𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽...

By ywnszgaw-

388K 28.2K 35.4K

━ "É incrível como desde que ela chegou, vem colocar tudo em ordem, resolver os problemas de todos nós, quand... More

01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.

46.

6K 360 415
By ywnszgaw-



POV S/N

Acordei mais cedo do que esperava, levei a mão até meus olhos, tentando, inutilmente, acostuma-los com a claridade. Um bocejo longo escapou de meus lábios, tentei me mover porém fui impedida por duas coisas distintas. Primeiro uma forte dor em todo meu corpo, causada pela noite anterior, meus músculos estavam tensos, porém me sentia aquecida e completa por dentro. E segundo pelos braços de Payton que me prendiam possessivamente junto a ele. Sequer arrisquei virar-me para olhar, tinha medo de acorda-lo. Não sei exatamente quando adormeci novamente, mas acordei sentindo-o beijar meu ombro carinhosamente. Mudei de lado, ficando de frente para ele e sendo surpreendida por seus lábios nos meus. Estava um pouco lenta e Payton bem sabia disso, então não trocamos mais do que um selinho.

Payton: Bom dia, dorminhoca. - brincou, abri os olhos e me deparei com seu sorriso.

- Bom dia. - respondi, também sorrindo, apesar da voz arrastada.

Payton: Sabe, acho que eu poderia fazer isso todos os dias da minha vida. Sem cansar. - comentou, de repente.

- Isso o que? - limpei minha garganta, a fim de melhorar a voz.

Payton: Isso... - me olhou. - ... Acordar e te ter do meu lado. - explicou, com a voz terna. - Te ver despertar...

- É, acho que eu poderia suportar isso. - impliquei.

Payton: Não sabia que era espirituosa ao acordar. - rebateu irônico. - O que acha de descer para tomarmos café? - sugeriu, levantando em um salto da cama. - Pensei em pedir algo no quarto, mas a cena é clichê demais. - contou. Não pude deixar de rir. - A não ser que você queira...

- Não... - sentei, preguiçosamente. - Vamos descer. - disse convicta. - Payton, só por curiosidade, onde encontrou toda aquela comida brasileira?

Payton: Em restaurantes por ai. - piscou, sorrindo. - Agora saía já dessa cama. - ordenou, sorrindo. O vi sorrir mais hoje do que em todos os meses que estive com ele.

POV PAYTON

S/a murmurou algo haver com estar com preguiça e levantou. A olhei de cima a baixo, estava usando somente minha camiseta, senti um leve arrepio na nuca ao vê-la dessa forma e a vontade de ir tomar café sumiu no mesmo instante. Em questão de segundos a peguei nos braços e deitei com ela novamente, deixando-a em baixo de mim, prendi suas mãos sobre a cabeça e rocei meu nariz por seu pescoço.

S/n: Payton. - repreendeu-me. - Pare já com isso.

Ao mesmo tempo em que falava seu corpo se arrepiava com o sutil toque de meus lábios. Contradizendo-a. Chupei lentamente a região, ainda prendendo-a, provocando. E então a soltei, para implicar.

- Tudo bem, parei. - levantei, sorrindo.

Ela sentou e me fuzilou com o olhar. Segui sorrindo, inocente. S/n suspirou e levantou, pegando suas roupas e indo se trocar. Quando regressou jogou a camisa em cima de mim.

S/n: Você me paga, Moormeier. - deixou o aviso.

- Está bravinha é?! - puxei-a pela cintura, ignorando a camisa. Passei os lábios pelos dela, dando-lhe vários selinhos seguidos. Olhei-a nos olhos por um instante, coloquei a mecha de cabelo caída em seu rosto atrás da orelha. - Linda. - disse baixo.

S/n: Droga, Payton. - me empurrou, se fazendo de irritada. - Para com isso.

- Parar com o que? - arqueei uma sobrancelha.

S/n: De me desarmar. - disse birrenta. Sorri.

- Vem chatinha, vamos tomar o café. - coloquei minha camiseta e puxei-lhe pela mão.

Abracei-a por trás no elevador, para poder dar-Ihe pequenos beijos pelo pescoço. Fomos até o restaurante onde pegamos o que queríamos comer e nos sentamos.

- Eu posso te fazer uma pergunta? - questionei, ela assentiu. - Por que me deixou ser o primeiro de tua vida?

S/n: Eu não sei. - suspirou. - Meu coração mandou que fosse você. Eu acho.

