Entre bolos de morango e decl...

By MandiSilver

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[Livro físico pela editora Singularity dia 15 de março] Era de fato meu sabor preferido, morango. Não existe... More

[🍓] Prólogo
[🍓] 0.1 - Súbito cheiro de morango
[🍓] 0.2 - Azedo
[🍓] 0.3 - A receita
[🍓] 0.4 - Força
[🍓] 0.5 - É doloroso ser diferente
[🍓] 0.6 - O sorriso e a rosa
[🍓] 0.7 - Incondicionalmente
[🍓] 0.8 - Um abraço, mil palavras
[🍓] 1.0 - Você... você cheira a morango
[🍓] 1.1 - O olhar diz tudo
[🍓] 1.2 - O diário
[🍓] Bônus Yoonmin
[🍰] Bônus
[🍓] 1.3 - Epílogo
Pré-venda do livro físico de EBDMED❤️🍓
Pré-venda de EBMD
Agradecimentos🍓♥️

[🍓] 0.9 - Apenas eles, o bolo e as declarações confusas

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By MandiSilver

Eu acho que esse capítulo é cheio de surpresas, preparem os corações e surtem comigo depois no twitter. Eu fico extremamente animada escrevendo essa fic, ela é muito interessante de escrever e leve como uma folha.

Se não fosse por essa fanfic provavelmente eu não teria ganhado tantas pessoas aqui no Wattpad, ela me levou a algo e me faz sentir muitas coisas, espero que vocês também sintam.
Vocês sentem? Digam pra mim o que.

Eu sinto saudades, fico triste e feliz, boiola... coração quentinho por causa dos personagens.

Ela não vai ser longa, mas isso não é motivo de tristeza. É uma história para ler em um dia só e refletir.

Ok, chega de falar, boa leitura!🍓❤️

A luz do sol entrava pela pequena abertura da cortina da janela, o quarto com cores claras, alguns pequenos vasos de plantas próximo a varanda, uma estante de livro próxima a uma mesa de madeira bem organizada e minimalista. O ambiente trazia um ar de calmaria como o dono dele, que estava sentado na ponta da cama, com uma xícara na mão, observando o de fios laranja dormindo em sua cama.

Yoongi estava preso em como Jimin ficava com os olhinhos inchados e fazia bico enquanto estava no seu sono profundo. Ele era lindo. Os cabelos bagunçados, o rosto marcado e o jeito como abraçava a almofada com o cheiro do biólogo. Park mexeu um pouco e Yoongi colocou a xícara no chão, esperando ele abrir os olhos e voltar a consciência.

— Bom dia, raposinha. — Disse, levantando da cama e indo devagar até a janela, abriu uma das cortinas e olhou de canto de olho para ele, que se espreguiçava na cama.

— Bom dia. — A voz rouca e baixa fez Yoongi soprar uma risada. — Minha cabeça dói muito.

— Por isso eu trouxe um cházinho. — Agachou para pegar o chá e entregou nas mãos dele. — Ajuda a diminuir a ressaca, não gosto de dar remédios. O bom mesmo é tomar banho, comer bem e tomar bastante água.

— E se eu sentir dor de cabeça? — Olhou para o Min com as bochechas vermelhas do vapor do chá.

— Hummm... toma o remédio. — Sorriu pequeno e Jimin acompanhou, por ser tão contagiante o jeitinho dele. — Dormiu bem?

— Uhum. — Desviou os olhos para a xícara sobre seu colo.

Yoongi ficou o olhando em silêncio, esperando que ele dissesse algo a mais ou apenas o apontasse o motivo do desconforto, apesar do mais velho entender que eles não se conheciam bem, então seria difícil agir de forma natural um com o outro por enquanto.

— Diga o que te incomoda, Jimin. — Sentou na cama e olhou para ele brando.

— Eu... só estou envergonhado de ontem você ter me visto daquele jeito e também por estar tomando seu tempo agora. — Bebeu um pouco do líquido, ainda não o encarando nos olhos, tinha medo do que poderia encontrar. — E também a ficha ainda não caiu... que você é..

— Que eu sou sua alma gêmea? — Tentou o ajudar a falar e viu o Park balançar a cabeça em positivo. — Tudo bem, pra mim também ainda é estranho.

