O contrato! |KTH + JJK|

By srautae

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By srautae

– Você pode dormir aqui, vai chover jaja e... – Taehyung falou tentando segurar a cintura de Jungkook que estava levantando para se trocar.

– Por isso mesmo, vai chover e eu preciso ir rápido – riu sem graça sentando na cama no escuro procurando suas roupas com os pés que tinha jogado ali do chão.

– Qual é, só porque eu ronco não quer dormir aqui? – brincou e sentou beijando o pescoço do mais novo.

– Eu realmente quero garantir que isso não vai ser nada além de sexo, Tae, não vamos dormir juntos – falou serio – Nem ter um terceiro round... – falou baixo arfando quando o lóbulo da sua orelha foi mordido.

– Você tá mais chato que o normal – ajoelhou em cima do colchão atrás de Jungkook e o abraçou por trás fazendo carinho em seu abdômen e beijando seu pescoço.

– É que eu preciso ir pra casa – riu mordendo o lábio inferior, não sabia se conseguiria resistir.

– Você vai depois – soou rouco – Se tiver chovendo eu te levo.

– Não, Tae – falou serio e parou as mãos do mais velho que estavam chegando em suas coxas – Eu vou agora mesmo, tá?

– Tenho escolha? – perguntou voltando pra deitar na cama.

– Não – deu de ombros ainda no escuro – Liga a luz pra eu achar minha roupa, por favor – pediu porque o interruptor era perto do lado da cama que Taehyung estava.

– Não – falou pegando o celular e mexendo.

– Sério isso? – perguntou debochado e depois riu quando a lanterna foi ligada – Obrigado – abaixou para pegar o que estava vendo e ganhou um tapa na bunda fraco – Para – falou serio.

– Pode admitir que você tá doido pra ganhar mais um tapinha, vai – Taehyung estava esperando o mais novo pedir mesmo.

– Eu não, não gosto dessas coisas – falou com voz de chocado e fez o mais velho gargalhar.

Já estavam nessa há mais de um mês, se viam toda semana, saiam pra comer e pra transar e cada um dormia na sua casa, sempre era assim.

Tinha lidado melhor com o fato de ter descoberto que era traído, nos primeiros dias ficou bem chateado porque ele de fato tinha essa insegurança.

Esse rapaz de cabelos coloridos era do serviço de Seung e um dia pegou eles conversando no telefone, algo normal, claro, mas assim que Seung viu que Jungkook estava no cômodo desligou rápido a ligação e ainda questionou que o mais novo tinha entrado sem falar nada como se estivesse espiando.

Jungkook antes disso nunca tinha desconfiado, mas a forma que Seung desligava o celular quando estavam juntos era algo que começou a ser estranho depois desse dia.

Dizia que era porque queria aproveitar todo segundo com Jungkook, mas o mais novo não achava mesmo que era isso, mas ele não questionava porque achava que isso não passava de apenas insegurança sem motivos.

Estava cansado na verdade de ficar pensando em Seung, não podia mentir dizendo que tinha superado cem por cento ou que ainda não sentia um pouco de falta, mas precisava confessar que todas as vezes que estava com Taehyung o buraco que tinha no seu peito diminuía

De fato estava sentindo falta de carinho e de chamego, era até que muito carente, mas não pretendia mostrar esse lado para Taehyung.

Antes que Jungkook pudesse ter chego em casa a chuva começou, era forte, mas chegou logo em casa.

Se molhou? — Taehyung perguntou por mensagem quando imaginou que Jungkook já tivesse chego em casa.

Menos do que quando você fala putaria no meu ouvido — vezes ou outra arriscava provocar também e sabia que Taehyung estava rindo do outro lado.

Você é um safado — Taehyung estava gargalhando em sua casa, amava quando Jungkook era baixo.

Vou tomar banho e dormir. Boa noite — digitou e não esperou resposta de boa noite, foi até o banheiro porque tinha ficado com frio.

Tinha tomado seu banho quente e deitado, não mexeu no celular, estava com sono então só deitou e adormeceu rapidamente.

Acabava evitando o celular mais do que deveria e consequentemente evitava mensagens de seus amigos, nem Taehyung ele respondia com frequência, só saiam porque o mais velho aparecia em sua casa se queria fazer algo.