POV S/N

Meu coração berrava para que eu pronunciasse as três palavras para ele, porém eu tinha medo de sua reação. Medo de estar sendo ansiosa demais. Ainda que a noite de ontem tenha sido perfeita. Antes que ele respondesse qualquer coisa me apressei a falar.

- Seja sincero comigo, tudo bem? - ele assentiu. - Por que você quis ficar comigo mesmo sabendo que eu era... - abaixei o tom de voz. - ... Virgem?

Payton: Por que eu não ficaria? - retrucou, arqueando uma sobrancelha. Encolhi os ombros, demonstrando que não sei. Ele suspirou. - Acho que esse não é o lugar apropriado para falarmos disso. - olhou para os lados. Concordei. - Após o café eu te respondo.

- Tudo bem. - sorri. - Estamos com as mesmas roupas de ontem. - franzi o nariz, demonstrando nojo.

Payton: Essa camiseta passou a ser minha favorita. - me olhou, sugestivo. - Acho que vai demorar pro teu perfume sair dela. - sorriu, sincero. Corei levemente. - Deus, mesmo depois de ontem ainda fica corada quando digo algo?

- Não tenho controle sobre isso. - murmurei, constrangida. - E você também não ajuda a me fazer não ficar assim.

Payton: Agora a culpa é minha? - se divertiu com a situação.

- É. - mostrei a língua pra ele.

Payton: Você está muito longe. - me olhou, esticando a mão para tocar na minha.

- Você não tem noção do que está longe. - gargalhei.

Payton: Brasil e Los Angeles? - me olhou, o riso cessou. Em seu olhar havia um brilho triste.

- É, isso é distante. - suspirei, mordendo meus lábios. De repente fiquei sem fome. Terminamos o café em silêncio, enquanto retornávamos ele decidiu falar.

Payton: Está pensando no mesmo que eu? - me olhou, de canto.

- De quando eu for... - não me deixou encerrar.

Payton: É... - confirmou em um suspiro. Olhando para o chão. Ficamos calados por mais um tempo, até chegarmos no quarto.

- Por que não esquecemos isso por enquanto? - sugeri, olhando-o.

Payton: É difícil esquecer teu pior pesadelo. - respondeu-me, sentando ao meu lado. - Mas, tudo bem... - balançou a cabeça, como se quisesse espantar os pensamentos. - Prometi responder tua pergunta. - lembrou, dando um leve sorriso torto. - Sabe, eu não tenho outra forma de te explicar isso sem ser dizendo que queria ser o primeiro da tua vida. - olhou-me nos olhos. - Eu queria ser importante na tua vida. - segurou minha mão. - Não só agora, mas sempre. Inesquecível, até. - acariciou-me. - Porque você já é para mim. Já é a muito tempo.

- Eu nunca iria esquecer de você, independente de qualquer coisa. - tomei coragem para responder. - Porque quando uma pessoa entra aqui... - levei sua mão até meu coração. - ... Não sai mais.

Trocamos um sorriso cúmplice, Payton olhou para o relógio e suspirou pesadamente. Eu sabia o que isso significava. Era hora de sairmos do nosso conto de fadas. Não havia muito o que ser feito, não tínhamos nada espalhado, da porta dei uma última olhada para o local onde vivi mais uma etapa. Olhei para Payton e assenti, indicando que já podemos ir. Eu tinha medo de sair daquele local e as coisas mudarem, a atmosfera ser outra. Toquei a mão de Payton levemente, não precisou de mais de dois segundos para ele entender e entrelaçar os dedos nos meus. A apertei mais forte do que o necessário.

Payton: Desculpe, minha mão sempre fica suada quando ando assim. - sorriu torto, tímido.

Achei simplesmente a coisa mais fofa do universo. Ele deixou a chave na recepção, conversou com o atendente, que verificou que já estava tudo pago, e então fomos em direção ao carro. Ainda não havia visto o quão belo o local é. E luxuoso. Ele deve ter gasto um bom dinheiro para alugar o quarto.

Payton: Achou bonito? - indicou o local.

- Bem melhor do que com a venda. - sorri, brincando. - É maravilhoso. - suspirei, admirando o prédio que ia ficando para trás a medida que o carro se afastava.

Payton: Você sabe dirigir? - questionou, quebrando o silêncio.

- Eu e direção?! Acho que é uma péssima ideia. - sorri, olhando-o. - Sou nervosa demais.