— Hum... — Colocou a xícara na mesinha ao lado da cama, respirou fundo e olhou para ele. — Faz um tempo que passei por um relacionamento, ele fingia ser minha alma gêmea e me tratou de forma que eu nunca imaginei que poderia acontecer... Ainda tenho resquícios de traumas e algumas atitudes tóxicas.

Jimin respirou fundo novamente, era como se o ar sempre faltasse ao falar sobre esse assunto. Yoongi percebeu e segurou sua mão, o que fez com que os olhos da raposa começassem a lacrimejar. Ele piscava rapidamente, tentando não chorar novamente, mas o Park tinha esse lado mais sensível e quando começava a chorar era difícil parar.

— Ele... me deixou sonhar que tinha encontrado minha metade e me destruiu, até hoje não entendo porquê. Nunca vou entender. — Olhou para as mãos, o Min fazia carinho na pele e Jimin soluçou. — Eu tinha conversado com Taehyung naquela noite... ele disse pra mim ir no meu tempo.

— Com certeza, Jimin.

Segurou o queixo dele e levantou. O sorriso pequeno em seus lábios e o seu olhar traziam a paz da natureza que tanto admirava. Park sentia isso ao encarar a íris escura e sentir o dedo deslizar na pele da bochecha, fazendo-o fechar os olhos e suspirar aliviado.

— Nós iremos no seu tempo, sem pressa. O medo nos deixa estagnados, então, se sentimos o cheiro um do outro, é porque precisamos nos curar juntos e essa é a única forma e a certa para nós.

Encostou a testa na dele naturalmente, como se fosse normal fazer isso. Ambos sentiram um alívio ao terem as peles juntas, como se aquele sentimento de saudades tivesse sido reconhecido e saciado ali. Yoongi fechou os olhos apenas enquanto escutava a respiração dele.

— Existem tantas coisas que quero te dizer e te mostrar — confessou, sentindo-o apertar sua mão. — Eu estava com saudades de você.

— Eu também estava. — Subiu as mãos para os cabelos verdes, adentrando as mãos ali e sentindo a mão dele chegar em sua cintura. — Tanta saudade. Pensei que nunca te encontraria novamente.

— Passei muitas noites pensando em você, minha raposinha.

— Sua?

Sorriu pequeno e Yoongi apertou a cintura de Jimin, o puxando para próximo. Os lábios a centímetros de distância, dando leves roçadas e as respirações quentes abraçando o rosto um do outro.

— Sim, meu. — Deslizavam os narizes carinhosamente um no outro e os sorrisos estavam presentes. — Eu quero apenas que você seja feliz, queria tirar essa dor no seu coração.

— Você pode. — Abriu os olhos, observando o rosto bonito e ainda sorrindo esperou que ele abrisse os olhos também.

— Como? — Estava curioso para saber onde o Park queria chegar.

— Me ame como amou em todas as vidas em que tivemos juntos, Yoongi.

Os dois se encaravam. Os cheiros mais intensos pelo fato de estarem tão próximos e sentindo emoções que fazia o coração acelerar e o aroma se espalhar com mais facilidade pelo ambiente. Era os espíritos falando um com o outro como se soubesse cada parte deles e eles sabiam. Jimin aproximou o rosto, ele não lembrava como era sentir desejo por alguém, mas ao olhar para Yoongi apenas queria ficar perto e o abraçar para sempre.

— Seu pedido é uma ordem. — Min selou os lábios lentamente.

O toque singelo fez suspiros saírem dos lábios. Os dedos se moviam devagar nas madeixas, enquanto a mão na cintura fazia um carinho calmo. Os dois estavam se deixando levar pelas sensações, como se estivessem no mar em um barco, balançava e balançava. Cada toque e sorriso em meio ao ósculo mostrava a felicidade da alma de ambos. Eles estavam em êxtase e seria assim todas as vezes que trocarem carícias.

— Íamos devagar? — Yoongi falou depois de selar os lábios carnudos pela última vez e riu.

— Vamos devagar, mas eu preciso beijar você de novo. — Sorriu até seus olhos fazerem uma listinha e devagar voltava a encarar novamente. — O que acha?

— Hum... — Fingia pensar e Jimin riu. — Acho perfeito.

