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Chalé das Conchas
Viemos para o Chalé das Conchas. Mas não viemos imunes...
Enquanto estávamos aparatando, senti algo muito forte no meu abdômen. Achei que fosse da aparatação.
Mas quando cheguei na areia, percebi que não era isso.
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POV: HARRY
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Cheguei e vi o mar. Respirei fundo. Conseguimos fugir.
Hermione: -S/n! Fica comigo! Por favor!
Gritou.
Rapidamente olhei para trás, foi quando eu vi meu pesadelo de uns dias atrás.
Nesse pesadelo, eu via a Bell sangrar até a morte. Nos outros dias eu não queria mais dormir, com medo de sonhar isso novamente.
A Bell estava caída na areia, com uma faca em seu abdômen.
Sangue. Muito sangue.
Foi quando eu percebi que meu amigo, Dobby, também tinha se ferido.
Dobby estava com o braço cortado, mas parecia estar bem. Com certeza ele estava melhor do que a Bell.
Corri ao lado do corpo dela.
Se algo acontecesse com ela, eu não viveria mais. Ela era meu tudo, e como podemos viver sem o tudo?
Ela era meu oxigênio. Como podemos viver sem oxigênio?
Harry: -Bell. Me escuta. Não me deixa, por favor. Hermione faz alguma coisa!
Gritei.
Hermione: -Rápido Ronald, me ajude a pegar isso aqui!
Eles vão até a bolsa dela e vasculham, procurando alguma coisa.
Harry: -Deixa os olhos abertos, ok? Olha pra mim. Somente para mim.
Ela fez isso, com dificuldade. A Bell estava se indo nos meus braços.
Harry: -Lembra quando eu disse que você ia voltar pra mim? Você voltou, e vai voltar de novo. Né? Não vai?
Falava com ela sem resposta, obviamente.
Harry: -Bell... Se essa for a última vez que você vai me escutar eu quero falar uma coisa.
Ela segura minha mão ensanguentada mais forte, mesmo não tendo força suficiente para isso.
Harry: -Eu te amo. Você é o amor da minha vida. Sempre vai ser. Não importa o que.
Quando percebi, eu chorava. As lágrimas corriam pelo meu rosto rapidamente. Eu não podia perder ela. Não podia. Não podia. Não podia!
Hermione voltou com um frasco branco. Ron disse que não conseguia ver tanto sangue. Ele levava o elfo para dentro da casa.
Quando percebi, Gui estava do lado d Mione. Ele tremia. E chorava.
Gui: -O que eu tenho que fazer?
Hermione: -Tirei a faca. Mas não inclina para nenhum dos lados. Puxe para cima lentamente, com cuidado.
Ele coloca a mão na faca e antes de puxar, Mione faz um gesto com a mão para que ele pare.
Hermione: -Harry, essa pode ser a última vez que esteja vendo ela viva.
Sua mão ensanguentada fez um gesto para que eu chegasse mais perto. Então, aproximei meu rosto. Ela queria me falar alguma coisa.
Minha orelha estava quase colada em sua boca. E ela apertou minha mão fortemente.
Hermione: -S/n, nós vamos tirar. Vai doer um pouco, mas vai passar. Você vai ficar bem. Vai mesmo. Eu juro.
Hermione: -Gui, quando eu falar três. Um.
S/n: -Potter.
Sussurrou em meu ouvido.
Hermione: -Dois.
S/n: -Eu...
Sussurrou novamente.
Hermione: -Três!
S/n: -Eu te amo.
Sussurrou.
Seu sussurro foi a última coisa que ela fez, antes do Gui tirar a faca.
Ele tirou e a mão dela, que segurava a minha mão fortemente, desabou.
Era como se ela tivesse morrido. Mas não podia. Ela não pode morrer. Não. Não. Não. Não!
Harry: -Hermione! Ela soltou minha mão!
Gritei.
Sem me responder, ela despeja o líquido que estava no frasco branco onde a faca havia penetrado.
