𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽...

By ywnszgaw-

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━ "É incrível como desde que ela chegou, vem colocar tudo em ordem, resolver os problemas de todos nós, quand... More

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POV S/N

Fechei o diário e o coloquei sobre a cômoda do quarto de Payton. Sai de lá no mesmo instante em que a campainha tocou. Faith abriu. Escutei a voz de Timmy invadir o ambiente, fui até eles.

- Achei que tinha me esquecido. - fiz drama, indo o abraçar.

Timothée: Jamais esqueceria de você minha flor de maracujá. - sorriu, retribuindo ao meu abraço. - Seguinte, vim ver se tem um lugar para mim na tua mala. - comentou. - Pode me levar como uma lembrança de LA. - o olhei, rindo. - Bem melhor que aquelas camisetas onde está escrito "estive em Los Angeles e lembrei de você." - gargalhei. - Vai dizer que nunca ganhou uma dessas?

- De LA nunca, mas de outros lugar sim. Várias. - sentei no sofá, ele sentou também. - Eu não quero que o senhor me esqueça quando eu for embora. - fiz um bico.

Timothée: Você tem algum trauma quanto a ser esquecida? - perguntou. - Porque é a segunda vez que fala disso em menos de cinco minutos. - debochou.

- Me deixa, estou sensível. - me defendi. - Escuta, eu quero te ver indo para o Brasil como um renomado ator. - sorri. - Daí eu vou te exibir por lá

Timothée: Com certeza irei. - afirmou. - Afinal, eu tenho toda a pinta de ator. - gargalhei, novamente.

- Por que sempre é você que me anima? - perguntei, sorrindo.

Timothée: Ah, porque eu tenho esse jeitinho maravilhoso de tratar as pessoas. - disse convencido.

POV PAYTON

Posso dizer que perdi a noção do tempo, não tenho a menor ideia de que dia é hoje e muito menos se S/n segue em Los Angeles ou já foi embora. Só em pensar que essa hora ela pode estar longe de mim. Mais longe, quero dizer. Meu coração se aperta.

Bianca: Boa tarde meu paciente preferido. - entrou, sorrindo.

- Você deve falar isso pra todo mundo. - rolei os olhos, brincando. - Queria poder ficar feliz com a tua presença, porém sempre que você vem eu tenho que ingerir alguma coisa...

Bianca: Fique feliz por me olhar, meu bem. - sorriu, largando sua bandeja de sempre. - Soube que se comportou muito bem nesse final de semana que não estive. - elogiou.

- É, virei um bom menino. - suspirei.

Ela assentiu, olhando para os medicamentos que preparava.

Bianca: Como estão indo suas conversas com a psicóloga? - questionou, agora me olhando.

- Aposto que já te passaram o relatório completo. - passei a mão em meus cabelos.

Bianca: Já, mas queria que tu me contasse. - deu de ombros.

- Eu queria sair daqui. - a olhei. - Não pode se ter tudo que quer, né? - brinquei.

Bianca: É tão horrível ter que me ver todos os dias? - entrou na brincadeira.

- É horrível não poder ver S/n. - suspirei. - Nem sei mais se ela está em Los Angeles.

POV S/N

Sentei sobre a cama de Payton, com as pernas de índio, olhando ao redor. Os últimos dois dias passaram rápidos, dividi minha atenção entre Faith e Timmy, que todo o segundo deixavam claro o quão aborrecidos estavam com a minha partida. Hoje, porém, a 48 horas de embarcar, tirei um tempo para Payton. Ou para os locais que mais me fazem lembrar dele. Passei o dia revivendo nosso tour por Los Angeles, aproveitando para me despedir da cidade.

Agora, é quase nove horas da noite e estou sozinha curtindo um momento no local onde sua presença está mais forte. Joanne e Chris saíram mais cedo, não tenho a menor ideia de onde foram, e Faith está com Anne jogando video game, então consegui um tempo para mim. Peguei uma de suas fotos, que estava sobre a cômoda e olhei-a, meu coração se apertou involuntariamente. Fiquei vagando por ali uma meia hora, quando escutei uma voz conhecida soar alta no andar de baixo. Uma voz que inundou a casa e que faz meu corpo responder de imediato.

Só que, não pode ser.

