Quem É Ela | Livro 1 | Conclu...

By Quarta-usamos_verde

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|Livro um da duologia Eles| {É preciso realizar a leitura na ordem para um entendimento melhor da história} ... More

Recados
Prólogo
Cast
1|Era Domingo
2|Isso é um erro
3|Quando nos conhecemos
4|Você não é metade do que ele dizia ser
6|Ele não me deixa dormir
7|Despedida ao Bar
8|Pizza?
9|O Jantar
10|Pobre lata de lixo
11|Dejavu com gosto de lembranças
12|O Lago
13|Uma noite longa
14|Adoradoras
15|Ele tem nós dois, nunca estará sozinho
16|Te trouxe flores
17|Sim, eu prometo
18|Se eu fechar os olhos
Epílogo

5|Irresponsabilidade

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By Quarta-usamos_verde

Quando a claridade passou por entre as cortinas do seu quarto Magnólia ainda continuava sem conseguir pregar os olhos, a breve discussão que teve com seu cunhado havia mexido com ela de formas insuportáveis, ela não queria ser tão dura, mas já havia se cansado de todo o desprezo que recebia do homem de olhos azuis elétricos.  

Por um lado a discussão teve o seu ponto positivo, pois estava decidida de que quanto mais rápido saísse daquela casa, mas rápido ela se livraria do peso que por algum motivo desconhecido ela carrega em seu peito. Por tanto Magnólia estava decidida a começa a trabalhar, por isso ela passou o resto da noite fazendo planos de como começaria o dia seguinte. 

Ela não tinha dúvidas de que sua sogra toparia ficar com Timóth por algumas horas,  assim ela teria tempo de andar pela cidade procurando por vagas de emprego.

E foi exatamente assim que ela fez, ao se levantar a mulher se arrumou e desceu para a mesa do café onde encontrou apenas Elen com a sua xícara em uma mão e o jornal na outra mão, a cumprimentou com um breve bom dia e esperou que Sebastian entrasse pela porta igual havia feito outras vezes, porém isso não aconteceu.

- Ele já foi querida!  - Elen disse sem tirar os olhos do seu jornal e Magnólia deu um pulo na cadeira desviando seus olhos da porta para a mulher sentada na ponta da mesa.

- Hum...? - murmurou desconfortável e tentando dar uma de desentendida.
 
- Sebastian meu bem, ele saiu nas primeiras horas do dia, então ele não vai passar por aquele porta. Bom caso seja esse o motivo pela qual você olha para ela com tanta... fixação.  - a mulher de cabelos grisalhos disse.

- Não é isso... Só, estou esperando que Timóth acorde. - mentiu enquanto preparava uma torrada.

Ela não sentia fome o que era irônico, pois na noite passada ela desceu aquelas escadas para comer algo, mas acabou não o fazendo e subiu para o seu quarto de estômago vazio, porém precisa comer bem pela manhã se ela quisesse sair andando em busca de um trabalho. 

- Sim claro, é claro. - respondeu Elen tomando um gole do seu café, e antes que pudesse voltar a sua atenção para o jornal Magnólia a chamou. 

- Sem querer ser intrometida, mas, a senhora tem planos para hoje? - pergunto.  - É que eu precisava resolver alguns assuntos, e gostaria de saber se não ficaria com Timóth para mim por algumas horas, é  claro que intendo se não puder.

- Vou adorar passar mais tempo com meu neto, mas me diga que assuntos são esses? Precisa de alguma ajuda? - questiona Elen, a jovem não queria dizer que estava a procura de um trabalho para poder sair daquela mansão,  mas também não poderia mentir. 

- Bom.. quero procurar por vagas de emprego. 

- Emprego? Não vejo o porque, está te falando algo? Posso providenciar pra você, basta me dizer o que precisa. - Elen respondeu dobrando as folhas de papéis que estavam em sua mão e as colocou sobre a mesa.

- Não! - se apressou em dizer. - Não falta nada, temos mais do que precisamos... mas eu preciso.  - fez uma pausa. - Preciso seguir os meus dias sem pensar nele a cada segundo, e um trabalho pode me ajudar nisso. - não era uma total mentira já que ocupar a cabeça lhe faria bem.

- Ah! Claro, se é o que deseja. - Sua sogra respondeu cabisbaixa, pois ela sabia que assim que Magnólia se estabelecesse iria se mudar mesmo que ela não tenha dito isso abertamente. - Bom não se preocupe ficarei com Timóth o tempo que precisar. 

