Tempos Modernos

By scararmst

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É o início do mês de agosto. Uma época tensa e ansiosa para qualquer aluno de Ensino Médio em vias de prestar... More

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By scararmst

Miguel ouviu uma conversa agitada começar na mesa antes mesmo de ter dado dois passos para longe dela, mas não quis prestar atenção ou interferir no que fosse falado. Já dito o que queria dizer e agora precisava acreditar em Lucas para coordenar o assunto da melhor forma para si. Podia dividir suas experiências e o que tinha aprendido com elas, mas não podia forçar ou convencer ninguém a aprender com seu exemplo. Para isso, ao menos por agora, só podia esperar.

Ainda assim, quando voltou para sua mesa e se sentou ao lado de Clara de novo, estava torcendo para um bom resultado. Ela estava virada para trás, olhando a mesa de Lucas por cima da cadeira, bem como seus outros amigos estavam. Miguel não sabia se queria olhar. E se tivesse estragado tudo?

— Como está a situação? — ele perguntou, roubando um salgado do montinho de Arthur.

— Estão conversando. A coisa tá quente — ela comentou.

— Pro Lucas? — Miguel perguntou, preocupado. Teria, apesar de todos os seus esforços, estragado tudo mais uma vez?

— Não exatamente... É mais a mãe e o pai dele brigando entre si. E às vezes ele falando alguma coisa. É difícil dizer daqui, eu não sei fazer leitura labial.

Miguel suspirou, abaixando o rosto e passando as mãos pelos cabelos. Precisava manter a calma, ainda não sabia o que estava acontecendo. Não podia ficar sofrendo por antecipação. Ele pegou mais um salgadinho, esperando que comer fosse controlar seu nervosismo, e procurando um garçom com os olhos para pegar um copo de refrigerante para si. Não demorou para conseguir um, e passou os momentos seguintes acabando com a pilha de salgadinhos de Arthur e se entupindo de refrigerante, esperando alguma coisa acontecer. Qualquer uma.

Não soube dizer exatamente quanto tempo se passou, embora pela quantidade de papéis de salgadinho em sua frente fosse apostar em mais de quinze minutos com certeza. Então Clara se virou para a frente de uma vez, e os garotos também, e Miguel olhou para eles, agitado, esperando uma resposta.

— O que foi? O que aconteceu?

Antes de qualquer um responder, ele viu que todos estavam olhando para um ponto atrás de si, e ele se virou, sentindo uma presença se aproximar. E então, ali estava Lucas, em seu terno muito alinhado e cabelo penteado, ainda não parecendo ele mesmo, mas ali, ao seu lado.

— Guardaram lugar pra mim, não foi? — ele perguntou, com um sorriso leve e pequeno no rosto, e Miguel não soube dizer se sentiu primeiro o alívio de vê-lo bem ou a felicidade de vê-lo ali. Talvez as duas coisas.

— Na última vez que você me perguntou isso eu acabei te beijando do lado da mesa de doces — Miguel respondeu, abrindo um sorriso em resposta ao clima leve se apresentando ali ao lado deles.

— Por favor, não faça isso hoje. Papai ainda está aqui.

Não faria, é claro que não. Poder conversar com Lucas e passar a noite com ele já estava de bom tamanho. Miguel deu dois tapas no ombro de Arthur, empurrando-o para o lado com alguma insistência, para que ele pulasse uma cadeira.

— Ai caramba — o garoto reclamou. — Eu vou arrumar uma namorada também, e aí vocês vão ver. Vou ficar um nojo.

Miguel não respondeu, não conseguia se importar com Arthur agora. Ele e Zé Dois passaram para as cadeiras ao lado, liberando a cadeira à direita de Miguel para Lucas sentar. O garoto o fez, em silêncio, e pousou as mãos na mesa, cumprimentando os presentes com um aceno, sem falar mais nada.

