- Céus, tem mais quantas planilhas para fechar? - Questionou Catrin no escritório na Casa do Rio onde ela, Nyx, Feyre e Rhys faziam um balanço mensal sobre as finanças da Corte. Layla dormia ali em um bercinho portátil.
- Repensando sobre um dia ser Grã-Senhora? - Brincou Rhys.
- Com toda certeza. - Catrin respondeu.
- Temos um acordo amor, não vai fugir disso. - Nyx riu.
Esses continuavam a analisar os papéis quando ouviram os resmungos de Layla no bercinho.
Com sete meses de idade, a pequena já ficava sentada sozinha.
- Acho que alguém quer participar da reunião. - Feyre disse se levantando para pegar a neta.
- Ela deve estar com fome tia. - Catrin considerou enquanto Feyre ninava Layla. - A senhora tem alguma fruta que eu possa dar a ela? Ela anda gostando de frutinhas a essa hora.
- É claro que tenho. Vamos na cozinha, a gente acha várias frutinhas para essa princesinha ver o que prefere. - Feyre disse sorrindo para a neta. - Dá tchau pro vovô e pro papai.
Layla acenou com aquela pequena mãozinha para os dois. Quando eles sorriram para ela, a garotinha se envergonhou e escondeu o rosto no pescoço de Feyre.
- Já voltamos. - Catrin disse e as três saíram do escritório.
- Você parece cansado. - Rhys disse ao filho.
- É, e estou. Estamos na verdade. Tem uns dias já que Layla resolveu trocar o dia pela noite. - Nyx contou.
- Uma cidadã da Corte Noturna. - Rhys riu. - Gosta mais da noite.
- É a princesinha da noite mesmo. Essa madrugada, acordamos com ela chorando. Catrin disse que ia ver o que estava acontecendo, talvez ela tivesse que dar de mamar, então ela mesmo iria. Eu acabei dormindo e quando acordei, tava sozinho na cama. Fui procurar, ela estava dormindo toda torta na poltrona do quartinho de Layla enquanto ela dormia igual um anjo no berço, mas isso já estava quase amanhecendo. - Nyx contou. - Resultado, Catrin acordou com uma dor nas costas terrível hoje.
- Ela puxou a Catrin, Az sempre chegava falando que não conseguia dormir direito com ela acordando toda hora. - Rhys falou.
- Minha filha foi o maior presente da minha vida, da minha e de Catrin, e eu passo mais milhares de noites em claro se for preciso, só para ver aquele sorrisinho toda vez que brincamos com ela. - Nyx disse sorrindo. - Mas, eu não estou sendo um péssimo pai se disser que sinto falta de uma noite inteira com minha parceira, só nos dois, sem pressa de nada, estou?
- É claro que não. Isso é normal meu filho. Você não é um péssimo pai por querer uma noite com sua parceira. - Rhys sorriu. - Deixe Layla comigo e sua mãe essa noite. Nós cuidamos dela.
- Sério, mas... não vai incomodar vocês? - Nyx questionou. - Como eu disse, ela não vem dormindo bem a noite.
- Minha neta nunca vai ser um incômodo filho. - Rhys disse. - Deixe ela aqui essa noite, nós cuidamos dela.
Nyx pareceu pensativo por um tempo. Nem ele nem Catrin costumavam ficar longe de Layla por muito tempo quanto mãos uma noite toda.
- Nyx, Layla tem o avós e os tios mais babões do mundo, você sabe disso. - Rhysand disse. - Para nós é um prazer cuidar dela enquanto vocês dois tem um momento só de vocês. Não é errado, e não faz de vocês dois pais ruins. Ela vai estar bem cuidada, e recebendo muito amor, você sabe disso.
Ele então abriu um sorriso para o pai, diversas ideias já passando pela sua cabeça.
- Diga a Catrin que eu fui resolver algumas coisas, que encontro ela em casa depois. - Nyx disse e atravessou.
Ele foi direto a área comercial da cidade e entrou em uma das lojas favoritas de perfumaria e artigos para banho.
- Senhor Nyx, bom dia! Como posso ajuda-lo? - Perguntou o vendedor da loja.
- Bom dia, como vai? Eu... eu preciso... eu queria ver alguns sais de banho, de preferência alguns calmantes e mais relaxantes. - Nyx disse.
- Certo. Olhe esse, tem aroma de flor de laranjeira, bergamota e limão presentes, ajudam a acalmar a mente e aliviar o estresse. - Explicou o vendedor.
- Certo, vou levá-lo. Tem também algum óleo perfumado? Jasmim talvez? - Nyx questionou.
