Preso na época errada

Af Swgittarius

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Aruen, está prestes a completar 17 anos de idade, virando o clássico garoto excluído que prefere viver sozinh... Mere

Epígrafe
Avisos ⚠️
Cast 🎭
Prólogo
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Aviso 2 ⚠️
Capítulo 5
Book Trailer 🎥

Capítulo 1

459 209 2.1K
Af Swgittarius

Nova York, Setembro de 2021

Por Aruen

Saio do meu quarto e vou em direção a cozinha, onde encontro minha mãe e meu pai. É bem raro de ver meu pai aqui em casa, já que ele trabalha bastante.

Lincoln, meu pai é professor de química, e por conta disso, vive na escola organizando provas, o laboratório de química, selecionando experiências, e muitas outras coisas.

Ele não diz mas o que fez ele mudar essa rotina complicada, foi Katryn, minha mãe, infelizmente descobrimos um pouco tarde que ela tem câncer de mama.

Desde então, eu e meu pai tentamos ser a rocha que ela precisa, embora eu sinta constantemente que falho nisso.

– Olha só quem resolveu sair da caverna hoje.- O homem de meia idade, pele clara, olhos escuros e um cabelo muito bem penteado. Também conhecido como meu pai, fala brincando, o que arrancou um pequeno sorriso da minha mãe.

– É bom sair um pouco, ficar 24h dentro de um quarto não faz tão bem. Aliás você tá bem?- Minha mãe sempre pergunta preocupada comigo.

– Mãe, pai eu vou em uma festa hoje a noite.- Simplesmente mudo de assunto, deixando meus pais surpresos. E torcendo para me livrar de ter que responder a pergunta da minha mãe.

– Legal filho, isso é muito bom, quando eu tinha a sua idade, também ia em muitas, aliás foi assim que conheci sua mãe.- Ele fala lançando um olhar apaixonado para a mulher que agora usava um lenço na cabeça e tinha uma pele pálida, que outrora possuía cor.

– Acho bom você sair um pouco, mas não respondeu a minha pergunta, não pense que vai fugir disso em mocinho.- Minha mãe fala lançando o famoso olhar "cara de quem tá aprontando".

– Eu... Eu... Eu.- Não fazia ideia do porque estava demorando tanto pra sair, era como se alguma coisa impedisse de sair.– Eu tô ótimo mãe.- Falo tentando parecer o mais confiante possível, embora eu tenha notado no olhar dos meus pais uma certa desconfiança no que eu falei.

Alguns minutos de silêncio se sucederam após isso, eu não queria deixar minha mãe preocupada, eu tô muito bem e vou fazer eles acreditarem nisso.

– Enfim era só isso que eu vim avisar, não precisam se preocupar em colocar um lugar pra mim na mesa de jantar hoje, eu como na festa.- Falo quebrando o silêncio, e em seguida subo para a caverna, afim de tentar achar uma roupa legal para ir a festa.

Acabei pegando uma blusa de manga longa, branca com manga da cor vinho, visto também uma calça jeans preta, e para completar, calço um tênis branco.

Olho a hora e vejo que ainda estava cedo e afim de passar o tempo, coloco meu fone de ouvido, e seleciono uma das muitas playlist aleatórias de rock que eu tenho.

Até que começou a tocar, November Rain do Guns N'Roses, essa música em especial meche comigo.

Porque nada dura para sempre
E nós dois sabemos que corações podem mudar
E é difícil segurar uma vela
Na chuva fria de novembro.

Cada trecho da música me lembrava cada vez mais dela.

Mas amores sempre vêm e amores sempre vão
E

ninguém tem certeza de quem está deixando ir hoje
Indo embora.

Sinto uma lágrima escorrer dos meus olhos, eu sei que isso pode parecer dramático e peço perdão, mas simplesmente não consegui conter.

Eu nem havia percebido que durante esse tempo, minha mãe abriu a porta da caverna.

– Porque você está chorando?- Ela pergunta preocupada.

Simplesmente enxuguei as lágrimas rapidamente e inventei uma desculpa.

