Me marca, sou todo seu Parte I

Autorstwa AmaraHeleno00

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Fanfic doce e romântica como Lara Jean e quente e divertida como Peter Kavinsky. Vamos acompanhar juntos o... Więcej

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53

Capítulo 32

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Autorstwa AmaraHeleno00

Quando chego em Stanford, imediatamente envio minha localização para Peter. Ele me liga 2 minutos depois, assim que visualiza a mensagem. Atendo e ele fala comigo gritando ao telefone.

-Eu não acredito que você tá aqui. Você tá aqui?

-Estou. Cheguei agora em Stanford, vim com o professor de Redação, o Sr.Carlton.

Peter não me deixa terminar, está completamente eufórico com minha presença. 

-Onde você está.? Eu não tô acreditando. 

-Pode acreditar. Eu estou na Faculdade de Educação, meu professor veio dar uma palestra. A gente pode se ver?

Foi um tiro no escuro essa visita surpresa. Durante o dia nós nos falamos e  sondei como estava sua programação de treinos e aulas. Fiquei um pouco triste quando ele disse que treinaria às 19h. A palestra do Sr.Carlton estava marcada para às 18h. 
Com sorte nos veríamos um pouquinho antes de iniciar o seu treino.

Mas resolvi arriscar.

Cheguei em Stanford passava um pouco das 16:30. Meu professor realmente é muito preocupado em honrar seus horários e preparar sua apresentação com antecedência. Graças a isso, vou conseguir ficar um pouco mais com Peter.

- Vá Senhorita Covey. Vá encontrar seu namorado. Espero que isso deixe você inspirada para as minhas aulas.

-Obrigada Sr.Carlton. Com certeza eu voltarei bastante inspirada.
Ai Lara Jean. Você e sua boca grande.

Sigo direto para o campo de Lacrosse. Achamos melhor estarmos mais perto do local da atividade de Peter, assim não precisaríamos de um tempo maior para que ele se deslocasse até lá sem se atrasar.

Chego antes dele. Quando o vejo se aproximando corro a seu encontro e me lanço em seus braços, me pendurando em seu pescoço, como na primeira vez em que o beijei. 

Peter ri, fala e me beija  ao mesmo tempo. A felicidade pela minha presença está estampada no seu rosto de garoto bonito.  O mais bonito de todos os garotos bonitos. Se eu soubesse que o faria tão feliz  teria feito antes. 

-Não estou acreditando que  você está aqui Amor.
...
-Aaaau! Doida! Você me beliscou. 

-É para você acreditar que é verdade.

Após a brincadeira eu o beijo novamente. Peter está com o uniforme de treino: short e camiseta vermelha, que destacam sua pele bronzeada do sol da Califórnia.  Ele não costuma usar esta cor, mas ficou especialmente bonito, combina com seu humor alto-astral. 

Subimos as escadas da arquibancada, nos sentando no último degrau. Peter tem nas mãos uma sacola com lanche,  que deveria alimentar todo o time, mas agora temos fome de outra coisa.  Nos sentamos virados para lados opostos e ficamos na posição perfeita para muitos beijos,  quentes e longos.

Quando Peter se recosta na parede que cerca parte do campo, ponho meu tronco apoiado no seu, repousando meu rosto em seu pescoço.  Parece que vou me embriagar com esse cheiro, eu ficaria horas sentindo seu perfume e o calor do seu corpo junto ao meu. Ele desliza a mão pelas minhas costas,  fazendo o desenho da coluna, de modo carinhoso, mas me causando arrepios. 

-Que novidade foi essa de vir até aqui durante a semana, e ainda mais com um professor? 

-Eu morri de vergonha quando fui falar com ele, mas fui sincera, acho que ele sentiu isso e de alguma forma me compreendeu. Ele disse com seu jeitão  cativante: "eu já fui jovem Srta Covey". 

O sol vai começando a se pôr, e nós somos testemunhas de um céu colorido com tons que desfilam entre azul e roxo, amarelo e laranja. Nunca vi nada parecido. Me deito sobre a coxa de Peter e quando o olho, o vejo emoldurado por essa pintura. É incrível como ele é lindo e nunca me canso de admirá-lo. 

-O que você tá olhando? 

