𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽...

By ywnszgaw-

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━ "É incrível como desde que ela chegou, vem colocar tudo em ordem, resolver os problemas de todos nós, quand... More

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POV S/N

Com as mãos trêmulas e o rosto inundado por uma quantidade absurda de lágrimas, eu mal conseguia raciocinar. Diversos sentimentos afloraram juntos, cada pequena letra escrita na carta cortava meu coração, a dor que ele colocou nela, a história que me confidenciou, os medos, as crises, os porquês... Ele desabafou, compartilhou comigo o que tinha de mais importante, o seu maior segredo. Nem um milhão de palavras bonitas consegue ter um significado mais especial do que ele ter confiado em mim para contar-me toda sua história.

Meu autocontrole foi para o espaço, juntamente com meu estado emocional. Eu não tinha ideia do que ele passava, do sofrimento que era para ele, de como se sentia verdadeiramente. Payton sempre manteve uma postura forte, decidida e intimidadora. Agora, porém, que baixou a guarda, posso dizer que conheci o lado mais encantador que ele pode ter. O lado mais humano. Quando Faith retornou meu corpo inteiro tremia e eu soluçava alto, não conseguindo me conter, ela me abraçou e ficou em silêncio, sabendo que o que menos preciso agora é de palavras. Só necessito colocar para fora todo o nervosismo e emoção que a carta dele me trouxe. Deite-me encolhida, abraçada a uma boneca de pano que Faith garantiu que sempre a faz sentir melhor quando está triste com algo.

Fechei os olhos, os sentindo quentes e pesados, por conta do choro. Pouco tempo depois levei um susto ao sentir tocarem meu braço. Até que me deparei com aquele par de olhos castanhos pousados sobre meu rosto, de uma forma terna que aqueceu cada parte de meu coração.

Levei quase cinco minutos para compreender que havia sido um sonho.

Não sei ao certo em que momento adormeci, mas sei que quando voltei a consciência, não havia ninguém ali. Joguei as cobertas longe e decidi ir até ele. Entrei pé por pé em seu quarto, Payton estava virado para o lado contrário ao qual eu me encontrava, acredito que escutou algum ruído, porque virou-se rapidamente, um tanto quanto assustado. Então eu vi seus olhos. Diferentes dos meus sonhos, o belo castanhos deles estava repleto de lágrimas, o contorno dos seus olhos inchados, denunciando que há um certo tempo ele não parava de chorar.

Me senti minúscula perto da cena. Sem esperar um convite, ou uma permissão, deitei-me ao seu lado sendo prontamente acolhida em seus braços. Ele chorava como nunca antes tinha o visto fazer, as lágrimas caíam dolorosamente, sua respiração estava pesada e seu corpo inteiro tremia com a descarga de emoções. E eu nada mais consegui fazer a não ser chorar com ele, ainda que um pouco mais controlada. Afaguei seus cabelos, distribuindo alguns beijos por ali, com o desespero de tirar todo aquele sofrimento dele. Queria o afastar de todo mal que o aflige.

- Tudo vai ficar bem. - sussurrei. - Não chore mais, por favor. - supliquei. - Me mata te ver assim.

Ele apertou mais os braços ao redor de meu corpo, beijei-lhe o rosto, diversas vezes, afastando algumas lágrimas. Não tinha coragem de olhar em seus olhos novamente.

POV PAYTON

Seu perfume era quase um calmante, tê-la em meus braços ajudava-me a tentar conter as lágrimas, ainda que em parte me sentisse sufocado com a dor de saber que terei que solta-la. Sabe-se lá por quanto tempo.

S/n: Para de chorar... - ela pediu, novamente, apoiando-se em mim e passando os pequenos dedos por meu rosto. - Sim? - disse terna, aproximando-se mais. - Hm? - insistiu, roçando os lábios nos meus.