– Você sabe que eu conto as coisas esperando que você não abra esse bico nem pro seu namorado, não é? – Taehyung disse sério na mesa do bar com Jimin na sexta de noite.

– Meu Deus, Tae, eu sou fofoqueiro – Jimin riu – Mas eu sei, pode falar o que aconteceu dessa vez.

– Não aconteceu ainda – apoiou o braço na cadeira vazia do lado e estalou a língua – Vou falar com Jungkook pra ver se ele quer ser meu submisso.

– Você conseguiu fazer com que ele transasse amarrado? – Jimin berrou no bar e viu Taehyung gargalhar.

– Ainda não – riu – Adoraria que fosse mais discreto aliás.

– Desculpa – riu também – Mas pera, como assim ainda não?

– Jungkook é curioso demais quanto a isso, mas ele evita falar porque acha que eu vou querer fazer as coisas com ele, não vou mentir, não vejo a hora de ver ele com algemas, mas eu posso esperar um pouco – soou mais provocativo do que queria.

– Isso foi completamente sexy – Jimin riu bebendo seu copo de cerveja.

– Você é comprometido – Taehyung levantou a sobrancelha pro melhor amigo.

– Graças a Deus – falou.

– Ele tá melhor? – Taehyung perguntou sobre Yoongi que não quis sair naquela noite porque tinha machucado o ombro e estava em casa descansando.

– Ele finge que melhorou, mas eu vejo a cara de dor dele – Jimin falou triste – Mas está tomando os remédios na hora certinha então jaja vai melhorar. E o Jungkook?

– Não sei – deu de ombros e viu Jimin estranhar – Ele não é meu namorado, não sei onde ele vai de sexta a noite.

– Ele vai pra sua casa – falou como se fosse óbvio.

– Verdade, vou chamar ele – pegou o celular e digitou alguma coisa rápida e fez Jimin rir.

– Vocês são bonitinhos – falou – Tem cara de que transam selvagem e dormem fofinhos.

– A gente transa menos selvagem do que eu gostaria, mas não dormimos fofinho, na verdade a gente nunca dormiu juntos.

– Sério? – Jimin estranhou – Ele é todo carente, coitado, dorme com ele.

– Ele rejeitou todas as vezes que pedi pra dormir comigo – falou e Jimin arregalou os olhos – Ele não quer que o que temos seja além de sexo, então evita qualquer coisa além.

– E mesmo assim quer assinar um contrato com ele? – Jimin perguntou.

– Um contrato entre dominador e submisso não tem a ver com um relacionamento e sim uma relação, da pra gente achar um meio termo para nós – Taehyung explicou.

– Tomara que ele aceite – Jimin disse – Me conta quando ele transar amarrado – falou animado e fez Taehyung rir negando com a cabeça.

Enquanto isso na sua casa Jungkook tinha saído do banho quando leu a mensagem de Taehyung o chamando para ir pra casa dele mais tarde, era por volta das sete da noite, o horário que normalmente faziam algo.

Jungkook queria, ele estava um pouco acostumado com Taehyung, achava isso um pouco estranho, todavia era legal.

Estar com Taehyung era legal, ele sempre era preocupado e atencioso, ficava perguntando sobre o dia de Jungkook não de forma invasiva nem desinteressado, aparentemente queria saber de verdade.

Outra coisa que Jungkook gostava no mais velho era como ele estava respeitando seu espaço, nunca tocava em assuntos sobre seu ex namorado e nunca dava um passo "diferente" no sexo a não ser que o mais novo pedisse.

Isso era diferente de qualquer coisa que Jungkook vivera. Faltavam pessoas respeitosas dessa forma a sua volta, não precisava de algo além do ordinário, mas Taehyung parecia ser extraordinário só pelo fato de ser Kim Taehyung.

Respondeu a mensagem do mais velho dizendo que não queria sair porque estava com dor de cabeça e que se o mesmo quisesse poderia ir jantar lá.

No bar Taehyung respondeu que iria mais tarde, estava terminando o assunto com Jimin para sugerir irem embora.

Jimin estava contemplado contando sobre o serviço e sobre experiências novas que tinha no novo cargo, também amava o fato de Taehyung ser atencioso com tudo.

