Mistaken (FINALIZADO)

By Autorakapeixoto

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Trilogia Opostos - Livro 1 Não recomendado para menores de 18 anos. Noah Cooper é um advogado concorrido em... More

✨ Nota da Autora e Personagens ✨
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Epílogo
Recadinho para todos!

Capítulo 34

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By Autorakapeixoto

— Parabéns pra você... — desperto bem preguiçosamente ao ouvir a voz de Kath. — Nessa data querida... — abro os olhos com muito esforço e agradeço pelo quarto ainda estar escuro. 

Kath segura uma bandeja enorme, que provavelmente está muito pesada, repleta de muitas coisas para um belo café da manhã. Me ajeito na cama e ajudo-a colocar tudo no meio da cama. 

— Vem cá, gostosa! — Puxo para meu colo e ela abraça a minha cintura com as pernas, me apertando com as coxas grossas. — Obrigada amor, mas sabe que não precisava acordar... — olho para o relógio e fico impressionado por ser tão cedo. — quase de madrugada para me preparar tudo isso. 

Recebo um beijo suave nos lábios e um afago no rosto. 

— Claro que precisava, deixa de charme. — Ri e prende o cabelo em um coque bagunçado. Adoro esse momento de intimidade, em que ela fica à vontade, sem maquiagem e nenhuma preocupação com aparência que é incrível de todos os jeitos. Passo a mão em seu pescoço e desço um dedo pelo meio do decote da sua camisola. — Tem mais uma coisa. 

— Uhum, eu sei que tem. — Subo uma mão por dentro do vestidinho de seda, que é transparente e vai me fazer ter um ataque cardíaco. A falta de uma calcinha mexe com a minha libido e gemo baixinho.

Ela ri e sai do meu colo, me deixando sem o calor do seu corpo. 

— Não é isso, safado. — Caminha até o meu closet e volta tão rápido quanto saiu. — Pelo menos ainda não é isso. — Pisca e me dá um embrulho. Senta ao meu lado e fica olhando, ansiosa pela minha reação. 

Ajeito o travesseiro em minhas costas e abro o presente. Na mesma hora já reconheço a maletinha amarela que tanto adoro. 

Um relógio lindo, todo dourado e com alguns detalhes em ouro branco aparece na minha visão assim que abro a caixa. 

— Kathllen, amor, como você conseguiu? — a encaro, abobado. Esse relógio é uma versão ilimitada que esgotou em menos de 20 minutos após o lançamento. Fiquei frustrado em não ter conseguido, já que um dos meus maiores hobbies é colecionar relógios. 

Ela dá de ombros e me ajuda a colocá-lo. 

— Parece que foi feito para você, ficou perfeito. — Admiro em meu punho e não dá para negar que ficou muito incrível. Me sinto uma criança no Natal quando ganha algo que desejava muito. 

— Obrigada amor, eu amei muito. — Seguro seu rosto com as duas mãos e a beijo. — Usarei hoje no jantar, que tal? 

Ela concorda, animada. 

Passamos mais uma hora na cama, enrolando e comendo as coisas que ela trouxe.

— Te busco que horas no escritório? 

Me levanto e limpo a sujeira que fazemos, colocando tudo de volta na bandeja e deixo essa em cima da cômoda para descer depois. 

— Não precisa, eu posso ir com os meninos. — Pondero e ela coloca a mão na cintura, com a sobrancelha erguida. — Ou você me busca as 18:00, que tal?

Sorri, satisfeita. 

— Gostei mais da sua segunda resposta. — Entra no banheiro e me pergunta lá de dentro: — Você vem? 

    Adora quando ela fica mandona. O tesão explode dentro de mim. 

Entro no banheiro e meu furacão está de baixo d'agua, com a bunda gostosa virada para mim. Não penso duas vezes e puxo para baixo a minha calça de moletom e entro no box, fechando a porta do mesmo. 

Pego a esponja dela e derramo sabonete ali. Aperto até que faça espuma e vou passando nas suas costas, ombros, braços. Ela vai me ajudando, dando espaço para que eu faça e virando o corpo aos poucos. 

