POR TRÁS DA GRANDE MÁFIA | jj...

由 shawnillusion

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(Em hiatus) O mundo está em alarme. Nunca se viu uma volta tão grande de tráfico e ameaças a governos após a... 更多

avisos.
I. El plano.
II. el primer día
III. gatito
V. Chile
VI. jugando tu juego
VII. aceptación y resistencia
VIII. ¡Maldita sea!
IX. El descubrimiento
X. comerciar o matar
XI. balas de canela
XII. celoso
XIII. codicia
XIV. KRAP-4
XV. date? date!
XVI. No me decepcione.
XVII. el pasado
XVIII. Agente Park.
XIX. muerte.
XX. "cadê o senhor jiminnie?"
XXI. comerciar o matar. Parte 2: Somos elétrons e prótons.

IV. beijinhos franceses

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由 shawnillusion

  Mais um dia de proletariado se inicia na vida de Jimin. Ele sabia agora em qual horário o ônibus pegar, mesmo que isso o faça ter que chegar na escola alguns minutos antes do seu horário.

Ao chegar naquele lugar ainda vazio, analisa Teresa que chegou segundos atrás e a garota parecia perder a noção de como andava com a presença de Park Jimin.
Ele percebia, mas fingia que nada acontecia para não constranger a garota.

Teresa era bonita, Jimin se sentiria atraído facilmente por ela, se fosse hetero.

— Bom dia, Teresa. — Park profere enquanto espera a garota se sentar na cadeira de costas para ele, atrás do balcão.

— ¡ay Dios mío! — Ela se assusta  deixando cair as chaves dos armários.

— Eu te assusto tanto assim? — O tom era brincalhão.

— Agora me assustou um pouco sim. — Ela diz arrumando seus óculos no topo da cabeça. — Hoje é dia de provas, vai sair mais cedo do trabalho. Estagiários não ficam para corrigir as provas.

— Quer dizer que hoje não terá Peter e Annie gritando? — Aqueles gêmeos eram reconhecidos por todo lugar.

— A sala que você está é sempre uma surpresa. — Teresa confessa e ri baixo lembrando. Porém alguns passos atrás dos mesmos os chamam atenção.

Jimin olha para trás e vê a silhueta de um homem com vestimentas simples, apenas uma calça jeans larga e um moletom largo lilás com algum tênis da coleção nova da Nike. Ele parecia um adolescente, não aparentava ter mais de vinte anos, mas sua expressão era séria.

— Senhor Min Yoongi. — Teresa exclama e Park analisa o homem que estende a mão para o mesmo.

— Sou o professor de música dos pequenos. — Ele diz e Park sorri.   — Peguei licença alguns dias, estava passando por uma cirurgia, e já arrumaram meu substituto?

Teresa ri com o tom do professor de música e Jimin ri fraco.

— Sou apenas um estagiário da senhora Yolanda. — Park diz e a feição de Yoongi muda para uma careta de desgosto.

— Aquela mulher ainda está viva? Aquele pulmão dela ainda está resistente? — Ele diz para Teresa que encolhe os ombros como se concordasse mesmo querendo rir. — Deve ser um poço de alegria as aulas dela, fico até com inveja de você, garoto, mesmo na Espanha, você visita São Paulo todo dia.

Seu tom era tão sério que fez Teresa pender a cabeça para o lado não entendendo a referência.

— Ele sente a mesma poluição de São Paulo diariamente com ela do lado.

Então ela gargalha enquanto ele também ri da risada da garota. Park se junta ao grupo vendo que Teresa e Yoongi talvez eram muito próximos a ponto de falarem mal de Yolanda.
Porém, sabia que em todo ambiente de trabalho uma amizade nasce do ódio em comum por uma pessoa.

— Pelo menos os alunos compensam. Gostei de todos, principalmente Gaia.

— Jeon Gaia? É uma das minhas melhores alunas, seu forte é artístico.

Diz o professor e Jimin concorda lembrando do quão bem Gaia desenvolveu o projeto com massa de moldar.

Para uma garota de seis anos, os seus talentos eram enormes, talvez lembrasse seu pai. Não com todas as matérias, como Jeon, mas herdava habilidades artísticas que seu pai escondia na maioria das vezes e Yoongi sabia. Aliás, estudou com o mesmo, eram alguns anos mais velho, mas lembrava de um adolescente sempre curioso no que fazia, focado, com o nome em todas as listas de melhores alunos nos painéis.

