Era de manhã quando Catrin e Nyx apareceram com Layla na casa do Vento.
— Bom dia! — Catrin cumprimentou sua mãe, seu pai e seus tios que ainda estavam na mesa de café da manhã.
— Bom dia! — Eles cumprimentaram de volta.
Azriel se eventos imediatamente da mesa onde estava para pegar Layla.
Com 4 meses, a pequena já ficava sentada se alguém a apoiasse, que era quase o tempo todo, já já era mais fácil para aqueles olhinhos observadores verem tudo.
— Como vai a criaturinha mais linda de Prythian? — Ele perguntou a neta.
Em resposta ela soltou um barulhinho alegre ao observar o avô.
— Vou levar isso como um muito bem. — Ele sorriu.
— Ao que devemos essa visita tão cedo? — Gwyn disse se aproximando.
— Eu... será que vocês poderiam ficar com Layla hoje? — Catrin perguntou. — Nyx vai ao acampamento e eu queria visitar as meninas, tem muito tempo que eu não vou, além disso, Ahryn está na Corte Invernal, vou ajudar no treinamento.
— É claro que sim meu amor, não se preocupe. — Gwyn disse.
— Aqui tia, essa bolsa tem algumas mamadeiras, é encantada, não vai mater o leite conservado, não se preocupe. — Disse Nyx, a bolsa, presente de Elain e Lucien, vindo da Corte Diurna tinha sido incrivelmente útil. — E essa tem roupas e fraldas reserva.
— Certeza que não vai atrapalhar vocês? Com o treino das sacerdotisas? — Catrin perguntou.
— Não se preocupe filha, enquanto sua mãe e sua tia treinam elas, eu cuido de Layla. — Az disse.
— Eu até me ofereceria para ajudar, mas tenho que falar com Rhys agora mesmo. — Cassian disse.
— Nyx? Quando voltar, poderia atravessar Aylla e Ophellia com você? — Nestha perguntou.
— Sim tia, algum problema? — Nyx questionou.
— Não, não, Ethan disse que quer dar uma notícia a nós, então vamos ter um jantar aqui em casa hoje, venham vocês também, até Thalis e Adyra virão da Primaveril. — Nestha explicou.
— Ok, eu trago as duas. Vamos, meu bem? — Nyx perguntou a Catrin.
— Sim, vamos. — Ela respondeu.
Nyx e Catrin foram dar um beijo na filha.
— A gente logo volta viu meu amor, fica bem com o vovô, a vovó e a titia tá!? — Disse Catrin.
Layla então apoiou a cabecinha no ombro de Az e sorriu para seus pais.
— Acho que ela vai ficar bem. — Gwyn brincou.
Catrin então sorriu, ela, Nyx saltaram para fora da Casa do Vento, assim como Cassian desceu até a Casa do Rio.
— Tem certeza que fica bem com ela? Nestha e Emerie podem cuidar do treino hoje e eu te ajudo com Layla. — Disse Gwyn.
— É claro que sim, se precisarmos, a gente pede socorro. — Az assegurou.
Gwyn sorriu e deu um beijo em Az, fez um carinho na bochecha de Layla e foi para o ringue junto com Nestha.
— Vem, vamos ver se sua mãe trouxe algo para você brincar. — Az disse indo revirar a bolsa que Catrin havia trazido. — Ah, olhe só.
Ele pegou um chocalho de dentro da bolsa e entregou a ela.
Layla se distraiu com o brinquedo por cinco minutos, antes de solta‐lo no chão.
O som fez com que uma das sombras de Az se aventurassem em volta dela.
Ela imediatamente soltou o brinquedo e focou na tímida sombra que se aventurava perto dela.
A pequena se inclinou para frente de repente, quase caindo do colo do avô se Az não tivesse sido rápido em segurá-la.
Ele também notou que ela abriu as asinhas em forma de busca de equilíbrio.
— Seus reflexos são muitos bons para alguém desse tamanho senhorita. — Az brincou fazendo cócegas na barriguinha dela.
Vendo que ela continuava fissurada na sombra, Az ordenou que outras também viessem ao encontro dela.
Uma das sombras se aventurou e se enroscou no bracinho dela, a fazendo soltar um gritinho surpreso e alegre.
Az não pode evitar sorrir com aquela cena.
— Você se deu bem com elas. Encantadora de Sombras talvez? — Ele sorriu de novo. Suas bochechas sempre doíam de tanto sorrir quando ele estava com sua neta. Não podia evitar, era a coisa mais doce do mundo todo.
Depois de um bom tempo se distraindo com as sombras, Layla resmungou, provavelmente com fome.
Azriel rapidamente buscou a bolsa que Catrin e Nyx tinham deixado, e logo pegou uma das mamadeiras prontas.
— Aqui. — Disse ele dando a mamadeira para Layla. — Você realmente tem fome de uma illyriana. — Brincou.
Depois de fazê-la arrotar, ele precisou trocar a fralda dela.
