STOLEN [ INTERSEXUAL ] SARIET...

By steisboss

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Sarah e Carolline, gêmeas univitelinas, fisicamente idênticas. Durante muito tempo a conexão entre as duas f... More

DESIGUAIS
SEGREDOS
ALUCINADA
PERIGOSO
JOGO
INEVITAVEL
MEDO
CHEQUE-MATE
CONFESSANDO
TESTEMUNHA
A QUEDA
A BRINCADEIRA VAI COMEÇAR
INESPERADO
JULGAMENTO
ARRISCADO
MENTIRAS
ÚLTIMA CHANCE
NEGÓCIOS
RECOMEÇAR
PASSADO

CONFIANÇA

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By steisboss

OI MEUS LEITORES LINDOS. Quero agradecer a vocês que estão acompanhando essa bomba, estão sempre aqui comigo. Obrigado de verdade, isso me motiva demais a continuar escrevendo e entretendo vocês.

VEIO AÍ O POV JULIETTE. O tombo é certo. COMENTEM SEUS FILHOS DA PUTA.

JULIETTE POV

Barulho de música alta, falatório, cabeça latejando, que diabos estava acontecendo? Me esforcei um pouco para abrir meus olhos me forçando para enxergar, mas estava tudo embaçado. Onde eu estava? Tentei me levantar um pouco assustada pelo meu estado e senti pontadas na minha cabeça, meu estômago embrulhando. Comecei a respirar rapidamente sentindo ânsia de vomito. Tentei respirar fundo e senti uma mão levantando minha cabeça. Eu não conseguia enxergar direito, mas aquele cheiro me parecia familiar.

- Vai ficar tudo bem. - Ouvir aquela voz fez com que meu coração acelerasse automaticamente. Era Sarah. Finalmente me dei conta de onde estava, minha mente me lembrando. Era aniversário das gêmeas. Sarah e Carolline armaram uma festa desde a noite passada, e me lembro bem de ter exagerado na dose.

- O que houve? - Perguntei me forçando a enxerga-la e agradeci quando ela acendeu as luzes. Eu estava no quarto de Carolline, estava uma bagunça. Sarah veio na minha direção e me deu um copo d'água, mas logo se afastou.

- Você bebeu demais de ontem pra hoje. Simplesmente apagou e tá dormindo faz umas sete horas. - Sarah falou e arregalei os olhos. - Fiquei preocupada. Você não parecia bem. - Ela dizia enquanto estava em pé um pouco distante de mim. Mal me olhava. Ultimamente estávamos um pouco afastadas e me surpreendi por ela ter se preocupado comigo.

- Acho que estou melhor. Onde sua irmã está? - Resolvi perguntar e vi seu semblante mudar. Ela suspirou e foi indo até a porta.

- Não faço ideia. Ela some toda hora. Está mais chapada que nunca. Tive que dar uma segurada na bebida pra controlar as pessoas, mas tá difícil. - Ela abriu a porta e me encarou finalmente, mas logo desviou, parecia ter medo de manter contato visual comigo. - Eu... Eu vou descer. Se precisar de algo, me procura. - Apenas assenti e Sarah saiu dali. Ela parecia ter medo de ficar perto por muito tempo, isso acabava comigo. Não era desse jeito que eu a queria.

Depois que comecei a me relacionar com Carolline, tinha apenas um propósito de me vingar pelas milhares de coisas nojentas que havia descoberto e presenciado sobre ela. Queria deixa-la completamente aos meus pés e depois fazê-la sofrer da pior forma como ela já fez com várias meninas. Eu e todas as garotas que estavam comigo fazendo justiça com as próprias mãos. Eu tinha apenas um foco, estava movida pelo ódio que sentia dela, mas não imaginava que seria completamente desestabilizada por uma pessoa tão parecida e ao mesmo tempo tão diferente de Carolline.

Sarah definitivamente me fez tirar os meus pés do chão no momento que se demonstrou tão gentil e amigável. O jeito que ela tratava as pessoas bem, o jeito tímido e inocente, me encantou. Quis saber mais sobre ela sem ao menos entender. Soube que pra alguns ela não é tão inocente assim, mas pra mim ainda era. A mágoa que Sarah tinha do passado fazia com que ela agisse de tal forma pelas costas da irmã. Sarah era assim apenas com Carolline. Tive a oportunidade de estar a sós com ela, de conversar e conhecer. Vi que tudo era mágoa, era medo da própria inocência. Aquilo simplesmente me motivou mais a parar Carolline, queria deixar Sarah a par de tudo que Carolline já fez e faz, assim a libertária de sua relação tóxica com a irmã.

