𝐋𝐀 𝐂𝐀𝐒𝐀 𝐃𝐄 𝐏𝐀𝐏𝐄𝐋...

By bugzyjules

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"Isso Γ© mais do que um grupo de whatsapp" - Moscow? vivo - NairΓ³bi? viva - Oslo? vivo - Berlim? vivo - Tokyo... More

Pra que isso?
Eu odeio todos vocΓͺs
Eu Vou Descer Pra Praia
Suas Regras
Γ‰ Um BibliotecΓ‘rio Sim
Tinha Uma Vela Na Cozinha
VocΓͺ Disse Que Gostava de Torta
De Novo Essa HistΓ³ria de MΓ‘scara?
Eu vou difamar vocΓͺ
tΓ‘ fedendo e a culpa Γ© sua
a gente vai morrer
Isolando a fonte
porque Γ© meu e pronto
somos deuses gregos
oie <3
querem roubar nosso filho
no sagrado matrimΓ΄nio
uma chuteira na sua cara
o bolo sumiu
ela vai acabar pedindo o divΓ³rcio

o dia que descemos para a praia

345 31 24
By bugzyjules

Nairóbi ON

Nós estávamos todos prontos pra ir pra praia. Tínhamos convencido o Professor a ir no grupo quando combinamos tudo mas faltava um: O Berlim. A gente tentou muito, mas teve que ser na marra mesmo.

- vamo gente, mas sem barulho. - disse antes de abrir a porta do quarto do Berlim.

O plano era simples: Deixar o professor no banco da frente da van conversando com o Bogotá e com a Tokyo, enquanto eu, o Palermo, o Helsinki e o Oslo pegavamos o Berlim enquanto ele dormia para por ele no último banco da van. Quando a gente chegar na garagem, o Bogotá e a Tokyo vão dizer que esqueceram uma toalha na sala e vão pedir pro professor pegar, enquanto isso enfiamos o irmão dele no carro. Mais fácil impossível.

Nós entramos no quarto dele com cuidado e tiramos o cobertor de cima dele. O Palermo abriu o armário dele para pegar as coisas que ele precisaria e colocou em uma mochila, enquanto o Oslo pegava o Berlim no colo para levar ele pro carro. Eu estava lá porquê o Oslo e o Palermo disseram que como a ideia era minha, eu tinha que estar presente para caso ele acordasse, assim ele brigaria comigo também. O Helsinki só queria ver tudo mesmo. Quando o Palermo terminou de fazer a mochila do Berlim, todos nós saímos do quarto e fomos direto para a van.

Assim que chegamos na garagem, fiz o sinal pra Tokyo e ela olhou para nós com o Berlim ainda apagado. Eu consegui ouvir ela falando da toalha e então fomos para trás da van. O professor entrou em casa e nós abrimos a porta para colocar seu irmão lá dentro, que aliás estava usando um pijama ridículo.

- Deu tudo certo? - Perguntou o Bogotá.

- Por incrível que pareça sim...

- Eu disse que ia dar certo Oslo. Bota ele direito pro Professor não ver.

Todo mundo sabia que a gente ia fazer isso com o Berlim, menos o Professor. Ele nunca concordaria com isso, mas quando a gente chegar lá na praia não vai ter volta. O que ele vai fazer? Dirigir até aqui de novo só pra deixar o rabugento do Berlim em casa de novo? Não mesmo.

- Achei a toalha Tokyo. - O professor fechou a porta da casa e veio até a van. - Ótimo, vocês já estão aqui. E o resto do pessoal?

- A Estocolmo tá arrumando o Cincinnati junto do Denver, o Rio tá terminando a mochila dele, Marsella, Lisboa e Moscow estão tomando café. - Eu falei enquanto entrava na van seguida pelo Helsinki. - A Manila vai estar lá esperando a gente?

- O Denver me falou que sim. Falando nele, tão demorando demais já.

- Fica quieto Palermo, já tamo aqui. - O Denver apareceu na porta junto com a Estocolmo e o Cincinnati, que estava usando óculos escuros vermelhos. - Pai anda logo!

- Já vai garoto! - Moscow disse de dentro da casa.