Mione checa o pulso da Bell, e suspira.
Hermione: -Ela está viva.
Harry: -O que tá acontecendo? Ela vai ficar bem?
Hermione: -Digamos que ela não está mais sentido dor. Nenhuma dor. O líquido vai fazer o ferimento cicatrizar o mais rápido possível.
Hermione: -Ela pode ficar alguns dias desacordada, ou algumas semanas. Perder a memória é normal também. Mas era só o que eu consegui fazer.
Ela coloca a mão ensanguentada no rosto e começa a chorar.
Hermione: -Eu posso ter matado a minha melhor amiga!
Desabou no choro.
Gui acolhe ela, quando Ronald chega.
Ron: -O que? Por que estão chorando? Ela se foi?
Harry: -Não.
Hermione: -Como Dobby está?
Ron: -Ele vai ficar bem. Fleur está cuidando dele agora.
Hermione: -Gui, nós precisamos de um quarto só para ela. Que tenho equipamentos médicos. Não podemos levar ela no hospital, vai ser aqui que vamos cuidar dela.
Gui: -Consigo um quarto, mas equipamentos médicos, não.
Hermione: -Pode deixar, eu consigo isso. Mande uma carta pra Ordem avisando tudo isso.
E foi assim que todos da Ordem ficaram sabendo do ocorrido. Tudo mudaria.
O rumo do nosso destino mudou naquele segundo em que a faca entrou.
A nossa vida nunca seria a mesma.
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Quarto da S/n
Dois dias se passaram desde o ocorrido.
Era final de março.
Hoje, uma parte da Ordem chegaria. Para ver a S/n. E talvez dar um adeus.
Lógico que não. Ela é forte. Vai superar.
Eu estava ao lado dela pela manhã. O quarto era grande e tinha vista para o mar.
Não que ela vá ver, mas ela sempre amou o mar. Do lado da cama ou maca onde ela estava, havia um sofá azul.
Era onde eu estava.
Mione descansava, Ronald também. Todos na casa faziam algo. Fleur cuidava do Dobby e do Olivaras.
Luna ajudava ela, sem reclamar. Ela veio duas vezes aqui no quarto perguntar se eu não queria comer.
Encarava minha estrela, quando escutei algumas vozes diferentes do primeiro andar.
Me levantei para ver quem era, e a porta se abriu antes disso.
Lupin, Sirius, Rose, Oliver e Allina.
Se a Bell estivesse consciente, choraria ao ver os cinco entrando ali.
Lupin olhou de longe para ela, e passou a mão na minha cabeça. Tentou me consolar. Ele não demonstrava muitos sentimentos.
Ele e a Bell nunca foram próximos. Mesmo tendo todos os motivos do mundo para isso. Mas acredito que eles confiam um no outro.
Sirius ficou pasmo. Ele deu passos pequenos e lentos na direção da cama. Parecia que tinha visto um fantasma.
Ele se sentou no sofá azul e colocou sua mão na beira da maca. Sua outra mão cobria sua boca e nariz, chocado.
Rose... Foi bom conhecer ela pessoalmente. Mas não dessa forma.
Ela entrou e chorou no mesmo segundo. Correu até a cama e pegou o braço de sua filha. Chorou muito. Muito mesmo.
Oliver, coitado. A Bell me contou na barraca que ele tinha uma certa doença que fazia ele esquecer das coisas.
Acho que ele esqueceu que em uma guerra, perdíamos coisas. Porque sua reação foi ficar paralisado.
Allina. Já estava chorando quando entrou no quarto. Ela se juntou com a mãe e segurou a mão da irmã.
Bell tinha me dito que Allina era seu porto seguro. Então estava segura naquele momento.
Quando a tensão e o primeiro impacto estavam passando, começamos a conversar.
Lupin: -Não quer descansar, garoto?
Harry: -Não consigo dormir. Não paro de pensar nela.
Sirius: -Harry, vá se deitar. Dois dias sem dormir. Caso algo aconteça, nós te chamamos. Prometo.