Mais uma vez a voz apareceu fortemente, afirmando-me que não estou ficando louca. Meus olhos se encheram de lágrimas somente por escutá-la, ainda que provavelmente seja somente minha imaginação.

POV PAYTON

Naturalmente a saudade de minha família era enorme e ainda que eu não tivesse obtido uma alta definitiva iria aproveitar esses poucos dias em que me liberaram para ficar junto a eles. Porém a casa parecia vazia, eu não tivera a coragem de perguntar por S/n, ainda assim meus olhos a buscavam pelo local. Estava me sentindo sufocado com toda essa atenção, eu preciso sentar e entender que ela já não está mais aqui. Soltei-me do abraço apertado de minha irmã e somente então encontrei quem procurava.

Do alto da escada, olhando-me surpresa e incrédula. Antes que eu pudesse raciocinar, ela desceu correndo e se jogou em meus braços, segurei-a pela cintura, abraçando-a, tão surpreso quanto ela por saber que ainda está aqui. Um suspiro de alívio escapou por meus lábios, enterrei minha cabeça em seu pescoço, aspirando seu perfume e sentindo-me trêmulo. Pela primeira vez, desde que chegara, eu chorei.

Fechei os olhos, deixando que as lágrimas rolassem, virei o rosto, dando-lhe vários beijos na bochecha e notando que ela também chorava. Colei minha testa na dela, olhando-a nos olhos, levei a mão até seu rosto, tocando-a. A saudade era tanta e tão grande que eu não conseguia conter as caricias. Eu chorava pela dor que senti ao achar que já a tivesse perdido. Pelo desespero de estar junto dela. Pela certeza que não sobreviverei nem um segundo quando não a tiver mais aqui.

POV S/N

Voltei a abraça-lo, com força, porque não conseguia acreditar que ele está aqui. Que conseguiu vir pra casa antes de eu ter que embarcar. Parece que a surpresa não foi só minha. Nenhum dos dois acreditava nesse reencontro. Eu precisava me controlar e soltá-lo, deixar que fique com sua família, porém meu corpo não permite, não tenho força suficiente para me afastar.

Ele me olhou novamente e sem dizer nada aproximou os lábios dos meus, fechei os olhos e esperei sentir seu gosto novamente. O beijo iniciou lento, repleto de saudade, salgado pelas lágrimas, movido pela emoção. Eu sequer entendia direito que ele estava mesmo ali, minha cabeça dava mil voltas, eu precisava senti-lo para conseguir acreditar. Minha boca estava trêmula, perdida, deixando-se guiar por Payton, que fazia de tudo para ser carinhoso. Puxei-o pela nuca, obrigando-o a intensificar o beijo, sua língua se entrelaçava a minha, criando uma sequência de arrepios em meu corpo.

Afastamos-nos, buscando um pouco de ar, seus lábios seguiram roçando-se nos meus.

Payton: Eu não acredito que você ainda está aqui. - sussurrou, em meio a um sorriso.

- E eu tão pouco acredito que você está em casa. - devolvi no mesmo tom.

Payton: Como é possível que esteja mais linda do que eu me lembrava? - tocou meu rosto, acariciando levemente. Sorri, deixando-o secar minhas lágrimas.

Olhei de relance sua mão e constatei que seguia usando a pulseira que coloquei em seu pulso antes de ser internado. Payton notou meu olhar.

Payton: O mais difícil de ficar internado não foi ter que aguentar os medicamentos, agulhas ou o ambiente sem vida. - contou-me. - Foi ficar sem você. - mordi meus lábios. - Sem saber onde estava, como estava, o que fazia. - segurou minha mão, entrelaçando seus dedos aos meus. - É engraçado, mas eu só dei valor ao que sinto quando não te tive mais por perto. - sorriu um pouco. - Agora vai ter que me aguentar, porque eu choro por qualquer coisa. - rimos - E estou um tanto meloso. - fez uma careta. - Mas sabe por que eu não me importo? - neguei. - Porque eu amo você. E me sinto feliz por ter virado um idiota. - sorrimos.

Deixei de ser egoísta e me afastei de Payton, permitindo que sua família se aproximasse, fui para o quarto. Para o quarto dele esperar todos pudessem matar a saudade, porque eu sabia que se ficasse pela sala ele não ia se concentrar em nada mais. E eu não ia suportar ficar longe.

