LUNA MILLER
Eu decidi fazer uma tatuagem.
O que não é uma boa ideia, sou muito cagona pra isso, mas vou tirar coragem do cu e vou fazer essa tatuagem.
Essa tatuagem era a tatuagem que Sarah era louca pra fazer, e isso está na lista de coisas dela, então eu vou fazer.
Ela disse no caderno que a lua me representa e a cobra é como se fosse ela me defendendo, por que ela sempre me defendia de tudo e todos.
Vamos combinar que isso não faz muito sentido. Mas na cabeça dela fazia.
Eu sinto tanta falta da minha amiga...
Ouvi uma buzina, olhei e vi que era Jake, ele ia me levar até o tatuador e ele também iria fazer uma nova tatuagem.
- dormiu acordada foi? - perguntou ele quando entrei no carro.
- Não, estava perdida nos meus próprios pensamentos. Vamos?
- vamos. Preparada para a primeira tatuagem?
- sinceramente? Não.
- cagona.
- sou mesmo. Eu só estou em dúvida se eu faço ela no braço ou na coxa.
- é aquela que você me mandou foto?
- sim.
- faz no braço, na mesma aérea que Brianna tem a de borboleta.
- é uma boa ideia. E você vai tatuar o quê?
- Não sei. Na hora eu vou decidir.
Que jake dirigi em alta velocidade não é novidade pra ninguém, porém ele freou o carro rapidamente quando viu o sinal fechado, ele quase bateu o carro no da frente.
- quer sofrer um acidente cacete?!
- acidente foi quando eu bati os olhos em você.
- isso não é hora de cantada idiota, duas cores.
Mentira, continua. Eu adoro.
- eu sei que você gostou.
Como ele sabe? Será que ele consegue ler minha mente?
Se consegue liga a rádio.
O sinal abriu e Jake voltou a dirigir.
Pelo menos ele não ligou o rádio.
- Por que tá me olhando assim? - disse Jake.
Só então percebi que eu encarava Jake sem parar.
JAKE HERMANZ
Enquanto eu dirigia, percebi Lulu me encarando.
As vezes eu daria tudo pra descobrir o que se passa na cabeça dela.
A cada dia que se passa eu amo mais essa garota. Eu estou descaradamente dando em cima dela, porém ela não percebe, e se percebe ela simplesmente ignora.
Eu já não sei mais o que fazer!
Estou literalmente a espera de um milagre.
Já conheci pessoas lerdas, mas igual a Luna eu nunca conheci.
Estou quase chegando no tatuador e ela está um poço de ansiedade, ela não para de mexer em sua mãos.
- calma, vida. Não precisa ansiosa assim, nem dói tanto.
- tem certeza?
- absoluta.
- olha eu vou confiar em você, e se doer eu vou te bater.
- tá bom. Se você quiser eu faço primeiro, só pra te mostrar que não dói.
- mas é óbvio que você vai primeiro.
Se ela falou, tá falado!
Chegamos ao estúdio e chamei ela pra me ajudar a me decidir a qual tatuagem eu deveria fazer.
- eu gostei dessa. - disse ela apontando o dedo para uma que era moon.
Eu estava sentado em uma cadeira e ela estava praticamente sentada no meu colo vendo os desenhos.
Decidi fazer a que ela disse.
Eu fui primeiro, e ela ficou apenas observando.
Até que chegou a vez dela, a moça estava tirando o decalque da tatuagem.
Após fazer isso ela foi arrumar as coisas necessárias pra começar a tatuagem.
- moça, isso não dói não, né? - disse ela.
- varia de pessoa pra pessoa. - disse a moça.
- ai moça, eu já estou sentindo a dor.
Eu não consegui conter o riso.
- tão dramática...
- vem aqui vagabundo! - ordenou ela e eu fui. - segura a minha mão.
- vocês namoram? - perguntou a moça.
- sim. - respondi primeiro e Luna me olhou confusa.
- formam um belo casal!
Quando a moça veio em nossa direção para começar a tatuar Luna apertou a minha mão muito forte.
- pronta?
- Não, mas pode começar.
Não sabia que ela tinha essa força toda.
Lulu fechou os olhos e a moça começou a tatuagem.
- ah! Não dói. - disse ela com um sorriso e soltando minha mão. - nossa é muito de boa.
- eu te disse.
Eu tenho a sensação de que essa tatuagem que Luna está fazendo tem um significado muito grande pra ela.
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LUNA MILLER
Após eu terminar a tatuagem Jake me trouxe em casa, e óbvio que enquanto nós dois estávamos no carro, ficamos flertando.
Isso já está quase virando rotina entre a gente.
E eu já não sei mais até quando eu vou conseguir evitar pular em cima dele, e o beijar.
Eu não sei por que, mas, quando estou perto dele eu me sinto tão bem, e as vezes eu até sinto um frio na barriga.
Eu nunca senti nada parecido por alguém.
E segundo a minha querida gêmea idêntica, isso são sintomas de amor.
Eu não sei se acredito nessa baboseira de amor, mas é eu me aproximar de Jake eu sinto que esse sentimento pode ser verdade.
- filha? Filha? - sai dos meus pensamentos quando percebi que minha mãe me chamava.
- oi?!
- dormiu acordada foi?
- você é a segunda pessoa que me diz isso hoje.
- ela tá pensando em Jake, mãe! Deixa ela. - disse Brianna.
- oi? Ele também não é só seu amigo? - disse meu pai.
- pai, calma. Ele é meu amigo.
- eu não sei mais o que eu faço! Primeiro Brianna, agora a Luna! Faz alguma coisa fiona. - disse ele pra minha mãe.
- calma amor. Deixa as meninas. Elas só estão fazendo o que um dia você fez comigo.
- então foi isso que seu pai sentiu?
- foi!
- agora eu entendi o por que ele não queria deixar a gente namorar.
- na verdade ele não queria que você namorasse comigo por que você não queria nada da vida.
- compreensivo. Aqueles eram bons tempos.
- você era praticamente um traficante de drogas.
- Não deixa de ser bons tempos.
Eita que o meu pai tem um passado obscuro.
- vamos buscar a minha irmã no aeroporto logo! - disse minha mãe.
Eu falei com ela algumas vezes pelo telefone e ela me pareceu muito legal, e em uma dessas vezes eu a apelidei de tia mimis.
Não me pergunte o por que do mimis.
CONTINUA...
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