Eu afirmo com a cabeça e começo a procurar com meus olhos apenas, minha jaqueta. Deixei ela em algum lugar do quarto.
Oliver: -Quem fez isso com a Allina?
Allina: -Vovô, eu sou a Allina. Aquela é a S/n. Sua outra neta, lembra?
Oliver: -Claro que eu lembro da S/n. Como não lembrar da minha garotinha?
Allina: -Eu vou lá embaixo com o vovô. Vamos caminhar na praia um pouco.
Os dois saem do quarto lentamente.
Rose: -Obrigada por cuidar dela esse tempo, Harry. É bom te ver pessoalmente. Conhecer pessoalmente. Reencontrar, na verdade.
Corrigd.
Harry: -Digo o mesmo.
Rose: -Sua jaqueta está ali.
Aponta para o chão, perto da parede do lado esquerdo do quarto.
Harry: -Ah valeu.
Ela me encarou séria. Parecia que eu tinha feito algo de errado.
Harry: -O que foi?
Ela olhou para o Sirius, que olhou para o Lupin. Eles riram.
Rose: -Você é igual seu pai, sabia?
Lupin: -Digamos que seu pai perdia as coisas com facilidade.
Sirius: -Foi engraçado relembrar isso. Só isso, Harry.
Rose: -Quem sabe vamos todos lá para baixo, comer alguma coisa? O que acha, querido?
Harry: -Brilhante.
Todos nós descemos e comemos alguma coisa que Fleur preparou. Ela era boa na cozinha, não muito, mas a comida francês sempre é boa.
Não parava de pensar um segundo na Bell.
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POV: ROSE
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Quarto da S/n
Já fazia algumas semanas que eu estava hospedada na casa de Gui e Fleur.
Minha estrela não apresentou melhoras, mas também, não piorou. Um médico de confiança do Lupin cuidava dela agora, aqui na casa.
Era algum dia no meio de abril, tinha perdido as contas. Eu estava no quarto com ela e com o médico. Ele se chamava Igor Pomfrey.
Rose: -Então você está dizendo que ela entende tudo o que falamos aqui? Ela me escuta?
Igor: -Sim, senhorita. Ela te escuta. E muito bem. Ela está melhorando.
Feliz. Eu estava feliz. Minha estrela me escutava. Eu queria falar com ela, mas acho que se ela me escutar, já vai ser ótimo.
Meus olhos estavam cheio de lágrimas com a notícia do doutor Pomfrey.
Igor: -Vou me retirar para descansar. Qualquer alteração você me chama.
Rose: -Claro, Igor. Pode ir.
Após ele sair do quarto, eu me aproximei da cama onde ela estava. Toquei na mão dela e limpei uma lágrima que escorria no meu rosto.
Rose: -Minha estrela... Fico feliz que possa me escutar.
Mesmo sem resposta, meu coração estava alegre.
Rose: -Tudo o que eu quero falar é desculpas por tudo, mas acho que você já escutou demais isso nos últimos dias.
Rose: -Vou te contar como as coisas estão por aqui, então. Guilherme e Fleur estão ajudando bastante. Sirius está aqui também, mas agora ele está dormindo.
Rose: -Lupin vem aqui todas as noites, para jantar. Ele saí pela manhã, antes de todos acordarem. Ele e a Tonks brigaram feio esses dias.
Rose: -Ah sim, Ninfadora está aqui. No segundo em que soube o que aconteceu com você, ela veio. Teddy está aqui também. Aquele bebê é tão lindo!
Rose: -Luna Lovegood, uma menina muito doce, permaneceu aqui. Ela cuidou de Dobby enquanto ele estava mal.
Rose: -Falando no elfo, ele está bem. A faca atravessou pelo seu braço e acabou ferindo você. Teria te ferido mais se não passasse por ele.
Rose: -O Senhor Olivaras e o doende do banco estão aqui. Lina e o papai voltaram para a Toca. Mas eles vêem aqui uma vez por semana.
