𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽...

By ywnszgaw-

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━ "É incrível como desde que ela chegou, vem colocar tudo em ordem, resolver os problemas de todos nós, quand... More

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POV S/N

O natal chegou, a casa estava lotada e completamente decorada. Olhei-me no espelho pela décima vez na noite, arrumando o vestido branco em meu corpo. Sentei na cama, desfazendo o sorriso que venho tentando manter na cara desde que desembarquei. Meu coração está estraçalhado. Nada parecia fazer sentindo. De noite é quando me permito chorar, nessas horas eu queria ser imune a dor.

Abri uma caixinha que deixei em baixo da cama desde que cheguei. Várias fotos com Payton estavam por ali, junto com os bilhetinhos que ele deixava em meu quarto quando estava por Los Angeles. Peguei uma delas. As lágrimas voltaram a lotar meus olhos.

- Feliz natal, meu amor. - sussurrei, sentindo uma lágrima escorrer por minha bochecha.

Escutei duas batidas na porta, sequei o rosto rapidamente e levantei, tentando me equilibrar no salto.

- Entre.

Riley abriu a porta e entrou sorrindo, com uma toca de papai noel na cabeça.

Riley: FELIZ NATAL!!! - berrou, vindo me abraçar.

Então notou as fotos sobre a cama. E olhou para meu rosto.

Riley: Você estava chorando. - acusou. - S/a, só me diga quando voltará a sorrir assim... - pegou uma foto minha com Payton e mostrou-me. - De novo.

Suspirei e tirei-a da mão dela guardando de novo.

- Esqueça isso. - a puxei para fora do quarto. - Hoje não quero me sentir triste, é natal. - forcei um sorriso.

POV PAYTON

O pinheiro estava completamente enfeitado, bem como a casa toda. Por fora e por dentro. A mesa estava posta e estávamos sentados em torno dela para agradecer pelo ano. Jackson veio passar o natal conosco, sendo o único convidado especial. Digamos assim.

Todos fechamos os olhos para rezar em silêncio, porém Anne começou a falar baixinho, espiei-a, ela estava concentrada, notei que todos ao redor da mesa prestavam a atenção no que a caçula da família falava.

Anne: Jesus, muito obrigado por ter me dado uma irmã nova esse ano, eu gostei muito muito muito. - sorri, com os olhos marejados, Faith segurou minha mão por baixo da mesa e apertou-a, me dando um sorriso cúmplice. - Se o senhor puder a trazer de volta eu prometo que até empresto meus brinquedos.

Ela abriu os olhos e todos desviamos o olhar. Porém é óbvio que cada um em volta dessa mesa sente falta de S/n. Cada um da sua maneira. Mas sente.

Chris: Bom, vamos a ceia?

Então entre conversas e sorrisos começamos a comer. Mais tarde meu padrasto desapareceu e voltou vestido de papai Noel, os olhos de Anne brilharam. Ele entregou os presentes, nos fazendo rir muito. Eu não conseguia me recordar qual foi a última vez em que passei um natal tranquilo com minha família. Normalmente comia e sai correndo de casa, para alguma festa.

Quase duas da manhã sentei no jardim, olhando para o céu. Recordei de quando S/n ficou falando sobre as estrelas. E imaginei que talvez ela estivesse olhando para mesmo local que eu agora. Fechei os olhos e respirei fundo, sentindo a saudade voltar com tudo. Não escutei quando Chris se aproximou, somente senti sua mão tocar meu ombro.

Chris: Ainda tenho mais um presente para você. - contou-me, entregando seu celular para mim.

- Vai me dar teu celular? - perguntei, confuso.

Chris: Não, te darei o direito de uma ligação. - esticou-me um papel com um número enorme anotado. - Não precisa falar rápido, porém não fique uma hora pendurado no telefone. Ligação internacional custa caro. - piscou e saiu. Deixando-me em transe.

Não sabia o que fazer, sequer podia afirmar que S/n vai me atender. Com as mãos tremulas disquei o número, meu coração acelerou somente ao escutar chamando. Uma voz infantil atendeu o telefone, por Deus, como eu vou me comunicar com uma criança?!

Simplesmente falei o nome de S/n seguidas vezes, escutando o barulho alto de conversas atrás.

S/n: Alô... - fiquei calado, meu corpo inteiro gelou somente por escutar sua doce voz.

- Hey!

POV S/N

Paralisei, meu coração começou a bater descompassado, não sei como consegui andar até meu quarto e trancar-me lá dentro. Sentei na cama, com as pernas bambas antes de responder, em inglês.

- Olá. - merda, minha voz saiu completamente trêmula.

Payton: Feliz natal. - sua voz rouca fez as lágrimas inundarem meus olhos.

- Para você também. - respondi, obrigando-me a parar de gaguejar.

Payton: Hm, não quer falar comigo, né? - a forma como ele falou, a entonação que usou e a voz clara de quem ia cair em lágrimas em pouco tempo fez meu coração se aquecer.

- Eu sinto saudade. - sussurrei, sem conseguir me conter.

Ele ficou em silêncio por uns segundos.

Payton: Todos aqui sentem sua falta. - respondeu. - Essa casa não tem graça sem você.

Novamente ficamos mudos, quando Payton voltou a falar, porém, era certo que chorava.

Payton: Eu sinto tanto... - começou a falar. - Fui um completo idiota, fui fraco... - mordi meus lábios. - Não há um dia sequer que eu não me odeie por isso.

- Você voltou para o tratamento? - questionei, somente para confirmar.

Payton: Sim, faz quase um mês. - respondeu, fungando.

- E agora vai tentar ser mais forte?