Desde alguns dias atrás que Sarah soube que eu estava nessa com Luísa que nós mal trocávamos algumas palavras. Ela se afastou de mim e pra minha infelicidade se aproximou ainda mais de Carolline.

Carolline era suja. Ela tinha medo de que Sarah contasse sobre a tentiva de estupro com Mari, então simplesmente estava tratando Sarah como se fosse a coisa mais importante da vida dela. Eu tinha nojo. Não aguentava mais ficar perto dela sabendo de todas aquelas porcarias. Pra minha sorte, eu conseguia ser mais falsa que ela. Eu tinha um plano e precisava ir a fundo nele. Meu estômago que aguentasse mais um tempo.

Por fim, Carolline armou toda essa festa. A escola toda estava presente, bebidas a vontade e Carolline fingindo ser a maior aliada de Sarah. Estava descendo as escadas vendo todo aquele pessoal na sala e Carolline agarrando e brincando com Sarah no meio de seus amigos. Minha vontade era acabar com todo aquele showzinho dizendo tudo o que sei. Sentia pena de Sarah por ser tão ingênua, por cair tão fácil na manipulação de Carolline. Eu não podia deixar aquilo continuar, Sarah precisava saber de tudo. Eu já tinha em mente o que fazer. Tinha as duas nas minhas mãos, agora era só brincar.

Me aproximei das duas e Carolline logo me agarrou me puxando pra perto dela. Evitei olhar para Sarah, aquilo me incomodava, mas eu precisava esquecer tudo que eu sentia por ela por um instante.

- Está melhor? Você parecia mal. - Carolline perguntou e selou nossos lábios. Entrelacei meus braços em seu pescoço e a analisei por um tempo, era linda, uma beleza que sumia quando eu me lembrava da merda que Carolline era. A diferença dela com Camila era pouquíssima, Carolline tinha traços mais fortes, Sarah era mais delicada. As duas eram lindas demais, lado a lado arrancavam olhares de qualquer um.

- Estou melhor agora. - Falei e Carolline sorriu me abraçando. Meus olhos encontraram os de Sarah e ela negou com a cabeça saindo dali. Aquela situação era realmente uma merda, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Precisava manter o meu foco e não me deixar fraquejar por causa dos meus sentimentos.

Fiquei por um tempo ali abraçada com Carolline. Podia perceber os olhares fulminantes das garotas que provavelmente Carolline ficava também, mas não estava dando a mínima. Estava mesmo torcendo para que Carolline sumisse com algumas delas, assim eu me livraria dela.

- Vem ca. - Carolline começou a me puxar no meio daquela gente toda e paramos na parte de trás da casa. Ela me puxou pra um canto e colou o corpo no meu. - Não estou aguentando nem mais um segundo longe de você. - Ela falou e forcei um sorriso entrelaçando meus braços em seu pescoço. Ela me beijou com um pouco de desespero e eu retribui. Me sentia agoniada. Eu não conseguia me concentrar e esquecer que era a pessoa que eu mais odiava ali na minha frente. Eu precisava me concentrar.

Fui pega de surpresa quando Carolline me ergueu segurando em minhas coxas e me pressionou na parede. Entrelacei minhas pernas em sua cintura sentindo-a esfregando sua ereção em mim. Eu sentia tanto nojo. A única coisa que me fazia aguentar aquilo era minha sede por vingança. Carolline parecia uma desesperada quando ficava excitada, chegava a ser assustador. Era agressiva com suas mãos, me apertava tanto que chegava a machucar, seus lábios eram rudes na hora de chupar meu pescoço.

- Caralho. Vamos fazer isso - Ela me soltou do nada e começou a abrir minha roupa como uma desesperada. Eu não queria ter medo, precisava ser firme ou ela me forçaria como sempre tentava.

- Não. Eu não quero. - Tentei empurrar sua mão e ela bateu com minhas costas na parede me segurando enquanto abria sua roupa. Como eu tinha vontade de matar aquela garota com minhas próprias mãos. - Carolline, por favor!