Deitei e coloquei meus fones, enquanto escutava uma música qualquer, fechei os olhos e tentei colocar as idéias no lugar. Não vi o tempo passar. Somente voltei a mim ao sentir os lábios quentes de Payton roçarem meu pescoço. Seu corpo levemente sobre o meu. Abri os olhos e tirei os fones.

Payton: Dorminhoca. - sorriu, levantando a cabeça e me olhando - Agora virou dona do meu quarto?! - brincou.

- Virei. - respondi, fazendo um bico. Ele depositou um pequeno beijo ali, fazendo-me sorrir. - Eu senti tanto sua falta. - o puxei, abraçando-o apertado.

Payton: Não havia um segundo sequer que eu não pensasse em você.

- Eu achei que não ia mais te ver. - confidenciei, ele me olhou.

Payton: Depois de tudo a gente merece um pouquinho de felicidade. - sorriu.

- Pouquinho? Ter você aqui é minha felicidade completa. - ele beijou minha testa. Olhei o braço dele, notando marcas de agulhas. - Te machucaram. - falei chateada, ele girou na cama, ficando ao meu lado e puxando-me para deitar sobre seu peito, passei o dedo de leve pelas feridas.

Payton: Não se preocupe, são só marcas, não dói. - afagou meus cabelos. Assenti.

Ficamos em silêncio por um tempo, somente curtindo a presença um do outro, até que tomei coragem para pedir algo.

- Posso te pedir uma coisa? - olhei-o.

Payton: O que quiser, meu amor. - me olhou de volta, sorrindo.

- Eu quero que me faça sua. - fechei os olhos para falar. - Porque eu preciso te sentir por completo.

POV PAYTON

Paralisei diante do pedido dela.

- Tem certeza? - questionei, por medo que ela tivesse falado por impulso. Ou sei lá.

S/n: Estou te pedindo, não estou? - respondeu-me, convicta.

- Mas aqui? - fiz uma careta.

S/n: Qual é, eu sei que você já trouxe outras garotas pra cá antes. - retrucou.

- É esse o problema. - a olhei. - Você não é como as outras garotas.

S/n: Então me ame, é só o que te peço.

Suas mãos seguraram meu rosto, fazendo me a encarar, ela roçou os lábios nos meus, fechei os olhos desistindo de resistir e mordi seu lábio inferior, chupando-o em seguida e a puxando para cima de meu corpo, enquanto invadia sua boca com minha língua. Desci as mãos por suas costas, necessitando tocá-la, ainda descrente de seu pedido repentino. Brinquei com sua língua, movi os lábios com o desejo crescente guiando-me, enquanto me surpreendia com os movimentos provocantes que S/n dava sobre meu corpo, para acabar de vez com qualquer resquício de razão que eu poderia ter. Propositalmente ela se encaixou e se esfregou em mim, fazendo meu corpo inteiro alertar-se.

Eu também a queria, com todas as forças de meu coração.

POV S/N

Por uma fração de segundos achei que ele ia dar pra trás, por isso precisei ser rápida, para não lhe deixar pensar muito. Somente quando o senti tão entregue, eu parei de assediá-lo. Ele roçou os lábios sobre os meus, mordiscando-os, em seguida virou-se e levantou.

Pronto, me deixou na mão.

Foi a primeira coisa que me veio a mente. Porém ele somente trancou a porta e retornou sorrindo. Então assim, sem falar uma palavra, passou os lábios por minha barriga, sobre a blusa que usava, até chegar novamente em minha boca. Somente fez uma pequena carícia no local e desviou o rumo para minha bochecha, deslizando até meu pescoço, onde chupou torturantemente, agarrei-me em seus cabelos e joguei a cabeça pra trás, dando lhe um melhor acesso ao local. Suspirei ao sentir seus lábios quentes brincando com minha pele. E com meu autocontrole. Porém já havia decidido que hoje não serei a única a sofrer, então virei o corpo, obrigando-o a me deixar no controle.

Sentei sobre seu colo e inclinei-me sobre ele, roçando os lábios em seu pescoço. Sorri no instante em que notei que a reação foi direta. Sua pele inteira se arrepiou. Revezei-me entre beijos e chupões pelo local, a cada suspiro de Payton eu me sentia mais mulher.