Payton: Bobagem, te ensinarei. - garantiu. Meu coração se alegrou por saber que ainda vamos passar um tempo juntos.

- Tua conta e risco. - deixei claro.

Payton: Vai se sair uma bela motorista. - piscou.

- E você com um belo prejuízo. - brinquei. - Olhe bem o carro. Ele nunca mais será o mesmo depois das aulas. - Payton gargalhou, uma gargalhada gostosa que fez meu corpo inteiro se aquecer

Chegamos em casa. Faith me sufocou assim que passei pela porta, querendo saber detalhes. Ou nem tanto.

Faith: Não quero saber se meu irmão é bom de cama. - avisou. - Só como tu se sentiu.

Sentei na cama rindo da euforia de Faith. Contei para ela onde Payton me levou, falei da decoração, de como me tratou com carinho. E parei.

Faith: Merda, eu não vou aguentar. - passou as mãos nos cabelos. - Meu irmão sabe usar o dito cujo direito?

Explodi em uma gargalhada alta, enquanto ela me olhava com cara de interrogação.

Faith: Não sei se quero ouvir tua resposta. - me olhou. - É meu irmão, isso é nojento. - fez uma careta.

- Decida-se. - falei tossindo, tentando parar de rir.

Faith: Só me responde o que eu perguntei antes. Nada mais. - me olhou, assenti. - S/a, tem que ter um estomago muito forte para ir pra cama com meu irmão.

Oi, eu estou morrendo engasgada e ela segue falando nisso?! Tossi mais forte, sentindo meus olhos lacrimejarem.

Faith: Porque, sei lá, ele é estranho. - olhou suas unhas. - Obviamente puxou a parte feia da família, porque eu nasci linda. - jogou os cabelos pra trás. - S/a, está me ouvindo? - olhou-me. - Santo Deus, tu está vermelha. - tocou minha mão. - Está bem?! - bateu com força em minhas costas.

Depois de um tempo parei de tossir.

- Ai, eu me engasguei. - falei com a voz toda errada.

Faith: Não havia percebido. - Nem notei Faith.

- Enfim, você só fala todas aquelas coisas porque é teu irmão. - conclui.

Faith: Provavelmente. - sorriu. - É bom falar mal dele as vezes. - brincou. - Aliás, agora posso passar a te chamar de cunhada oficialmente?! - deu um sorriso radiante.

O tempo não demorou á passar depois daquele dia. Os cursos começaram a precisar de uma dedicação que eu muitas vezes não tinha. O musical é amanhã, exatamente quatro meses antes de eu ter que retornar ao Brasil.

Nos dias que se passaram Payton veio se afastando gradativamente, Joanne e Chris redobraram a vigilância sobre o que fazíamos ou onde estávamos, depois da noite que passamos fora. Não sei onde ele tem ido, mas sei que é raro o ver em casa. Mas ao mesmo tempo eu sei que ele também sente essa distância. E que é contra ele. Cada vez que o vejo tenho vontade de jogar-me em seus braços e o maior problema nem vem sendo controlar isso. E sim o ver. Saio pro curso cedo e volto tarde, normalmente quando estou chegando ele está saindo. E quando estamos em casa Joanne fica na sala, Chris no quarto vendo televisão. Cada um em um andar. Controlando de uma forma. Cuidando nossos passos e mandando-nos não fechar a porta, esses dias escutei Payton murmurar algo parecido com "... Como se não fechar a porta nos impeça de alguma coisa em pleno século vinte e um". Mas, nunca arriscamos.

Olhei pela janela, a noite já havia caído, já passará das onze, o céu estava estrelado e meu estomago embrulhava ao pensar no musical. Um medo de errar. De esquecer. Uma vergonha que até então não sentia... E não havia ninguém para eu desabafar. Faith saiu com Jackson, como faz todas as sextas. Contei para Riley e Nailea de Payton e nossa noite, elas surtaram, mas ainda não responderam o e-mail que mandei falando do musical. Então não tenho palavras de conforto. O vento gelado tocava meu rosto, tranquilizando me um pouco, porém estar sozinha em uma noite como essa me impede de bloquear o nervosismo.

Deitei, encarando no teto, com uma remota esperança de milagrosamente o sono surgir. Mas não surgiu. A remota esperança foi pelo espaço. Levei um susto quando a porta se abriu abruptamente, levantei o corpo, a fim de enxergar quem era, Payton estava parado na porta com um balde de pipoca em uma mão e alguns DVDs na outra.