- Quanto mais você nega mais excitada eu fico. - Dizia enquanto media força comigo. Eu a empurrando pelos ombros e ela tentando de qualquer jeito me beijar. Segurou no meu pescoço e me desesperei por um instante, ela estava tirando minha roupa. Eu não podia deixar isso acontecer.

- Está me machucando. Por que está fazendo isso? - Tentei dizer sentindo meus olhos arderem. Eu estava com medo. Eu não queria ter medo dela, mas esses momentos eram assustadores. Ela parou de fazer força comigo e ficou me encarando. Eu não tinha força, então teria que apelar pro emocional dela. - Quer me forçar? Faça isso! Mas eu vou sumir, você nunca mais vai me ver.

- Não... - Tapou minha boca e ficou me olhando com um pouco de desespero. - Não.. Shh... Não diz isso. Você não pode sumir

- Se me fizer mal eu não vou querer ficar perto de você. - Fiz minha melhor voz dramática e Carolline se afastou fechando suas roupas. Finalmente soltei o ar de meu pulmão. Ela me olhou por uma última vez e saiu dali. Com certeza ia atrás de alguma garota que liberaria mais fácil pra ela.

Suspirei pesadamente ajeitando minha roupa, meus olhos teimavam em arder, a vontade de chorar de desgosto, de ter que passar por aquilo, eu estava no meu limite. Precisava fazer algo para distrair minha cabeça, queria esquecer da existência de Carolline por algumas horas. Andei até o lado de fora onde estava o meu carro. Pra minha sorte Carolline tinha sumido e não a vi mais. Entrei no meu carro e o liguei tentando me acalmar, minha cabeça estava à mil, parecia que ia explodir. Estava pronta pra dar partida quando alguém bateu na janela do carona. Olhei e meu coração foi na boca ao ver Sarah ali. Ela fez um sinal para que eu abrisse a porta e eu o fiz.

- Está indo embora? - Perguntou e eu assenti.

- Ia dar uma volta. Não estou bem.

- Eu também não estou bem. - Sarah disse e ficamos um tempo olhando uma pra outra. Pensei que talvez fôssemos a única coisa que poderia deixar a outra melhor. Ela era o que faltava em mim naquela noite. Eu quis dizer que eu poderia fazê-la se sentir melhor, mas fiquei quieta. - Vamos a um lugar da uma volta. Te explico onde é.

Apenas assenti e sai dali junto com ela. Eu me sentia nervosa, minhas mãos estavam suando. O silêncio no carro me deixando agoniada. Nunca me senti assim perto de nenhuma garota. Eu costumava ser confiante, segura, mas perto de Sarah eu era apenas uma garota implorando por atenção. Implorando por mais. Tudo sobre nós duas era limitado e isso me deixava insegura.

Paramos em uma praça no centro da cidade. O chão estava úmido da recente chuva, estava frio e só conseguíamos ouvir os carros na avenida. Sarah e eu não conversamos no caminho. Ela parecia nervosa, chateada com algo. Andamos lado a lado e sentamos em um banco na praça. Sarah sentou na ponta do banco bem afastada de mim, o que me deixou triste, eu sabia que ela estava chateada, mas de qualquer forma quis ficar comigo. Então apenas acendi meu cigarro e fiquei distante respeitando seu espaço. Eu sentia que precisava fazê-la se sentir melhor, me sentia mal por ser motivo da tristeza estampada no rosto dela.

- Droga! - Sarah reclamou inclinada no banco e vi que ela estava com ânsia.

- Está tudo bem? - Tentei me aproximar, mas fui impedida.

- Não toca em mim! - Sarah falou nervosa e recuei um pouco assustada. Eu estava preocupada. Ela parecia querer vomitar, mas não conseguia.

- Deixa eu te ajudar... - Tentei novamente me sentindo agoniada por vê-la tão mal.

- Me.. deixa, mas que droga! - Sarah reclamou se virando de costas pra mim, respirava fundo tentando se conter. Ela finalmente parou e abaixou a cabeça de olhos fechados. Fiquei a observando me sentindo preocupada. Aquela distância estava acabando comigo. Sentia medo de me aproximar e ela recuar.

- Sarah? - Chamei vendo-a de costas pra mim. Eu queria falar com ela, saber o que estava acontecendo. - Fala comigo.