Foco meu olhar em seus olhos que declaram o desejo por mim. Coloco a esponja onde achei e lavo sua barriga e seus seios com a minha mão, tentando fingir que não estou louco para devora-la enquanto aliso os seios por mais tempo do que o necessário. 

— Acho que vamos demorar assim, deixa eu te ajudar. — Pega mais sabonete, espalha em suas mãos e esfrega em meu peito enquanto permaneço "lavando" seus seios. Meu corpo todo se arrepia quando sinto sua mão pegar firme em meu pau que já estava duro. — Tem que lavar tudo, né? — pisca e meu pau pulsa na mão dela, que ri como resposta. 

Me empurra para de baixo da água e começa movimentos de vai e vem, encarando o que faz comigo. Encosto a cabeça na parede atrás de mim e deixo um suspiro escapar entre meus lábios. 

O aperto em sua mão suaviza e aumenta em momentos diferentes e fico ainda mais excitado. Sua outra mão massageia as minhas bolas e eu quase sinto vontade de chorar de tão bom que está. 

— Ahhh, merda! — ela ajoelha e de cima a visão da sua bunda é ainda mais interessante. Sua boca engole todo o meu pau sem nenhuma cerimônia e meu corpo arqueia para frente involuntariamente e me mantenho nessa posição para que caia menos água em cima dela. 

Sua língua desce e percorre uma área bem sensível, fazendo com que minhas pernas tremam e não consigo evitar os palavrões. Seguro seu cabelo que está todo ensopado, parando seus movimentos e seu olhar me questionando é tentador. Passa a lingua pela cabeça sem desviar os olhos dos meus, e depois engole tudo, sinto-o em sua garganta e ela ainda geme. 

Saio novamente dela, porque eu não vou conseguir me segurar diante dessas provocações. 

— Você ainda vai me matar, escreve isso. — Puxo-a para cima e no impulso já prendo suas pernas em minha cintura e encosto suas costas na parede. — E vai ser uma morte incrível. 

Ela ri mas a risada se torna um gemido alto quando a penetro com vontade e pela gravida sinto meu pau chegar fundo. Encosto a testa em seu ombro, controlando a minha respiração e poucos segundos depois começo a estoca-la, devagar, retribuindo toda a tortura. 

Kathllen força seu corpo para baixo e rebola enquanto mantenho os movimentos. Mordisco um mamilo e logo depois começo a suga-lo. Firmo uma mão na parede e o outro braço eu mantenho-a confortável na posição que está. 

— Isso é tão bom. — Sua voz arrastada me anima e coloco mais força em minhas estocadas, levando os dois ao delírio e gememos em desespero. Já nem sei mais se o que escorre de minha é a agua do chuveiro ou nosso suor. 

Seus seios balançam a cada estocada e é algo lindo de ver, minha perdição total. Eu amo cada pedacinho dessa mulher, não tem nada nela que não me encante e excite. 

Ela aperta os seios ao mesmo tempo que contrai a boceta em meu pau e eu urro. Coloco a mão entre nossos corpos e estimulo seu clitóris com precisão, devagar, na intenção que ela sinta cada sensação, tudo ao mesmo tempo. 

— ahhhhhh... — geme alto e depois toma a minha boca com desespero, passando a sua língua pela minha e mordendo meu lábio inferior ao separar nossas bocas para voltar a gemer. 

Meu corpo já está todo tenso e os arrepios em minha barriga só crescem, anunciando que o orgasmo está muito próximo. 

Kath sussurra meu nome e pede para que eu vá mas forte. Sinto-me quase desafiado e a seguro firme quando começo a fazer o que ela pediu. Minhas bolas batem ao redor dela pelo impacto dos meus movimentos. 

Suas unhas forçam a pele dos meus ombros quando o orgasmo a atinge, e não demoro a deixar que meu corpo se alivie dentro dela, despejando todo meu desejo dentro do lugar que virou meu vício. 

— Não consigo imaginar o que terá que fazer para se superar no meu aniversário de 30 anos. — Sussurro próximo ao seu ouvido e ela se arrepia. 

Saio devagar de dentro dela e na mesma hora já sinto falta do seu calor. 

— Tenho minhas cartas na manga. — brinca e dessa vez tomamos banho de verdade. 