- Sim senhor. - Disse o vendedor pegando um frasco. - Esse é ótimo, com Jasmim colhido na Corte Noturna e produzido aqui mesmo em Velaris.
- Perfeito. - O Herdeiro sorriu, então pagou pelos produtos e saiu da loja.
Nyx andou então até seu restaurante preferido, o de Sevenda. Desde que era criança, esse fora o que ele sempre gostara mais.
Ele encontrou a fêmea dona do local fazendo a limpeza da frente do estabelecimento.
- Bom dia senhor Nyx, como vai? - Cumprimentou Sevenda.
- Muito bem Sevenda, e você? Tudo bem? - Nyx perguntou.
- Sim, estou bem, obrigada por perguntar. Ainda é cedo para o almoço o restaurante ainda está fechado, tem algo em que eu poderia ajudar o senhor? - Sevenda questionou.
- Eu sei, é que... eu queria te pedir um favor, queria saber ser você me ajudava com uma coisa para essa noite. - Nyx disse.
- É claro, se estiver ao meu alcance, será um prazer ajudá-lo. - A fêmea respondeu.
.....
Quando chegou em casa, Nyx percebeu que Catrin estava no quarto de Layla. Ele rapidamente atravessou até seu próprio dormitório e escondeu os produtos que havia comprado. Queria que fosse surpresa.
Ele então saiu do local e foi até o corredor, se deparando com Catrin deixando o quarto da filha deles.
- Ela dormiu? - Nyx perguntou.
- Sim, dormiu para nos deixar acordados a noite. - Catrin riu.
- Não precisa se preocupar. Hoje a noite é só nossa. - Nyx se aproximou, passando os braços pela cintura de sua parceira. - Meus pais vão cuidar de Layla essa noite. Tenho algumas surpresas para você.
- Hmmm, que tipo de surpresa? - Ela disse curiosa antes de dar um beijo em seu parceiro.
- Não seria surpresa de eu te contasse, linda. - Ele mordeu levemente a porta do nariz dela. - Espere até a noite.
- Sou ansiosa, você sabe. - Ela sorriu. - Mas tudo bem, eu espero. Acha que Layla vai ficar bem passando a noite com seus pais?
- Considerando que seu Rhysand e dona Feyre vão fazer tudo o que ela quiser, eu imagino que sim. - Nyx brincou.
Catrin riu.
- Realmente.
.....
Já noite, eles caminhavam em direção a Casa do Rio. Catrin estava linda. Usava uma vestido tomara que caia, um corpete justíssimo ao corpo e saias fluídas. A peça era um um lindo tom turquesa que deixavam seus olhos ainda mais brilhantes.
Layla estava em um carrinho de bebê empurrado por Nyx, sorrindo para todos que passavam na rua, o povo por sua vez a cumprimentavam de volta, dando calorosos sorrisos e acenos, invocando as mais diversas bênçãos a Mãe e do Caldeirão para a menina.
Assim que chegaram, Rhysand abriu a porta, tirando Layla imediatamente do carrinho e a pegando no colo.
- Como passou desde cedo minha illyrianinha hein? - Perguntou Rhys brincando com Layla que ria e se agitava no colo do avô.
- Dormindo, a tarde toda, acabou de acordar, vai dar trabalho para vocês, tá cheia de energia. - Catrin disse.
- Certeza que tá tudo bem pai? - Nyx questionou.
- É claro que está Nyx, pela Mãe, nós já criamos você e sua irmã, acha mesmo que não damos conta de Layla por uma noite? - Rhys disse parecendo indignado.
- Eu sei, é só que... - Nyx prosseguiu, mas foi interrompido por sua mãe chegando a porta.
- Só que nada. Vão logo, aproveitem a noite, se divirtam, nós damos conta de Layla. - Feyre disse.
- Tudo bem, aqui estão as coisas dela. - Nyx entregou uma bolsa. - Qualquer coisa nos avise.
- Pode deixar, Divirtam-se! - Rhysand disse.
Os dois então deram um beijo na filha e saíram noite afora.
Layla nem sequer reclamou, não quando Feyre a pegou e a levou em direção a grande sala da Casa do Rio.
Os Grão-Senhores tinham desenterrado de armários dezenas de brinquedos que tinham sido de Nyx e Adyra, que agora estavam espalhados pela sala a espera da pequena.
Feyre a colocou no tapete, em meio a todos aqueles brinquedos, os olhos de Layla brilharam enquanto ela explorava a diversidade de bichos de pelúcia, bonecas, entre vários outros.