— Rapazes, desculpe atrapalhar a conversa de vocês, mas está quase na hora de trabalhar. — Teresa avisa enquanto olha o painel do computador na sua frente e na sua mão estava um ipad recheados de e-mails. Sem dúvida ela trabalhava mais do que todos ali.

— Preciso conversar com o diretor. — Yoongi se pronuncia.  — Park, foi ótimo conversar com você. Espero o ver na sala dos professores reclamando da Yolanda e da máquina de café expresso. Que aliás deve estar quebrada desde o dia que sai, não está?

Yoongi de fato tinha muitas coisas para dizer para Jimin e Teresa solta uma risada que confirmava a sua indignação  com a máquina de café, vendo o professor saindo a caminhar para os corredores.

— Jimin! Como é seu primeiro dia de provas, bom, preciso te explicar. É basicamente um dia que a escola tira para que todos os alunos façam suas provas, dura no máximo duas horas e logo todos estão dispensados, menos os professores que ficam para corrigir as provas.

Park se sentia feliz por voltar mais cedo para sua casa. Tinha alguns afazeres a mais.

— E essas provas são de todas as matérias. Acho um tanto pesado para apenas crianças de cinco anos, mas é o sistema da escola.

Teresa diz enquanto clicava várias vezes no iPad e as vezes no computador fazendo coisas totalmente aleatórias do que estava falando, apenas era automáticas essas palavras.

— Obrigado, Teresa. Bom trabalho!

O de cabelos rosas diz passando as mãos pelo cabelo os ajeitando dando uma piscadela para a secretária que internamente faltava apenas derreter naquela cadeira.

— ¡Dios mío! — Ela fala baixo sentindo-se esquentar por aquela piscadela enquanto se abanava com a mão direita.

Jimin se dirige para a sala de Gaia acendendo as luzes vendo a sala totalmente arrumada e com um cheiro familiar de loção de banho para bebês.
Ele se senta na cadeira ao lado da de Senhora Yolanda e analisa os envelopes de provas nas mesas sentindo falta dos dias em que somar dois mais dois era o seu problema.

Ele refletia o quanto ele precisava explorar o território e saber algo sobre a máfia da boca de nativos espanhóis, principalmente de Madrid, onde teoricamente a máfia se encontrava.

Ele sabia que não seria fácil. Ele conheceu Jeon Jungkook, mas parecia muito difícil e tinha apenas duas hipóteses; ou lobo ou lobo em pele de cordeiro.

Não. Jimin não acreditava que Jungkook era cem por cento limpo e era inocente em tudo o que a máfia fazia apenas por se esconder em um papel de bom pai. Dois raios não caem no mesmo lugar, mas poderiam cair perto.

Ou sua intuição estaria errada?

No meio de pensamentos, o sinal de entrada das crianças foi tocado e Jimin vê professora Yolanda correr para dentro da sala com seu vestido branco florido e coque grisalho.

— Mais um dia, está pronto senhor Park? Só se certifique que eles não vão colar.

Yolanda diz abrindo os pacotes de prova enquanto Jimin via pequenos corpos passarem pelos corredores e aos poucos as crianças começaram a entrar. Gaia quase foi uma das últimas a entrar, ela parecia estar com a expressão chorosa limpando umas pouquinhas lágrimas que nasciam nos olhos.

Jimin queria se aproximar, mas ela ao sentar Yolanda deu início às provas.
O garoto se disponibilizou para distribuir as mesmas, e ao chegar perto da garotinha Jeon, ele se abaixa um pouco vendo que no seu cabelo tinha um laço preto dessa vez os prendendo para trás.

— Seu cabelo está lindo hoje, mas não combina com essa carinha de choro, o que houve, hm? — Jimin pergunta docemente e a garota sorri minimamente passando a mão pelo cabelo.

— E-eu t-tenho medo de provas, não gosto, Jimminie... — Ela diz manhosa e Jimin acha engraçado. Todos já passaram por uma situação assim.

— Sua nota não é importante, mas seu empenho é. — Ele tenta a tranquilizar. — Boa sorte, pequena.

Ele sussurra a última parte, olhando para toda a turma. Toda ela estava com uma expressão apavorada e por alguma razão cortou o coração de Jimin.

Ele sabia que era algo natural do ciclo da vida de um estudante, mas a escola parecia ser rígida e não concordava com esse sistema de pressão por alguns números digitalizados. Era tão inútil.

Jimin olha para o relógio vendo que faltavam uma hora e quarenta minutos para acabar as provas, ele queria fazer algo diferente para aliviar a tensão daquela sala.