Deitou o Park na cama e os sorrisos estavam presentes, enquanto selava os lábios de sua raposinha.

[...]

Taehyung se movia um pouco nervoso pela cozinha, já tinha terminado o jantar, entretanto estava daquela forma pelo fato de Jeon vim e trazer sua família, não entendia bem o sentimento que tinha em seu coração, só se deixava levar, era sua promessa. Faça aquilo que seu coração sente. Muitas vezes tinha medo de estar enganado, porém uma pessoa o disse que mesmo que seguisse o seu coração e desse errado ainda assim seria o certo porque ouviu o coração.

A campainha tocou e o Kim acordou de seus pensamentos. Ajeitando suas roupas saiu da cozinha, seu estilo combinava perfeitamente com seu brilho, a blusa social branca de manga longa, por dentro ainda tinha outra blusa de gola alta na cor marrom claro, sempre tons assim; calça e sapato marrom. O cacho caiu sobre o olho e ele o retirou, encontrando os olhos escuros de Jeon no exato momento da ação. Piscou lentamente, que sensação quente preencheu o seu interior com aquele olhar tão caloroso. Sorriu pequeno e ele fez o mesmo.

— Boa noite, Jungkook. — Aproximou-se dele e Jungkook ainda sorrindo fez o mesmo.

— Boa noite, Taehyung. — Tocou levemente o ombro dele e os dois logo olharam para trás ao ouvir as vozes das duas mulheres. — Aqui Taehyung, essa é minha querida mãe.

A mulher sorriu lindamente. Ela tinha a aparência parecida com o filho e um olhar doce, exatamente como Jeon, não era atoa que ele era assim. Ela chegou próximo ao ruivo e estendeu a mão, sorridente.

— Obrigada pelo convite, querido. — A voz era suave e baixa. Ela deixava os orbes escuras sobre as castanhas, trazendo toda calmaria das estrelas apenas com aquele olhar. — Meu filho me falou um pouco de você, estou feliz em lhe conhecer.

— Igualmente, senhora Jeon. — Segurou a mão dela com delicadeza. De fato, Jungkook era a cópia da mulher. — É um prazer.

— O prazer é meu. — Sorriu ainda olhando para os olhos castanhos de Taehyung. Ela parecia sentir algo como a mãe do Kim. Simpatia, era como se o conhecesse.

— Bom, vamos comer queridos? — Hyeon disse, animado andou rápido para a mesa e todos foram.

O jantar foi animado, conversaram sobre diversos assuntos, a família Jeon contou um pouco de sua história e o motivo do pai de Jungkook não estar ali, era trágico, mas os dois eram unidos demais depois daquele ano. Logo depois de comerem, os mais velhos foram conversar, enquanto Taehyung e Jungkook subiram para o terraço. Taehyung levava em suas mãos um prato com algumas fatias de bolo de morango, havia feito especialmente para Jungkook e gostaria de o ver experimentar.

— Eu costumava vir aqui quando era mais novo — Sentou no chão, olhando para o céu estrelado e depois olhou Jeon ao seu lado. — Já fiz muitos pedidos olhando essas estrelas.

— Aqui é muito lindo — Observou o céu com admiração e um sorriso frouxo nos lábios. — Você parece ser um romântico.

O olhou de canto, observando o Kim colocando o prato no chão e o garfo de lado, com um sorriso pequeno nos lábios. Jeon puxou o ar com certa força, dentro de si sempre vinha essa necessidade de sentir o cheiro dele e o fazia ficar confuso. Assim que sentiu o cheiro de morango, seus olhos se arregalaram um pouco e seu coração errou uma batida, porém o viu tirar o tecido de cima do bolo no prato. Os ombros caíram, mais uma vez ficou chateado pelo universo brincar consigo.

— Eu sou. — Ele sorriu grande, os olhos viraram uma listinha e o sorriso quadrado era admirável. Adorável. Sempre tão adorável. — Poucas pessoas veem esse meu lado, porque mesmo que nosso mundo seja de almas gêmeas existem muitas pessoas maldosas.

— Isso é verdade.

Piscando os olhos lentamente, observou o ruivinho daquela forma e aproximou um pouco o corpo, sentindo saudades do abraço quente de mais cedo.