Rhys sentou-se no chão ao lado da neta, que sorriu ao vê-lo ali.
O Grão-Senhor então, fez com que um ursinho de pelúcia que tinha asas illyrianas que tinha sido presente de Nestha para Nyx quando ele era bebê, voasse até ela.
A atenção de Layla estava presa no ursinho que flutuava pelo ar em volta dela.
Rhys fez com que o brinquedo desse uma cambalhota no ar o que arrancou uma gargalhada de bebezinha que batia palminhas.
Feyre observava seu parceiro e sua neta brincando e seu coração se encheu de amor. Transbordava. Ela jamais se cansaria daquilo, do amor, de sua família.
Ela então se sentou no tapete ao lado de Rhys enquanto observavam Layla maravilhada com aquilo.
Els esticou os pequenos bracinhos para cima, tentando pegar o ursinho.
Tanto Rhys quanto Feyre riram daquilo.
O primeiro então, fez com que a pelúcia baixasse até a garotinha, que o agarrou, abraçando-o e rindo.
Enquanto ela brincava, seus avós a olhavam contemplativos.
- Ver isso me faz lembrar de Nyx e Adyra pequenos. - Rhys comentou.
- Eu morro de saudades, dos dois pequenininhos, quase botando fogo nessa casa. - Feyre disse fazendo seu parceiro rir. - Pela Mãe, eu realmente sinto falta de ter mais alguém conosco nessa casa. É grande demais só para nós dois.
Rhysand pareceu se animar.
- Ideias Feyre, querida? - Ele perguntou.
- Quem sabe, daqui um tempo. Vamos ajudar Catrin e Nyx com o crescimento de Layla primeiro, depois... quem sabe? O que acha? - Ela sorriu.
Rhys abriu um grande sorriso para sua parceira.
- Eu adoraria. - Ele respondeu.
Os dois então voltaram a atenção para Layla, com aquela promessa pairando entre eles.
O olhar de Rhys de repente se tornou estranho enquanto ele observava Layla brincar.
- Diga o que está pensando. - Feyre disse.
- Eu... - Ele engoliu em seco. - Eu estou pensando que a menos de 50 anos atrás, eu estava preso, sob a montanha com Amarantha, sem jamais esperar ver Velaris outras vez, ver minha família outra vez. E agora pensar que... eu estou aqui, na minha casa a beira do Sidra, sentado no tapete com minha parceira, brincando com minha neta, enquanto meu filho e minha nora tem uma noite deles. - Rhys encarou Feyre. - Esses menos de 50 anos, me fizeram mais feliz que mais de 500 que eu já havia vivido. E você é a principal responsável por isso, você, nossa família, nossos filhos, nossa neta. Todos vocês, contribuíram para eu ser o macho mais sortudo e feliz desse mundo. As vezes acho que vou acordar e tudo isso terá sido um sonho, você terá sido um sonho, e mesmo assim eu agradeceria ao bendito Caldeirão por ter tido um sonho tão lindo.
Os olhos de Feyre ficaram marejados, ela então abraçou o parceiro.
- Mas isso é real Rhysand. Real. Eu sou real, nossa vida é real. A menina de 14 anos que se enfiou em uma floresta para caçar para poder ter alguma coisa para comer, jamais imaginaria ter toda essa felicidade e amor. É real Rhys. A felicidade é real, nossa família é real.
Ele se desvenciliou de Feyre apenas para beijar sua parceira. Beijo interrompido por um choro irritado.
- Alguém aqui não gosta de não ser o centro das atenções. - Rhysand riu e pegou Layla no colo.
Ela parou de chorar, mas continuava irritada.
- Ela deve estar com fome. Catrin disse que ela tinha acabado de acordar quando vieram para cá. - Feyre comentou.
- Vem, vamos lá vê se encontramos algo para você. - Rhys disse se levantando e indo em direção a cozinha com Layla.
Feyre tinha pedido que Nula e Cerridwen deixassem algumas comidinha que pudessem der dadas a Layla prontas.
Ela então pegou um potinho com uma papinha de batatas e começou a alimentar a neta.
Layla fez a maior bagunça, sujando toda a cozinha.
- Rhys, você limpa, vou dar um banho nela, quem sabe ela dorme uma pouco depois disso. - Feyre disse.
Rhysand riu, estalou os dedos e a cozinha estava sem sujeira alguma.
- Nem sei porque ainda me impressiono com isso. - A Grã-Senhora riu e foi dar banho em Layla.
......
Rhys definitivamente estava cansado.
