Um Retorno Inesperado | ✓

Per abewrite

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Lauren Anderson tinha quinze anos quando teve que se mudar de sua cidade natal para morar em Londres e assim... Més

Acervo
Capítulo 1
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Epílogo
Agradecimentos
SUR-PRE-SA!

Capítulo 14

981 64 10
Per abewrite

Chegamos ao shopping e fomos para a nossa loja favorita, em frente a pista de boliche. Não fazia cinco minutos que tínhamos entrado e as minhas amigas já colocaram seis categorias de vestido na minha mão das mais variadas cores, texturas e estampas.

— Eu vou vestir tudo isso? — Perguntei.

— É claro que vai e mostrar um por um também! — Julie disse óbvia enquanto colocava mais um vestido de lantejoulas prateadas em cima da pilha de roupa.

— Julie, ele não me convidou para o baile, não preciso ir como se fosse. — A segui para o outro lado da arara.

— Sim, eu sei. Por isso, só coloquei roupas nem tão arrumadas, nem tão desleixadas. — Colocou uma blusa de tela rosa e um jeans.

Ri com aquilo. Um vestido de lantejoula não era nem de longe uma roupa básica. 

— Olha esse vestido! — Melissa apareceu atrás de nós com um conjunto de vestido preto quadriculado e uma blusa branca por dentro. 

— Já está bom, né?! — Perguntei vendo ela coloca-lo na pilha, já pesada. 

— Ok, vai para o provador. — Julie revirou os olhos.

Fiquei provando vestidos, conjuntos, saias, blusas e tudo que eu pudesse experimentar por cerca de trinta minutos. Nada estava ficando do jeito que queria, até vestir o penúltimo vestido da pilha enorme. Era verde água com pequenas margaridas espalhadas e mangas caídas no ombro. Era perfeito e poderia usar em qualquer ocasião. 

— Com certeza! — Julie falou sorridente.

— Você está linda! — Mel concordou.

Gargalhei.

— Então, esse será! — Falei animada.

Voltei para o provador e coloquei a minha roupa. Após pagar pelo vestido que, para a minha alegria, não foi tão caro, nós fomos tomar um milkshake enquanto Julie me dava "dicas" do que eu deveria fazer, falar ou não no "encontro". 

— Se ele te levar para um restaurante, JAMAIS peça espaguete! — falou séria como se minha vida dependesse daquilo. — Principalmente se vier com molho de tomate.

— Eu gosto de espaguete... — Falei confusa.

— Não interessa, não peça! — Retrucou bebericando o seu milkshake.

— Por quê? Qual é o problema de comer macarrão? — Ri.

— Porque ninguém sabe comer direito! — Falou óbvia. —  Sempre fica umas partes penduradas para fora e você precisa sugar ele respingando o molho em tudo. Péssima escolha! — Balançou a cabeça com uma de suas mãos em meu ombro.

— Então, eu peço carne? — Perguntei rindo.

— Só se você levar um fio dental. Você não quer beijar ele com carne entre os dentes, quer? — Melissa perguntou óbvia. 

Fiz careta. 

— Ok, então eu vou passar fome? 

— Pede uma salada. — Ela deu de ombros. 

— Sério? Salada? 

— É saudável, pelo menos. — Riu.

— Mais alguma dica das especialistas?  — Debochei.

— Divirta-se! — Melissa sorriu. 

— E conta tudo para gente depois. — Julie completou.

Eu tinha ótimas amigas, realmente. 

— Estou nervosa... — Falei me levantando e elas me acompanharam.

— Por que? — Mel perguntou jogando o copo vazio no lixo.

— Faz muito tempo que eu não saio com um garoto. — Falei pensativa.

Senti algo dentro da minha barriga se contorcer.

— Mais um motivo para você aproveitar. — Julie falou.

— O Jonathan é um cara legal e bem-humorado, ele vai te fazer esquecer que está em um encontro rapidinho. — Melissa falou bem segura.

