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A professora Marquez estava parada na mesa em frente a um auditório cheio de alunos de Criminologia enquanto ela pronunciava as palavras das teorias sociológicas do crime e da delinquência, mas para ser franco, ninguém estava ouvindo. A professora Marquez era ótima, tinha notas fáceis, mas suas aulas eram direto do inferno ou do paraíso para alunos com insônia exaustos. Lento e monótono - perfeito para pôr em dia um pouco de sono. Lá estava você, algumas fileiras atrás do auditório, lutando desesperadamente para não cair no sono, apesar do café que você bebeu antes da aula começar. Você apertou o punho da caneta e esfregou os olhos, mudando de posição na cadeira. Normalmente, você poderia ficar acordada até a aula terminar, mas você está apenas uma hora e sente que está morrendo. O arrependimento começa a surgir depois de se debruçar sobre seu ensaio sobre Crimes Contemporâneos sobre estratégias de prevenção na noite passada, no último minuto, porque você tem um gerenciamento de tempo excepcionalmente horrível.
Você olhou para o cara com os olhos estreitos enquanto ele roncava, a cabeça enfiada entre os braços cruzados sobre a mesa. Se vamos todos dormir aqui, pelo menos tenha a decência de dormir em silêncio para que todos possam tirar uma soneca em paz. Com uma exalação silenciosa, você pisca para a professora parada na frente do quadro branco que cega seus olhos cansados e então para o seu livro, examinando o texto longo e robusto, tentando rastrear onde ela estava no momento. É a frase final da página, e você milagrosamente se sente mais acordado, sabendo que o fim está próximo. Tudo o que você precisava fazer era sentar-se por mais cinco minutos ou menos enquanto ela distribuía a tarefa semanal, entregar sua redação sobre Crimes Contemporâneos e então você estaria livre para o fim de semana.
Recostando-se na cadeira com os braços cruzados, você observou o professor fechar o livro, dar a volta na mesa e bater três vezes com força. Como um despertador, ele acordou a maior parte do auditório, significando que a aula havia acabado. Um estalo de grunhidos e gemidos ecoou pela sala enquanto a professora Marquez batia palmas, "A tarefa desta semana é uma tarefa de dupla e quero que vocês escrevam uma redação sobre o capítulo de hoje. Mas" ela levanta o dedo com um olhar aguçado "Eu irei fazer a dupla de vocês."
Outra rodada de gemidos irrompeu da classe, é como se você estivesse no colégio novamente. A professora Marquez continuou: "-E, nenhum de vocês vai a lugar nenhum até que eu chame todos os nomes desta lista." Você tinha certeza de que isso era uma vingança para todos que dormiam na classe dela e, para ser justo, todos mereciam. Ela tem uma lista na mão e começa a chamar nomes escolhidos aleatoriamente. O que deveria ser uma espera de cinco minutos agora se transformou em uma espera de quinze minutos porque há cerca de cem alunos apenas nesta classe.
Você esfregou o rosto, os olhos passando rapidamente para o relógio na parede. Tudo o que você pode fazer é ficar olhando para ele, contando os minutos até que você possa dormir o seu fim de semana fora. Deve ter se passado dois minutos quando você ouviu seu nome sendo chamado, "Você é parceiro de Barry Allen." Seu coração deve ter pulado uma batida com o som desse nome e você se encontra procurando na multidão por um certo garoto moreno chamado Barry.
Lá estava ele, algumas filas à sua frente e à sua direita, vestido com um moletom vermelho com o rosto voltado para você. Com a agitação de seu estômago, suas bochechas começaram a enrubescer enquanto você observava um sorriso rastejar em seu rosto. Ele está acenando para você ansiosamente.
Bem, isso foi ótimo, não foi?
Você acenou de volta, sentindo seus lábios se curvando também. Então, Barry hesitantemente volta para a frente da classe e você fica olhando para a parte de trás de sua cabeça. Dizer que você estava simplesmente atraída por Barry Allen era um eufemismo; você pode muito bem rotular sua paixão como uma paixão, embora você só tenha falado com ele uma vez, quando estava atrasado para a aula e precisasse passar por ele para chegar ao assento do meio. O resto foi feito de admiração por sua inteligência e personalidade cativante de longe. Agora, você é realmente forçada a interagir com Barry e não tem certeza se seu cérebro poderia suportar tanta pressão de uma só vez. Você passou o resto do tempo restante na aula olhando para ele de vez em quando, lutando para afastar o calor que crescia em seu estômago.
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A aula finalmente termina e você sai correndo porta afora depois de se despedir da professora Marquez, mas então percebe que sua mochila é um pouco leve demais para o seu gosto. Você parou, dando um passo para o lado na entrada da porta da sala de aula. Tirando uma alça e girando-a, você abriu o zíper da bolsa e descobriu que um livro havia sumido. Gemendo, você pisca para o teto, murmurando maldições baixinho.
Esta foi a terceira vez que você deixou algo em uma aula, uma vez que era uma caneta favorita e você nunca mais a encontrou.
Fechando agressivamente o zíper de sua bolsa, você está prestes a voltar para a sala quando se depara com a visão de ninguém menos que a pessoa que está em sua mente há dez minutos, caminhando vagarosamente em sua direção com um livro em mãos. Ele para a cerca de um metro de você, estendendo o livro ao seu alcance. É o seu livro didático. Puxando a alça de sua mochila, ele sorri. "Eu acho que isso é seu." Você está tentando jogar com calma; você realmente é, mas é o maldito Barry Allen que está parado na sua frente com seu livro na mão e ele está olhando para você com um olhar preocupado.
Oh.