E Miguel não queria ser aquele tipo de pessoa curiosa a entupir o outro de perguntas no meio da festa, principalmente se o assunto fosse matar a diversão dele, mas não conseguia deixar de se sentir ansioso tendo sido ele mesmo a trazer todo aquele conflito para o local. O fato de Lucas estar sentado na mesa ao seu lado tinha de significar algo bom, mas mesmo assim, não saber os detalhes estava o matando por dentro.

— Você treinou aquilo tudo? — Lucas perguntou, enfim, com a voz baixa o bastante para a conversa se tornar algo que apenas os dois iriam ouvir.

— Mais ou menos. Não tudo. Eu só fiz o que te falei... Que talvez seus pais saberem como tudo isso me fez mal os fizesse repensar a situação com você. O resto meio que saiu no calor do momento.

Lucas assentiu, devagar, virando-se por um instante para pegar um refrigerante de um garçom passando ao lado deles. Miguel ainda queria saber mais. Precisava. Ele tentou esperar, mas não sabia se Lucas estava pensando no que dizer ou só tentando não falar nada, então acabou cedendo ao seu impulso.

— E... funcionou?

O garoto franziu a testa, colocando o copo na mesa. Pensando, com certeza. Miguel desceu as mãos para seu colo, onde podia batucar os dedos na perna para extravasar a ansiedade sem ninguém perceber.

— Eu... não sei. Mas talvez... Veja bem, mamãe já estava preocupada comigo. Ela viu que eu não estava bem, mas ela estava um pouco pensando que era uma fase, que ia passar e que eu ia melhorar, então... Você dizer pra ela que não ia pode ter sido exatamente o que ela precisava ouvir. Ela e meu pai começaram a brigar. Ela não é cem por cento a favor disso, mas no momento parece mais preocupada em me ver feliz. Então ela me disse para vir para a mesa com meus amigos, que meu pai não ia me impedir de ver meus amigos mais e que ela mesma ia lidar com ele. Daí eu saí da mesa e não sei mais o que aconteceu.

Miguel não conseguiu se impedir de olhar para a mãe de Lucas naquele momento. Tinha tido um instinto correto, então.

— E... disseram algo sobre a gente?

Lucas ponderou a pergunta, pegando um salgadinho de uma bandeja passando ao lado e o comendo com alguma pressa, como se tivesse acabado de perceber que estava com fome.

— Você tem ficado sem comer também? — Miguel perguntou, sem nem esperar a resposta da pergunta anterior.

— Não é minha culpa, meu apetite sumiu. Eu te disse que mamãe estava preocupada. E sobre a gente... Meio que sim, meio que não. Eu conheço minha mãe. Ela me disse para vir sentar aqui com "Miguel e meus amigos". Ela sabe o que eu quero com você. Ela me mandou para perto de você sem falar nada, então se a conheço bem, ela vai fingir que não tem nada acontecendo, entende? Ao menos agora.

Miguel sentiu um impulso muito forte de segurar a mão de Lucas, e mais uma vez, teve de se impedir, não sabendo ainda se esse era o tipo de coisa o qual poderia fazer. Ele bebeu mais do refrigerante, e então Lucas se inclinou sobre a mesa para conversar com Clara por cima dele. Acabou trocando de lugar com o garoto, deixando ele se atualizar com a melhor amiga e entrando em uma conversa com Arthur e Zé Dois sobre o sabor dos mini-espetinhos de filé que estavam servindo.

Os minutos de festa passaram e se foram. Aos poucos, Miguel explicou o que Lucas tinha lhe falado, e não demorou para o grupo todo estar inteirado da curiosa situação em que se encontravam. Os pais de Lucas não deram sinal de querer se juntar à mesa deles, o que era provavelmente uma bênção disfarçada.