— Tenho permissão para sair por alguns minutos? — Ele pergunta para Yolanda que jogava Candy crush.

— Faz o que quiser, se for na padaria, trás um maço para mim? — Yolanda diz ainda atenta nas jogadas.
Jimin faz uma careta. Deus, como essa mulher não se transformou em uma chaminé?

Park sai da sala, os corredores estavam praticamente vazios e demora para chegar a rua, virando uma esquina para chegar aquela padaria.
Adentrou na mesma olhando todas aquelas variedades de doces, embalados separadamente escolheu algum que talvez fosse apto para todos, um simples bolo de chocolate.
Para se precaver, ele escolheu três outros doces que poderiam agradar se caso alguem fosse intolerante a lactose, ou glúten.

— Buenos días a todos! — Um homem diz feliz adentrando na loja e parecia conhecer os funcionários já que todos sorriram e murmuravam alguma saudação em troca.
Jimin ao ir em direção à bancada analisa seu braço com tatuagens, nela estava tatuado um dragão em forma de S e ao lado algumas folhas da comum planta "comigo-ninguem-pode".

Ele era um seguines.

O agente então se aproxima do balcão assim como ele e recebe um sorriso do homem tatuado. Ele aparentava ser mais velho, alguns vinte anos a mais.

— Gostei das tatuagens. — Jimin diz tirando o dinheiro da carteira para entregar a atendente que ainda cortava os pedaços de bolo.

O homem abre um sorriso.

— Muito obrigado, jovem. — Ele arregaça as mangas da camiseta para analisar melhor as mesmas que iam até seu ombro. — Devo minha vida para o que está representado aqui.

O homem diz sorrindo e Park faz uma expressão desentendida, o homem então percebe.

— Ah...deve ser estrangeiro! Os sanguines me deram um lar quando eu era apenas um morador de rua, eu vim atrás de oportunidades de emprego. Não sou daqui, sou do Chile e minha esposa é da Espanha. — Jimin ouvia atento. Já sabia que algumas pessoas apoiavam a ação daquela máfia, mas não tão explicitamente.

Era como um...fã clube? Aquela ideia fez a mente de Jimin ir um pouco além.

Jeon jungkook tinha tatuagens, mas não viu todas, porque a única vez que as viu, elas estavam tampadas.

— Eles ajudam com dinheiro? Emprego? — Jimin se fazia curioso.

— Com tudo o que possa imaginar. Fazem até mais do que o governo...Não sei muito, mas ela nunca fez nada de mal com nós, trabalhadores que só querem chegar em casa com a certeza que o jantar está posto e amanhã também vai ter o desjejum. — Os seus olhos pareciam entregar verdade.

— Mas mesmo assim é uma máfia. No meu país não temos muito disso. — Park diz apenas analisando o homem e sua tatuagem.

— Se isso é ser uma ameaça para o país, espero que todos eles tenham uma máfia, então. — O homem diz sendo impedido de continuar pela atendente que coloca sacolas de papel sobre o balcão.

— Algo a mais, senhor? — Ela pergunta a Jimin e ele nega com a cabeça.

— Até mais, senhor...

— Carlo Rodríguez!

— Senhor Rodríguez, tenha um ótimo dia! — Exclama para o homem que o acena simpaticamente.

Ele esqueceu de propósito o cigarro de Senhora Yolanda e riu com os pensamentos sobre isso. Pega seu telemóvel no bolso da calça e manda uma mensagem para Seok-jin.

"Delta. Relato: É mais do que podemos imaginar. Eles ajudam as pessoas e parecem ter apoio. Parecem governos populistas."

A envia e automaticamente ela foi apagada, o que insinuava que Jin já tinha a lido. Era um sistema único criado pela equipe de inteligência.

"Me mande algumas informações sobre Carlo Rodríguez. Cabelos pretos, barba em cavanhaque, chileno e frequentou a padaria próxima à padaria da escola."

Ele digita enquanto adentra pela estrutura escolar, indo em direção à sala tentando equilibrar tantas sacolas em uma mão.

"Toda vez que você me ordens, eu me arrepio daqui. #ParkGostoso. #MeFazDeParkinho #BeijinhosFranceses."