Az a levou a um berçário que tinha na casa, um que ficava próximo ao seu próprio quarto.
O berçário que havia sido de Catrin.
Mesmo que Catrin já fosse adulta, tivesse um parceiro, e agora fosse mãe, Az sempre ia até o cômodo quando queria um lugar de paz.
Ele nunca se esqueceria do dia em que Catrin tinha nascido. Nunca se esqueceria do dia em que sua alma destroçada, que já tinha dito remendada pelo amor de Gwyn, finalmente se encaixou no lugar ao escutar o choro daquela pequena criaturinha.
Antes de decidirem ter um filho, eles procuraram Madja, que tinha dito que pela elasticidade da parte ninfa de Gwyn, caso o bebê tivesse asas, ela conseguiria dar a luz.
O parto foi longo, demorado e doloroso para Gwyn, sua parceira tinha sido uma verdadeira guerreira.
E então, sua filha nasceu, forte, cheia de vida e saúde. Gwyn tinha expressado o desejo de colocar o nome de sua irmã na bebê, Az imediatamente aceitou, além do significado, ele também achava o nome lindo.
Quando Catrin abriu os olhinhos curiosos pela primeira vez, Az sentiu seu coração finalmente encontrar o lugar, quando ele pegou sua filha nos braços pela primeira vez, era como se o mundo tivesse parado apenas para que aquilo acontecesse.
Depois de séculos buscando por algo que ele não sabia o que era, seus destino finalmente se encaixava, ele sentiu que sua existência não tinha sido em vão. Ele tinha sua linda e corajosa parceira, e agora os dois tinham uma dádiva dos deuses para eles. Um presente, Catrin sempre tinha sido o maior presente da vida dos dois.
E agora, ele estava ali trocando a fralda da sua neta, pelos deuses, ele tinha uma neta.
Az sempre foi bom com os cuidados dos bebês, modéstia parte, ele trocava fraldas em uma agilidade surpreendente.
Ele limpava Layla com atenção e rapidez, sabia que sua neta era um doce, mas também perdia a paciência rapidamente.
— Prontinho senhorita. — Az disse ao terminar.
Talvez ela devesse dormir... mas não aparentava nenhum sinal de sono, parecia mais... entediada.
— Vem, vamos ver o que sua avó está aprontando. — Az disse pegando Layla no colo e indo embora direção ao terraço onde as fêmeas treinavam.
Ao chegarem, Az se posicionou próximo a porta, de maneira que Gwyn e as outras não os veriam.
Ele observou então sua parceira orientar sobre o uso da espada.
— Você está girando um pouco a lâmina conforme ela fica paralela ao solo. — Gwyn disse a uma Sacerdotisa que havia chegado a poucos meses e se interessado no treinamento, e que agora tentava cortar a fita, todas as mulheres que ali treinavam passavam pela espécie de ritual. Ela pegou sua lâmina e demonstrou a fêmea a maneira certa de fazer.
O mente de Az viajou para uma noite fria de Solstício de Inverno algumas décadas atrás, quando ali naquele terraço, ele havia encontrado Gwyn sozinha treinando, quando ele a orientou da mesma forma que agora ela fazia com a Sacerdotisa, quando pela primeira vez, ele sentiu algo inquieto instalando-se em seu peito.
Algo me mais tarde se revelaria uma parceria, o que junto com o nascimento de sua filha e sua neta, eram os momentos incríveis de sua vida.
A jovem Sacerdotisa se corrigiu, perfeitamente observou Az, e então focou na fita a sua frente.
Quando atacou novamente, ela conseguiu corta-la perfeitamente ao meio.
A primeira a comemorar no entanto foi Layla que soltou um grito e um sorriso sem dentes, chamando a atenção para onde eles estavam.
— Você é uma péssima Espiã. — Ele disse sorrindo. — Com licença. — Az disse entrando no ringue.
Emerie foi diretamente até Az tirando Layla do colo dele.
— Vem aqui com a tia Emerie lindinha. — Ela disse segurando a menina. — Pela Mãe, você está cada dia mais pesada.
O Mestre Espião se segurou para não dizer nada.
Ele admitia ser extremamente egoísta quando se tratava de Layla. Quando ele pegava a neta no colo, não queria entrega-la para ninguém.
Quando ele e Rhys estavam juntos então, era uma eterna batalha sobre quem ficaria com a menina no colo, o que era igualmente complicado por ela, que amava ficar com ambos os avôs.
— Sua neta esta cada dia linda Gwyn, que a Mãe abençoe. — Disse Ananke, uma das sacerdotisas que treinavam com elas desde o início.
— E esperta também, ela é tão inteligente Ananke, você tem que ver. — Disse Gwyn.
Nestha, que guardava algumas armas se aproximou, abraçando a Sacerdotisa que acabara de Cortar a fita, as outras seguiram e fizeram o mesmo.
Nestha aproveitou e pegou a sobrinha-neta no colo.
— O treino de hoje está encerrado, de novo, meus parabéns Ayana, os treinos continuam, mas agora você já passou pelo primeiro dos testes. — Netsha disse.