— Eu me sinto honrado de poder conhecer esse seu lado.

— Você é muito doce, sabia, Jungkook? — Virou o corpo para olhar melhor Jeon, vendo o exato momento o rubor que apareceu nas bochechas dele e ele desviar os olhos para o bolo de morango.

— Como... assim?

Taehyung tentou esconder o sorriso com a mão mordendo o lábio inferior.

— Humm, você parece não saber demonstrar bem seus sentimentos, mas sempre tenta. — Falou baixinho, esperando que ele olhasse em seus olhos e assim fez. — Mas é só olhar para seus olhos que eles dizem muita coisa no silêncio. Até mesmo a simples coisa sua é algo que você quer dizer. O jeito como trata sua mãe, seu amigo, seu carro e até mesmo o seu cheiro favorito, sempre levando algum morango no carro com a esperança de um dia encontrar sua alma gêmea na esquina, dentro de algum lugar que você gosta muito de ir.

O silêncio se estabeleceu, enquanto os dois se encaravam profundamente, como se soubesse cada parte do interior um do outro. Dos pecados às melhores virtudes que existiam em suas almas. Os olhos realmente falam tudo aquilo que não se consegue falar, o corpo sempre irá entregar aquilo que se sente. As mãos do Jungkook foram até a bochecha dos de cachinhos ruivos e deslizou em um carinho suave.

— Eu agradeço por tentar me entender. — Não queria tirar sua mão dali nunca mais. Queria o tocar para sempre. — Você merece tanto amor e eu me esforço para saber oferecer isso.

— Por que? — A voz saiu tão baixa por causa dos toques dele, aquilo naturalmente o deixava sensível e os olhos corriam pelo rosto tão bonito de Jeon.

— Porque eu sinto algo aqui dentro que ainda não entendo, mas eu não ignoro. —

Confessou baixo, aproximando mais o rosto dele e suspirou sôfrego. Era como um ímã, puxava e não havia como deter que eles se juntassem.

— Por isso, todas as vezes que te encontro, eu te admiro tanto e eu não consigo esconder.

— E não precisa. — Pôs a sua mão sobre a de Jeon, fazendo carinho ali e sorriu pequeno. Estava realmente seguindo a sua promessa. — Não precisa.

— Certo, cachinhos ruivos. — Sorriu pequeno e viu o Kim desviar os olhos e as bochechas ganharem tons rosados. — Céus, que lindo. Vou sempre querer te ver envergonhado agora.

— Pare com isso. — Escondeu o rosto no ombro dele e Jeon sentiu necessidade de envolver os braços ao redor do corpo dele. Fez e sorriu orgulhoso de si. — Eu queria sentir seu cheiro...

— Não pense nisso agora.

Jeon deslizou o nariz no pescoço dele, querendo também sentir a fragrância, mas não sentia. O bolo estava ali, cobrindo todo o aroma de morango do ruivo. Taehyung mordeu o lábio, com os olhos fechados e suspirou, seu coração estava acelerado e ele apertou mais a roupa de Jungkook, esse que não deixou de envolver os braços ao redor de seu corpo. Kim não queria mais que ele o soltasse.

Estavam apenas eles, o bolo e as declarações confusas.

Ficaram em silêncio, aproveitando a companhia um do outro, mesmo que suas mentes estivessem cheias de dúvidas, todavia não iriam estragar o momento, apenas deixariam que as coisas acontecessem.

— Tae. — Jungkook falou e o ruivo olhou para cima o encarando doce. — Quer sair comigo?

— Oo... — Piscou os olhos rapidamente e riu nervoso.

— Se não quiser, tudo bem.

— Não! Digo, sim, eu quero. — Riu nervoso e logo abraçou seu corpo.

— Você é uma graça. — Observou ele ficar com as bochechas vermelhas novamente.

— Para com isso, Jeon. — Deu uma tapinha em sua perna e Jeon fez bico.

Depois os dois caíram na risada, as estrelas brilhavam lindamente naquela noite, junto da lua. Sempre estavam se declarando abaixo da luz da lua e se apaixonando por debaixo da luz do sol. Era assim em todas as suas vidas. Podia ter motivos para que não sentissem o cheiro um do outro, mas eles não sabiam, ainda.

[🍓🍫]





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