jorge a poucas semanas, o garoto sorrateiramente atirou sobre a cabine, causando-lhe uma distração. Ele entrou rapidamente na cabine e se escondeu.
– O que foi isso ? – Harry escutou Draco Malfoy se levantar agitado.
A fumaça cinza inebriante cobria a cabine por inteiro, causando um certo enjoo no moreno que estava em posição fetal.
– Eu não sei mesmo. – Blasie disse confuso.
– Relaxa galera, deve ser algum novato do primeiro ano fazendo bagunça no trem. – Informou Goyle comendo algumas partilhas.
– Vem Draco, já estamos chegando em Hogwarts. – Blasie convidou o amigo, que se sentou ainda desconfiado.
Ao decorrer da cansativa viagem, Draco ficava cada vez mais paranoico sobre o acontecido a minutos atrás, não sabia se fora não verdade uma pegadinha de mal gosto.
Afrouxou a gravata e inclinou a cabeça em direção a entrada da cabine em buscar da companheira, sem sucesso.
Ele suspirou.
De repente, tão rápido como um raio, Draco percebeu uma certa movimentação em suas cabeças, no pequeno e apertado compartimento de bagagens. A mala mecheu-se freneticamente como se algo estivesse dentro.
Draco finalmente pois sua mente para funcionar por lentos segundos. Havia alguém inconveniente, escutando sua conversa — uma conversa nada importante que tivera com Blasie, assim que sua querida Ambêr saiu. Um sorriso de sarcasmo surgiu no rosto do loiro, ele sabia exatamente quem tinha interesse em sua conversas.
Ele daria um jeito nisso.
O trem finalmente parou na estação de saída, os alunos atordoados se agitaram e logo buscaram suas malas nos compartimentos acima das cabeças. Draco por sua vez não mecheu nem um músculo se quer.
– Você não vem, Draco? – Questionou Blasie.
– Podem ir na frente, tenho que resolver algumas coisas. – Disse ele dando um falso nó em seus sapatos.
Ele levantou-se com calma evidente no olhar, porém, era uma calma falsa. A última coisa que ele queria era que Ambêr o pegasse ali em flagrante, na cena do crime.
Isso com certeza iria gerar uma briga, coisa que ele não queria.
Tratou de trancar todas as janelas de vidro do vagão, para que não corresse o risco de alguém o bisbilhotar novamente.
– Sua mãe não te ensinou que é feio bisbilhotar, Potter ? – o loiro levou a mão ao bolso e retirou a varinha. –PETRIFICUS TOTALLUS.
Em segundos o moreno caiu no chão paralisado, sem se mover ou poder se defender.
– Ah é! – Ele fala óbvio. – Ela morreu antes de você limpar a barba do seu queixo. – Ousado. O loiro lhe golpeou o nariz com um chute certeiro, aparentemente o quebrando.
– Isso foi pelo meu pai! – ele pegou a capa que antes estava no chão e a elevou. – Fique longe da Ambêr ou não responderei por mim. Faça uma boa viagem de volta a Londres. – Ele o cobriu com a capa escondendo o seus grande ferimento.
Draco prontamente pegou sua mala e se retirou da cabine as pressas, o que em seu caso não foi muito sucedido, já que esbarrou na companheira próxima a cabine.
– Eiii. – Resmungou a ruiva assim que esbarrou no loiro. – Te procurei por toda a cabine.
– Ocorreu um imprevisto, agora já podemos ir. – Ele rodeou seus braços em sua cintura e a puxou para longe dali.
Olá patos e patas da minhas comunidade! Recebam abraços virtuais.
Até que enfim a rosa do deserto apareceu, não é ? A muito tempo venho enrolando para postar esse capítulo, motivos de preguiça pura.
Palpites sobre os próximos capítulos que estão vindo a seguir ?
Brigas ?
Acho que irei adicionar mas uma pitada de merda com uma grama de desespero na fanfic, tô achando ela parada! 💅
Até mais patinhos :)
Não sei se disse a vocês, afinal não lembro, mas estou escrevendo o prólogo e a sinopse de uma futura fic que irá a vim ser publicada.
Spoiler: Harry Potter é o sorteado da vez