Park abafa a gargalhada com as costas da mão quando entra na sala e vê ela toda em silêncio, concentrados na prova, nem mesmo olharam para o que ele trouxe.
Suas órbitas transitam pela sala e vê Annie com a língua para fora concentrada em escrever algumas palavras, Theodoro com seus cabelos ondulados preto e lumes azuis pensava olhando para a borracha em formato de carro e Gaia estava piscando os olhinhos prendendo seu choro ao olhar para a prova com números.

Jimin não poderia intervir, mas via que ela estava agoniada. Talvez não fosse seu forte e por isso estava tão apreensiva para o dia de hoje ao adentrar.

— Vocês tem apenas cinco minutos, essa é a hora de vocês completarem o que deve ser completado e entregarem para mim, okay? — Yolanda dizia enquanto passava de fase no Candy Crush.

Gaia bufou. Na sua cabecinha estava apenas a frase de seu pai: Quero saber de suas provas no final, não me decepcione.

Ele era um bom pai, mas não era perfeito assim como Jimin achava. Gaia não gostava de decepcionar o pai, na escola? Nem pensar.
Ele era carinhoso, mas era duro com ela na sua educação.

Ele esquecia que a filha necessariamente não precisava ser igual ele, entretanto, todas suas ações eram um reflexo.
E aquilo não era demais para a cabeça de uma garota de 6 anos?

Por fileira em fileira as crianças entregam as provas para Jimin, que conferia se todas estavam preenchidas, mas quando Gaia entrega sua prova de matemática em branco com as mãos um pouco trêmulas, ouve-se uma voz.

— A Gaia não fez a prova....tinha que ser ela, vai ser burra para sempre. — Era Peter e Jimin não conteve a sobrancelha arqueada para o garoto enquanto pega a mão de Gaia para que ela não corresse da sala de aula.

— Peter, vamos, entregue sua prova para o tio Jimin. — Jimin se continha e pega a prova do garoto olhando para tudo o que ele escreveu e pintou, depois para ele.

— Acho que não é só a Gaia que fez algo errado. Na verdade, Peter, tem muitos erros na sua prova...você quer que eu te chame de burro também? Como iria se sentir? — Jimin falava enquanto puxava Gaia para mais perto de si como se tivesse a protegendo de todo mal.

— Mas.... — O menino tenta argumentar.

— Mas você o que, Peter? Eu não gosto de pessoas mal educadas e sei que seus pais não iriam gostar também. Peça desculpas para Gaia por ter a chamado de burra. — Jimin não tinha muita paciência para crianças. Ele havia descobrido hoje.

— Sim, senhor Park. Me desculpe, Gaia. — Peter diz olhando para Gaia um tanto arrependido.

— Tudo bem...— Gaia diz abaixando a cabeça, com as bochechas um pouco vermelhas e quando o garoto sai, ela se vira para Park com os olhares admirados.

Senhora Yolanda nunca havia a defendido daquele jeito, ou posto os olhos nela. Gaia já entendia que Jimin era um alívio para os dias ruins dela, mesmo que não soubesse dizer.

A garota continuou do lado de Jimin vendo o restante entregar a prova. Infelizmente, para a garota ele teve que sair de seu lado para entregar os bolos que prometeu, mas pediu um espaço para a professora para falar.

— Eu trouxe alguns bolos para vocês para depois que vocês terminassem a prova, porque eu vi a carinha de assustados. Eu já passei o mesmo que vocês e vocês irão continuar passando por isso. — Ele respira antes de terminar.

— Entendam que cada um tem uma dificuldade e não podemos desmerecer nem o amigo e nem a nós mesmos por isso, temos que respeitar o que aprendemos na sala com a professora Yolanda. Não acham?

Jimin pergunta para a sala que balançava a cabeça freneticamente com os olhos fixados no bolo.

— É uma recompensa pelo esforço que vocês fizeram hoje. Parabéns, vocês são ótimos alunos, todos. — Park deu ênfase no todos olhando para Peter que estava um pouco constrangido pela bronca indireta.

Não era sua obrigação se dedicar para aquela sala, nem era o seu trabalho, mas Jimin entendia que aquilo fazia parte de seu disfarce.

                              [...]

Na saída das crianças do colégio, Jimin também estava com sua mochila aos ombros pronto para ir embora, mas tinha um pequeno plano para quando chegar em seu apartamento e traçar com Seokjin.
Se escorou no corrimão da escada teclando o seu endereço para o uber, até ouvir uma voz grave se aproximar.

— Senhor Park. — Era Jeon Jungkook.
Dessa vez o homem estava com camiseta de botões entre abertas de seda e cabelos jogados de maneira aleatório que roçavam sobre os seus olhos.