Como o bom garoto que é, ele não quis ser controlado por muito tempo, voltando a me deixar em baixo de seu corpo. Sua mão percorreu minhas curvas, enquanto seus lábios capturavam o lóbulo de minha orelha. Todos meus sentidos se afloraram quando sua mão quente tocou minha pele fria, por baixo da blusa, até que, com habilidade, ele livrou-se dela. E arfou ao constatar que não usava nada por baixo da blusa.

Payton: Você é incrível. - comentou, em meio a uma risadinha. - Ficou muito tempo pensando em como ia me seduzir?! - brincou.

Encolhi os ombros, incapaz de falar qualquer coisa. Ele sorriu e levou os lábios até meus seios, depositando um beijo entre eles. Rapidamente meu corpo passou a se incendiar quando sua boca capturou um de meus mamilos, apertei seu braço com força, enquanto uma sensação de intenso prazer percorreu meu corpo. Sua mão tocava o outro seio, me deixando em êxtase. Quando eu pensei que ele ia parar de me torturar, Payton somente inverteu o que fazia de um seio para outro. Sentia sua excitação crescer, deixando-me mais entregue. Tudo em mim se contraia a cada movimento que ele fazia.

POV PAYTON

Ela certamente tirou o dia para me deixar louco, eu sentia uma saudade absurda de sua pele quente contra a minha, de sentir seu perfume, o gosto de seus lábios, o toque de suas mãos... Eu a queria tanto que era impossível controlar qualquer ação. Em segundos ela provara novamente que é a única que consegue alertar-me totalmente, somente por ver seu corpo desnudo. Senti-a puxando minha blusa pra cima, ajudei um pouco, para que ela conseguisse tirá-la, passei meus lábios pela ponta de seu nariz e em seguida chupei seu lábio inferior rapidamente. Dar prazer para S/n é o que me faz sentir especial. Presto a atenção em cada reação de seu corpo, em cada pequeno arrepio que consigo causar nela. Deixei seus seios colados a meu corpo, aumentando cada vez mais o estado crítico em que me encontrava.

Desci as mãos por seu corpo, apertando sua coxa, enquanto voltava a beijar-lhe nos lábios. Em pouco tempo nos encontrávamos totalmente sem nada. Ela roçava seu corpo em mim, provocando. Segurei seu rosto, levemente, fazendo-a me olhar nos olhos.

- Eu amo você. - não me contive em falar.

S/n: Eu também amo você. - respondeu-me, ofegante.

Depois disso, fiz um caminho por sua barriga, tentei a torturar um pouco dando beijos em suas coxas lentamente, então senti que estava na hora de fazê-la minha. Me estiquei em direção ao pequeno móvel ao lado da cama em busca de um preservativo. Me posicionei ao meio de suas pernas e com todo cuidado a fiz me sentir, percebendo, mais uma vez, que S/n me completa totalmente. Nossos movimentos eram ritmados, a cada pequeno gemido que ela soltava eu me sentia mais completo. Estar assim com S/n me faz perceber que não me falta mais nada no mundo.

Vez ou outra ela movimenta-se mais rapidamente, provando-me que está tão louca com tudo isso quanto eu. Meus lábios não deixavam de tocá-la, eu necessitava estar em total contato com ela. O tempo todo.

Um tempo depois seu corpo caiu sobre a cama e em seguida o meu fez o mesmo, ela relaxou em meus braços. Rolei para seu lado na cama, ela virou-se de frente pra mim. Seus cabelos embaraçados, o corpo sem força e os lábios trêmulos somente me fazem ver como eu a amo. E como quero a ver assim mais vezes. Entregue. Minha.

- Te amo. - falei novamente, sorrindo, depositando um beijo sobre seus lábios. - Te amo. - repeti, em meio a outro selinho. - Te amo.

S/n: Te amo. - falou rouca, em uma língua que eu não conhecia.

- De novo isso? - questionei, lembrando-me de uma outra vez que ela pronunciou as palavras, sem que eu entendesse.

S/n: Quer saber o que significa? - assenti, curioso. - Eu te amo. - traduziu-me.

E eu me senti um grande idiota por não ter descoberto isso da primeira vez em que ela disse.

- Eu te amo em todas as línguas. - brinquei. Ela sorriu e se aninhou sobre meu corpo, tentando recuperar o fôlego.