Achei bem específico!

Olhei para ela desconfiada e ri.

— Vocês já tiveram algo né? — Perguntei e ela ficou sem graça. 

— Saímos uma vez só. — Deu de ombros.

— É verdade, eu lembro disso! Foi ano passado! — Julie gargalhou. — Ela dispensou ele porque achava estranho ficar com amigos dos amigos dela.

Gargalhei.

— Coitado! Isso é verdade? — Perguntei enquanto saímos do shopping.

— Na verdade, na mesma semana eu conheci um garoto na sorveteria e fiquei bem interessada...  — Deu de ombros.

— Aí você dispensou ele para sair com o outro? — Perguntei já sabendo a resposta e ela assentiu.

— Se eu contasse a verdade ele ia ficar sentido, coitado. — Fingiu preocupação. — O Jonathan, apesar de ser legal, tem uma masculinidade um pouco frágil, sabe?! — Brincou. — Se eu falasse que não ia sair com ele para sair com outro, ele ia entrar em depressão ou algo do tipo.

Gargalhamos.

— Então, você resolveu mentir para ele?!

— Não queria pagar terapia para ninguém. — Disse óbvia e eu gargalhei mais.

— Você está exagerando! Acho que ele ficaria irritadíssimo, não depressivo. — Julie zombou também.

— Vocês não valem nada. — Balancei a cabeça rindo. — Como vocês podem ter tanta certeza que ele reagiria dessa forma? 

— Você já conversou com ele, Lauren. Ele ama ser o galanteador. — Melissa riu. — Justamente porque nunca foi rejeitado!

— Faz sentido. — Concordei.

Confesso que além de nervosa, estava na dúvida. Se ele quiser me beijar, o que eu vou fazer? Eu não sei se quero beijar ele. Mal nos conhecemos! 
Mas, se ele quiser, o que eu faço? Digo não? Ficaria um clima estranho e ele poderia pensar que a culpa é dele. Então, eu beijaria mesmo não querendo? 

Fiquei olhando para o teto, deitada na cama, enquanto um turbilhão de pensamentos passava pela minha cabeça. Eu não sei como é um encontro mais. Desaprendi completamente! 

Peguei meu celular e liguei para Melissa e Julie por chamada de vídeo. 

— Fala, amiga! — Julie foi a primeira a atender. 

Ela estava no banheiro com o cabelo molhado enquanto passava algum tipo de creme nele. Colocou o celular em cima de algo e ficou na frente da câmera.

— O que está fazendo? — Perguntei.

— Hidratação com o creme novo que comprei. — Mostrou um pote amarelo enorme sem tampa.

— Oi, o que houve? — Melissa, que estava mais para uma sombra, atendeu com voz de sono.

Não dava para ver seu rosto, provavelmente ela estava no escuro. 

— Acordei a donzela? — Ri.

Não, já estava acordada. — Mentiu bocejando.

Estamos vendo. — Julie ironizou.

— Então, convoquei essa reunião sem avisar para vocês poderem me tirar uma dúvida. — Sorri sem graça.

Qual? — A voz de Julie estava longe e baixa, ela também estava fora do campo de visão da câmera e só dava para ouvir o som do chuveiro sendo ligado. Provavelmente ela estava no banho enquanto conversávamos. 

Às vezes, a intimidade é uma maldição. 

— Eu não sei se quero beijar ele hoje a noite. — Falei coçando a nuca. 

O quê? — Berraram juntas.

Melissa correu para acender a luz e voltou para frente do celular com sua cara amassada. Já Julie, colocou apenas sua cabeça molhada para aparecer na câmera e ambas pareciam bem assustadas.

Por que você não quer beijar ele? — Melissa perguntou desesperada. — É sua oportunidade! 

— Eu mal conheço ele! — Ri.

E? — Julie gritou do outro lado da linha voltando a desaparecer. — Você por um acaso é religiosa? 