Park não conteve o olhar por todo o corpo destacado em uma calça jeans skinny que contornavam as coxas do espanhol.

disseram que os franceses tem uma fama? Park era estadunidense, mas aprendia rápido.

Jimin não sabia controlar seus olhos, era dele, mas era também uma das suas estratégias, demonstrar vulnerabilidade e abertura para o alvo se aproximar ainda mais, era uma jogada.

— Senhor Jeon, o que devo a honra? — Jimin pergunta voltando o olhar para o homem que acompanhava o seu e conteve um sorriso de canto passando a língua pelos dentes sutilmente antes de voltar ao assunto.

— Gaia me contou que a acalmou na hora da prova. Normalmente nos dias de prova ela sempre se desespera.

— Sim, senhor Jeon. Na verdade, a sua filha apresenta dificuldades em números, coisas básicas relacionadas à matemática e por isso se sinta tão mal antes de fazer uma prova. — Jimin diz passando as mãos pelos cabelos rosa, pronto para dar sua primeira entrada.

— Eu sugiro um apoio melhor dentro de casa, mas deve ser um homem com muitos compromissos para dar toda a atenção necessária, tenho até outra opção para isso, mas acho que Gaia adoraria ter mais um tempo com o pai.

Jungkook analisa os olhos do outro atentamente enquanto se tratava da filha descendo algumas vezes para a boca do estagiário.

— Qual a outra opção?

— Aulas particulares, eu tenho horários livres após as aulas dos pequenos. Se estiver interessado, claro. — A proposta fazia Jimin ter tudo o que precisaria naquele momento se aceitada.

— Fechado. — O homem diz simplesmente. — Três da tarde, eu mando um motorista buscar você em seu apartamento. Podemos tratar do preço em minha casa, tenho que sair rápido daqui.

Park inclina a cabeça um pouco para o lado olhando ao redor procurando o motivo para o homem querer sair rápido de sua frente.

— Não entendo, Senhor Jeon. — Ingenuamente o homem olha para trás do mesmo e não tinha nada além dos inspetores falando com os outros pais.

— Antes que eu fique sem nenhuma água no corpo, de tanto que você me seca, senhor Park. Entendeu agora? — A voz do homem era um tom firme mas brincalhão enquanto solta um sorriso de canto com uma risada enquanto arranca de Jimin uma mordida nos lábios um pouco envergonhada por ter sido pego de surpresa.

— Até as três, Jeon. — O rosado diz saindo do lado oposto vendo que seu uber havia o mandado mensagem.
A primeira coisa que fez ao se sentar no banco do uber foi digitar para Seok-jin o plano improvisado elaborado com sucesso.

Porém, Jeon Jungkook era um homem estratégico e era cuidadoso com seus passos.
Se Park jimin achava que estava um passo a frente, Jeon tinha trilhado todos eles e o que ele mais queria era o estagiário perto de si, com todas as intenções possíveis.

                            [...]

    No grande jardim da mansão dos Jeon, o riso de Gaia era audível por todo aquele jardim, — E que belo, jardim! —.  Ele era de frente aquela toda mansão, se estendia ao lado e para trás da mesma, mas ao lado tinha uma fonte, com um ar de antiga, mas dava um ar sofisticado.

Várias árvores e flores, que os jardineiros cuidavam com tanto amor e carinho. Tinha de todas as frutas daquela estação dando sinais de amadurecimento e as flores estavam no seu mais alto ápice de cor.

Mesmo com o clima ameno, Gaia pediu para seu pai brincar com a mesma e Jungkook não sabia dizer não.

Ele tinha uma brincadeira com seu pai, desde pequeno. O seu pai era um homem que pensava além, isso ele não poderia discordar, e fazia com ele algumas brincadeiras que no fundo tinham um intuito muito maior do que uma criança poderia imaginar.

— Agora se defende. — Jeon dizia enquanto brincava da famosa "lutinha", para Gaia que ficou em posição de defesa.

Ele ensinava isso à sua filha para que ela nunca dependesse de outra pessoa para se defender no futuro. Ela era uma Jeon e eles sempre tinham que estar preparados.

— Vai papai, eu estou pronta! — A voz fina fazia contraste com o seu franzir bravo de cenho para o pai, que fecha os punhos sorrindo abertamente.

— Desvia. — Jungkook dava ordens para a filha que desviava de seus socos fracos no ar e deixa a mãozinha da garota atingir seu rosto embaixo do seu queixo, o fazendo cambalear para trás fingindo uma falsa dor.