Uns 3 minutos depois Lisboa, Moscow e Marsella saíram com as coisas deles e entraram na van. O Bogotá ligou o carro e fomos em direção a praia conversando sobre coisas aleatórias. O Rio brincou com o Cincinnati e um brinquedo de praia quase todo o caminho.

Quando chegamos lá, o professor, a Lisboa, o Moscow, o Palermo e o Denver levaram todas as coisas para a areia. A praia era bem isolada, a única pessoa lá era a Manila, que tinha chegado pouco antes de nós. Temos o lugar todinho pra gente e isso é ótimo. Quando vimos que eles já tinham colocado as cadeiras de praia e os forros no chão, o Bogotá tirou o Berlim da van com ajuda do Marsella e fomos em direção a areia. Quando já estávamos mais próximos deles, o professor viu o Berlim, levantou da cadeira e fez a expressão mais indignada que eu já vi na face da terra.

- O que ele está fazendo aqui? - Ele disse em um tom levemente alterado enquanto ajeitava os óculos.

Lisboa que estava junto com a Manila perto do professor começaram a rir da situação sem descrição nenhuma, enquanto o Bogotá colocava o Berlim deitado em uma toalha amarela forrada na areia.

- Ah professor, pelo menos você vai curtir a praia com teu irmão! - Denver disse passando protetor solar nas bochechas do Cincinnati.

- Vocês não podem pegar uma pessoa desacordada e levar ela pra um lugar que ela não quer estar!

- A polícia diz que não podemos invadir a casa da moeda, fabricar o próprio dinheiro, subornar reféns, invadir o banco da Espanha, derreter a reserva nacional, pegar os segredos do estado e fazer tudo isso num macacão vermelho lindíssimo mas cá estamos. - O professor deu um olhar mortal pra Tokyo depois que ela disse isso. - Foi mal professor, mas isso é praticamente um ato de amor a você.

- Mesmo assim. Não vou prolongar essa discussão, mas que isso não se repita.

- Pode deixar! - Disse já sentada em uma das cadeiras. - Alguém trouxe a caixa de som?

- Eu trouxe.

- Valeu Helsinki, bota uma música boa aí.

- Okay.

O Helsinki demorou para escolher uma música, e quando ele finalmente tomou uma decisão ele resolveu colocar...

- Olivia Rodrigo? Sério gordo?

- Quieto Palermo, gosto não se discute.

- Mal gosto muito menos. - Assim que o Denver falou, Helsinki pegou uma pá de brinquedo que o Cincinnati não estava usando e jogou bem na cabeça do Denver. O menino começou a rir da cara da próprio pai, o que aumentou o desgosto dele, que só não voou pra cima do Helsi porquê a Estocolmo segurou ele antes.

Eu estava conversando com a Manila e o Marsella, Rio e Tokyo estavam no mar, Palermo, Moscow e o professor estavam bebendo sprite com canudos azuis bem finos, Lisboa, Bogotá, Oslo e Helsinki estavam cantando "good 4 u" e o Denver estava tomando sol do lado da Estocolmo enquanto o Cincinnati construía uma montanha de areia com seus brinquedos coloridos.

Tava tudo normal até que olhei pro lado e vi o Berlim se mexendo. E então ele acordou completamente perdido.

- Que merda é essa? - Perguntou claramente irritado por estar em um lugar que não era seu quarto em casa.

- Bom dia Berlim! - Rio gritou lá da água, nessa hora a Tokyo já tava rindo pra caramba.

- Como eu vim parar aqui? Quem fez isso?

- Ai homem, sossega! Quer sprite? - Moscow estendeu a latinha rindo do Berlim como todos nós.

- Eu quero saber o que aconteceu!

- Pelo jeito eles te trouxeram aqui desacordado, achei inteligente. - Manila falou colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. - Praia é sempre bom Berlim, relaxa.

- Sérgio, como você deixa uma coisa dessas acontecer assim? Você devia ser o humano descente!

- Ele não sabia de nada cunhadinho.

- Eu só vi você quando o Bogotá te tirou da van e te colocou na areia. Eu nunca permitiria algo assim.

- Como é que eu não acordei no meio disso tudo?

- Então...

Na noite passada...

- E então? Qual é seu plano Nairóbi? - Disse Marsella. Estávamos na sala, o professor estava tomando banho e o Berlim tinha acabado de sair do banheiro, o que significa que ele ia demorar, depois do banho ele não se troca, ele faz um ritual.