Fiz o mesmo nos dela, acompanhando-a, então capturei sua boca, a envolvendo em um beijo que, hoje, é mais do que necessário. Seus lábios dançavam junto aos meus, nossas cabeças se moviam lentamente, enquanto nossas línguas exploravam-se. Beijei-a com uma saudade que sentia antecipadamente, beijei-a o máximo que pude para ter seu gosto junto comigo, beijei-a como se minha vida dependesse disso. Não quero esquecer de como seus lábios são macios e saborosos, como seu gosto é doce e viciante ou como ela se entrega totalmente quando está em meus braços. Não quero esquecer de nada.

Com uma certa relutância encerrei o beijo, abrindo os olhos e me deparando com aquela intensidade dos dela. Meu coração disparou, toquei-lhe o rosto, acariciando sua bochecha, tocando em seu cabelo, gravando cada pequeno detalhe que há nela. As lágrimas voltaram a se acumular em meus olhos, quando comecei a pensar que logo não a terei mais comigo. Sempre dizem que para descobrirmos a importância de alguém em nossas vidas, basta pensar em perde-las. E para mim, perder S/n é como deixar de viver.

Parei de lutar contra tudo que sentia, de segurar o que a muito tempo já deveria ter sido dito e, ainda que eu tenha demonstrado de diversas maneiras, não posso ser internado sem que ela escute com todas as letras.

- Eu amo você. - sussurrei. - Com cada pequena parte do meu coração.

Foi um alívio imediato finalmente admitir para mim e para ela. Estou apaixonado. Pela primeira e provavelmente única vez.

POV S/N

Simplesmente paralisei diante das palavras dele, meu corpo foi invadido por tantas emoções diferentes que eu mal conseguia respirar. Seus olhos me miravam, com ternura.

- Eu... - gaguejei um pouco. - Eu também te amo. - respondi, por fim podendo colocar pra fora algo que a muito eu guardava em mim.

Eu amo esse menino mais do que qualquer coisa no universo. É incrível, mas eu consigo me imaginar ao seu lado para sempre. Coisa melosa de filme clichê?! Talvez. Mas quem se importa?! O que é o amor se não um romance água com açúcar?!

Payton: Me dê sua mão. - pediu, delicadamente. O fiz. Ele levou-a até seu coração, que batia aceleradamente. Parecido com o meu. - Tente ter uma pequena ideia do quanto eu te amo. - disse em voz baixa. - Da intensidade de tudo isso e como é louco e novo para mim. - olhou-me. - S/n, eu te amo tanto que chega a doer.

Me joguei em seus braços novamente, sentindo-o me abraçar e afundar o rosto em meu pescoço.

- Eu achei que... - travei, escolhendo as palavras. - Que você nunca... - não consigo formar uma frase que tenha sentido.

Payton: Que eu nunca ia te falar isso? - assenti, grata por ele me ajudar. - Era questão de tempo até meu coração jogar as palavras pra fora. - sorriu, afastando-me delicadamente para me olhar. - Eu te devia isso. - sorri para ele também. - Devia uma demonstração "real" do quanto você é importante na minha vida.

POV PAYTON

Segurei seu rosto levemente, fazendo-a me olhar nos olhos, então com o polegar contornei seus lábios que, automaticamente, ficaram entre abertos. Aproximei-me dela, até que pudesse sentir sua respiração tocar-me, então substitui meu dedo por minha boca, causando um forte arrepio em minha nuca. Fixei minha mão em sua cintura, puxando-a até deixa-la totalmente colada em mim, fazendo-a corresponder ao beijo que acabei de começar. Nossas cabeças movimentavam-se lentamente, sincronizadas, obedecendo nosso ritmo. Subi minha mão por suas costas, acariciando-a, sentindo sua pele arrepiar-se a cada toque, virei o corpo deixando-a sobre mim, cada pequena parte dela preenchendo-me, sentindo seu peso me fazer ficar louco. Voltei a descer a mão, passando por suas coxas, sem descolar nossos lábios ou interromper a brincadeira de nossas línguas. S/n acabara de chupar a minha, era torturante.