Rose: -Ronald, gosta muito de você. Todos os dias ele vem aqui e come rosquinhas com você. Ele canta uma música enquanto come.
Rose: -O médico disse que você se sente bem com a música. Então, o garoto vem aqui todas as tardes.
Rose: -Hermione Granger. Que menina fantástica. Ela me lembra a Lily. E você lembra a mim. A dupla... Bons tempos.
Rose: -Mione, como vocês chama ela, vem aqui de manhã cedo para ler com você. Na verdade, ela se senta e lê.
Rose: -O Harry. Harry Potter. Ele te ama. É amor verdadeiro. Qualquer pessoa enxerga isso.
Rose: -Ele está bem. Mas se preocupa muito com você, até demais.
Eu dou um sorriso enquanto falo sobre o garoto. O pequeno Potter. O sorriso some quando penso em outra coisa.
Rose: -Filha, talvez esse não seja o melhor momento para te contar isso... Mas eu não posso esperar mais. Você deveria saber disso desde que nasceu.
Rose: -É sobre você. Sua relação com os Comensais. O que seu pai fez. Eu quero contar a verdade.
Rose: -Tudo começa há alguns anos atrás. Seu pai-
Fui interrompida com alguém abrindo a porta.
Rose: -Tonks! Teddy!
Recebi eles.
Ninfadora: -O médico contou as notícias para todos. Vim antes que o Harry soubesse, ele não sairia daqui.
Rose: -Ah sim, com certeza.
Ninfadora: -Atrapalhei algo?
Rose: -Não, nada. Você sabe o que Fleur está fazendo? Ela me pediu umas roupas pretas e disse que não devolveria. Eu não entendi.
Ninfadora: -Ela está costurando um vestido para Hermione. Na verdade, para o plano do trio dar certo. Não me pergunte muito sobre isso, eu não perguntei ao Lupin mais.
Rose: -Vocês estão bem?
Perguntei curiosa.
Ninfadora: -Não dá para amar alguém que ama outra pessoa, Rose. Eu o amo, ele também me ama. Mas, não nos amamos como nos amávamos antes.
Rose: -Qualquer coisa que precisar, eu estou aqui, Tonks.
Ninfadora: -Obrigada, Rose.
A porta abre. Harry e Sirius entram ligeiramente.
Harry: -Bell! Soube das notícias.
Sirius: -Minha estrela... Que bom que você nos escuta.
Harry: -Tenho tanta coisa para contar. Do que eu, Mione e Ron estamos planejando.
Sirius: -Pare, garoto. Eu e ela vamos conversar antes.
Rose: -Eu converso com ela depois, então. Tonks, vamos-
Parei de falar quando percebi que ela já tinha saído.
Deixei minha pequena com Sirius e Harry. Eles tinham muito para conversar ainda.
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POV: HARRY
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Harry: -Agora que Sirius já foi... Queria falar com você. Merlin! Que notícia boa.
Harry: -Eu sinto sua falta, toda a hora. Nem que você me xingue, mas eu sinto falta de você gritando comigo.
Dou risada.
Harry: -Mas tenho que contar o que eu e o casal estamos planejando. É, sim. Casal.
Harry: -Eles não estão namorando, mas eles de beijaram. Vou te contar como foi. E contar do nosso plano.
Puxei uma cadeira para me sentar ao lado dela.
Tinha grandes novidades para contar...
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Oiê!
Como que estão??
Li diversas mensagens e ameaças para mim se eu matasse o Dobby.
Eu nunca pensei em matar ele, esse capítulo já estava planejado há muito tempo.
Mas vocês adivinharam o que eu faria.
Infelizmente nos próximos capítulos não vamos ter o ponto de vista da S/n, mas vai ser muito legal ver a história pelo ponto de vista de outros personagens.
E o "POV" vai mudar bastante. Teremos Hermione, Tonks, Harry, Rose...
Vai ser mágico!
Bjss 💞