Estavam ali por cerca de uma hora. A festa estava ficando mais agitada e Clara e Pedro tinham saído para a pista de dança. Arthur tinha ido procurar uma garota para dançar e Zé Dois, Lucas e Miguel acabaram ficando na mesa conversando, embora Miguel quisesse poder dançar com Lucas também. Talvez quando parassem com o forró e começassem os axés coreografados de grupo desse essa sorte. Até lá, teve de se contentar com ficar batendo o pé debaixo da mesa e conversando na mesa com Lucas e Zé Dois, quando uma sombra se aproximou de trás deles e Miguel levantou a cabeça para ver a mãe de Lucas parada ali.

Os dois se olharam por um breve instante. Ela estava muito séria, mas não era possível reconhecer raiva ou felicidade em sua expressão. Miguel engoliu em seco, mas a mulher não o encarou muito antes de colocar a mão no ombro do filho e se virar para ele.

— Eu e seu pai estamos indo embora.

Miguel tentou não arregalar os olhos demais. Eu e seu pai, ela tinha dito. Não "nós vamos". Iam deixar Lucas ali para aproveitar a festa com eles? Como isso era possível?

Lucas também não parecia ter entendido, Miguel julgou, ao ver a forma atordoada como ele olhava para a mãe.

— Aproveite a festa — ela recomendou, abrindo a bolsa e tirando um pouco de dinheiro de dentro. — Aqui, pra você pedir um carro pra casa depois.

— Mãe... O que...

Ela suspirou, levantando uma sobrancelha e olhando para Miguel brevemente antes de voltar a atenção a Lucas.

— É isso mesmo que você quer?

O garoto corou, abaixando um pouco a cabeça e confirmando com um gesto.

— Tudo bem então. Você tem dezessete anos, vai que passa. Só por favor. — Ela levantou a mão, fazendo um carinho breve no rosto de Lucas. — Eu quero te ver assim, com essa carinha feliz. E comendo — ela acrescentou, ao ver o monte de guardanapo na frente dele.

— Mas o papai...

— Eu lido com seu pai. Já está mais que na hora dele entender que nós somos um casal, não uma hierarquia, e você é filho igual de nós dois. Quem te carregou oito meses e meio na barriga fui eu, se isso não servir nem preu ter a última palavra no que diz respeito à sua felicidade, então seu pai vai começar a dormir no sofá. E você — ela continuou, virando-se de repente para Miguel. — Se meu filho chegar em casa triste a culpa é sua. Faça o favor de fazer ele se divertir... Mas não muito. Vocês são muito novos pra algumas coisas.

Credo. Parecia até seu pai. Mas Miguel sorriu em resposta assim mesmo. A mulher se inclinou, deixando um beijo no rosto do filho e o abraçando brevemente, antes de se despedir do resto da mesa com um aceno e deixar o salão acompanhada do marido.

Estavam sozinhos. Miguel olhou um pouco atordoado em volta, e depois para Lucas, ainda tentando entender exatamente em qual situação estavam agora, mas não sabia dizer. Ele se virou para Lucas, com um olhar duvidoso no rosto, e Lucas ainda encarava o dinheiro nas mãos.

— O que foi isso? Isso é bom? — Miguel perguntou. — Quer dizer, é bom, mas... Bem... Lucas?

Miguel percebeu nesse instante do garoto estar lacrimejando, algo que ele enxugou às pressas, enfiando o dinheiro no bolso e abrindo um sorriso largo.

— Você quer dançar? — ele perguntou, já se levantando e puxando Miguel pela mão.

Queria? Queria, estava pensando nisso já há um bom tempo, mas ainda não sabia se parecia uma boa ideia.

— Alguém pode tirar uma foto disso, você sabe, não é?

Lucas assentiu.

— E então papai vai ver. E aí, o que vai acontecer? Ele já sabe. Mamãe sabe. E os dois foram embora e me deixaram aqui com você. Eu conheço minha mãe, eu te disse, não é? Ela disse pra gente se divertir.