Coloquei-me sobre ela, sem machucá-la, eu preciso senti-la, sentir a mulher que eu amo. Desci os lábios por seu pescoço, mordiscando-a, chupando sua pele e fazendo-a suspirar. Quando passei a encara-la novamente, seu rosto estava corado com a excitação clara que ambos encontravam-se. Toquei seu rosto, acariciando sua bochecha e beijando-lhe por ali. Levei meus lábios até sua orelha, onde mordisquei levemente.

- Minha. - sussurrei-lhe, feliz ao ver seu corpo responder.

POV S/N

Puxei seu rosto, até que seus lábios voltassem a ficar a milímetros dos meus, rocei-os lentamente e mordi a parte inferior, chupando-o em seguida. Fixei minha mão em sua nuca, passando as unhas por ali, levemente, sentindo-o se arrepiar.

- Meu. - murmurei de volta, com os lábios colados aos dele.

Payton: Apenas seu. - respondeu-me, com um pequeno sorriso.

Deitei ao seu lado, Payton virou-se deixando o rosto em meu pescoço, dei um beijo em seus cabelos, enquanto ele envolvia meu corpo com os braços.

Payton: Posso te pedir um favor? - assenti. - Escreve pra mim tudo que você fizer? Como em um diário? - sentou na cama, me olhando. - Eu sei que talvez não dê pra me mandar, mas quando eu sair quero saber como foram teus últimos meses por aqui. - sorriu, sem graça.

- Escreverei. - garanti, sentando-me também e tocando seu rosto. - E você me promete que fará tudo que solicitarem? - ele relutou um pouco, mas assentiu.

Payton: Vou sentir saudade. - sussurrou, afagando meus cabelos.

- Eu também. - suspirei, fechando os olhos por um tempo breve.

Então o medo voltou a tomar conta de mim. E se fosse a última vez que eu o iria ver?! Não, meu coração não ia aguentar isso. Pensar já me mata. Payton capturou minha expressão e enrugou a testa, preocupado.

Payton: O que aconteceu? - segurou minha mão, entrelaçando os dedos aos meus.

- Seja sincero comigo, tudo bem? - ele assentiu, confuso. - Você realmente acredita que vamos nos ver novamente? Depois do intercâmbio?

POV PAYTON

Engoli seco. É difícil afirmar algo assim, ainda que eu e ela queiramos, a distância é grande e não pode ser ignorada. Os gastos da viagem são altos para meus pais bancarem, ainda mais pelo fato de eu não ser filho único. E provavelmente demoraria até que eu conseguisse o dinheiro todo trabalhando. Porém, diante daqueles olhos castanhos, assustados e receosos, eu não conseguia dizer que não. Ainda que tivesse que passar vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana ralando pra conseguir a passagem, eu iria. Só para ver esses olhos novamente.

- Eu te prometo que vou mover céu e terra para ir. - coloquei assim, acariciando sua mão.

S/n: ... Mas? - olhou-me.

- Talvez demore um pouco. - talvez um pouco mais que um pouco. Suspirei.

S/n: Talvez não dê. - olhou suas mãos, mordendo os lábios. Quando voltou a me fitar o brilho intenso de seus olhos havia morrido. - A gente sempre soube que não ia ser fácil. - se calou, por uns segundos. - Em parte nos enganamos para que não doesse.

- Hey. - toquei seu queixo, fazendo-a me olhar. - Eu vou atrás de você, já te prometi isso, não prometi? - ela assentiu. - Ainda que possa demorar, irei até o Brasil. - acariciei sua bochecha. - Afinal, preciso checar se fiz tudo certo aquela noite. - pisquei pra ela, sorrindo. Ela fez o mesmo.

Mas eu sabia que aquela pequena ruguinha entre suas sobrancelhas ainda mostrava que ela não se convencera totalmente.