Depois de alguns amassos, conseguimos nos arrumar e continuei sendo mimado pela minha namorada que me trouxe até o trabalho. 

Hoje completo 29 anos e com certeza até agora está sendo um dos meus aniversários. Não consigo lembrar de algum que me senti tão completo como o de hoje. E claro que isso é totalmente culpa de Kathllen, que é o melhor presente que eu poderia ganhar. 

Na minha sala agora tem duas fotos novas. Uma minha com Kath, e uma apenas dela, embelezando ainda mais o lugar que tanto gosto de trabalhar. 

Meu novo cliente chega e fico algumas horas com ele para conhecer o seu caso e definir se irei ou não fechar com ele. Pelo o que já sei até agora ele é um autor muito famoso de livros de romance e seu primeiro livro de sucesso iria virar uma série, porém sabemos que é importante ler as entrelinhas de todas as coisas das nossas vidas e ele confiou em alguém que não merecia tal coisa. 

Me compadeci na mesma hora e quem o encaminhou foi um amigo da época da faculdade, que é genro dele. 

No final da reunião aceitei pegar o caso, já marcando um próximo encontro para já acertarmos os primeiros pontos de toda a execução desse processo que dará o que falar, pois ele não quer mais fazer a série com a famosa plataforma que é queridinha de todos. 

— Oi chefinho! Você recebeu vários recados de parabéns, alguns clientes enviaram uns presentes, — Jennifer aponta para o sofá da minha sala cheia de sacolas e até algumas flores. — E seu nome está em alta nos sites de fofoca, mas não é nada demais. Kath fez uma publicação fofinha e está tomando mundo morrendo de amores por vocês. Está rolando até uma tentativa de nome para shipparem. 

Rio, até agora nada disso vem me incomodando. A única coisa chata mesmo são os jornalistas querendo a qualquer custo uma entrevista minha, e isso não acontecerá. Primeiro porque não quero, segundo porque sei que eles vão tocar em assuntos que não diz respeito a ninguém além de mim e minha família e terceiro por causa dos meus clientes mais polêmicos que com certeza irão virar pauta para perguntas. 

— Obrigada por passar os recados, Jenni. — Encaro a tela do notebook, conferindo a minha agenda. — Sabe que reunião é essa que está marcada para o final do meu dia? Não lembro disso. 

Ela vem para o meu lado e confere o que é. 

— Ah, lembra que a faculdade que você frequentou entrou em contato para colocar a C&B na lista para estágios? É a reunião com a mulher responsável disso. 

— Tudo bem. Na minha época não tinha essas coisas, mas que bom que eles estão fazendo algo para ajudar. E seria bom contratar advogados que serão moldados por nós mesmo, ao invés de pessoas que nem conhecemos. 

Ela concorda, trocamos mais algumas informações e depois ela se retira. 

Vou até o sofá e perco um tempo olhando os presentes. Alguns não faz muito sentindo, como o convite para um final de semana com uma antiga cliente. Louco, não? Rasgo e jogo fora. Também separo alguns cheques com valores bem altos para que eu mesmo compre meu presente, que serão destinados para o orfanato. O restante são coisas que me agradam, mando um email agradecendo cada um deles e quando me levanto um envelope cai. 

Sem nome, sem remetente. Não tem nenhuma informação, mas mesmo assim abro e vejo que são várias fotos. 

Fotos de Kathllen. 

Com um jogador famoso de futebol. 

Meu corpo reage de uma forma negativa e sinto meu café se remexer dentro de mim. 

Nessa semana ela fez um comercial para um perfume de uma marca mundialmente conhecida e seu par no comercial era esse jogador. Ela me explicou que teria uma pegada romântica, até mesmo sexy mas que é normal e super profissional. 

Eu não sou uma criança e sei lidar com tal coisa, e também não tenho a intenção de assistir. Não preciso ficar me torturando, mas do que já me torturo com os comentários que escuto e vejo de outros homens sobre ela. 

A questão toda, que fez esse incomodo dentro de mim surgir e não parar de crescer, é que eles estão bem próximos e de roupão, ou seja, não estavam gravando. Ele toca nela no rosto e a outra mão na cintura. Ela sorri, mostrando todos os dentes e feliz. 