Santa Mãe, aquela garotinha tinha energia infinita. Agora ele entendia o porque de Catrin e Nyx estarem tão cansados ultimamente.
Feyre já cochilhava no sofá.
Ele puxou Layla para pertinho dele e depositou um beijo nos cabelinhos pretos e macios dela.
- Sua avó é linda dormindo não é? - Ele disse a neta.
Layla então observou Feyre, estendendo os braçinhos como se quisesse toca-la.
Rhysand notando aquilo, colocou a pequena sentada junto a Feyre, pertinho de seu rosto.
Ela então colocou a pequena mãozinha no rosto da avó, fazendo carinho ali.
Rhysand sentia que ia explodir de amor. Ah, como toda certeza ele iria.
Feyre então lentamente abriu os olhos, Layla sorriu ao ver que a avó também sorria para ela.
A Grã-Senhora puxou a bebê ainda para mais perto dela e a envolveu com os braços, enquanto Layla brincava com seus dedos tatuados.
- Você ainda não dormiu princesinha? - Feyre perguntou a neta que ainda estava focada na mão da avó.
- Nem sinal de sono. - Disse Rhys.
- Tive uma ideia. - Feyre disse se levantando e pegando a pequena no colo. - Você também Rhys. - Chamou o parceiro.
Ela então guiou os dois para o ateliê que ela tinha na parte superior da casa.
- Sente aqui. - Ela indicou o sofá para Rhys e entregou Layla para ele.
Feyre puxou um cavalete com um tela em branco e tintas para a frente do sofá.
Ela buscou em sua mente a imagem de Layla com os lindos olhos brilhantes fixos no ursinho que flutuava acima dela e começou a fazer o esboço.
Rhysand então entendeu o que sua parceira estava fazendo quando viu a pequena observando a avó trabalhando.
Ele se lembrou que eles sempre faziam aquilo com Nyx, ele sempre observava a mãe pintando até cair no sono. Com Adyra nunca funcionou, ela sempre queria pegar todas as tintas.
Rhys então se deitou e colocou Layla deitada em seu peito e embos observaram Feyre dar vida ao quadro.
.....
Depois de um bom tempo trabalhando, a Grã-Senhora se virou e encontrou uma cena tão linda que apertou seu coração.
Rhys dormindo, com Layla também adormecida em seu peito.
Feyre sorriu para aquilo e então com cuidado pegou Layla. E a levou ao berçário que tinha sido de Nyx e depois de Adyra e a deixou dormindo lá.
Ela então voltou ao ateliê, onde Rhys ainda dormia.
- Rhys! - Feyre Chamou com a mão no ombro dele. - Rhys!
Ele acordou assustado, as mãos vagando diretamente para o peito agora vazio.
Feyre riu.
- Layla dormiu, assim como você. - Ela riu de novo com a confusão no rosto de Rhys. - Já coloquei ela no berço. Vamos, vem dormir um pouco.
Os dois foram para o quarto.
......
Layla tinha gostado tanto de ver Feyre pintando, que ela não resistiu, e levou a neta para o Ateliê onde ensinava as crianças no dia seguinte.
Os aluninhos de Feyre tinham ficado fascinados com Layla que ria para todos. Uma princesa de fato.
A Grã-Senhora então pegou uma tela em branco no cavalete e deixou que a pequena brincasse com as tintas e pincéis. Em poucos minutos, as duas estavam completamente sujas de tinta.
Catrin e Nyx chegaram ao ateliê por volta das 9 da manhã. E pelos sorrisos, ela sabia que a noite tinha sido boa. Eles mereciam aquilo, eram pais excelentes pata Layla, mas mereciam um momento para eles.
Ela fez uma nota mental para cuidar da neta mais vezes.
Layla riu e bateu palmas quando viu os pais.
Catrin imediatamente pegou a filha no colo, se sujando um pouco de tinta também.
- Alguém aqui gostou das tintas. - Observou Nyx.
- Uma artista nata. Espere até ela crescer mais um pouco, vou trazer ela aqui todos os dias. - Disse Feyre.
- Aparentemente, ela vai amar tia. - Catrin sorriu.
E a alegria dançando nos olhos de Layla, era o melhor presente do mundo para todos.
Oi meu povo, tudo bem com vocês?
Capítulo de Rhys e Feyre vovôs babões no ar! Kkkkkkkk
E atenção: a noite de Catrin e Nyx vem descrita e detalhada no próximo capítulo. Se preparem, o Nyx planejou bem as coisa kkkkkkkkkk
Espero que gostem, não se esqueçam de deixar seu voto e comentar o que acharam!
Um beijo, até o próximo! ❤