- Muito obrigado. - Magnólia respondeu acabando de comer e se levantando para poder ir se arrumar e sair em busca de um emprego. 

Magnólia colocou um vestido liso de cor branca, exagerou na maquiagem em volta dos olhos para disfarçar as olheiras por ter passado a noite em claro, e pouco tempo depois se despediu de Elen e seu filho deixando instruções para que sua sogra a ligasse caso precisasse, disse que não iria demorar para voltar.

Ela estava prestes a pedir um táxi quando Elen a impediu e praticamente a obrigou a pegar uns dos carros parados na garagem ambas relutaram uma com a outra em relação ao veículo, mas Magnólia acabou se rendendo. Sua sogra havia lhe dado um bom argumento, pois o dia estava nublado indicando que iria chover, e se ela estivesse com o seu próprio carro, conseguiria voltar para casa com segurança e até mesmo se ouve-se alguma emergência ela conseguiria comparecer com rapidez. Naquele momento elas não sabiam, mas Elen estava certa.

Em busca do seu novo emprego, Magnólia se informou de algum lugar onde ela poderia fazer o seu currículo para que pudesse entregar em restaurantes e bares, ela não se importava em ter que trabalhar em lugares movimentados, e nem com o horário. Pois, se ela recebesse uma boa proposta, poderia usar parte do seu salário para pagar alguém  para cuidar do seu filho durante o tempo em que estaria ausente, assim ela não precisaria incomodar sua sogra.
 
Enquanto Magnólia rodava os bares da cidade entregando o seu currículo,  Sebastian encarava reuniões na sua empresa, mesmo que não conseguisse se consertar em nada.

Após ser deixado para trás pela mulher que saiu bufando de ódio e raiva, ele voltou a se sentar no sofá e lá ficou até o dia amanhecer, seus pensamentos iam e voltavam para as memórias com seu irmão, e as palavras ditas pela mulher ecoavam por sua mente o torturando. 

Quando seu relógio despertou ele subiu até  seu quarto se arrumou e saiu para trabalhar, o jovem nem se quer passou pela cozinha para desejar um bom dia a sua mãe que já estava na mesa tomando café.
Elen sabia que havia algo de errado com seu filho, mas aquele não era o momento de fazer perguntas, pois ela também sabia que o motivo do desconforto de seu caçula tinha nome, sobrenome, cabelos castanhos e um filho, a mãe do rapaz não queria brigar com ele por isso, ela queria que ele entendesse o seu lado, mas o mesmo era teimoso, cabeça dura.

Elen estava sentada na sala assistindo desenhos com Timóth quando ouviu barulho vindo da porta, ela pensou ser Magnólia e achou estranho, pois não fazia nem mesmo uma hora que ela havia saído, ao ver Sebastian passando por entre a porta ela continuou achando estranho, pois seu filho costumava chegar a noite.

- O que ouve querido? Você chegou cedo. - Perguntou ao ver seu filho se aproximando enquanto tirava sua gravata e se sentando ao seu lado, ele estava tão atordoado que nem se quer notou a criança presente ali também. 

- Não estou me sentindo bem, deixei Chad tomando conta de tudo e vim para casa, mas  acho melhor ir para meu apartamento.  - Disse assim que sentiu a presença do garotinho se aproximando dele.

- Não, essa é sua casa, e eu preciso que me faça um favor. - Sua mãe pediu já se levantando do sofá. - Tenho que resolver algumas coisas e preciso que fique com Timóth por um tempinho. 

- O que? - Sebastian levantou-se do sofá abruptamente se afastando do menino que murmurava algo enquanto tentava descer do sofá para ir atrás do homem.  - Cade a mãe dele?

- Ela saiu, por algum motivo ela pensa que precisa arruma um emprego, eu disse que ficaria com ele, mas me lembrei de que tenho um compromisso inadiável.  - Elen fala.

- Esquece não vou fazer isso. -  Caminhava pela sala, tentando se afastar de Timóth que o seguia enquanto achava engraçado a atitude do homem.  - Eu estou indo para o meu apartamento, segura ele. - Volto a dizer caminhando apressadamente para a saída.