– Estou muito feliz com isso, Ji – falou sincero terminando o copo de cerveja, mal tinha bebido porque estava dirigindo.

– Eu também – suspirou – E eu sei que você tá querendo ir embora porque vi o sorrisinho depois de ler uma mensagem – era esperto – Jungkook vai pra sua casa?

– Não, vou pra casa dele, ele está com dor de cabeça – falou pegando a carteira no bolso.

– E você como um ótimo cuidador vai lá dar um chá de piroca pra ele melhorar, né? – disse com voz de preocupado.

– É dessa forma que sua dor de cabeça melhora? – perguntou rindo enquanto iam até o caixa.

– Sim, a piroca do meu namorado é um remédio pra tudo – disse como se fosse óbvio.

– Entendi – riu negando com a cabeça, amava o quão baixo seu melhor amigo podia ser porque era igualzinho a si.

– Aliás, você já levou o Jungkook pro quartinho? – perguntou em um tom provocativo.

– Ainda não, não quero que ele assuste – riu e Jimin concordou.

O quartinho que estavam se referindo era um quarto específico na casa de Taehyung que sempre estava trancado.

Quando estava a caminho da casa de Jungkook pensou outra vez sobre falar sobre um contrato, mas pensou que não seria uma boa ideia.

Jimin tinha razão, talvez Jungkook achasse que poderia ser um tipo de relacionamento, talvez devesse esperar mais um pouco.

Chegou lá e não tocou a campainha, sempre mandava uma mensagem e esperava dentro do carro até que o mais novo aparecesse.

– Que cara de morto – Taehyung brincou dando um beijo na bochecha do mais novo.

– Você também está ótimo – disse ironicamente fechando a porta de entrada – Acho que to ficando doente.

– Tá com voz fanha – Taehyung falou tirando a jaqueta – Vem aqui – se aproximou e tocou a testa e depois o pescoço de Jungkook – Está um pouco quente. Tem termômetro?

– O meu quebrou – falou e depois tossiu – Mas não acho que é febre, não.

– Quer ir no médico? – perguntou.

– Não – sorriu – Quero comer, você demorou.

– No dia que veio embora da minha casa, você se molhou bastante não é? Por isso está doente – lembrou.

– Talvez – falou rindo e foi até a cozinha.

– Porra, Jungkook – falou sério seguindo o mais novo – Eu falei que podia te trazer.

– Você ia me trazer se eu ficasse e transasse – riu pegando pratos.

– Eu tinha percebido que você não queria, eu não ia insistir – falou serio.

– Não tem problema, jaja to melhor – foi até Taehyung e deu um selinho rápido – Agora podemos comer?

– Claro, mas se eu ver que você vai piorar durante a noite vou te levar no médico – sentou.

– Eu não gosto de hospitais – sentou também – Na verdade eu tenho fobia de injeção.

– Jungkook, você é todo tatuado – falou serio.

– É diferente – respondeu serio.

– Verdade, tatuagem é pior – deu de ombros.

– Não é – falou – Não é mesmo, sério – enfatizou – Eu tenho medo de verdade de injeção, eu passo mal.

– É uma criança mesmo – riu.

– Isso não é um problema pra você, professor – levantou uma sobrancelha.

– Em momento nenhum eu disse que era – achou engraçado o questionamento.

De fato Jungkook estava pior do que imaginou que estava, ele começava a tossir no meio da conversa e sentia sua cabeça doer demais, mas estava tentando mostrar que estava bem.

Estavam sentados no sofá, Taehyung estava terminando de contar um episódio que tinha acontecido com um de seus alunos que tinha se machucado na sala de aula.

– Eu ficaria desesperado – caso a criança tivesse se machucado na sua frente.

– Eu achei que ficaria também – falou levantando do sofá.

– Não vai embora, não – estava cedo ainda.

– Não vou – segurou as mãos de Jungkook e o levantou do sofá – Vamos no médico.

– Ah não – tentou soltar as mãos pra sentar outra vez – Não precisa, Tae.

– Você está acabado – falou – Sua voz mal está saindo – disse sério – Você está mais quente que antes também – encostou em sua testa.