Payton: Não me diga que vai dormir? - entrou, fechando a porta com o pé. - Ensaiei o dia todo uma forma de te distrair, então se não estiver nervosa com amanhã, finja que está. - brincou, soltando as coisas. O humor dele estava tão contagiante que não me permiti pensar nas chances de seus pais nos verem.

- Acredite, eu estou a beira de um ataque cardíaco. - sentei, passando as mãos nos meus cabelos. - Achei que ia ficar sozinha hoje. - olhei minhas mãos, enquanto admitia.

Ele suspirou e sentou na minha frente.

Payton: Eu sei que as coisas estão um pouco complicadas... - tocou minha mão. - Eu estava com receio que você pensasse que depois de... - fez gestos, entendi do que ele falava. - ... Eu ia me afastar. Como se fosse só aquilo que eu quisesse.

- Você não é tão safado e idiota assim. - descontrai. - Porque se fosse eu seria obrigada a te bater.

Payton: Ufa, ainda bem que não batera. Deve doer um monte levar um tapa de um graveto. - implicou.

- Que engraçado. - forcei uma risada. - Teus pais também estão em cima...

Payton: Sinceramente, só obedeci a ordem deles até agora porque eu sei que você acharia errado se eu fizesse o contrário. - me olhou. - E como isso te envolve também, decidi acatar a segurança ridícula deles. - rolou os olhos. Sorri, fingindo que não tinha achado os dois praticamente uma fortaleza entre eu e Payton, já que claramente ele não achou. - Mas hoje é especial. - tocou meu rosto. - Eu sabia que você ia estar nervosa e eu não ia te deixar sozinha. - o olhei, ainda sorrindo. - Olha, trouxe até um filme de romance. - mostrou-me, animado.

POV PAYTON

Ok, a ideia do filme romântico foi péssima e eu não sei da onde tirei essa, porque sinceramente, mais água com açúcar que esse negocio não há. S/a, por sua vez, estava vidrada na televisão me passando a ideia de: "se tu abrir a boca até o filme acabar vai voar pela janela". Então, me mantive calado. E de saco cheio. Mas serviu para distraí-la e isso que conta. Volta e meia acariciava seu braço ou seus cabelos, já fazia um certo tempo que não a tinha tão próxima, somente por sentir o calor que seu corpo emanava eu me sentia estranhamente completo.

Estava quase dormindo quando o negócio terminou, S/n passou as mãos no rosto, a fim de disfarçar as lágrimas que eu vi escorrer durante uma hora e meia, então virou-se para mim, encarando-me. Suas mãos vieram ao meu rosto e ela tocou delicadamente as duas olheiras que haviam se formado em baixo de meus olhos, seu rosto se franziu e eu soube que já descobriu o que aconteceu.

S/n: Onde você tem ido todos os dias? - questionou com a voz baixa, enquanto analisava minha expressão. Suspirei. - Você voltou a... ? - assenti, antes que ela terminasse a frase. O impacto de minha confirmação a fez fraquejar um pouco. - Eu não tenho como te prender em casa todas as vezes em que sentir vontade de usar aquelas coisas... - disse com a voz cheia de precaução - Por que você não tenta buscar ajuda?! - acariciou meu rosto. - Dói demais te ver se matando aos poucos. - seus olhos estava brilhando, já lotados por lágrimas. Encostei minha testa na dela.

POV S/N

Eu não queria parecer fraca, porém meu coração levou um baque ao saber que ele já jogou pro ar todos os dias que vinha ficando sem precisar usar nada químico. Eu não queria chorar, porém é inevitável, me sinto incapaz, insignificante por não poder arrancar esse vicio de dentro dele.

Payton enterrou a cabeça em meu pescoço, em um pedido mudo de apoio. Eu sei que ele vem tentando parar, porém sei também que somente com sua remota tentativa e meu apoio moral não vamos a lugar algum. Ele precisa de ajuda, urgentemente, porém é teimoso e orgulhoso demais para aceita-la.

- Olha pra mim. - segurei seu rosto entre minhas mãos, obrigando-o a encarar-me. - Eu te prometo que até eu voltar pro Brasil você estará livre disso. - disse convicta. - Eu vou mover o céu e a terra, mas você vai parar. - Payton prestou atenção no que eu dizia, seus olhos castanhos tinham um brilho fraco, de dor, de insatisfação consigo mesmo.