— Sim, ela disse — Miguel respondeu, levantando-se um pouco aos tropeços e acompanhando Lucas para a pista. — Ela também disse que você tem dezessete anos e que pode ser que isso passe.

Para isso, Lucas deu de ombros, colocando uma mão no ombro de Miguel e segurando a outra mão dele.

— Ela vai ver com o tempo que não passa. Mas por agora, isso basta, não é? É minha formatura do terceiro ano. Só vai acontecer uma vez na vida.

E seria impossível para Miguel relutar com tudo isso. Tinha confrontado os pais de Lucas na festa na esperança de dar a eles uma luz para ouvir e apoiar o filho. Tinha funcionado. Podia aceitar a vitória, não é? Não era completa, ainda tinham o pai de Lucas no caminho, e a mãe dele parecia estar em algum tipo de negação em relação à permanência da "fase" de Lucas, mas isso era problema para depois. Agora era a formatura deles. Só iria acontecer uma vez e a mãe de Lucas tinha dado a bênção para estarem juntos naquela noite.

Que estivessem, então.

Miguel passou a mão pela cintura de Lucas e os dois começaram a dançar. Era a primeira vez na qual Miguel dançava com um garoto assim, mas fez questão de ignorar os pais de alunos os encarando, principalmente ao detectar um ou outro aluno fazendo cara feia pros pais e os mandando parar de olhar. Eles trocaram um olhar com Clara e Pedro na pista de dança, muito surpresos e felizes de ver os amigos ali, e em algum momento Arthur e Zé Dois também apareceram com outras terceiranistas na pista.

Tudo estava perfeito. Parecia um sonho, e parte de Miguel estava até com medo de tudo se desmoronar no dia seguinte, mas não queria pensar nisso agora. Se sentia tão feliz naquele momento, que tinha a certeza, seria capaz de qualquer coisa para garantir que aquilo pudesse durar. Brigaria com os pais de Lucas de novo se fosse necessário. Lutaria por aquilo, para estender aquele momento de felicidade deles por muito, muito mais tempo. Começando agora.

— Você quer ir dar uma volta lá fora? — Miguel perguntou, sussurrando no ouvido de Lucas depois de dançarem algumas músicas.

A resposta de Lucas foi abrir um sorriso com uma pequena nota de malícia, e assentir, e então os dois deram as mãos e seguiram para o jardim do lado de fora do salão de festas.

O ar ali estava fresco e agradável, e havia um cheiro suave de orvalho no ar. Miguel entrelaçou seus dedos nos de Lucas, um pouco distraído, caminhando com ele pelo caminho de seixos e observando distraído a fonte iluminada do lado de fora. Era um lugar bonito. Romântico, até. Bem diferente da piscina vazia e escura de Pedro, à noite, quando tinham se beijado pela primeira vez.

— Eu experimentei seu presente — Lucas comentou, em algum momento, enfiando a mão no bolso e tirando seu molho de chaves. — Tem gosto de morango, é hidratante e tem o brilho muito sutil, então eu consegui usar em casa e meus pais nem perceberam.

— Lucas...

— Tá tudo bem. Eu só queria lembrar um pouquinho de você e eles não viram nada mesmo.

Miguel sentiu um calor no peito ao ouvir aquilo, mesmo ainda estando preocupado. Ele abriu um sorriso, fazendo um carinho nos cabelos de Lucas, enfiando os dedos entre os fios e os despenteando um pouco.

— Melhor assim? — Miguel perguntou, com os dedos na raíz dos cabelos dele.

— Melhor — ele respondeu, puxando Miguel pela mão e caminhando até um banco de madeira ali do lado de fora.

Os dois se sentaram no banco, e Miguel se recostou para trás, suspirando, relaxado, e apertando a mão de Lucas de leve.

— E o meu visual novo? — Miguel brincou, olhando para Lucas, levantando a sobrancelha e fazendo um biquinho engraçado.

Lucas riu, segurando o queixo de Miguel e virando o rosto dele de um lado para o outro, com uma expressão caricata e analítica no rosto.