– Eu tomei remédio antes de você chegar e pra dormir vou tomar outro, amanhã acordo melhor – Jungkook enfatizou ainda tentando soltar suas mãos.

– Acordara mesmo, vai tomar uma injeção hoje – puxou Jungkook.

– Por favor, Tae – não queria mesmo.

– Jungkook, olha pra mim – pediu – Você deve estar assim faz uns três dias, não é? – era a quantidade de dias que tinha tomado a chuva e o mais novo assentiu – Não quero que fique mais dias ruins, você já está enrolando demais.

– Mas eu tava pior, eu tô melhorando com os remédios – tossiu.

– Vai melhorar mais rápido se formos – abraçou o corpo mole de Jungkook – Eu jamais insistiria se não quisesse você bem.

Jungkook não respondeu, apenas suspirou.

– Veste minha blusa – deu a jaqueta para o mais novo – Se você for pegar uma sua é capaz de se trancar no quarto – fez Jungkook rir.

O mais novo foi até o carro em silêncio e o caminho até o hospital também. Seus olhos estavam na sua coxa, onde a mão de Taehyung estava desde o momento que saiu de sua casa.

– Vem – Taehyung segurou sua mão e puxava Jungkook que enrolava os passos até a entrada do hospital.

Não tinha muita gente então o atendimento não demorou muito, por mais que Jungkook fosse um adulto e não precisasse de acompanhante dentro do consultório Taehyung entrou.

Após ser examinado a doutora disse que o mais novo estava com a garganta muito infeccionada e que não curaria com remédios fracos, consequentemente os mesmos que Jungkook tinha em casa. Taehyung segurou para não dizer eu te avisei.

Na hora que foi tomar medicação, já sabiam que era injeção porque a médica disse, então na porta da sala que entrariam Jungkook parou.

– V-você entra comigo também? – Jungkook pediu baixo.

– Claro, anjo – foi o primeiro apelido que tinha usado, escolheu dessa forma não para ser carinhoso e sim para mostrar um conforto maior.

Jungkook foi na frente entregando o papel para o enfermeiro e Taehyung estava bem atrás de si.

– Pode vir aqui, por favor – o moço de branco disse.

Jungkook segurou a mão de Taehyung e o puxou para ir junto, no momento o mais velho estava segurando a risada quando então Jeon tirou a jaqueta, estava suando por estar com medo.

O mais novo virou de costas para o enfermeiro, desabotoou a calça e a abaixou um pouco.

– Você não gosta de injeções? – o enfermeiro perguntou para tentar quebrar o gelo, mas Jungkook apenas negou com a cabeça.

– Eu sei que ele é todo fortão, tatuado, cara de bravo, mas vai com calma que ele chora quando toma injeção – Taehyung disse.

– Eu não choro – levantou a cabeça no segundo exato em que sentiu a agulha entrar em sua pele e deixou lágrimas escaparem.

– Eu sei que não – Taehyung sorriu e enxugou com o polegar uma lágrima escorrendo na bochecha de Jungkook.

– Prontinho, senhor Jeon – o enfermeiro falou – Estimo melhoras.

– Obrigado – Jungkook sorriu e não abotoou o jeans para não apertar onde estava sentindo dor.

Taehyung estava com a jaqueta no braço e estava andando lentamente acompanhando o ritmo de Jungkook que estava com o lado direito dolorido.

– Coloca a blusa que está ventando – disse assim que chegaram na porta do hospital.

– Obrigado por me trazer – disse andando pela calçada em direção ao carro de Taehyung.

– Não precisa agradecer – falou doce – Sua bunda tá de fora – riu porque a calça do mais novo desabotoada estava realmente quase caindo.

– Não consigo levantar ela – Jungkook riu também e sentiu Taehyung o abraçar por trás para esconder sua cueca amarela até chegarem no carro que não estava longe.

Jungkook entrou primeiro e depois de fechar a porta Taehyung deu a volta para entrar do seu lado e viu Jungkook procurando algo.

– Você tá com minhas chaves? – perguntou.

– Não. Você olhou no bolso da blusa? – Jungkook assentiu, mas procurou outra vez.

Taehyung olhou no chão do carro, não estava, Jungkook estava com os olhos minimamente abertos por estar cansado e com dor.