- Sebastian. - Sua mãe o chamou. Com cautela a mulher pegou o seu neto o colocou de volta no sofá e em seguida caminhou até  o seu filho que parou a olhando de uma foma assustada. - Tem leite na geladeira, as mamadeiras estão no armário, esquente o leite por 20 segundo no micro-ondas veja se não esta muito quente e dê a ele. - Ela olhou em seu relógio e então o encarou novamente.  - Bom ele mamou a quarenta minutos, então pode lhe dar o leite novamente daqui à dura horas, caso Magnólia ainda não tenha voltado. - Finalizou pegando sua bolsa sobre a mesinha de canto ao lado da porta, o seu casaco, pois la fora chovia e as chaves do seu carro.

- Não pode me obrigar...

Do outro lado do vidro Sebastian via a chuva cair sem pena, trovoadas assustavam Timóth que estava deitado sobre o seu colo,  ele tentou a todo custo ficar longe da criança, mas foi uma batalha perdida. Quando sua mãe lhe deu as costas ele entendeu que não tinha escolha, voltou até a sala e se sentou no sofá de frente com o garoto que desceu do lugar onde estava sentado para ir atrás do homem, ambos ficaram nesse pega-pega, onde Sebastian corria de uma criança por uns bons minutos, até que então ele finalmente se rendeu e o pegou no colo recebendo um sorriso e murmúrio do pequeno que para ele parecia ser inaudíveis.

No relógio do seu pulso os ponteiros rodavam demoradamente, e ele bufava, pois, esperava que logo sua mãe ou a mãe do garoto voltasse, porém, isso nunca acontecia,  e quando duas horas se passaram ele percebeu que não teria jeito e ele mesmo teria que alimentar o menino que não saiu de seu colo nem por um segundo se quer.

Frustrado Sebastian se levantou segurando seu sobrinho de mau jeito com um braço só e caminhou até a cozinha, ao entrar no local ele parou em frente ao armário que parecia ter umas 1000 portas.

- Você por acaso não sabe em qual delas a sua mama, mamadeira está, sabe? - A única resposta que o homem teve foi um espirro que Timóth deu que tirou de Sebastian uma careta. - É claro que não sabe.

Segurando a criança por de baixo dos braços Sebastian intercalou seu olhar entre o grande armário a sua frente enquanto o moleque ria para ele, em um gesto rápido Sebastian se abaixou para deixá-lo no chão, mas seus pensamentos lhe impediram de deixá-lo ali. E se ele sair andando por aí enquanto procuro polo copo de mama? Com esse pensamento Sebastian pegou Timóth e o colocou sentado dentro da pia de lavar louça que era funda assim não teria como ele sair de lá de dentro, mas antes de se afastar e procurar pelo objetivo de plástico na qual ele tinha uma vaga lembrança de como era, o homem retirou de perto da criança o sabão e qualquer outra coisa que oferecesse perigo.

Sebastian passou longos minutos abrindo e fechando portas até  encontrar o que ele procurava, que coincidentemente estava na última porta acima do micro-ondas, quando a saga pelo objeto transparente de bico azul acabou ele se dirigiu para a geladeira e quando a abriu quase gritou de ódio, o rapaz só não o fez porque temia que seu breve surto assustaria o menino que brincava com uma colher e uma tampa de plástico ainda dentro da pia.

- Sem leite! Da pra acreditar nisso pirralho? O que você vai tomar agora, whisky? - Disse ao fechar as portas da geladeira e caminhar até  seu sobrinho.  - Acho que vamos ter que dar uma volta. - Completou pegando-o no colo, mais uma vez o segurou em um de seus braços e buscou pela chave do seu carro no seu bolso. 

O homem ponderou sobre sair de casa com uma criança, pois ele não tinha um lugar seguro para andar com o menino, mas ele não podia deixá-lo com fome. Então  com cuidado ele colocou Timóth no banco da frente e passou o cinto pelo pequeno corpo sentado ali no banco de couro, certificou se ele estava bem preso e deu a volta no carro, entrou e logo deu partida saindo da garagem e dirigindo até o mercado mais próximo, que ficava a quase meia hora de carro, mas Sebastian levou em consideração a pista molhada, baixa visibilidade e uma criança sem equipamentos EPI apropriado para a sua idade então na sua  conta mental ele deduziu que uma viagem de 30 minutos levaria no mínimo 45 – 50 minutos, o que lhe fez bufar pela milésima vez naquele dia.