- O Bogotá vai ficar distraindo o professor na van junto com a Tokyo, o Oslo vai pegar o Berlim dormindo e o Palermo faz uma mochila pra ele.

- E você?

- Eu já desenvolvi o plano Palermo, o resto é com vocês quatro.

- Nem a pau, e se ele acordar e começar a encher nosso saco? Você tem que sofrer também, a ideia é sua!

- Credo Oslo! Tá bom, eu vou com vocês.

- Eu também quero ir, pra ver tudinho.

- Gente, a ideia é até que boa mas o Oslo tem um ponto, e se o Berlim acordar? - Rio perguntou olhando pra mim

- "Se"? Ele VAI acordar! Vocês pretendem tirar ele da cama e botar ele na van sem acordar ele? Só se tivesse morto. - O Denver estaria certo se eu não tivesse pensado em tudo, mas ficou claro que ele não gostou do meu plano.

- Ele não vai acordar não, pode ter certeza. - Disse mostrando um frasquinho para todos.

- Nairóbi pelo amor de Deus o que é isso?

- Relaxa Lisboa, eu não vou assassinar ele.

- Então o que é isso dona Ágata??

- Um remédio pra dormir muito potente. Isso te bota num sono pesado pra caralho, ele não vai acordar depois dessa.

- E como vamos dar isso pra ele? - Assim que o Helsinki perguntou, eu olhei para a mesa com os pratos postos e todos olharam também. É, eles entenderam a ideia.

Todos nós levantamos ao mesmo tempo e fomos sentar pra comer. Estávamos nos entreolhando e todo mundo tava mentalmente perguntando: quem vai colocar isso na comida dele?

- Toma Tokyo, bota você.

- Eu não. Coloca tu, já tá com a coisa na mão mesmo!

- Ai ai, deixa que eu boto. - Estocolmo pegou o frasquinho da minha mão e colocou várias gotas no molho do macarrão no prato dele.

- Pronto, agora só esperar a margarida vir e comer.

Dia de hoje

- Eu não acredito que vocês me envenenaram!

- Mas você tá bem seu chato, foi um mal necessário.

- Hm, sei. EU odeio todos vocês seus babacas sem amor próprio. - Disse sentando em uma cadeira de praia debaixo de uma guarda sol vermelho. - Me dá um sprite Palermo.

Ele abriu o cooler e pegou uma latinha para ele. - Aqui.

- Você vai ficar com esse pijama ridículo na praia? - Bogotá tinha razão. Aquele pijama era que nem aqueles do professor, mas ao invés de calças é uma bermuda. Pelo menos, ele que levou esporro do Berlim, ele que perguntou.

- Como assim ridículo? Você respeite meus gostos se não eu te amarro e te enterro nessa areia!

- Duvido! Suas mãos parecem dois pastéis assados, não me enterra nem a pau. 

- O que você quer que eu use hein? Vocês me sequestraram, só tenho meu pijama.

- Palermo, da a mochila pra ele. - O Palermo se esticou um pouco pro lado, pegou a mochila do Berlim e deu para ele.

- Quem fez essa mochila?

- Eu.

- Até você tá envolvido nisso?

- Você não queria vir ué!

- Olha aqui, é bom você achar outro canto pra dormir. Você está proibido de entrar no nosso, não, nosso não. Meu quarto, não pise lá! - Palermo só arqueou a sobrancelha e continuou bebendo o refri na maior paz. - Hm, traidor.

Depois disso o Berlim levantou e foi pra um cantinho mais afastado pra tirar o pijama.

- Bom, eu vou pra água meu povo. - Manila foi correndo em direção ao mar e ficou pulando as ondas com a Tokyo e o Rio.

- Eu gostei dessa praia, mas nem sabia que tinha uma por aqui, como você sabia dela?

- Andando de carro Lisboa, eu tava voltando lá pra casa mas resolvi dar uma volta pelos arredores pra ver o que tinha aqui pra baixo.

Depois de um pouco de silêncio, o Denver saiu do lado do Cincinnati, pegou uma toalha, forrou ela um pouquinho longe da gente, bem debaixo do sol e deitou nela.

- O que isso criatura? - Marsella até deu uma levantada da cadeira para ver o Denver direito.