– Será que você derrubou na porta da sua casa? – questionou.

– Será? – estava preocupado.

– Vamos torcer pra que se sim, ainda esteja lá – não tinham demorado mais do que uma hora e meia.

Taehyung dirigiu rápido, disse pra Jungkook esperar sentado que procuraria. Iluminou o chão com a lanterna do celular, mas realmente não encontrou.

– Nada por aqui – Taehyung abriu a porta de Jungkook.

– E agora? – abriu os olhos.

– Dorme lá em casa e amanhã de manhã a gente chama um chaveiro – falou e lembrou da noite que dormiram juntos nos meninos – Pode ser?

– Acho que sim – falou e tossiu em seguida.

Taehyung voltou pro banco do motorista e dirigiu até em casa com Jungkook falando que odiava perder as coisas e que se sentia irresponsável. Aparentemente o mais novo ficava bem dramático quando estava doente.

– Você tá com seu anticoncepcional? – era assim que Taehyung se referia ao anti alérgico do mais novo.

– Não também – lembrou irritado.

– Vou parar aqui na farmácia e comprar, meu gato ficou trancado pra dentro hoje – lembrou.

– Minha carteira está aqui – estava pegando no
bolso, mas Taehyung saiu antes de conseguir.

Passou alguns minutos e então estava de volta, aproveitou e tinha comprado também o remédio mais forte que a médica passou e entregou a sacola para Jungkook.

– Quanto que foi? – perguntou.

– Não foi nada – odiava que Taehyung pagasse as coisas.

– Taehyung, quando que foi? – falou irritado.

– Um beijo – respondeu.

– Quê? – não tinha entendido.

– Se quiser me pagar por isso, me paga com um beijo – por mais que Jungkook estivesse bravo deixou escapar uma risada pela espontaneidade.

– Eu vou te dar uma mordida, isso sim – falou depois que parou de rir.

– Eu aceito também – falou entrando com o carro na garagem e viu Jungkook rir e negar com a cabeça.

Saíram do carro, foram na cozinha para Jungkook tomar os remédios, o que não era necessário porque o mesmo não precisou de água para tomar nenhum dos dois comprimidos.

– Bebe água mesmo assim, sem alma – falou esticando o copo.

– Sem alma? – achou engraçado.

– Quem toma comprimido a seco já desistiu da vida, a alma foi embora – falou sério.

– Idiota – riu pegando o copo de água e tomou.

Foram até o quarto e antes de deixar Jungkook deitar pegou roupas confortáveis e trocou lençol e fronhas dos travesseiros porque o gato estava deitado na cama.

Quando Jungkook ia para Taehyung o mesmo deixava a porta do quarto fechada para não ter pelo na cama e deixar o mais novo com a alergia atacada, mas não eram os planos de hoje.

– Que lado você dorme mesmo? – perguntou.

– Hoje de qualquer um – falou se jogando na cama de bruços.

– Que lado que foi a injeção? – perguntou pegando edredom para cobrir o mais novo e viu o mesmo colocar a mão do lado direito.

Taehyung abaixou e beijou delicadamente o local, não viu, mas Jungkook tinha sorriso de olhos fechados.

Apagou a luz e foi até o outro lado da cama, que não era o lado que estava acostumado a dormir e deitou também.

Mexeu no celular por alguns minutos antes de dormir, tinha uma lista de práticas de BDSM que ainda não tinha comentado com Jungkook e então apagou medical play devido a experiência do dia.

Jungkook passou a noite melhor do que as anteriores justamente pelo medicamento estar fazendo efeito e quando acordou estava todo suado por seu corpo estar melhorando e debaixo de um edredom pesado.

Sentou na cama meio perdido, o quarto estava um pouco iluminado pela janela de vidro de dentro no banheiro, lembrou onde estava e procurou por Taehyung na cama e não o encontrou.

Pegou o celular, já eram mais do que dez e meia da manhã, levantou rápido indo até o banheiro onde lavou seu rosto inchado de sono.

Calçou um chinelo do mais velho que estava ali dentro porque estava de tênis e não queria colocar naquela hora e então foi atrás do dono da casa.

– Bom dia, dorminhoco – Taehyung falou sentado no sofá assim que Jungkook entrou na sala – Está se sentindo melhor?