Mas alguns minutos depois Sebastian pensou estar sofrendo de carma ou algo do tipo, pois segundo antes de seguir seu caminho uma árvore caiu bem a sua frente,  o homem tentou frear, mas foi impossível e então um acidente aconteceu. Em meio a confusão ele escutava o choro do seu sobrinho, ao olhar para os lados ele via que ambos pareciam bem, mas a frente do seu carro estava acabada. Logo dois rapazes que trabalhavam no posto de gasolina em frente a onde a batida aconteceu apareceram perguntou se eles estavam bem e  informando que já haviam ligado para a ambulância. 

Magnólia estava parada no carro com a cabeça encostada no volante pensando no que faria já que até aquele momento todos os lugares na qual ela havia deixado seu currículo estavam com o quadro de funcionários completo, respirando e tentando bolar outros planos para conseguir dinheiro, ela criou coragem para ligar o veículo e voltar para a mansão. A mulher não queria colocar os seus pés la dentro outra vez, mas ela teria que engolir seu orgulho e voltar, pois, não tinha outro lugar para aonde ir, até teria se fizesse uma ligação, mas ela preferia quebrar o seu orgulho e voltar para a casa onde encontraria Sebastian já que ficar na rua com seu filho estava fora de cogitação.

Quando ela estava prestes a sair com o veículo o seu celular tocou, a mulher não  reconheceu o número que mostrava na tela quebrada do seu celular, mas atendeu por pensar que talvez fosse alguém querendo contratá-la, mas suas expectativas foram de 100 para 0 assim que ouviu uma voz feminina do outro lado da linha dizendo que seu filho estava mais uma vez em um hospital porque havia sofrido um acidente com o seu tio. O ódio subiu a cabeça da mulher e ela não sobe explicar quanto tempo e nem como conseguiu dirigir até o hospital em que tinha saído a semanas atrás, as lembranças do lugar ainda eram frescas nas suas memórias. Toda noite antes de fechar os olhos ela pedia para que nunca mais fosse preciso colocar os pés dentro de um local como aquele, um local repleto de perdas.

De longe Magnólia viu seu filho sentado no colo de seu tio, ambos estavam sentados nas poltronas que ficavam numa salinha de espera próximo ao corredor onde ela passou longos dias presa. Ao se aproximar se agachou em frente ao homem e pegou o seu filho nos braços,  uma sensação de alívio tomou conta do seu corpo ao ver somente um pequeno curativos próximo à sobrancelha do garotinho, quando acabou de averiguar se seu filho realmente estava bem ela desviou sua atenção para o rapaz que continuava ali sentado de frente com ela a observando, e então ela viu que um de seus braços estavam preciso a uma tipoia.

- Você...

- Sra. Xavier, fico feliz em vê-la bem. - Dra. Kidman diz antes que Magnólia começasse a brigar com Sebastian. 

- Olá Dra. Eu estou bem, é uma pena estar aqui de volta em tão pouco tempo. Mas e os meninos já posso levá-los para casa? - Pergunto rapidamente, ela queria sair daquele espaço o mais rápido possível. 

- Sim, claro, traga esse baixinho daqui a 14 dias para retirarmos os pontos, e Sebastian só precisa de algumas sessões de fisioterapia. Em duas semanas ambos estarão novinhos em folha. - Disse ao entregar para a mulher uma flora que continha sua assinatura e nomes de medicamentos. Logo uma emergência chegou e ela se despediu de ambos com um breve aceno. 

Com passos rápidos Magnólia caminhou até onde havia estacionando o carro, a chuva ainda era presente, mas agora ela já havia diminuído, com pressa ela entrou dentro do carro e finalmente respirou por estar fora daquele ambiente que cheirava a cloro. Mas sua respiração ficou pesada novamente quando Sebastian entrou no veículo e se sentou no banco do passageiro. 

- Deixa que eu seguro ele. - Disse esticando o braço que não  estava imobilizado. 

- Pra que? Pra bater com a cabeça dele mais uma vez? - Perguntou ríspida. 

- Você não vai conseguir dirigir com ele em seu colo. - Sebastian insistiu. 

- Não fala comigo.. Não fala. - Após relutar e pensar em silêncio por uns cinco minutos Magnólia finalmente se rendeu e então colocou o seu filho que agora dormia, no colo do homem que o segurou com seu braço bom firmemente.

