O Idiota do Meu Vizinho

By MariaEduardaAndrad68

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"Não deixe que as pessoas te façam desistir daquilo que você mais quer na vida. Acredite. Lute. Conquiste. E... More

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By MariaEduardaAndrad68

23:10 / 04 de outubro, domingo.

Ana Liz on

Acordo com o barulho da vã abrindo, olho pela janela e percebo que estamos na frente de meu prédio.

Lucca: "Eu não consigo dormir"!- disse imitando o que eu disse com uma voz engraçada, e então mostrei o dedo do meio seguido de uma risada.

Esfreguei meus olhos, tirei o cinto e desci do carro, logo sentindo o vento gelado bater em meu rosto e minhas pernas.

Grace: Olha, acordou da hibernação!- olhei para meu pulso como se tivesse um relógio.- Tá olhando o que?

Liz: Tava vendo se já é hora de você ir pastar.- sorri sínica e peguei minha mala no porta malas.

Connor: Ui...- segurou a risada e Grace o olhou.- Ninguém mandou cutucar.- levantou as mãos como rendição.

Todos que tinham os carro estacionado em frente ao prédio, pegaram as malas e foram embora, então subi com Connor, Lucca, Emma e Scott.

Lucca: Connor, pode ir comigo levar a vã? Preciso que alguém me acompanhe de carro para poder voltar.- perguntou saindo do elevador.

Connor: Claro, só vou colocar as coisas lá dentro, e nós vamos.- saiu do elevador e foi para o apartamento dele junto com Scott.

Abri meu apartamento, acendi a luz e levei minhas malas para meu quarto, enquanto meu irmão deixava as coisas dele na sala, já que ele ia voltar para buscar Emma.

Lucca: Estou indo devolver a vã!- disse alto para que eu ouvisse de meu quarto.

Liz: Tá!- ouvi a porta fechar e fui até a sala.- Eita...- disse quando olhei para o sofá e vi o celular dele.- Lucca, seu celular!- disse saindo de casa, mas o elevador já tinha descido, e só tinha Scott plantado na frente da minha porta.- Oxi...

Scott: Vou ficar aqui com vocês.- sorriu.

Liz: Entra aí.- dei espaço e entrei logo em seguida.

Deixei o celular do meu irmão em cima da bancada e comecei a conversar com Scott e Emma sobre a viagem.

Tinha alguém que não parava de mandar mensagem, chequei meu celular e não tinha nada, então Emma e Scott fizeram o mesmo, e cheguei a conclusão de que era do celular do Lucca.

O celular começou a tocar e então fui até o mesmo e vi que ela minha mãe. Atendi o celular, e não deu nem tempo de dizer oi, minha mãe estava desesperada e já foi falando achando que era o Lucca.

Ligação on

Mãe: Lucca meu filho, pelo amor de Deus, vem para o hospital.- disse chorando.- Seu pai piorou muito.

Liz: Mãe, é a Liz! Do que a senhora está falando?- perguntei com meus olhos cheios de lágrima.

Mãe: A-ah... Oi filha, cadê seu irmão?- gaguejou e tentou conter o desespero.

Liz: Saiu, agora me fala o que aconteceu! O que tem meu pai?!- ela ficou em silêncio.- MÃE!- a chamei nervosa.

Mãe: Seu pai passou mal a alguns dias atrás, vomitando sangue e sem força.- respirou fundo.- Ele melhorou, recebeu alta sábado e então ficamos a espera de alguns exames, que sairam hoje, só que quando estávamos saindo para ir buscar, ele passou mal de novo e desmaiou na sala.- comecei a chorar e tremer.

Liz: Por que não me contaram?- perguntei chorando.

Mãe: Porque você iria ficar preocupada... Desculpa filha.

Liz: Em que hospital estão?- perguntei e ela me passou o endereço.- Te encontro aí.

Mãe: Toma cuidado querida.

Ligação off

Assim que desliguei o celular, sequei minhas lágrimas e peguei minha chave do carro, logo saindo de casa. Scott e Emma vieram atrás de mim preocupados e acabaram entrando no carro comigo.

Liz: Scott, liga para o Connor e fala para o João nos encontrar nesse hospital.- disse saindo da garagem.

Acelerei o carro e fomos até o hospital. Chegando lá, minha mãe estava chorando e me abraçou assim que me viu.

Liz: Como ele está?- perguntei segurando o choro.

Clarice: Ele acordou, e os médicos foram buscar os exames que estávamos vindo buscar...- saiu do abraço.- Oi crianças.- sorriu fraco para Emma e Scott.

Emma: Vai ficar tudo bem Sra. Garcia.- a abraçou.

Scott: Senta um pouco, a senhora está nervosa...- ajudou minha mãe a sentar e então me sentei ao lado dela, logo apoiando a cabeça em seu ombro.

Lucca: Oi gente, o que aconteceu?- perguntou preocupado.- Mãe?- paralisou e a olhou.- Tá fazendo o que aqui?

Liz: O papai estava passando mal semana passada, mas isso você já sabe né?- me levantei e fui até ele.- Agora ele está pior e eu nem sabia que ele estava doente!- o empurrei e comecei a chorar.- Eu tinha o direito de saber, e vocês esconderam isso de mim!- empurrei ele de novo.

Emma: Liz, para!- me puxou.- Escondemos para o seu bem!- parei e a olhei.

Liz: Você também sabia?- mais lágrimas caíram.

Emma: Desculpa, eu não tinha o direito de te contar, o assunto não é meu.

Liz: É o meu pai... Como puderam fazer isso comigo?- os olhei.

Dr. Estevam: Família de Phillip Rodrigues!- chamou e então Lucca, minha mãe, e eu fomos até ele.- Venham comigo por favor.