– Um pouco – falou ainda rouco – Onde está o remédio? – era hora do outro.

– Aqui – levantou e pegou a caixinha perto da televisão da sala e entregou para o mais novo que tomou – Está com fome?

– Na verdade não – foi andando até o sofá – Tô meio mole – riu sentando do lado de Taehyung que já tinha sentado outra vez.

– Quer dormir mais? – perguntou – Deita aqui – ia levantar para pegar uma almofada e colocar para Jungkook deitar.

Não deu tempo, o corpo do mais novo encostou em si procurando por um conforto para dormir.

Taehyung ficou meio confuso com aquilo, mas então rapidamente se arrumou deitando no sofá e rapidamente Jungkook deitou apoiando a cabeça em seu braço, ambas mãos no seu peito e a perna direta tinha se apoiado na perna do mesmo.

O sofá era do tipo que quando puxava ficava do tamanho grande então possibilitava dos dois estarem confortáveis, mas bem colados.

Taehyung se manteve os primeiros minutos estático, sem se mover esperando Jungkook terminar de se acomodar, mas rapidamente ouviu a respiração pesada do mesmo e então minimamente se mexeu para se acomodar também.

Pela aproximação intensa daquele momento, Taehyung se permitiu abraçar a cintura de Jungkook com a mão esquerda, então em seguida adormeceu também sem saber que estava com sono para isso.

Jungkook não tinha percebido também que tinha apagado e quando acordou estava completamente desesperado por ter literalmente dormido nos braços de Taehyung.

Não saiu de imediato, na verdade estava tentando se recuperar do choque que teve ao lembrar que no sono e no momento de manha foi ele que deitou ali.

Estava muito confortável na verdade, Taehyung tinha um cheiro gostoso, não usava mais seus perfumes fortes quando estavam juntos por sua causa.

– Tae... – chamou tentando sair de seu abraço depois de aproveitar mais uns minutos enrolando.

– Oi... – acordou assustado porque não lembrava que tinha dormido – Tudo bem? – questionou passando os dedos lentamente pela cintura de Jungkook e entrando por dentro de sua camiseta.

– Tudo – falou bocejando – Agora eu to com fome – riu soprado e fitou os olhos que tinham abertos faziam poucos segundos e deu um selinho demorado em Taehyung – Paguei os remédios – riu.

– Ainda vou cobrar a mordida – riu também e soltou o corpo de Jungkook que instantaneamente saiu de perto e levantou do sofá fungando.

– Tá com o nariz entupido? – perguntou procurando algo na sala.

– Tô, acho que o gato tava nos nossos pés – tossiu e coçou o nariz no mesmo tempo.

– O anticoncepcional tá em cima da geladeira – falou se espreguiçando pra levantar.

Quando levantou e seguiu Jungkook esse estava encostado na parede da cozinha observando o gato se lambendo na outra ponta do cômodo.

– Tenho umas frutas aqui, o que acha de uma vitamina? – sugeriu.

– Qual o nome do gato? – perguntou ainda observando o felino.

– Gato – riu e abriu a porta para o que mesmo pudesse sair se quisesse.

– Gato? – estranhou – Gato não é nome.

– Claro que é – falou como se fosse óbvio – É o nome dele.

– Você é muito sem criatividade – revirou os olhos – E eu adoraria uma vitamina sim.

– Ligou pro chaveiro? – Taehyung lembrou.

– Não, eu esqueci – falou e foi até o quarto pegar seu celular.

Taehyung bateu mamão e banana para a vitamina e quando Jungkook voltou da ligação já tinham dois copos grandes cheios em cima da mesa.

– Ele está fazendo um serviço e disse que só pode vir mais tarde – Jungkook falou e Taehyung assentiu – Você me leva depois?

– Claro – disse doce – Como você está se sentindo?

– Bem melhor – sua voz ainda estava rouca – Minha garganta não está doendo mais, só minha bunda que ainda tá dolorida – sentou devagar.

– Depois eu dou um beijinho pra melhorar, tá bom? – disse.

– Pode ser dois? – falou manhoso.

– Pedindo assim pode ser até três – riu – O Jungkook doente é diferente do Jungkook que não encosta em mim.