Ri.

Não, mas eu quero ir com calma... — Dei de ombros roendo as minhas unhas.

Então, se ele tentar te beijar, você vai fazer o quê? — Mel perguntou.

— Por isso que eu liguei. — Fiz cara de paisagem. 

Eu espero que elas me deem a resposta...

Bom... fala que não quer. — Mel sugeriu como se fosse simples assim.

— Mas, como você mesmo disse, ele ia se sentir horrível. — Falei óbvia e ela pareceu se tocar. 

É verdade, tenta ser mais boazinha! — Acrescentou.

Fala que você prefere conhecer ele um pouco mais, então. — Julie disse óbvia. 

— E se ele não quiser mais sair comigo depois disso? 

Ah! Lauren, aí é ele que estará perdendo a grande gostosa que você é. — Mel respondeu revirando os olhos.

Concordo com a Melissa! — Julie apareceu na câmera novamente, dessa vez com uma toalha no cabelo.

Nós conversamos mais um pouco sobre coisas aleatórias e eu precisei desligar para começar a me arrumar.

Fiz questão de tomar um banho moderadamente demorado e morno para tirar o nervosismo. 

— Para onde você vai linda assim? — Meu pai perguntou se sentando no sofá da sala com um balde cheio de pipoca.

— Vou sair com um amigo. — Respondi me sentando ao seu lado e pegando um punhado de pipoca.

— Hmmmm — Me olhou travesso. — Um encontro?! 

— Ele não mencionou nada disso, vocês que estão dizendo. — Ri.

— Eu conheço? É o Daniel? — Perguntou olhando para o  jogo de golfe que passava na TV. 

— Não, não é o Daniel. Por que está obcecado por ele, do nada? — Gargalhei com a possessão repentina dele.

— Ele está bem bonito, pensei que formariam um bom casal. — Deu de ombros comendo mais pipoca. Fiz careta.

A campainha tocou e eu me levantei para atender.

Abri a porta e Jonathan apareceu com um sorriso lindo. Ele estava com uma roupa casual e eu senti um alívio por dentro. Eu não estava mal vestida e nem muito arrumada, então. 

— Boa noite. — Pegou a minha mão e deu um beijo em suas costas.

— Boa noite. — Sorri. 

— Você está linda. — Ele falou me olhando de cima a baixo. 

No mesmo segundo meu pai se levantou do sofá e apareceu atrás de mim. Jonathan diminuiu um pouco o sorriso e ajeitou a coluna. 

— Jonathan, esse é o meu pai. Pai, esse é o Jonathan, um amigo da escola. — Apresentei os dois.

Meu pai tinha uma expressão séria no rosto, totalmente diferente da que apresentava alguns minutos atrás. 

— É um prazer conhecê-lo, Senhor Anderson. — Estendeu sua mão para cumprimento e meu pai retribuiu lhe dando um aperto firme.

— O prazer é meu, Jonathan. — Assentiu ainda sério. 

Mordi minhas bochechas para não cair na gargalhada ali mesmo. Essa coisa formal não era para o meu pai. 

— Vocês pretendem voltar que horas? — Perguntou.

— Meia-noite, senhor. — Limpou a garganta.

Meu pai o olhou, ainda sério, sem dizer nada, o que fez Jonathan ficar com dúvida se era uma boa hora.

— Onze horas?! — Falou outra vez e meu pai esboçou um mínimo sorriso.

— Onze horas parece ótimo. Bom passeio! 

Jonathan me acompanhou até o carro e abriu a porta para mim. Meu pai nos olhava encostado no batente da porta e só entrou novamente assim que partimos.


Olá, olá! Demorei? Não, né?!

Ai como sou maldosa, deixei vocês na curiosidade outra vez rs

Comentem muito sobre o capítulo, hein e se preparem para o próximo que lá vem!

beijinhoos!

Continua llegint

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