-Nada. Só pensando como seus pais estavam inspirados quando fizeram você. 

-Eca. Que coisa horrível!

-Porquê? Você acredita na história que foi a cegonha que te trouxe? 

-Não.  Mas também não preciso ficar pensando que minha mãe fazia essas coisas.

-Fazia?

-Sim, ela não tem ninguém agora.

Peter é um cara legal e aparentemente  descolado, mas às vezes demonstra ser um pouco conservador, não muito, mas em alguns casos, como agora. Provavelmente ele acha que Susan só transou 2 vezes na vida.

Sentamos para lanchar, pois Peter precisará de um tempo para digerir tudo o que trouxe antes que o treino comece. Enquanto comemos, pergunto como andam as coisas com a Sra. Kavinsky.

-Melhor um pouco. Foi mesmo como você falou, que ela iria se acostumar com minha ausência. Ainda recebo mil mensagens e ligações todos os dias, mas ela tá menos irritante. 

-Que bom. Eu falei para você. 

-Sim, falou. Mas agora pára de falar e me beija. 

Ele tira o sanduíche que estava pela metade das minhas mãos e me beija, afastando a sacola de lanches e me puxando para seu colo.  É um perigo beijá-lo assim, depois de tudo que vivemos no fim de semana, depois de saber de todas as sensações que Peter é capaz de me fazer sentir.  Contato demais é sempre arriscado. 

Aproveito por um tempo essa intimidade e proximidade com ele, anoiteceu e o campo permanece vazio. Deito minha cabeça em seu ombro e ele fica desenhando círculos na minha barriga com a mão por baixo da camisa.

-Queria que você passasse a noite aqui comigo.

-Uhmmm! 
Respondo com um gemido, porque fico imaginando como seria bom. 

-Eu também queria. Foi difícil ficar em Berkeley sem você depois desse fim de semana. 

- Foi difícil mesmo. Você vem nesse de novo? 

-Num sei. Eu tenho prova sexta e uma apresentação segunda. 

Na sexta farei a primeira avaliação em matemática financeira básica. Estou revisando a matéria toda, fazendo exercícios de um site que o professor indicou, venho me dedicando bastante para ir bem.

-Sexta vamos ter um amistoso aqui.  Nada grande, mais um jogo de uma série que o treinador  marcou para dar ritmo pra gente. Vai ser contra um time juvenil de uma equipe profissional de São José.

-Que horas vai ser?
Quando o ouço falar sobre o jogo fico nervosa. Me recordo de sua estreia, todo o drama do meu esquecimento e a promessa que eu fiz de assistir.  Penso como vou justificar  não fazer a prova e poder realizar a segunda chamada. Tenho que dar um jeito, pois faltar ao jogo não é uma opção. 

-Vai ser às 16h. Mas não precisa se preocupar, será só um amistoso.

-Não, eu venho. Eu prometi que viria.

Peter sorri satisfeito, mas ele nem sabe que vou perder uma prova para estar aqui torcendo por ele. Um sacrifício em nome do amor. 

Por falar em jogo e plateia, lembro-me de tocar em um assunto delicado, o qual nem sei por onde começar.  Respiro fundo e tento manter a calma e a razão. Saio de seu colo e me sento ao seu lado. Como não faz nem ideia do que o aguarda ele deita na minha perna e pede para que eu mexa em seus cabelos. O que atendo, porque a carinha que ele faz é irresistível demais.

-Peter?

-Uhm!
Ele exclama com o rosto colado na minha barriga.

-Como é sua relação com  a Lilly, irmã do Alef?
Ele não se surpreende, não se abala, não tem nenhuma reação.  Continua esfregando o nariz na minha barriga e me cheirando.

-Ué? Normal.
Ele me dá uma mordida perto do umbigo e eu me encolho um pouco. 

-Normal como?

-Normal,  normal. A gente faz algumas matérias juntos e ela é irmã do meu colega de quarto.

Quando termina de falar me surpreende com uma lambida até o aro do meu sutiã, fico arrepiada, mas eu não vou me distrair com isso.

-Sabe o que é?
Afasto o rosto dele de mim e abaixo a minha camisa, mas continuo acariciando seus cabelos.
-Eu acho estranho algumas coisas nessa amizade de vocês. 