- Eu não deveria ter vindo com você. Não deveria ser fraca assim. - Sarah disse se alterando e eu respirei fundo. Ela estava bêbada e chateada com algo. Eu só queria estar perto pra cuidar dela caso fosse necessário.

- Eu vou ficar quietinha aqui. Vai ser como se eu não estivesse, ok? - Ela se manteve imóvel olhando para às árvores na praça a nossa frente. - Eu só quero ficar perto de você. Sinto falta disso. - Eu dizia e Sarah não me mandou parar, então continuei um pouco receosa. - Esses dias foram os piores. Te ver tão distante me machuca, nunca pensei que pudesse depender tanto de ao menos um "Bom dia" seu. - Tentei me aproximar um pouco me arrastando pelo banco. - Não sei exatamente como me sinto em relação a isso. A garota que estou afim simplesmente me acha um monstro. - Dessa vez ela me encarou e meu corpo chegou a estremecer. Sarah estava séria.

- Está tentando me manipular? - Perguntou e eu senti minha garganta apertar. Era a primeira vez que eu realmente estava sendo sincera sobre sentimentos com alguém, eu não esperava ouvir aquilo, mas eu entendia Sarah. - Por que tudo parece uma droga de um jogo pra você? Por que parece que só quer brincar? Se aproveitar? - Ela se virou de costas novamente e levou suas mãos até seu rosto chorando como eu nunca vi antes. Era como o choro de uma criança que tomaram seu brinquedo favorito.

- Por que está chorando? - Resolvi perguntar receosa. Aquilo estava me machucando, vê-la daquela forma, tão fragil.

- Estou chorando porque gosto de você. - Sarah se alterou um pouco e me encarou. Seus olhos vermelhinhos e úmidos fizeram minha garganta apertar. Percebi que a pior coisa do mundo era ver Sarah chorando. - Eu gosto muito de você e sinto que estar perto de você é perigoso.

- Eu nunca faria nada pra machucar você, Sarah. - Eu tentava dizer de qualquer forma, ela parecia desesperada agora. Eu podia ver o medo em seus olhos. Sarah tinha medo do que sentia por mim, eu a entendia. Queria fazê-la ver que isso não era necessário, mas eu não podia, não ainda.

- Acontece que eu não acredito em você. - Se levantou do banco e automaticamente me levantei junto. - Você está me usando pra se vingar dela. Eu tenho sentimentos e você está usando isso. - Ela falava, mas parecia estar pensando alto, tentando encaixar as coisas em seus pensamentoas confusos. Eu estava ficando nervosa de presenciar aquilo. Não queria que ela sentisse coisas desnecessárias, queria que visse minha intenções reais com ela.

- Eu nunca faria isso, Sarah... Por favor, me escuta! - Tentei segura-la, pois Sarah estava inquieta e andando de um lado para o outro. Ela estava alterada e talvez não fosse o melhor momento pra conversar.

- O que diabos eu te fiz? Que caralhos tenho a ver com as merdas que Carolline faz? - Sarah gritou e fiquei paralisada encarando-a. - Me responda! Por que me envolveu nessa merda?

- Eu não tinha intenção de te envolver. - Confessei sentindo meus olhos ardendo. Eu não queria fraquejar. Queria me manter firme pra cuidar dela, mas estava impossivel.

- Por que é tão difícil te deixar? Por que fez isso, Juliette? - Se aproximou ainda mais e segurou com as duas mãos na minha nuca. Eu podia sentir sua respiração afobada e quente bater contra meu rosto. Ela parecia desesperada. Estava tão proxima que cheguei a ficar tonta. Sarah olhou dentro dos meus olhos e me senti presa, como se ela tivesse me imobilizado e eu não tivesse mais saída a não ser me render.

- Eu acabei gostando demais de você, Sarah. - Confessei e senti meus olhos fraquejarem, mas não consegui desviar meu olhar do dela. Queria que Sarah visse toda sinceridade em tudo que eu dizia. - Eu vi tudo, Sarah. Agora quero proteger você. Quero que veja também e tudo dará certo no final.

- Você gosta de mim? - Perguntou parecendo estar surpresa. Será que não era óbvio o quanto eu estava apaixonada? Eu apenas assenti e ela continuou me analisando como se quisesse achar algum traço de mentira. - Não minta pra mim.