A noite foi longa, se dormi meia hora digo que foi muito. O embrulho no estômago não me abandonava, eu não tenho a menor ideia do que me espera no centro de reabilitação. Porém isso não seria o suficiente para me manter acordado. Há algo mais. Claro. S/n.

A causa de minha reluta em dormir. Eu não queria perder tempo, queria olha-la e poder gravar o máximo de detalhes possíveis, para tê-los frescos em minha memória em uma tentativa desesperada de suportar o tempo internado. O dia amanheceu, cocei meus olhos e levantei, vagarosamente para que a garota adormecida em meus braços não acordasse.

Olhei ao redor, olhei pela janela, olhei o céu. Suspirei. Senti me abraçarem por trás, sorri, S/a encostou a cabeça em minhas costas, até que eu virasse para ela.

- Bom dia, pequena. - beijei sua testa, envolvendo os braços em torno de sua cintura.

S/n: Bom dia. - sorriu, com carinha de sono. - Está bem? - assenti. - Tranquilo?

- Mais ou menos. - disse sincero. - Estou com medo. - admiti, por fim.

S/n: Eu vou estar com você, certo?! - tocou meu rosto. - Independente de qualquer coisa, estarei. - assenti. - Espere um segundo.

Dito isso se livrou de meus braços e saiu do quarto. Voltou uns minutos depois.

S/n: Aqui está. - sentou ao meu lado na cama. - Tinha trazido do Brasil para distribuir por aqui, mas acabei não dando para você. - sorriu. E me mostrou uma pulseira. Ou uma fita colorida. Não sei. - Vou amarrar em seu braço, para que me leve contigo. - avisou. - Faça três pedidos... - pediu.

- Eu não tenho nada pra pedir. - olhei-a. - Tenho tudo que necessito bem aqui.

POV S/N

O momento que se procedeu um tempo depois foi doloroso. Demais. Payton largou a mala que segurava próximo a porta, então virou-se para encarar Faith, que segurava Anne nos braços com Jackson ao seu lado e eu. Enquanto seus pais olhavam a cena de longe, com os olhos marejados.

Payton: Desculpe por tudo, baixinha. - falou para sua irmã, que já chorava. - Você é meu maior tesouro, não se esqueça disso. - Ihe tocou o rosto, secando suas lágrimas. - Você sabe que eu te amo demais. - ela assentiu e Payton beijou sua testa, prendendo as lágrimas. - Hey cara, cuida dela. - falou para Jackson, sorrindo um pouco. - Obrigado por tudo. - agradeceu. - Eu me achava bom, mas na realidade você que é o bom. - encolheu os ombros e abraçou Jackson.

Em seguida virou-se para Anne, não conseguiu lhe dizer nada pois a garotinha apenas se jogou em seus braços demonstrando todo o apreço que carrega por seu irmão.

Payton: Se cuida, garotinha. - bagunçou os cabelos loiros da menina, que não entendia de fato o que acontecia.

Então me olhou. E sorriu, caminhando até onde eu estava.

Payton: Eu não vou te dizer adeus... - disse firme, porém sua voz saiu trêmula. - Eu não posso dizer. - respirou fundo. Fiz o mesmo. - Quero que aproveite teus últimos meses por aqui e saiba que não importa onde eu esteja, estarei pensando em você. - mordi meus lábios, com o nó crescendo em minha garganta.

Ele segurou meu rosto e deu um beijo demorado em minha testa, colando a sua ali em seguida. Manteve-se com os olhos fechados por um tempo, como se tomasse coragem para prosseguir.

Payton: De todos os medos que eu tenho, o maior é, com certeza, não te ver novamente. - sussurrou, me olhando. - Eu não posso mais seguir sem você. - uma pequena lágrima escorreu por meus olhos. - Então, até logo meu amor.

E afastou-se.

Pegou sua mala, deu uma última olhada ao redor e seguiu seus pais para fora. Quando o carro sumiu de minha visão, desabei.

só ladeira abaixo

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