Com calma, porém com vontade de chegar em casa o mais rápido possível Magnólia dirigiu todo o caminho de volta sem se quer mover  seus olhos na direção do homem que mantinha seu sobrinho firme no seu colo e olhos fixos na estrada. O silêncio entre os dois era constrangedor, mas ambos não pensavam em dizer nada, mesmo que a mente deles trabalhasse freneticamente,  pois enquanto Magnólia assassinava o seu cunhado com uma machadinha mentalmente, Sebastian procurava palavras para tentar se explicar, e assim foi por todo o caminho.

Quando a mulher estacionou o carro na garagem, Sebastian saiu do carro rapidamente ainda com Timóth em seu colo, os passos do homem eram largos e antes que Magnólia pudesse pegar o seu filho de volta eles já estavam dentro de casa.

- Magnólia eu. - Sebastian tentou falar, mas ela o interrompeu ao tirar o seu filho do colo do homem. 

- Não Sebastian, não quero ouvir suas desculpas para estar com meu filho dentro do seu carro de baixo da chuva em um acidente.  - Ela disse o olhando. 

- A gente só ia até o mercado.  - Tentou se explicar. 

- Mercado? Ta de brincadeira com a minha cara Sebastian?

- Você não está me deixando explicar. 

- E qual seria a sua explicação? Por acaso você acha que as coisas são como nos filmes? Você pega o filho dos outros, vai com ele até o mercado e sai de lá com número de duas mães solteiras e um encontro marcado? Ao jugar a sua aparência eu diria que não precisa disso.. - Ela disse um pouco alterada sem perceber que havia elogiado a aparência do homem, e Sebastian se questionou dê o porque não havia pensado nisso antes. 

- O que está acontecendo aqui. - Elen pergunta ao se aproximar dos jovens que discutiam parados ao pé da escada, junto dela estava Sam.

- Sam? - Sebastian perguntou sem entender o porque seu amigo estava ali.

- O que ouve com o braço? - O seu amigo perguntou diretamente e logo se dirigiu a Magnólia que ainda continuava parada ali com seu filho nos braços. - É um prazer finalmente conhecer a mulher que meu amigo escondeu de nós por tanto tempo, eu sou o Sam. - Disse esbanjando um de seus sorrisos largos.

- Magnólia, o prazer é todo meu. - Respondeu educadamente. 

- Esse deve ser o Timóth. - Pergunta esticando os seus braços para pegá-lo no colo, já que agora ele se encontrava acordado devido à confusão.  - Vem com tio Sam. - O Homem disse e Sebastian revirou os seus olhos instantaneamente. 

- Você não é o tio dele. - Corrigiu o seu amigo.

- E nem você.  - Magnólia retrucou. 

- Esquece.. Vem, vamos pro escritório.  - Sebastian diz fazendo menção de caminhar até o cômodo que ficava ao lado da sala.

- A não, não vim aqui falar com você, vim falar com Magnólia.  - Respondeu enquanto brincava com o menino no seu colo.

- Comigo?

- Com ela? - Sebastian perguntou e agora foi a vez de Magnólia revirar os seus olhos.

- Eu encontrei com Sam na rua, e entre conversas ele acabou revelado que estava a procura de alguém para trabalhar no seu bar, e coincidentemente Magnólia saiu de casa hoje cedo dizendo estar a procura de um emprego então...

- Então eu vim até aqui para saber se você quer trabalhar comigo, o salário é ruim, o ambiente de trabalho é legal, mas os clientes são umas malas, e eu posso te liberar algumas horas mais cedo para poder ficar com esse garotão aqui. - Sam completou. 

Magnólia se sentiu aliviada de saber que aquela poderia ser a oportunidade de finalmente conseguir sair dali e viver sua vida longe do seu cunhado. Mas antes que ela desse  uma resposta o homem na qual ela estava repudiando mentalmente e presencialmente interrompeu a conversa. 

- Mas ela não pode ir trabalhar.  - Sebastian diz se metendo no assunto e ganhando um olhando de reprovação de Magnólia. 

- Você não acha que está se metendo na minha vida de mais não? - Perguntou ao dar cerca de uns 5 passos e ficar frente a frente com o homem de olhos claros. Então Elen e Sam observavam tudo um pouco mais afastados.

- Só estou dizendo que você não pode trabalhar a noite, quem vai Ficar com seu filho enquanto você trabalha em?

- Eu posso ficar. - Elen disse mais a discussão entre os dois não deixou que eles ouvissem. 