- Nunca fui tão verdadeira com alguém. - Falei firme e vi a respiração dela ficar ainda mais nervosa. Ela parecia em choque. Não sabia como reagir. Eu me sentia frágil depois de admitir tal coisa a ela. Mas era real. Eu não podia perde-la, não podia me afastar, então precisava ser verdadeira. - Á tempos que não sentia tanta dependência de alguém, tanta admiração, tanta vontade de estar perto, de tocar... - Levei meus dedos até seu rosto e o acariciei. - Você me fez perceber que ainda sou capaz de sentir coisas e eu te odeio por isso. Eu estou louca por você, Sarah.

- Você gosta mesmo de mim? - Sarah perguntou novamente, ainda parecia nervosa, agora ainda mais. Apenas assenti e depois de ficar uns segundos séria, ela sorriu fraco. - Eu também gosto de você. - Segurou firme na minha nuca e em menos de segundos seus lábios estavam sob os meus os acariciando. Suspirei em satisfação por sentir algo tão bom. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente, a língua dela invadindo minha boca, tocando a minha fazendo meu corpo estremecer. Como podia ser tão divino beijar alguém que você gosta? É um desejo fora do normal. Eu não queria parar. Nossos corpos grudados, a mão dela agora na minha cintura a apertando com força. A boca dela se encaixando na minha, aqueles lábios carnudos de Sarah me deixavam louca.

Paramos aquele beijo só quando o ar começou faltar. Nós duas ainda ofegantes nos abraçamos e ficamos alguns minutos ali até que toda aquela afobação passasse. Não falamos mais nada, talvez não fosse necessário. Eu me sentia exposta, falar sobre o que sentia era novo pra mim, mas eu sentia que perder Sarah seria algo que eu não aguentaria. Não importava o quão forte e dura eu poderia ser, com ela eu me sentia vulnerável.

Sugeri a Sarah que fossemos para minha casa dormir lá. Eu não queria voltar para sua casa, não queria me separar dela, queria aproveitar aquele momento em que fomos sinceras uma com a outra, naquele momento não tinha máscaras nem medos, era só eu tentando ser boa a minha garota.

Nós chegamos na minha casa e fomos direto pro meu quarto. Sarah simplesmente tirou suas roupas e ficou semi nua de baixo da coberta comigo querendo conversar. Até tentei ficar plena por um tempo, mas era impossível. Eu já estava grudada nela querendo um outro tipo de atenção, coisa que ela parecia não querer.

- Ju, pelo amor de Deus! Eu não vim aqui pra isso. - Ela falava enquanto eu tentava beijar seus lábios de qualquer forma.

- Mas eu quero fazer. - Tentei dizer ainda muito ofegante. Não conseguia entender todo aquele calor no meu corpo, sentia necessidade de toca-la, de sentir seu corpo se apertando no meu. Desci roçando meus lábios por sua bochecha até seu pescoço, ela apenas me puxava ainda mais para si e movia seu corpo contra o meu. Eu podia sentir o quão excitada ela estava, aquilo estava me levando a loucura.

- Você me tira qualquer fio de sanidade - Sarah falou segurando firme nos meus cabelos e tirando meu rosto de seu pescoço. - Não me provoque assim. Estou sem proteção. Não vou fazer isso.

- Podemos fazer sem. - Voltei a me mover em cima dela, agora com mais força. Sentia seu membro duro contra minha boceta. - Estou tão molhada. Vai ser tão fácil para entrar aqui. - Sussurrei em seu ouvido e a senti pressionar ainda mais a mim. Procurei por sua mão que apertava forte minha bunda e levei até minha calcinha. Ela pareceu entender o que eu queria e começou a mexer na minha boceta por cima do pano. Não consegui segurar o gemido ao sentir os dedos dela me apertando. Eles driblaram minha calcinha e foi a vez dela de gemer ao sentir como eu estava.

- Porra! Toda molhada. - Senti seus dedos massageando meu clitóris molhado e mordi os lábios para conter o gemido. Sarah movia seus dedos rapidamente e me observava, parecia querer ver cada reação minha. A feição excitada dela fazia minha boceta contrair. Era assustador o poder que cada movimento de Sarah tinha sobre mim, a excitação que a pele dela transmitia para a minha. Era tudo diferente. Tudo novo. Eu gostava de sentir com ela, gostava de fazer com ela. Sua simples presença fazia meu corpo esquentar. E agora que eu a tinha tão perto, eu a teria.