POV S/N

O quarto ficou em um silêncio tão profundo que pensei que Payton tivesse dormido, quando levantei o olhar para espiar me choquei com o castanho de seus olhos. E recebi um belo sorriso.

- Lembra como era dificil te fazer sorrir? - recordei, em voz baixa.

Payton: Lembro como você era trapaceira e roubava nos jogos de carta para me obrigar a mostrar os dentes. - dei uma risada baixinha.

- Que calúnia, sempre fui melhor que você nos jogos. - me gabei. - A culpa é sua por me deixar escolher o que quero.

Payton: Por que era tão importante para você ver meu sorriso? - perguntou, afagando meus cabelos.

- Não era importante para mim, somente, era importante pra você.

Payton: Desculpe? - piscou, sem entender.

- Exatamente, você precisava abrir a cara, estava ficando carrancudo já, de tanto mau humor. - ele gargalhou.

Apoiei-me na barriga de Payton, para olhar seu rosto.

Payton: Você é incrível, sabia? - sorriu, dando um beijo em meu nariz.

Sorri de volta, dando-lhe um beijo leve nos lábios, Payton aproveitou para mordiscar meu lábio inferior, enquanto sorria.

Payton: Tenho uma coisa pra você. - contou, do nada. E levantou.

Tentei, juro que tentei não olhar para seu corpo. Mas não deu. E meu primeiro pensamento de quando a vi voltou a minha mente.

Não existem pessoas assim no Brasil.

Ele retornou, agora com um short, que eu não sei em que momento colocou, com o violão e um papel em mãos.

Payton: Eu não sei cantar, mas vou arranhar alguma coisa. - avisou. Puxei o lençol cobrindo meu corpo, enquanto sentava na cama.

Ele limpou a garganta e começou a passar os dedos pelas cordas do violão. Até que se pôs a cantar baixinho. Deixei meus lábios se entreabrirem, ao escutar sua voz rouca soar no ar, com uma canção composta por ele. Ao final da música sua voz foi sumindo, seus olhos se lotaram de lágrimas, assim como os meus. Agora eu tenho total certeza de que ele está tão ciente quanto eu de que em menos de 48 horas tudo vai ser passado. E que não podemos ficar um sem o outro.

POV PAYTON

Desviei os olhos de S/n, ainda não estou acostumado a deixar as pessoas me verem fraquejar. Pisquei seguidas vezes para espantar as lágrimas, que pareciam se acumular a medida que o nó de minha garganta ia aumentando.

S/n: Você que compôs? - sua voz rouca e falhada preencheu o quarto e me acertou como uma flecha, atravessando meu coração. Eu não quero e ela chore, porque, consequentemente eu choro também.

- Sim, eu tive muito tempo pra isso. - o tom de minha voz era pra ser de brincadeira, mas saiu como uma ironia. - Foi bem difícil, só Deus sabe quantas folhas amassei e joguei fora até conseguir escrever algo. - levantei o olhar, vendo-a tão frágil. - Eu precisava te falar essas coisas de alguma maneira.

Ficamos em silêncio, encarando-nos por algum tempo.

S/n: Payton... - chamou.

- Oi? - respondi de imediato.

S/n: Pode me abraçar?

Sem falar nada, puxei-a para meus braços, deixando que ela escondesse o rosto em meu pescoço. Seus ombros tremiam levemente, indicando que ela chorava. Beijei seus cabelos diversas vezes, abraçando-a como se minha vida dependesse disso.

S/n: Eu não quero ficar longe de você. - falou quando se afastou, revelando o rosto molhado.

- Eu tão pouco quero ficar longe de você. - passei os dedos pelo rosto dela, no intuito de seca-lo. - A gente vai resolver isso.

S/n: E no tempo em que ainda não tivermos resolvido? - falava em meio a soluços.

- Eu... - a olhei, então suspirei. - ... Não sei. - disse por fim.

Trouxe-a novamente para mim, aninhando-a em meus braços, aos poucos ela foi se acalmando, até que pegou no sono. Fiquei olhando-a dormir em meu colo por um bom tempo, até que a coloquei na cama, cobrindo-a. Em seguida deitei ao seu lado e fiquei boa parte da noite acordado. Pensando.

esse foi de 0 a 10
muito rápido

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