Payton: Eu não vou tentar, eu vou conseguir. - respondeu, convicto.

- Então eu acho que posso fingir que nada de ruim aconteceu antes de eu vir embora. - respondi, porque de uns dias para cá pesquisei muito sobre os tratamentos contra as drogas e notei que fui radical demais com Payton.

Largar um vício não é tão fácil. E eu não posso cobrar que ele consiga isso em pouco tempo. Só estava sendo orgulhosa.

Payton: Você me desculpa? - questionou.

- Desculpo, mas que fique claro que essa é a última vez. - sorri de canto. - Acho que você teve sorte de me ligar logo quando o espírito natalino habita por aqui. - brinquei.

Payton: Eu amo você. - murmurou.

- Eu também amo você. - respondi, sentindo as lágrimas molharem meu rosto.

E ele teve que desligar, afinal a ligação sairia caro. Sequei o rosto e retornei para sala, com a sensação de que tirei um peso das costas.

POV PAYTON

Retornei ao tratamento logo após o natal, fiquei na clínica cinco meses, por sorte podia sair aos finais de semana, conseguindo escrever algum e-mail para S/n dando notícias e sabendo como ela está. Eu estava ficando louco sem tê-la aqui.

S/n: Estou sozinha hoje. - se queixou, via skype. O único meio que encontrei de escutar sua voz sem precisar pagar.

- Mas e teus pais, princesa? - perguntei.

S/n: Foram em uma festa. - suspirou. - Está muito frio aqui. - comentou. - Estou com o notebook, na cama, bem tapada. - contou-me. - Somente com uma camiseta grande.

- E você está me falando tudo isso somente para provocar? - ela gargalhou. - Ai, S/n Stewart, que sacanagem agora fiquei imaginando.

S/n: Não mandei morar longe. - implicou.

- Não tem ideia de como eu queria estar contigo agora. - suspirei. - Te beijar, acariciar, morder seus lábios...

S/n: Chega chega, está me deixando arrepiada. - gargalhei.

- Tudo bem, parei

S/n: Venha logo, Payton, por favor. - sua voz chateada cortou meu coração.

- Eu vou dar um jeito meu amor, ao que tudo indica ganharei alta logo e então começarei a trabalhar, para poder pagar a passagem. - contei.

S/n: Só precisa da passagem mesmo, porque nunca te deixarei ficar em um hotel, virá direto aqui para casa. - sorri.

- Irei conseguir, pode deixar.

Ficamos conversando mais um tempo até que notei que S/n vinha falando menos.

- Amor, está com sono? - perguntei.

S/n: Um pouquinho. - admitiu.

- Vai dormir, angel.

S/n: Não, quero ficar aqui e falar com você. - disse como uma criança birrenta.

- Nada disso, você precisa descansar. - retruquei. - Eu queria demais estar ai para colocar na cama. - suspirei. - Mas enfim, boa noite, anjo meu.

S/n: Chato. - murmurou, me fazendo rir. - Boa noite seu estraga prazeres. Eu amo você.

- Eu amo mais.

Desliguei o computador e fui deitar, rodeado pela voz calma de S/n em meus ouvidos e pela esperança de logo poder tê-la em meus braços novamente.

POV S/N

O ano passou rápido, eu e Payton nos correspondíamos como conseguíamos, via cartas ou pela internet. É incrível como, mesmo sem o ver, o amor parece ter duplicado.

Soube que ele tem lutado muito para conseguir pagar a viagem. É por isso não gosto quando fica me mandando presentes, porque ele tira do dinheiro que está economizando para vir. Porém não posso negar que é sempre bom receber algo que já esteve lá nas mãos dele.

Quanto ao tratamento ele já terminou e faz quase quatro meses que está vivendo normalmente, sem que tenha nenhuma recaída, posso dizer que agora sim me orgulho totalmente dele.

Os dias seguiram passando, lentos e torturantes. Eu contava os milésimos para ver Payton, eu precisava dele novamente, tocá-lo, sentir seu perfume, seu abraço, seus beijos... Obviamente sentia saudade de todos de LA, porém era por ele que meu coração chamava diariamente. Já estava praticamente na metade de minha conversa com Payton, em uma das únicas vezes que consegui telefonar. E meu coração queria ficar mais um tempo o escutando falar.

- Pois é, depois de um ano.

Payton: Então... Tenho que desligar, nos vemos daqui a dois dias

- Tá bem, te amo.

Os segundos se tornaram minutos e os minutos, horas. Estava dificil aguentar a ansiedade. Os dois dias demoraram a passar, parecia uma eternidade.

Quando finalmente amanheceu o tão esperado dia eu sequer conseguia ficar em pé, tamanho o nervosismo. O trajeto até o aeroporto foi longo, meus dedos chocavam-se contra o banco do carro, nervosos. Minha perna tremia involuntariamente. No ar gelado, olhando os aviões pousarem, as lágrimas começavam a dar sinais, meu estômago estava embrulhado e meu corpo completamente tenso.

Depois de um ano. Finalmente.

Somente permiti que minha mãe viesse, não quero uma platéia cuidando, preciso que esse momento seja o mais íntimo possível. Quando anunciaram o número do vôo que acabou de pousar meu coração acelerou. Caminhei para a porta de desembarque, porém tinham tantas pessoas que estava difícil conseguir enxergar. Atrapalhada, nervosa e ansiosa sequer piscava.

E foi então que eu o vi. No meio da multidão. Sem esperar um segundo mais, corri até ele, atropelando as pessoas que estavam pelo caminho, e joguei-me em seus braços, beijando-o por ali mesmo.

THE END!¡

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