O médico nos guiou até o quarto que meu pai estava, e assim que entramos, vi meu pai ligado a um monte de aparelho. Agora descobri o porquê do mal pressentimento e o aperto no peito que eu estava sentindo...

Phillip: Oi meus amores.- disse fraco e sorriu.- Olá doutor, boa noite.

Dr. Estevam: Boa noite senhor.- o cumprimentou.- Bom, os exames que solicitei a uns dias atrás ficaram prontos, então achei melhor trazer a vocês.- disse entregando os papéis que estava na mão para meu pai.

Ele estava sorrindo com o mínimo de força que lhe restava, estava magro e pálido. Meu pai começou a ler os exames e conforme foi passando para os outros papéis, seu sorriso foi se desmanchando.

Liz: Papai... O que foi?- meus olhos encheram de lágrimas.

Phillip: Isso quer dizer que...-olhou para o médico, que logo assentiu.

Seus olhos transbordaram, e sua mão foi até a boca, logo a tampando. Ele puxou eu e meu irmão para um abraço, e logo beijou nossos rostos.

Lucca: O que está acontecendo?- perguntou assustado.

Clarice: Posso ler os papéis?- meu pai assentiu e ela começou a ler em prantos.

Liz: O que meu pai tem, doutor?

Dr. Estevam: Senhor?- olhou para meu pai que deu permissão para ele falar.- Seu pai está com câncer avançado no estômago...- senti meu mundo desabar, olhei para meu pai e paralisei sem conseguir ao menos chorar.- Eu sinto muito.

Minha mãe o abraçou em meio a lágrimas, Lucca começou a chorar e eu continuei tentando processar.

Phillip: Tem tratamento doutor?- o olhou.

Dr. Estevam: Podemos começar a radioterapia e a quimioterapia, também tem algumas cirurgias que podemos considerar fazer.

Phillip: Eu quero fazer tudo que for possível, não quero deixar minha família...- o médico assentiu.

Liz: Eu sinto muito papai...- abaixei a cabeça e ele me puxou para um abraço.

Phillip: Você não tem culpa querida.- beijou minha cabeça.- Eu te amo, e vou fazer o possível para continuar com vocês.- sorriu e eu beijei sua bochecha.

Liz: Te amo.- sorri fraco.

Phillip: Se divertiram na viagem?- perguntou sorrindo para Lucca e eu, que logo assentimos.- Que ótimo!- beijou nossas testas.- Imagino que estejam cansados, vão para casa descansar.- segurou minha mão.

Liz: Mas...- o olhei.

Phillip: Eu estou bem querida.- sorriu.- Ainda vou encher muito o saco de vocês, não se preocupe.- riu.

Lucca: Está bem mesmo?- assentiu.- Tudo bem... Te amo pai, te amo mãe.- beijou os dois.- Qualquer coisa nos liguem.

Liz: Amo vocês.- sorri fraco e os abracei.

Clarice: Também te amamos meu amor.- beijou minha bochecha.

Eu e Lucca saímos do quarto e fomos para a recepção encontrar nossos amigos, que logo vieram até nos saber o que havia acontecido. Lucca os explicou e eles nos confortaram, mas eu não consegui dizer uma sequer palavra desde que sai daquele quarto.

Fomos para meu apartamento, Emma pegou suas coisas, se despediu de mim e Lucca a levou para a casa dela. Assim que fiquei sozinha em casa, meu mundo desabou totalmente.

Senti minha respiração ficar ofegante, meu coração acelerar e minhas lágrimas não cessaram de modo algum. Escorreguei pela parede e me encolhi enquanto chorava no chão.

Connor on

Liz estava totalmente em choque, não estava chorando e nem falando nada. Assim que chegamos no prédio, fui para meu apartamento com Scott e senti a necessidade de mandar uma mensagem para saber como Liz está, mas ela não me respondeu.

Fui até seu apartamento e bati na porta esperando alguém atender, o que não aconteceu, então vi a porta destrancada e abri a porta.

Connor: Oi Liz... Sou eu, o Connor!- disse entrando.- Mandei mensagem, mas você não respondeu, então vim ver como está.- acendi a luz e a vi encolhida no chão.- Ei pequena...- fui até a mesma.- Está tendo uma crise?- a olhei e ela assentiu, então me sentei no chão ao seu lado, a puxei para meu colo e então a abracei forte.- Sabe... Mesmo que eu conheça pouco seu pai, sei que ele é forte, e vai aguentar.

Liz: Mas e se ele for embora?- me olhou.- E se ele morrer, Connor? Eu não vou aguentar...- perguntou com dificuldade de respirar.

Connor: Pensa positivo pequena!- fiz carinho em seu cabelo.- Vai dar certo, logo ele começa o tratamento e vai ter mais tempo com você.- segurei sua mão.- Aproveita ele pequena, deixa de pensar no pior.- ela assentiu.- Agora vamos controlar essa respiração, inspira...- inspirei junto com ela.- Expira.- expiramos.

Fizemos isso várias vezes, depois fiz um chá para ela se acalmar e separei um pouco para Lucca, que não importa o mais forte que ele pareça na frente dos amigos, eu sei que ele está destruído.

Assim que ele chegou, o abracei, ele abraçou Liz por alguns minutos e depois bebeu o chá.

Lucca: Obrigada Connor, por ter ficado com ela.- sorriu.

Connor: Qualquer coisa que precisarem, só chamar.- sorri de volta.- Bom, ja está tarde e eu vou deixar vocês descansarem.- respirei fundo.- Boa noite gente, se cuidem.

Fui para meu apartamento, tomei um banho quente e deitei na minha cama tentando dormir, o que foi difícil, mas consegui.





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