– Nada não mãe, era só um cisco no meu olho.- Desculpa péssima eu sei, mas espero muito que ela tenha acreditado nisso.

Ela sai da porta e vem em minha direção, sentando ao meu lado na cama.

– Ei cara, não precisa mentir pra mim eu sou sua mãe e não precisa ter vergonha de chorar, você faz muito bem em colocar tudo pra fora.- ela me abraça me permitindo deitar a cabeça no ombro dela.

– É por causa dela não é?- Ela pergunta já com uma voz chorosa.

– Eu não consigo aceitar mãe, ela era incrível, é tudo minha culpa.- Falo desabando em choro.

– Não foi sua culpa, e ela também sabe disso, ela te amava demais.- Minha mãe fala tentando me consolar, mas é em vão. 

Depois disso simplesmente não falamos mais nada, ela apenas respeitou meu tempo e ficou ali ao meu lado, recebendo minhas lágrimas.

– Mãe, faz um favor.- Peço educadamente.

– Claro.- Ela fala.

– Liga para o Nikki, e avisa que eu não vou mais na festa, acho que não estou em condições hoje.

– Vai na festa, talvez isso possa te fazer bem, ocupar a cabeça um pouco, pra não pensar tanto naquele assunto. Eu sei como se sente, mas você precisa voltar a se divertir.- Minha mãe fala e eu simplesmente fico pensativo e quieto.– Não me leve a mal querido, eu vou respeitar sua decisão se mesmo assim não quiser ir, só queria voltar a ver você feliz de novo.

Nesse momento, olho nos olhos da minha mãe, eu também notei que ela não estava muito bem, só estava tentando se fazer de forte por mim, como ela sempre tentou.

– Tá bem mãe, eu prometo tentar.- Falo tentando alegrar um pouco ela, o que funcionou já que ela deu um pequeno sorriso, o que já me fez um pouco feliz.

– Então vai lá, o Nikki já ligou aqui, ele e a irmã dele estão te esperando pra ir na festa.

– Tá bom mãe, eu te amo, vou só lavar meu rosto, ninguém merece ir com a cara inchada não é mesmo?- Em seguida lhe dou um beijo na bochecha, como ainda espero fazer muitas vezes.


Ao terminar de lavar o rosto, já desci em direção a saída, meus pais já estavam lá embaixo me esperando para se despedirem.

– Tchau filho, divirta-se e tente não se meter em encrenca.- Meu pai fala como se não soubesse que eu sou o garoto mais tranquilo do bairro.

– Tchau filho, até logo.- Minha mãe fala e em seguida me dá um abraço bem apertado.– Eu te amo muito filho.- O jeito com que ela se despediu, parecia até a última despedida, mas acho que é só uma impressão minha, mães são preocupadas ao extremo quando se trata dos filhos.

– Tudo bem, eu pretendo voltar logo, tchau.- Me despeço de ambos e vou em direção a casa de Nikki.

Enquanto caminhava na direção da casa dele, percebi que na árvore em frente a minha casa, tinha um livro, que eu não faço a mínima ideia de como foi parar ali.

Peguei pensando que poderia ser um dos meus, mas não era o livro possuía uma capa bonita.

O estranho era que o nome do autor não aparecia em canto nenhum, muito menos sua biografia.

Como o livro não era meu, simplesmente o deixei em cima do banco que tinha na nossa varanda, procuraria o dono no dia seguinte, já estava um pouco atrasado para a festa.

Voltei com o primeiro capítulo, espero que tenham gostado, juro que vou dar o meu melhor pra desenvolver bem o livro.

Quanto ao Aruen, peço que tenham um pouco de paciência com ele, sei que todos aqui estão acostumados com os homens sendo o protagonista forte, mas meu Aruen ainda tem muitos traumas e aos poucos ele vai perdendo isso.

Mas aí estão curiosos pra saber quem era ela? Mas pra frente estarei revelando pra vocês.

E o livro em? Lancem suas teorias, vou adorar ler.

Não seja um leitor fantasma, deixa ao menos uma estrelinha aí pra mim,  já  vou ficar feliz ❤️🌠.

Até o próximo ♥️.

Fortsæt med at læse

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