Payton: Isso é patético. - disse por fim, meu corpo gelou. - Eu vim aqui para te acalmar e está acontecendo o contrário. - soltei o ar, tranquilizando-me ao ver que ele não se refere ao que eu disse.

- Tecnicamente você veio me distrair e está distraindo. - sorri, sincera, para mudar a atmosfera do local.

Payton: Você está bem? - tocou minha mão, entrelaçando os dedos nos meus.

- Estou com medo. - admiti. - Tive um pesadelo esses dias, as pessoas jogavam tomates em mim. - franzi a boca, ele gargalhou.

Payton: Que original teu sonho. - debochou. - Boba, você vai se sair super bem. - tocou meu nariz. - E eu vou estar na primeira fileira para aplaudir de pé o teu sucesso.

- E enquanto você aplaude, eu estarei lá atrás vomitando de nervoso. - novamente ele gargalhou.

Payton: Quer ensaiar? - questionou, com a voz doce. Assenti.

- Deixe-me pegar meu roteiro. - levantei, indo procurar. - Ai. Meu. Deus onde está o roteiro? - disse nervosa. - Quer dizer, eu deixei ele aqui, tenho certeza. - revirei a cômoda. - Como pode ter desaparecido?

Payton: S/n... - chamou com a voz suave, o ignorei.

- Droga, eu não posso ter perdido. - segui, tagarelando. - Não um dia antes da apresentação. - mexi distraída nas gavetas. - Estou esquecendo as falas, eu preciso do meu roteiro.

Payton: S/n... - chamou, novamente.

- Merda, como sou irresponsável. - tirei tudo da gaveta. - Mas eu tinha certeza que havia deixado... - me virei, olhando Payton, sacudindo meu roteiro lentamente. - ... Bem... Ali. - encerrei a frase pausadamente, olhando-o. - Por que não disse que tinha encontrado? - fui até ele, pegando de sua mão.

Payton: Estava tentando falar, mas você parecia um papagaio, não calava a boca. - debochou, olhando-me.

Olhei de volta pra ele e pela primeira vez na noite parei para analisá-lo. Não pude deixar de perceber, que agora, olhando-o de perto depois de tanto tempo, ele parece mais bonito do que eu me lembrava. Payton percebeu que eu estava em transe, então levantou-se e envolveu meu corpo com os braços.

Payton: Em que pensa? - questionou, olhando-me carinhosamente.

- Só estava te olhando. - respondi, suavemente.

Payton: Me olhando por quê? - arqueou uma sobrancelha.

- Gosto de te olhar. - sorri. - Gosto dos teus olhos, do teu sorriso do teu perfume... - citei. - Gosto de estar nos teus braços e de me sentir única quando me beija, ainda que não seja.

Payton: Você não tem noção de como essa tua última frase está errada. - negou com a cabeça.

- Qual é, Payton, desde que cheguei tu já deve ter levado mais da metade de LA pra cama. - ironizei, confesso que com uma pontada de ciúmes.

Payton: Só que nenhuma dessas pessoas me fizeram sentir o que você faz. - respondeu categórico. - Acho que é a décima vez que te digo isso. - rolou os olhos. - Será que estou falando outra língua? - então ele parou e começou a rir.

- O que foi?! - o olhei, sem entender.

Payton: Tecnicamente sim, eu estou falando outra língua. - piscou. - Quer que eu te diga isso em português pra ver se você entende? - debochou, bati nele de leve. - Ciumenta.

- Só um pouquinho ciumenta. - concordei, fazendo um bico.

Ele deixou que um sorriso brotasse no canto de seus lábios, então puxou-me para mais perto, me estiquei um pouco para ficar do tamanho que ele.

IMMA DO WHAT I WANT
ANYTHING THAT I PLEASEEEE ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️😅

é bbs, 4 meses para ela voltar pro brasil 😀

Continue Reading

You'll Also Like

126K 11.3K 12
𝕺nde após assumir seu relacionamento na internet, Vinnie Hacker precisa lidar com o hate. ┋Shortfic ┋Original of Luagm_ ┋November, 2021
294K 19.8K 79
Nosso caos se transformou em calmaria. Plágio é crime!!
2.4M 226K 86
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
4.2K 221 5
(Noart adaptation) noart || Onde Sina deixa uma carta despedindo-se de seu melhor amigo na véspera de seu casamento Fanfic by: @BYSKYWALKER_ Adaptati...