Você piscou e, em seguida, soltou uma risada nervosa ao pegar o livro. Você o segurou nos braços, apertando-o contra o peito enquanto lutava para fazer contato visual. Você não percebe que ele também está lutando. "Obrigado," você gaguejou, os olhos finalmente pousando nos dele enquanto você se despedia de sua dignidade e o colocava para descansar, porque você sente que está prestes a morrer de vergonha.
O silêncio passa entre vocês dois, mas nenhum de vocês fez nenhum movimento para deixar o outro. Você só o observou enfiar a mão livre no bolso do moletom. Finalmente, Barry fala. "Você, talvez, queira falar sobre a tarefa?" ele disse: "Sabe, se você não estiver ocupado, é claro". ele aperta os lábios e olha para você intensamente. De repente, você se lembra da redação que deveria enviar, em cerca de vinte minutos. "Uh, eu ia entregar meu ensaio de estratégias de prevenção..." você parou, gesticulando na direção da sala do professor. Você notou a forma como as sobrancelhas dele se contraíram com suas palavras e você o encontrou se apoiando no rosto. "Certo. Eu também. Eu me esqueci totalmente disso. Obrigado pela lembrança."
Foi assim que você se viu caminhando lado a lado com Barry, ziguezagueando pelo corredor movimentado de alunos, com a mão dele ocasionalmente roçando a sua. Você não fala porque tem muito medo do que pode dizer. O escritório do professor Lynn não era muito longe, mas a caminhada pareceu longa o suficiente para sua mente começar a correr enquanto você destruía seu cérebro para ter algo a dizer.
Bem, tarde demais para isso, porque agora você está diante da caixa rotulada com as palavras: 'Caixa de depósito de tarefas' seguida do nome do professor. Já existe um punhado de papéis, cuidadosamente empilhados na caixa. Não é nenhuma surpresa porque, bem, você está um pouco atrasado. Você joga seu ensaio impresso, com encadernação e tudo. Barry lhe dá um olhar impressionado. "Uau, como você se dá ao luxo de encadernar e laminar isso?" Ele aponta para a sua redação que está parada com o resto. "Isso custa três dólares na biblioteca. E isso é só obrigatório." Ele disse, levantando pedaços de papel amassado e grampeados. Você lhe lança um sorriso simpático e relaxa um pouco na presença dele. "Há uma loja na rua que tem desconto para estudantes. Então, é tipo metade do preço do que você ganha na biblioteca. " Você deu de ombros e Barry balança a cabeça pensativamente, jogando seu ensaio em cima do seu.
Seu olhar está em você mais uma vez, e sua boca fica seca. Você não sabe o que dizer e nem ele, balançando nos calcanhares do tênis.
Há um momento de silêncio tenso.
"Que tal amanhã?" você deixou escapar, de repente. É chocante como esta deve ser uma das poucas vezes em que você iniciou uma conversa. Se isso fosse considerado uma conversa. Barry ainda está olhando para você como se você estivesse falando uma língua que ele não conhece. Você mudou de posição, brincando com a ponta solta da alça de ombro da mochila. "18h, se estiver tudo bem. Você não precisa, porque eu sei que é um sábado e- "
"Certo. Quero dizer, sim. Estou livre às 18h. " Barry interrompe você e você se sente envergonhado por até mesmo divagar em primeiro lugar. Você acena com a cabeça, abrindo um sorriso para ele. É pequeno e tímido, mas é principalmente para mascarar o rubor crescente em suas bochechas. Ao ver o relógio na parede, você é lembrado de que provavelmente deveria voltar para o seu dormitório antes de começar a se envergonhar ainda mais.
É estranho, você meio que quer ir embora, mas também não quer.
"Então, hum, sua casa? Ou- "
Suas sobrancelhas se ergueram instantaneamente, os olhos se arregalaram. "NÃO, não" você pulou em sua explosão repentina. Barry pigarreou. "Desculpe, quero dizer, não posso fazer. Minha casa está uma bagunça que você realmente não quer, sabe, chegar perto dela. É tão ruim assim. Então..." sua voz sobe um tom quando ele para de falar.
Você acenou o que quer que tenha acontecido, piscando várias vezes para ele. "Ok," você finalmente diz depois de um minuto de silêncio. "Que tal a biblioteca? Minha colega de quarto está por perto e ela geralmente recebe amigos durante os fins de semana" você explicou, e ele lhe dá um 'polegar para cima'.
Outro segundo se passa e vocês dois ainda estão parados ali como idiotas. Posteriormente, Barry começa a apontar com o dedo, gesticulando entre você e ele. "Nós provavelmente deveríamos, você sabe -"
Você se animou ao vê-lo tirando o telefone do bolso, percebendo o que ele estava indicando em primeiro lugar. "Oh," você murmurou, puxando seu telefone e passando-o na direção dele enquanto ele trocava o seu pelo dele. Você está digitando seu número no teclado antes mesmo de processar que está trocando números com sua paixão secreta. E então, você está entregando a ele o telefone de volta enquanto coloca o seu no bolso de trás.
"Então, uh, te vejo amanhã?"
"Sim, vejo você amanhã."
Com isso, vocês dois seguem caminhos separados.
Barry puxa seu telefone para fora e puxa a lista de contatos. Ele encontra seu nome, seguido por um emoji de detetive. Ele ri disso. Você também pega o telefone e identifica o nome dele na lista de contatos. Uma lupa e um emoji de caderno seguem-no. Você sorri e chega uma mensagem do próprio Barry.
Olá, aqui é o Barry de 30 segundos atrás. Só estou verificando se é realmente você.
Outra mensagem chega.
Só pra ter certeza :)
Você riu desta vez, digitando uma mensagem de volta.
Sim, sou eu, certo ;)