E todas as inseguranças que eu finjo não ter, cai sob mim e eu largo as fotos na mesinha. 

Parece que minha mente para de pensar, não penso em nada e esqueci até mesmo como que faço para me movimentar. Fico assim por mais tempo do que consideraria saudável e levanto depois de levar um susto ao ouvir Barbie me chamar. 

Viro e encontro ele na porta, me olhando com uma interrogação no rosto. 

— Você me ouviu? 

Encaro as fotos na mesa e depois o encaro. 

— Não, o que você falou? — tento manter a minha voz calma, passiva. 

Barbie nota que tem algo de errado, mas por algum motivo que desconheço ele prefere não perguntar. 

— Sua mãe está querendo saber se depois do restaurante vamos para a Lotus. Ela disse que seu pai topou ir e eu falei que sim, mas vendo sua cara agora...

— Não, pode deixar confirmado sim. 

Ele me encara, quieto. Concorda e sai, me deixando sozinho. 

Tranco a sala e embaço os vidros. Puxo uma cadeira e me sento de frente para as janelas, observando as pessoas lá em baixo. 

As fotos não tem nada demais. Né? 

Mas porque parece que tiraram um pulmão de dentro de mim? Está difícil respirar, as minhas inseguranças rondam tanto a minha cabeça que nem sei qual pensar primeiro. 

Eu sabia desde o momento que me aproximei romanticamente de Kath, que não seria fácil ter qualquer tipo de envolvimento com ela, mas a verdade é que na pratica é bem pior do que quando imaginamos. 

Hoje é meu aniversário e quem mandou tinha a intenção de me abalar, e conseguiu. Não irei perguntar nada a Kath sobre isso, pelo menos não hoje porque sei que o clima pode ficar estranho. 

Até que ponto eu posso questionar algo? Quais são nossos limites? Os limites dela? Eu nunca namorei, não quero fazer ou falar nada que faça esse sentimento estranho no meu peito piorar. Kath não é o tipo de pessoa que trai, ela não faria isso comigo. 

Fico com meus pensamentos por mais um tempo e depois decido que abafarei esse sentimento e minhas dúvidas até amanhã e conversarei com calma. Acho que é a decisão mais madura que posso tomar. 

Me forço a dar continuidade em algumas pesquisas, expulsando toda hora os pensamentos sobre as fotos que insistem em rondar a minha mente. 

A hora do almoço chega e como com os meninos e Jennifer. Fico muito calado e eles notam que tem algo de errado e me perguntam algumas vezes até desistir, deixo claro que não quero falar mas não é nada que eles tenham que se preocupar. 

Nenhum deles engoliu, mas aceitaram isso por hora. 

Depois de me torturar pelo dia todo, agora estou esperando a minha última reunião para poder ver Kath e assim poder me acalmar quando sentir seus braços ao redor do meu corpo. 

— A representante da Columbia já chegou. Posso mandar entrar? — Jenni anuncia pelo telefone e eu falo para que deixa-a entrar. 

Me levanto e ajeito o paletó para recebe-la. 

— Olá, querido. Quanto tempo! — Samantha entra em minha sala e já fecha a porta. 

Falei cedo demais que meu dia estava sendo incrível. 

— O que você está fazendo aqui? Como entrou? 

Ela me mostra o crachá da faculdade com um outro nome que não é Samantha, e caminha pela minha sala como se fosse uma convidada bem-vinda. 

— Recebeu meu presente, pelo visto. — Pega as fotos e fica olhando cada uma, com um sorriso vitorioso no rosto. — No final das contas eu não fui tão má pessoa com você, né? Estou abrindo seus olhos para quem é a sua namoradinha. 

Merda. 

Claro que isso tinha que ser coisa dela, agora eu tenho mais certeza ainda que a foto não é nada demais. 

— Samantha, por favor, não me obrigue a chamar os seguranças para te tirar daqui. — Esfrego as têmporas e cruzo os braços. 

Ela ri e se aproxima, eu caminho um pouco para trás e encosto na minha mesa. 

O seu olhar sob o meu corpo me enoja e nem sei como em algum momento me senti atraído por essa mulher. 