– O Jungkook doente é carente – Jungkook riu de si mesmo – O outro Jungkook também é na verdade, mas... Sei la, é que... – não sabia o que falar – Eu só fico meio estranho sei lá.

– Eu sei – riu – E está tudo bem – estava mesmo – Eu estou aqui pra atender todos os Jungkook que precisar – piscou.

– Hoje eu ainda tô carente, se não se importar – tossiu.

– Então ganha uns beijinhos na bunda – riu tomando sua vitamina – Quando melhorar pode ser uns tapinhas.

– Não pode – riu também.

De fato Jungkook não esta a ainda 100% melhor, ficou encolhido no canto do sofá a tarde toda enrolado no edredom ouvindo Taehyung falar.

Não quis comer nada, mas Taehyung praticamente o obrigou a isso trazendo pedaços de pão e colocando na boca do mesmo.

– Tá bom, até jaja – Jungkook disse no telefone ainda deitado no sofá antes de desligar.

– Era o chaveiro? – Taehyung perguntou e Jungkook assentiu levantando – Vamos?

– Posso deixar o anti alérgico aqui? – perguntou – Pra se caso tiver um imprevisto já ter, porque em casa eu tenho.

– Pode sim, boa ideia – realmente era.

– Posso ir com essa roupa também? – era uma camiseta e um moletom do mais velho.

– Claro – riu.

Jungkook não via a hora de tomar um banho e deitar pra dormir, sabia que podia fazer isso no Taehyung, mas queria se sentir confortável.

O caminho foi rápido e coincidentemente o chaveiro estava chegando também, fez o trabalho em poucos minutos e então foi embora, deixando os dois aliviados.

– Se você precisar de alguma coisa me liga? – Taehyung perguntou encostado no batente da porta enquanto Jungkook tirava os sapatos perto da porta.

– Quer ficar aqui um pouco? – não queria expulsar Taehyung.

– Não, vai descansar – falou doce – Mas descansa mesmo pra melhorar.

– Obrigado outra vez, Tae – foi até o mais velho que estava saindo de costas e segurou em sua mão.

– Não precisa agradecer, anjo – arriscou o apelido outra vez antes de piscar – Já sabe, hein, não fica morrendo sozinho.

– Não vou – riu soltando a mão de Taehyung e em seguida tossiu – Até mais – piscou em seguida e assim que Taehyung atravessou o portão indo em direção ao carro se pegou sorrindo de gratidão.

Já estava acostumado com a presença de Taehyung e acostumado em ser tratado bem da forma que o mais velho fazia. Taehyung quando estavam juntos parecia esquecer o resto do mundo, fazia e falava somente de coisas que eram confortáveis e interessantes para si.

Achava engraçado a forma que ele realmente era cuidador e se estava preocupado, por lidar com crianças, Jungkook sentia que tinha 10 anos também,

Uma vez bateu o braço com força na porta e doeu e então Taehyung apareceu perguntando o que tinha acontecido e depois passou horas conversando enquanto fazia carinho no local que tinha machucado.

Odiava saber que o mais novo não tinha se alimentado e ele reparava se estava comendo bem quando estavam juntos ou não. Tanto que estava com a mania de colocar comida na boca de Jeon despretensiosamente. Tudo que ia comer dava para o mesmo, queria ter certeza que ficaria bem alimentado.

Tanto que assim que Jungkook dormiu recebeu mensagem do mais velho perguntando se tinha jantado ou se queria que o mesmo mandasse entregar alguma coisa porque sabia que estava ruim pra levantar e cozinhar.

Só viu na manhã seguinte e ficou receoso se responder porque não havia jantado, mas pra compensar tomou café da manhã, estava se sentindo bem melhor.

Odiou ter realmente ficado bem por causa da injeção, mas ele faria o mesmo drama próxima vez que precisasse.

Vamos comer fora? — Jungkook fez o convite, queria pagar pelos remédios que não eram baratos da noite anterior.

Claro, posso te buscar que horas? — Taehyung sempre estava com o celular perto para responder com prontidão.

Me encontra no shopping — O mais novo não gostava de ter que fazer Taehyung levá-lo embora de carro sendo que poderia ir e voltar dos lugares sozinhos.