Finalmente Peter me olha, mas com uma cara tão displicente que me irrita um pouco.

-Como assim?
Ele pergunta e começa a enrolar uma mecha do meu cabelo em seu dedo.

- Você há de concordar comigo que é no mínimo desconfortável uma garota ir no quarto do seu namorado levar a matéria que ele perdeu.

Peter solta uma gargalhada, e fala no meio de um sorriso.

-Ela só quis ser legal Covey.

-Mas ela precisava ir no seu quarto?

-O quarto é do irmão dela também. 
Agora ele fala mais sério,  levantando as sobrancelhas como se me dissesse algo óbvio.

-Mas ela não foi atrás do irmão, foi atrás de você.  E ela não podia esperar vocês se encontrarem em outra aula? 
Peter olha para o céu como se pensasse em uma justificativa.  Mas eu sei qual é a explicação disso.

-Essa garota tá a fim de você Peter. 
Falo com todas as letras, o surpreendendo. 
Ele se levanta com a cara de riso e fica me olhando.

-Que viagem Covey. De onde você tirou isso?

Começo a fazer uma lista, enumerando nos dedos cada coisa que comprove minha teoria. 

-Peter, ela leva matéria para você no seu quarto; vai à uma festa com você; faz bolinho e coloca no potinho com o seu nomezinho.

Ele solta outra risada, mas apesar do meu deboche, eu não acho a menor graça. Então continuo. 

- Você sabia que ela curtiu suas fotos?

- Você me stalkeou  Amor?
Ele coloca a mão na boca como se estivesse surpreso, mas continua levando tudo na brincadeira. Eu o olho séria, estou ficando irritada.

-Ela curtiu todas as suas fotos Peter. Exceto as que eu estou. Isso não é nada suspeito para você?

Ele dá de ombros, como se não significasse nada. 

-Eu não sei porque ela pode ter feito isso…

-Eu sei, eu acabei de dizer. Ela tá a fim de você, e certamente me odeia.

Eu o interrompo e falo já com o tom alterado. 
Peter suspira cansado, enfim percebeu que eu não tô de brincadeira. 

- Você tá viajando Lara Jean. Ela é uma menina super gente boa e tranquila. Como ela é muito tímida, tem dificuldade de fazer amizade.  A gente acabou se aproximando, porque o irmão dela é meu colega de quarto e porque eu fui buscá-la em casa no início das aulas, lembra?

Argh! Dou um grito por dentro, quando ele menciona isso sinto vontade de dar um berro de verdade.

-Ainda tem isso. Nunca vi ideia mais estapafúrdia do que essa.

-Estapafúrdia Lara Jean? 

-É Peter. Sem cabimento, ilógica, absurda e todos os adjetivos desse gênero. 

-Eu sei o que é estapafúrdia, não me trate como se eu fosse um idiota. Mas você acha que é absurdo eu dar carona para alguém que está precisando?

-Pelo que eu soube, não foi bem isso que aconteceu.

-A menina não tinha com quem vir para o campus, o irmão estava machucado. Eu só quis ajudar.

Eu fico quieta, pensando em tudo que pode ter acontecido entre eles. Não acho que Peter possa ter me traído, mas toda essa proximidade é angustiante demais. Abraço minhas pernas e apoio o queixo no joelho. 

-Amor. Desde o primeiro contato que eu tive com ela eu falei de você. 

Peter acaricia minhas costas e tira o cabelo grudado no meu pescoço. Embora a temperatura esteja amena, eu estou suando de.nervoso.

-Tira essas coisas da sua cabeça que ela não pensa em mim de outra forma. Eu te garanto isso.

Olho para ele inconformada. Como pode ser tão ingênuo, tão inocente? Ou será que eu que estou sendo ingênua demais? Não sei.

-Peter, ela veio no seu jogo. Postou uma foto do campo com um coração. Ela não ama o lacrosse, porque no insta dela não tem nenhuma menção ao seu esporte antes disso. De repente ela caiu de amores? Me explica.

- Você stalkeou ela também Lara Jean? 

-Eu precisei fazer isso.
Ele balança a cabeça em negação ao que acabo de dizer. Eu não me importo nenhum pouco, o que está em jogo aqui é o que a Lilly faz, não eu.