- Se eu tive um salário consigo muito bem pagar uma pessoa que possa olhar o meu filho. - Magnólia retrucou colocando suas mãos na cintura. 

- Eles estão brigando desde ontem a noite.  - Elen disse ao Sam.

- E você não vai fazer nada? Suponho que ela pode atacá-lo a qualquer momento.  - Sam fala ao observar o seu amigo e a mulher que ainda discutiam um com o outro. 

- Eu não intendo porque você me odeia tanto, desde que cheguei só me trata mal e agora se acha no direito de se meter na minha vida.

- Você realmente quer saber o porquê? - Sebastian perguntou e a mulher o olhou como se o incentivasse a continuar e assim ele fez. - Eu não suporto olhar para você, sempre que estou perto fico me perguntando dê o porque ele escondeu isso da família dele, dos amigos dele. Quero dizer.. Quem é você? Porque você é tão importante? Ele colocou você em primeiro lugar? Se ele fez isso então ele não era quem eu pensava ser. - Sebastian finalmente desabafou.

Magnólia entendeu o porquê ganhava ódio gratuito, o homem a sua frente era obrigado a destruir uma imagem que foi criada uma vida inteira por causa de uma mentira, assim como ela vinha fazendo com ele mentalmente. 

- Ele não disse nada porque eu pedi que fosse assim. - Ela disse em voz baixa e então recebeu um olhar curioso de seu cunhado. - Eu pedi pra que ele não contasse a ninguém sobre mim e meu filho, pedi pra que escondesse de vocês e assim ele fez.. Contrariado, mas fez. Então Timóth começou a crescer e eu vi que estava fazendo errado e que era hora de enfrentar as consequências. Mas não se preocupe, eu vou  arrumar uma pessoa que cuide do meu filho sem que ele seja envolvido em acidentes e você não vai mais precisar se preocupar em destruir a imagem que você tem do Christopher. 

- Pelo visto você não se cansa de cometer erros? Nem se quer me deixou explicar o que aconteceu.  - Sebastian diz.

- Não preciso que se explique, pois, eu vou aceitar o emprego e logo vou estar longe de você que só quer me ver mal porque não aceitou que seu irmão tinha segredos e usou o meu próprio filho prae atingir. - Ela disse e a mãe de Sebastian olhou assustada para o seu filho assim como Sam.

- Não, não tenta virar o jogo você que foi egoísta aqui, o que aconteceu hoje foi um acidente, nunca faria nada com ele de propósito.  - Sebastian diz exasperado. 

- Será mesmo Sebastian? Você mesmo disse que Hoje em dias as pessoas são capazes de tudo para terem o controle de outras pessoas. - A mulher usou a mesma frase que ele havia usado no dia em que ela chegou na mansão. 

- O clima ficou pesado.  - Sam disse baixinho. 

Sebastian olhou firmemente para magnólia, engoliu sua saliva e abaixou os seus ombros, ele nunca havia se sentido atacado de tal forma e ouví-la dizendo que ele machucaria uma criança de propósito era algo pesado de se ouvir, ali ele sentiu o peso do que disse naquele dia. Aquela era a segunda vez seguida que Magnólia o confrontava e o deixava totalmente desarmado, vulnerável, e ele odiava se sentir assim, por isso ele olhou para ela uma última vez e sem se quer dizer nada ele se afastou e subiu as escadas. 

Magnólia suspirou e abaixou sua cabeça, uma lagrima desceu por seu rosto, mas logo a mulher se recompôs.

- Acho que já era o emprego né? - Perguntou ao se aproximar de Sam e sua sogra que a olhava com pesar.

- Você pode começar daqui a duas semanas.  - Sam disse após devolver Timóth para a mãe. 

- Obrigado, se não se importam eu preciso subir. - Pediu e logo deu as costas ao seu novo chefe e sua sogra. 

Esse print e mais alguns estão postados no meu insta, corre lá pra conferir ❤

Esse capítulo me deixa mais triste que o da morte do Christopher.  Eu não sei se é pq podemos ver que o Sebastian não fez de propósito e ela não para pra ouvir, e ataca ele duas vezes seguidas.
Mas eu sei que quando chego nesse final eu to muito pra baixa.
E vcs o que acham ??

Não se esqueçam de deixar o seu comentário e o votinho❤

Amo vca mil milhões❤

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