- Eu tô me bronzeando, óbvio.

- Denver, você passou um protetor solar?

- Claro que não professor, elas tem barreira antibronze.

- Filho, sai daí! Tá quente pra caralho!

- O que significa que vou me bronzear mais rápido! - Nessa hora olhei pra Estocolmo pra ver por quê ela não se manifestava de jeito nenhum. A bichinha tava segurando o riso com todas as forças dela, se pah tava até mordendo a língua pra não rir. E o Cincinnati tava olhando pra ela tentando entender por quê ela estava fazendo aquela cara.

- Com esse sol capaz de você pegar fogo.

- Não importa Oslo! Vou queimar, descascar e ficar bronzeado!

- Que paranoia é essa de querer ficar bronzeado Denver, tá doido?

- Minha auto estima está uma merda desde terça feira Helsinki! Talvez o sol me ajude

- Tadinho, Moscow faz alguma coisa

- Eu não!

- É bom não fazer mesmo. Não me toquem até eu estar lindo de novo.

Gota d'água pra Estocolmo. Ela começou a rir que nem uma doida e todo mundo olhou pra ela, até o Denver. Então todo mundo começou a rir junto, mas sendo sincera não sei se a gente tava rindo do Denver dando showzinho na areia ou da risada dela.

- Voltamo povo! - Manila, Rio e Tokyo vieram na nossa direção ainda molhados com a água do mar.

- Achamos uma concha enorme olha! - Rio tirou uma concha do bolso da bermuda e mostrou ela pra gente.

- Ela é bem bonita, onde acharam?

- Por incrível que pareça no meio do mar professor. O Rio tinha dado um grito do nada, aí a Tokyo foi ver e ele disse "ah eu pisei numa pedra pontuda". Então eu fui ver, vi a concha e peguei. Ela tava até meio enterrada, tive que dar um puxão e tava vindo uma onda. A onda me puxou e eu puxei a concha junto.

- Verdade, eu e o Rio tivemos que ir atrás dela. Ela quase foi pra areia.

- Meu Deus.

- E essa lindeza vai ficar na prateleira do meu quarto. - Tokyo pegou a concha da mão do Rio.

- Não, vamos por na mesinha da sala!

- Por que?

- Porque eu amo conchas!

- Bogotá como assim?

- Eu gosto ué, eu colecionava quando morava na Colômbia.

- Gente, nem eu sabia disso. - Palermo falou pegando o terceiro sprite dele.

- Você vai acabar com o refri Palermo!

- Foda-se Helsinki, eu que fui comprar então eu tenho mais direitos.

- Seu folgado! - Nem sei quem foi, mas jogaram um chinelo no Palermo nessa hora.

- Quem foi??

- Eu!

- Rio seu desgraçado! - Aí o Palermo levantou e saiu correndo atrás do Rio com o chinelo dele e eles ficaram correndo por meia hora pela areia e pela beira do mar enquanto estavamos tranquilos, conversando e assistindo a rixa.

Aquele dia foi muito bom. Todos nós fomos um pouco pra água, até o professor e o Berlim. Teve uma hora que todos nós ficamos juntos no mar e não tinha mais ninguém na areia. Enterramos o Cincinnati na areia, acabamos com o refri todo, achamos outras conchas menores, alguns dormiram um pouco... Ficamos o dia todo na praia e quando começou a escurecer, o Palermo pegou o violão dele na van e nós cantamos o hino de guerra. Sim, cantamos bela ciao na praia vendo o sol se pôr, e foi incrível.




















OI POVO! gente então, eu estava a dias querendo muito escrever. tipo, eu tava com vontade de escrever um capítulo, mas eu não tinha ideia NENHUMA. Aí um dia tentando ter ideias, eu fiquei pensando em alguns capítulos que eu já tinha escrito pra ver se eu tinha alguma ideia vindo deles, então eu pensei: e se tivesse um capítulo contando o dia que eles foram pra praia? Então eu fiz! Eu deixei a narrativa mais natural por ser o ponto de vista de um personagem e não um narrador. E quis fazer da Nairóbi porquê no capítulo deles planejando tudo, ela era quem tava ON. Eu espero MUITO que vocês tenham gostado, me digam se vocês gostaram de como a história foi contada pelo amor de Deus! Bom dia <3

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