— Lindo, eu só estou te mostrando que você fez uma escolha errada e tudo bem, aquele rostinho angelical deve enganar todos. Mas você ainda pode me escolher, eu te desculpo. 

Dessa vez sou eu quem rio e depois balanço a cabeça, sem acreditar na coragem dessa dissimulada. 

— Olha, sinceramente, eu não sei qual é o seu problema. Você é uma mulher bonita, que com certeza desse conseguir ter o cara que quiser, então apenas me deixe para lá. Esqueça de mim e da minha família, você não quer conhecer a minha outra face, Samantha. 

Ela passa a mão no meu peito, eu seguro seu punho e afasto. Mas ela segura em meu braço e se aproxima, para falar próximo de mim. 

— O que ela tem que eu não tenho, ein? — quase rosna e sinto o cheiro do seu perfume doce demais. 

— Tudo, ela tem tudo! Pra que se humilhar a esse ponto, garota? — arregalo os olhos, sentindo a raiva me domar. Olho para fora, na esperança que Jenni veja o que está acontecendo e me salve, mas ela está no telefone. — Kath tem tudo, ela é o tudo e eu a amo. 

Sem conseguir nem ver da onde vinha, sinto meu rosto arder quando ela estala um tapa no meu rosto e novamente seguro meu punho. Ela olha lá para fora e vira rapido para mim, colando seus lábios nos meus. 

Eu congelo por questão de 5 segundos e quando penso em afasta-la, ouvimos um barulho do lado de fora e nesse momento eu sei que tudo deu errado. 

Kathllen nos encara, com os olhos arregalados. Seu celular esta no chão, foi dai que veio o barulho. 

Samantha me abraça, maldosa. E eu a empurro, mas me preocupando em não machuca-la e ter ainda mais problemas. 

Saio desesperado atrás de Kath, que pega seu celular e sai correndo em direção ao elevador.

Jennifer passa por mim e diz para deixar com ela, entra em minha sala e nem me preocupo em o que irá acontecer la. 

— Amor, espera. — grito mesmo sabendo que outras pessoas ouvirão. Ela aberta o botão do elevador com insistência, batendo o pé no chão. — Kath!

Ela se vira e levanta a mão, me impedindo de me aproximar mais. 

— Não chega perto de mim, Noah. — Sua voz é um enigma, não sei se sente raiva, magoa, tristeza. Talvez seja tudo junto. — Merda de elevador! 

— Por favor, me escuta! Deixa-me explicar. 

Ela coloca a mão na cintura e segura o celular com força. 

— Deixa eu adivinhar. — Pausa e dá um sorriso irônico. — Não é nada disso que eu estou pensando, não é?

Que inferno de frase cliche que diz exatamente a verdade desse momento. 

— Amor, porfavor. Realmente não é nada daquilo. 

Ela se desespera com a demora do elevador que nem eu mesmo entendo o porque e procura a saída de emergência. Assim que acha a porta caminha até ela e eu vou atrás. 

— Noah, se você me falar que eu estou louca e vocês não estavam se beijando, eu vou concordar e deixar para lá. — Me encara tão séria, que parece que ela vai me explodir com o olhar. — Vocês estavam se beijando ou não? 

— Sim, mas não é dessa maneira. Ela me bei...

— Não quero ouvir mais nada! Por favor, respeita pelo menos a minha decisão de não querer falar com você após ver toda essa merda. 

Meu coração não sabe se bate forte, se para de bater e sinto os olhos arderem. 

Balanço a cabeça, concordando com o pedido dela e me parte o coração vê-la ir embora e me encarar antes de sumir, como se fosse a última vez que me encararia. 

— Merda! Inferno! — soco a porta com força e aceito a dor que atinge todos os meus dedos. 

Sento no chão e me encosto na parede. Ainda tentando digerir tudo que aconteceu, como que uma manhã perfeita com minha mulher se tornou em um início de noite provavelmente solteiro, com uma maluca na minha sala e sem saber o que fazer para contornar isso. 

Eu não posso perde-la. Não agora que descobri que minha vida só é completa porque a tenho. 

Bem que falam que depois da calmaria do olho do furacão, vem a pior parte, vem a destruição total.

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