- Vamos fazer isso. Eu preciso de você aqui também - Me movi contra os dedos dela e vi Sarah trincar o maxilar. Parecia estar tendo uma guerra interna. Eu não queria forçar a barra, eu simplesmente precisava dar pra ela.

- Meu Deus! Não faz isso. Está me deixando louca. - Ela me deitou e se colocou no meio das minhas pernas. Sua boca veio até o minha e iniciamos um beijo desesperado. Sarah suspirava fortemente e chupava meus lábios com tanta força que chegava a ser excitante. Aquele volume gostoso pressionando bem no meu ponto de prazer. Eu sentia calor, o corpo dela quente se movendo sobre o meu enquanto minhas mãos alisavam todo seu corpo. Eu precisava toca-la, eu estava faminta, não conseguia explicar meu desejo por Sarah. Um simples toque dela e meu corpo queimava como o inferno.

- Você trás sensações ao meu corpo que nunca serei capaz de explicar. - Me afastei dela apenas para dizer aquilo. Sarah ficou me encarando ainda ofegante, aqueles lábios maravilhosos vermelhinhos entre abertos. Sem conseguir me controlar levei meu polegar até seu lábio inferior e passei por cima, não conseguia ter nenhum controle, não queria tirar minhas mãos dela. Aquilo estava virando uma loucura. Sarah continuou imóvel, como se sentisse medo de se mexer e me atrapalhar. Segurei seu lábio com o indicador e o polegar e puxei um pouco, soltei ao ver Sarah fechar os olhos. Minha boceta vibrava tanto que eu sentia que teria um orgasmo sem ser tocar.

- Posso.. te pedir uma coisa? - Falou baixo se afastando um pouco. Eu apenas assenti com a cabeça. Ela segurou minha mão e beijou ali, me encarou e sorriu. Percebi que Sarah poderia passar de uma mulher completamente sedutora pra uma coisinha fofa em segundos. - Vamos apenas... deitar e.. conversar - Ela parecia tão tímida as vezes e eu simplesmente sentia que estava fodida, pois meu coração acelerava a cada vez que ela abria a boca pra falar.

- Você é tão fofa as vezes que sinto vontade de morrer. - Ela sorriu pra mim e se deitou na cama. Deitei atrás dela e a abracei tentando ao máximo controlar aquele fogo todo.

- Me desculpe se te decepcionei. É que... sabe... é legal transar loucamente e depois ir dormir quando você namora a pessoa e no outro dia ela vai tá ali, entende o que quero dizer? Vão ter sempre tempo pra fazer tudo. Eu e você não temos muito tempo, temos milhares de coisas que nos atrapalham e sabe, pela primeira vez quero aproveitar esse tempo com você conversando francamente, e te dando carinho com você sabendo que sou eu aqui. - Ela dizia olhando para um ponto fixo a sua frente, e eu? Bom, eu estava memorizando os detalhes do rosto dela, ouvindo cada linda palavra que saía de sua boca e pensando em como ganha-la. Como fazer aquela garota tão feliz que ela nem se lembrasse da vida que já teve, dos traumas. Sarah era interessante e isso me chamava atenção. Eu me sentia estranha pelo fato de que nunca tinha me apaixonado de verdade, eu não sabia direito como me sentir, mas era tão bom que me sentia motivada a te-la só pra mim.

- Preciso que faça agora algo terrivelmente horrível, me impeça imediatamente de sentir tudo isso por você. - Falei enquanto a abraçava com força por trás. Ela sorriu e entrelaçou nossos dedos. Percebi que não queria solta-la nunca mais. - O que você fez comigo? Traga a Juliette que não se importa de volta

- Você se importa? - Sarah perguntou e eu suspirei.

- Com o que exatamente?

- Comigo.

- Acho que é só com isso que me importo agora. Chega a ser estranho. - Falei sinceramente e ela se virou ficando de frente pra mim. Me analisava o tempo todo, era desconfiada, queria olhar nos meus olhos o tempo todo.

- Se você se importa comigo, realmente gosta de mim, por que simplesmente não deixa essa droga de plano de lado e fica comigo? - Perguntou e fiquei tensa no mesmo instante. Era uma assunto delicado e como eu queria muito que ela confiasse em mim, teria que ser bem cuidadosa para explicar.