-Há quanto tempo você vem pensando essas bobagens?

-Não são bobagens.  Não são bobagens quando alguém fica cercando seu namorado de todo modo, você está há 80 km de distância e ele é ingênuo demais pra perceber e te dar razão.  

Peter tira a mão das minhas costas e se senta ao meu lado, apoiando as costas na parede.

-Eu tô ficando chateado. O que você tá pensando? Você não confia em mim?

-Eu confio em você Peter. Não confio nela. E queria que você enxergasse as coisas como são de verdade.  

Era exatamente o que eu temia. Eu sabia que ele não iria ver maldade em nada do que está acontecendo. Mas eu tenho certeza do que estou falando, sou mulher também. Sei dos indícios que deixamos quando estamos a fim de alguém.  

-Você não sabe o que está falando. 

-Eu sei sim. Tenho absoluta certeza do que estou falando. Tô te avisando agora, antes que algo pior aconteça, se você não quer escutar ok. Mas não pense que eu vou aturar mais do que já aconteceu até agora. Espero que fique nisso, e você se resguarde.

-Você espera que eu faça o que? Que eu pare de falar com ela?

-Era exatamente o que eu queria, mas eu sei que você não vai fazer isso.

-Claro que não.

Olho para ele e mordo os lábios, depois sorrio ironicamente. É preciso muito autocontrole para não fazer uma besteira. 

-Eu só espero que eu não seja a parte que vai sair magoada dessa história toda. Eu não vou te perdoar por isso. 

Ele sorri e encosta a testa no meu ombro.

-Eu queria que você acreditasse que eu sou louco por você, e que nunca vai haver outra garota para mim. 

Meus olhos começam a lacrimejar, como ele está de cabeça baixa não percebe. Mas há uma carga emocional sobre mim muito grande, minhas costas doem, minha cabeça dói. Foi difícil ter que falar tudo isso e perceber que ele não vê o que eu vejo.

-Só imagina se fosse o contrário.

Eu digo para ele, que volta a se encostar na parede, sem nenhum contato comigo.

O tempo tá passando e eu não vejo uma saída para essa situação. Daqui a pouco o treino dele começa, eu tenho que voltar para a Faculdade de Educação e ela vai continuar entre a gente.

O que posso fazer por agora é confiar nele. 

-Eu vou indo. O professor deve estar quase acabando a palestra, não quero que ele fique me esperando.

Me levanto e começo a ajeitar minha roupa e meu cabelo.  Peter se levanta logo em seguida.

-Você não vai embora assim.

Ele pega na minha mão e a beija, depois me puxa para um abraço.  Apesar de estar com  medo e um pouco chateada, eu retribuo. Me lembro de mais uma coisa, e acho bom deixar avisado:

-Eu falei para você tudo que está evidenciado para mim, você não quer enxergar. Mas eu espero que não passe a esconder as coisas que acontecem, pelo contrário. Não quebre a confiança que eu tenho em você.

-Confia em mim, Covey.
Eu amo você.

Eu apenas balanço a cabeça em afirmação. Não sou capaz de dizer que o amo agora.

-Não vai dizer que me ama também?

-Outra hora. Agora fica meio forçado. Mas eu amo e você sabe. 

Nos beijamos sobre a arquibancada do campo de Lacrosse e sob o céu da Califórnia.  O beijo é bom como sempre, apaixonado, molhado e cadenciado. Um pensamento mesquinho toma conta de mim nesse instante: queria que Lilly estivesse aqui para ver que esse beijo é todo meu. Não importa se ela é Lufa-Lufa  e romântica, não importa se ela é tímida e adora fazer doces. Esse beijo e esse olhar, são meus.

Volto com Sr.Carlton conversando sobre a palestra, tentando me mostrar interessada em seu trabalho, mas a verdade é que minha cabeça e meu coração ficaram em Stanford.
Agradeço imensamente pela oportunidade de ter ido com ele e conseguido passar um tempo com Peter. 

Quando chego tomo um banho e vou direto para cama, me sentindo exausta. Tento não fazer disso o foco principal dos meus pensamentos, confiando que Peter vai lidar bem com a situação. 

Mas como, se ele nem sequer acredita que desperte mais que amizade naquela garota? 






 


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