— Hm... Eu teria usado outro tom de azul. E teria desenhado sua boca antes de passar o batom. Oito de dez, valeu o esforço.

— Valeu o esforço? — Miguel respondeu, também com uma expressão caricata no rosto, mas de ofensa. — Foi a Clara quem fez, diga isso a ela.

— Espera, ela enfiou essa maquiagem toda naquela bolsinha dela?

— Enfiou.

— Dez de dez. Perfeito.

Miguel riu, entrelaçando os dedos aos de Lucas mais uma vez e o olhando por um instante. Lucas escolheu aquele momento para tirar as chaves do bolso, abrir o chaveiro de batom que tinha ganhado e espalhar a maquiagem nos lábios. Todo o rosto dele pareceu brilhar ao fazer isso. Havia algo sobre ver Lucas feliz consigo mesmo, algo em vê-lo confortável em pequenos detalhes que o deixava ainda mais incrível. Apenas o brilho da felicidade, provavelmente.

— Como ficou? — ele perguntou, guardando as chaves no bolso novamente.

— Maravilhoso — Miguel respondeu, abrindo um sorriso e se aproximando mais de Lucas.

Passou o braço pelo encosto, por trás do garoto, e ele se aproximou mais também. Seus olhos logo estavam sobre os lábios dele, e no instante seguinte, beijaram-se. Um sorriso pequeno se espalhou no rosto de Miguel entre os beijos, mal acreditando em sua sorte naquele momento: estava com Lucas de novo. Tinha dado certo — ao menos por agora, não tinha esquecido de como o pai de Lucas era reativo. Mas tinha. Os poetas diziam que o amor conquistava tudo e, talvez, eles tivessem razão.

Era besteira pensar em amor em sua idade? Não sabia. Mas se sentia uma pessoa melhor perto de Lucas. Mais feliz, mais confiante. Mais aceito. Tudo isso somado ao quanto o apreciava por ser a pessoa incrível — e atraente — que era, só poderia querer dizer isso, não é? Seu pai sempre tinha falado de sua mãe como uma mulher que tinha trazido o melhor em si, e em quem ele tinha trazido o melhor à tona também. Esse tipo de parceria, de apoio, esse sentimento... tinha de ser amor.

Eles se separaram, e Miguel fez um carinho no rosto de Lucas, ainda mantendo os olhos presos nos dele.

— Você acha que vai ficar tudo bem em casa? — Miguel perguntou, segurando a mão de Lucas e fazendo um carinho suave.

Lucas não parecia querer falar disso agora, mas era importante. Ainda havia algo que Miguel não tinha conseguido dizer naquela noite.

— Eu acho que vai... Papai é muito exaltado, mas eu quero acreditar que é só isso, sabe?

— Você conhece seu pai melhor que eu — Miguel respondeu. Se Lucas acreditava, tinha de confiar nele. — Mas se algo acontecer... a qualquer dia, a qualquer hora. Qualquer coisa. Uma discussão que seja. Se você ficar triste e quiser um ombro para chorar às três horas da manhã, me liga. Eu prometo que vou onde você estiver.

Lucas franziu a testa, com um sorriso tímido e confuso no rosto.

— Você teria de estar sempre por perto para uma coisa dessas...

— A uma mensagem de distância. Eu prometo. É o que um bom namorado faz.

— Namorado? É isso que nós somos?

— Se você quiser.

Por um instante, o coração de Miguel saltou, incerto e ansioso. O instante foi breve, porém. O sorriso de Lucas se alargou, e ele se inclinou para deixar um beijo estalado sobre os lábios de Miguel e o abraçando com força.

— Como eu dei a sorte de conhecer você? — Lucas perguntou, enlaçando o pescoço de Miguel com os braços e colando sua testa na dele.

— Acredite, Lucas. Eu me pergunto isso todos os dias.

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