- Ok. Podemos conversar sobre isso se quiser. Quero que confie em mim. - Ela apenas assentiu e eu respirei fundo pensando em como dizer e não dizer abertamente o que pretendia.

- Você vai me contar tudo?

- É bem óbvio que não, meu anjo. Você ainda não é confiável pra saber disso. - Fui sincera e ela se levantou sentando na cama. Parecia nervosa. Eu precisava ter o controle da situação.

- Eu não sou confiável? Eu também não confio em você. O que estamos fazendo afinal? - Sarah se alterou um pouco e me sentei perto dela olhando bem no fundo de seus olhos. Era a forma que Sarah sabia que eu estava sendo sincera.

- Você confia em mim sim, você só tá com medo. Mas no fundo você sabe que eu seria incapaz de te fazer mal. Estou certa, não estou? - Continuei a encarando e vi que ela pensava, era exatamente o que eu queria, fazer ela mesmo se convencer daquilo. - Desde o início eu te disse que não foi minha intenção me envolver com você. Foi um acidente. Aconteceu, entende? Eu quis que soubesse sobre meu ódio pela sua irmã pra você não me achar uma mentirosa.

- Isso ainda me parece loucura. Eu não queria me envolver nisso, Juliette. Seja lá o que Carolline tenha feito a você, ela é minha irmã, nunca me fez nada. - Sarah dizia e eu sentia vontade de despejar tudo que eu pensava, mas não adiantava. Seria a minha palavra contra a palavra da irmã dela que a manipulava como ninguém. Eu teria que provar a ela quem Carolline era.

- Eu te envolvi, mas a escolha é sua de ficar ou não. Se não estiver comigo, vai estar contra mim. - Falei séria e vi Sarah engolir seco. - Sua irmã não é boa pessoa. Já fez coisas tão horriveis que você não acreditaria. Você já viu duas vezes ela tentando nos forçar a transar com ela. Está de brincadeira comigo? Isso é aceitável pra você?

- Claro que não! É nojento e desrespeitoso, mas... eu não sei. Sinto que devo muito a Carolline pelo o que eu fiz com ela. - Respirei fundo olhando para outro canto. Ali estava exatamente onde eu queria chegar, na culpa, na ferida, queria tocar ali.

- Ok. Se sente culpada por ela ser assim? - Ela assentiu. - Primeiro de tudo, quem faz nosso caráter somos nós mesmos. Ela é assim porque quer ser assim. Carolline não é mais criança e tem total ciência de tudo que ela faz. Ela te culpa pelo acidente e por ter epilepsia. Isso não faz o menor sentido. Já parou pra pensar que pode ter sido apenas um acidente que ninguém provocou? - Sarah parecia muito pensativa. Eu estava adorando entrar na cabeça dela, faze-la refletir. Sabia que seria difícil, mas eu ia chegar lá.

- Eu não sei o que pensar. É confuso pra mim, Ju. Eu não me lembro do acidente. Eu acredito no que Carolline conta. - Ela dizia tão agoniada e vi o tamanho da confusão em sua cabeça. Era como se ela se sentisse culpada, mas não soubesse pelo o que.

- Qual a última coisa que você lembra? - Perguntei e ela se forçou a lembrar. Fiquei atenta sem tirar meus olhos dela.

- Lembro que... ela parecia estar surtando, sabe? Gritava muito me pedindo pra parar o carro. Só me lembro de me sentir agoniada e eu quis acelerar pra chegar logo por medo de deixa-la sozinha naquele lugar.

- E depois? - Sarah se forçou ainda mais como se procurasse em suas memorias, parecia realmente ter dificuldades.

- Depois disso lembro de ter escutado o pneu do carro cantando e depois tudo apagou. Só lembro de acordar no hospital com a notícia de que segundo Carolline eu joguei o carro numa ladeira e quase matei nós duas. - Sarah abaixou a cabeça, sua voz carregada de mágoa. Minha vontade de estrangular Carolline só aumentava.

- Olha, não vou dizer nada e nem por a culpa em Carolline. Presta muita atenção em mim agora - Ela me encarou e olhei bem nos olhos dela que lacrimejavam. - Eu vou te provar que você não foi a culpada de nada disso.

- Que? Como assim? Você sabe de algo? - Perguntou aflita e segurei suas mãos a acariciando, parecia nervosa.