Marcaram o horário, ainda estava bem cedo para a janta, mas Jungkook resolveu descansar deitado para parecer 100% de noite.

Quando se encontraram a primeira coisa que Taehyung fez foi verificar se a jaqueta que Jungkook estava usando era realmente quente para andar de moto e sorriu quando colocou sua mão dentro da jaqueta de couro e sentiu pelinhos.

– Sua voz está bem melhor – Taehyung comentou após estarem procurando uma mesa com uma bandeja de comida de camarão.

Jungkook quase precisou brigar porque queria pagar pelo jantar, Taehyung realmente não via necessidade, mas quando notou que o mais novo estava realmente irritado querendo pagar, cedeu.

Sentaram na mesa, a praça de alimentação do shopping não estava lotada, mas tinha bastante gente, gente que na verdade não estavam esperando encontrar.

– Merda... – Jungkook disse baixo e nervoso – Duas mesas ao lado Seung está com aquele menino do cabelo colorido – estava estático.

Taehyung disfarçadamente olhou pro lado e procurou, aparentemente ainda não tinham sido notados, mas seriam assim que o casal da mesa entre eles levantassem.

– Quer ir pra outra mesa? – Taehyung olhou pros lados procurando outro lugar.

– Não precisa – falou sério e começou a comer, comia mais rápido do que deveria e não falava muito.

Taehyung puxava um assunto ou outro, mas Jungkook respondia monossilábico e permanecia em silêncio em seguida.

Jungkook olhou uma hora para a mesa e estava sendo encarado pelo ex ao mesmo tempo que estava beijando a mão do de cabelos coloridos com os olhos em si.

Seu coração bateu rápido, sabia que estava sendo provocado, não sabia o que poderia fazer naquele momento para não surtar.

– Já acabou? – Taehyung perguntou e Jungkook assentiu – Vamos então – deixaram as bandejas na mesa ao lado indicada para isso.

Quando viraram, Taehyung percebeu que Seung estava trocando olhares com Jungkook de forma debochada e isso não o deixou bem porque viu como Jungkook estava mal.

Jeon estava ainda estático vendo carinhos exagerados e desnecessários do casal perto e assustou quando sua mão foi entrelaçada por seu acompanhante.

– Podemos ir? – a voz soou mais perto do que deveria, Taehyung estava com o rosto perto do seu e arriscou beijar o canto de sua boca.

Agiu no impulso mesmo, não queria que Seung ficasse fazendo Jungkook que idiota e nem despertando sentimentos negativos.

O mais novo olhou assustado, não tinham nunca esses tipos de afeto, saiam como amigos, mas não reclamou.

Assentiu e saíram andando, viu que seu ex namorado estava agora encarando suas mãos enquanto passavam pela sua mesa.

Assim que chegaram do lado de fora Jungkook parou de andar outra vez, estava serio e olhou pra própria mão.

– Tá melhor? – Taehyung tentou puxar o mais novo para abraçá-lo.

– Por que você fez isso? – mostrou a mão e em seguida soltou dando um passo pra trás para se afastar.

– Eu não sei, não estava legal você vendo ele te fazer ciúmes e... – foi interrompido.

– Não se mete nos meus sentimentos – disse alto – Taehyung, você não tem nada a ver com isso – parecia bravo.

– Eu sei, mas... – não pode falar outra vez.

– Não faz isso nunca mais. Não se intromete na minha vida – simplesmente virou as costas e saiu andando em direção a sua moto.

Quando Taehyung caiu em si o mais novo estava distante, então foi atrás rapidamente para chegar antes que subisse na moto.

– Desculpa, eu só achei que se ele visse que você partiu pra outra, ele seria menos babaca – quando Jungkook virou seus olhos estavam cheios de lágrima.

– Eu ainda não parti – enxugou o rosto.

– Se você quiser, pode partir – soou intuitivo, porém serio – De qualquer forma desculpa por isso, não queria te deixar pior.

– Desculpa por ter gritado – não tinha necessidade.

– Quer ir pra casa distrair a mente? – Taehyung perguntou.

– Não, quero ficar sozinho.

Não esperou Taehyung responder, subiu na moto e foi embora rápido sem se despedir.

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