— É muito fácil vencer de você, papai. Faz de novo! De novo! — Gaia desafia o pai, que se levanta do chão e leva um soco no braço um pouco mais forte do pai que a faz desequilibrar.

Ela cambaleia e vai para trás caindo no chão, abrindo uma expressão de choro enorme misturada com raiva. A garota então tira suas luvas de boxes e as joga na direção do pai com uma força que atingiu a barriga de Park Jimin que acabará de chegar.

— Que receptiva, Gaia. — Jimin diz caminhando até eles.

Jeon ainda mantinha uma expressão perplexa com a atitude de Gaia, mas abre conforme os segundos se passaram um sorriso orgulhoso vendo o feito da filha.

— Bom trabalho, pequeña. — Ele diz a pegando pela cintura e a erguendo no colo, olhando para o estagiário que teve toda sua atenção para cima a baixo de seu corpo.

Nos pensamentos de Jeon Jungkook, ele também gostaria de ter aulas particulares com Park Jimin.

— Irei deixar vocês dois para estudarem. Eu tenho uma reunião na empresa, a Gaia sabe todos os lugares da casa. — Jeon dizia enquanto sentia vibrar o seu telemóvel no bolso e Jimin fitava Gaia que gostava de estar sendo esmagada pelos braços do pai o abraçando pelo pescoço.

— Irei cuidar bem dela. — Jimin da seu voto de confiança sorrindo para a pequena que sorri descendo do colo do pai apenas porque ele a soltou.

Mi corazón, vá pegar os seus materiais, hm? — O mais velho da as ordens e ela concorda indo correndo para dentro daquela enorme casa.

Jimin fita Jeon por alguns segundos. Ele estava com a mesma roupa de manhã, apenas trocou a sua camiseta, que agora era em um tom azul marinho escuro de seda entreaberta com as mangas arregaçadas. Parecia que o homem gostava daquele estilo.

Os olhos negros de Jeon fitavam Jimin como se quisesse desvendar algum de seus segredos mais internos. Ele mantinha o silêncio e Park umedece os lábios, sentindo seu corpo esquentar pelo olhar do homem.

Ele tinha que enganar, ele tinha que abandonar alguns de seus princípios para se aproximar daquele homem. E ele iria.

— Porque me olha assim? — Jimin pergunta querendo sorrir e Jeon mantinha seu maxilar ainda travado, mas com um sorriso escondido no canto.

— Porque você me olhou assim de manhã, me vi no direito de fazer isso também...É bem interessante, Park Jimin. — O homem se aproxima mais deixando um espaço de dez centímetros entre o rosto do rosado.

Jimin não era fácil de conceder, então ele levanta apenas uma sobrancelha esperando o que o homem iria fazer.

— Interessante? E temos intimidade suficiente para essa aproximação, senhor Jeon? — Ele pergunta desafiando o homem umedecendo outra vez os lábios, não tirando os olhos das lumes do outro.

No te quejes de lo que permites, gatito.* — O mais velho joga uma piscadela antes de sair sorrindo de canto.

Jeon Jungkook tinha a fama de ser galanteador, um pouco perverso, indiscreto e um bom manipulador. O que ele gostava, ele tinha, e seus olhos se agradaram com Jimin.

Jimin gostava de se deixar levar, ele sabia separar situações. Agora ele tinha a certeza que aquele homem poderia ser usado pelo mesmo para coletar informações.

Entretanto...Gênios iguais, batidas colossais.

Ao caminhar mais longe do estagiário, Jungkook finalmente atende o telefone.

Estamos fodidos.

Era a voz de Kim Namjoon.





Olá!

No te quejes de lo que permites, gatito.*
Tradução: Não reclame daquilo que permite, gatinho.

Jin soltou uma frase que eu ri muito escrevendo para não ser o título desse capítulo.

Bom, eu ando divulgando algumas partes de capítulos prontos no tiktok e eu particularmente estou amando hahaha. Gostei de saber que gostaram dos meus vídeos e incrivelmente...quando eu acho o vídeo uma merd* ele pega mais visualizações do que os outros. 🗣

Ajudem a engajar essa história com votos e comentários.

Sei que minha escrita é as vezes muito detalhada e alguns capítulos saem grandes, mas vou tentar reduzir isso como um teste para ver se eu gosto de uma forma mais dinâmica de escrever e ler.

Beijinhos franceses, se cuidem! ❤

Até o próximo capítulo.

— MJ



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