torre de astronomia — hogwarts
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Thomas Keating (th)
| "Eu sempre gostei de ficar acordado até um pouco mais tarde que os outros alunos. No silêncio e na escuridão da noite, eu me esgueirava para fora da minha cama, ia até uma poltrona rente uma janela na sala comunal, e ficava um tempão fitando o céu, observando as estrelas. Disso surgia um dos motivos de as aulas de Astronomia jamais serem desgastantes para mim. Era nelas que eu aprendia a nomear aqueles pontinhos luminosos que eu tanto gostava de contemplar.
Claro que ninguém achava exatamente agradável ter de sair da cama à meia-noite para estudar, principalmente porque ainda teríamos aula na manhã seguinte. Mas não havia horário melhor para a observação astronômica que não fosse aquele. Era quando os astros ficavam mais visíveis no céu, por isso eu não ousava reclamar. Além disso, tinha algo de ainda mais mágico — se é que era possível — na maneira como ficavam os corredores de Hogwarts tão tarde da noite. Os bruxos que dormiam e roncavam em seus retratos, o luar que se infiltrava pelas janelas... Eu nem sabia como descrever.
De qualquer modo, eu estava em mais uma aula de Astronomia. A professora Sinistra tinha nos instruído a mapear constelações nas nossas cartas estelares. Lá no alto da Torre de Astronomia, eu não ouvia mais do que o leve sopro do vento, os murmúrios de alguns colegas, bem como o farfalhar de seus pergaminhos conforme eles realizavam a tarefa de verificar e anotar.
Perto do parapeito da torre, eu dividia um telescópio com Harris. Para que nós dois aprendêssemos ao máximo o que aquela disciplina tinha a oferecer, sugeri que intercalássemos entre observar e catalogar as constelações. Cada um veria um conjunto de estrelas por vez e anotaria a sua posição no pergaminho que também compartilhávamos.
Depois de observar a Ursa Maior e marcar, com cuidado, as estrelas que a compunham, pedi a Harris que tomasse a frente no telescópio.
— Você pode procurar a constelação de Órion?
Me afastando um pouco, notei que alguns insetos, sobretudo vagalumes, flutuavam ali no alto, próximos à torre e também mais ao longe, lá por cima dos jardins que circulavam o castelo. Eles piscavam e cintilavam. A vista era linda e só acentuava a sensação mística que aquela madrugada de aula causava em mim. Era como se as estrelas tivessem caído do céu e agora percorressem o mundo. Me permiti apreciar aquilo, com calma, enquanto esperava Harris fazer a sua parte do trabalho."
harris porter (jk)
- avada kedavra
mato o pernilongo
de nada