- Sei. Sei que você é uma pessoa boa demais e não faria isso. Eu ouvi tudo que você disse, e uma pessoa que estava preocupada em deixar a irmã ir embora sozinha nunca tentaria matar as duas. E no fundo você também sabe que isso nem passou pela sua cabeça naquele dia. Você só não tem provas. - Sarah permaneceu quieta, parecia pensar no que eu estava falando. - Eu prometo que vou te provar que sua irmã faz da sua vida um inferno apenas porque ela é um monstro. Que ela tem inveja de você. Carolline é infeliz com o que ela fez e joga a culpa em você, pois não quer mais uma sujeira pra coleção dela. - Parei de falar e fiquei a encarando. Ela estava sem reação. Estava refletindo. Isso, Sarah, veja com os meus olhos.

- Se você... - Fez uma pausa e suspirou fortemente. Sarah parecia ter medo do que estava pensando. - Se você me provar tudo que está dizendo... - Me encarou e nem pisquei esperando o que ela ia dizer. Por favor, diga o que quero ouvir. - Se me provar eu prometo que te ajudo no que for preciso contra Carolline. Caso contrário, nunca irei te perdoar por ter me usado e mentido pra mim. - Soltei o ar de meus pulmões e assenti. Aquilo era maravilhoso. - Estou confiando em você.

- Eu não sou má pessoa, Sarah. - Me aproximei dela e segurei em sua nuca. - Eu sou louca, mas sou do bem. - Ela sorriu selando nossos lábios.

- Isso é assustador e bom ao mesmo tempo. Sinto medo de você, mas estou apaixonada ao mesmo tempo. - Ela dizia enquanto me puxava pra se deitar novamente. A tensão do assunto saindo de nós duas. Ali tive uma grande esperança de que tudo ia dar certo. Não poderia dar errado com Juliette Freire no comando.

- O perigo disso tudo me excita. - Colei meus lábios em sua nuca e dei beijos leves sentindo Sarah se arrepiar.

- Eu sempre faço isso. Eu não gosto do certo, do fácil, do caminho mais curto. Eu me interesso pelo errado, difícil, longo. Não consigo querer o que me quer. Não sei desejar o que posso ter. O racional não me interessa. Eu não sei gostar do lógico. - Sarah dizia fazendo um carinho com suas unhas na minha mão. Eu sorri aspirando o cheiro dos cabelos dela. Aquele momento era unico, era o pouco dela que eu poderia ter, mas só de saber que em pouco tempo ela poderia estar do meu lado completamente, isso me acalmava.

- Posso ser seu maior erro, desafio, o que quiser. - A abracei ainda mais forte e pude ver seu sorriso. E saber que eu poderia ser o motivo dele era gratificante.

- Boa noite, Ju. - Sarah falou se virando para o lado e encaixei meu rosto em seu pescoço.

- Durma bem, Sarah.

...

Despertei-me na manhã seguinte ouvindo um barulho irritante de alguém quase socando a porta. Continuei imóvel sem ter coragem de nem ao menos me mover. Senti alguém se mexendo e resmunguei quando o corpo ao meu lado se soltou do meu e o ar gélido bateu no meu corpo. Me movi na cama pronta para segura-la, mas não a encontrei. Abri meus olhos lentamente e vi Sarah procurando a chave da porta.

- Acorda, piranha! - Ouvi alguém dizer e suspirei me espreguiçando. Eu conhecia aquela voz, mas não estava raciocinando direito pelo fato de que havia acabado de acordar. - Anda, Jurema! - Novamente aquela voz berrando e enfim meu corpo deu um solavanco da cama. Sarah abriu a porta e paralisou, assim como eu, assim como Luísa.

- Mas que porra... - Xinguei e Sarah me escarou. Parecia que seus olhos iam sair de órbita. Agora era tarde de mais.

- Ai que ótimo! Olá Sarinha. - Luísa falou sarcástica e entrou no quarto agindo como se aquilo não fosse terrivel.

- Pode me explicar? - Sarah perguntou e eu engoli seco dando um sorrisinho. Queria ganhar tempo pra pensar em alguma mentira. Aquilo não fazia parte dos meus planos. Talvez fosse a hora de contar tudo a Sarah.

...

UM TRIO DESSES JUNTO VIADO. VEM AÍ.

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invenções loucas da minha mente