As sacerdotisas então começaram a se dispersar.
Layla soltou um bocejo.
— Acho que alguém precisa dormir. — Disse Gwyn pegando a neta dos braços de Nestha.
— Precisam de ajuda com os equipamentos? — Az perguntou a Nestha e Emerie.
— Não Az, pode ir paparicar sua neta a vontade. — Nestha o Dispensou.
— Vamos colocar essa criaturinha para dormir. — Gwyn chamou seu parceiro.
Eles foram até o berçário. Gwyn a ninava suavemente enquanto cantava uma linda melodia para Layla.
Az ficou mais que satisfeito em se sentar em uma poltrona que tinha ali e observar, porque a cena era linda. Ele tinha feito aquilo muitas vezes quando Catrin era bebê, com Layla agora, parecia ainda mais magnífico.
Depois de coloca-la no berço, Gwyn sentou-se no colo de Azriel e encostou em seu peito enquanto observavam o sono pesado e tranquilo de Layla.
— Ela fica tão lindinha assim. Ela dorme igualzinho Catrin dormia: com as mãos pertinho do rosto e as asinhas esparramadas. — Gwyn disse baixinho.
— As vezes não cai a ficha que ela é filha de Catrin e Nyx. — Az Confessou.
— Eu acho lindo isso. A parceria dos dois, é linda de tantas maneiras diferentes. — Gwyn falou. — Se lembra da reação de Nyx quando Catrin nasceu?
— Sinceramente, não sei como não percebemos antes que eles eram parceiros. — Az disse.
Era manhã de Solstício de Inverno quando a bolsa de Gwyn estourou e ela entrou em trabalho de parto.
Catrin só nasceu tarde da noite.
Como toda família havia se reunido na Casa do Vento onde eles estavam, Nyx já estava dormindo ali aquela altura. O menino tinha pouco mais de 2 anos na época.
Assim que Catrin nasceu, Nyx acordou. Quando o primeiro ar atingiu seus pulmões, Nyx despertou, ficando totalmente inquieto.
Na época, pensavam que era pelo choro dela, mas mesmo depois que ela já havia se acalmado, Nyx continuava agitado, o que não era seu comportamento normal, Nyx geralmente era calmo e dormia muito bem a noite toda.
Apenas quando ele viu Catrin pela primeira vez, ele se acalmou.
Seu rostinho ficou calmo, e os olhinhos azuis brilhavam mais que todas as estrelas no céu noturno.
Ele estava no colo de Rhys quando Azriel se aproximou com Catrin no colo.
Nyx estendeu a mãozinha até tocar no rosto adormecido de Catrin. Assim que ele a tocou, ela despertou, não assustada, mas calma, serena. Os olhinhos azul-mar focaram imediatamente em Nyx, que sorriu encontrando os olhos dela.
Azriel sorriu com a lembrança. O destino da felicidade de sua filha havia sido traçado desde o seu nascimento. Ele agradecia a Mãe por ela sempre ter tido tudo o que ele não teve, ou que demorou séculos para ter.
E se sentia feliz por ter proporcionado a ela tudo o que ele não teve.
— Vamos sair daqui antes que a gente acorde ela. — Az disse e então os avós deixaram o quarto dela.
.....
— Onde está nossa princesinha? — Nyx perguntou assim que chegou na Casa do Vento junto com Catrin, Aylla e Ophellia. Darhlan e Bryan viriam voando e Ethan já estava na cidade.
Só não se sabia onde, já que ele tinha passado o dia todo fora da Casa do Vento.
A pequena já tinha ido correndo até o abraço de Nestha, era completamente apaixonada pela avó.
— Layla está dormindo Nyx, não se preocupem, vão para casa, eu dou um banho nela quando acordar.. — Gwyn disse.
— Vou aceitar porque eu preciso desesperadamente de um banho. — Brincou Catrin. — Só vou dar um espiadinha nela primeiro.
— Ela está no seu antigo berçário. — Gwyn disse.
Tanto Catrin quanto Nyx foram silenciosos até o cômodo, quando entraram, encontraram a pequena em um sono profundo.
Eles apenas sorriram, para ela e um para o outro e se convenceram a voltar para casa.
......
Todos já estavam reunidos na Casa do Vento, inclusive Thalis e Adyra que tinham vindo da Corte Primaveril. Layla estava no colo de Cassian enquanto Ophellia fazia brincadeiras com ela.
Todos, exceto Ethan.
— Já estamos todos aqui, mas quem convocou o jantar não? — Rhys questionou.
— Afinal por que Ethan quis um jantar? — Feyre questionou.
— Eu não faço ideia. Ethan está estranho a dias. Eu realmente não sei. — Nestha disse.
— Além disso, ele anda saindo de Illyria todo dia, e não esta vindo para casa. — Cassian falou.
Eles não precisaram procurar mais explicações quando Ethan entrou na sala de jantar.
Ao lado dele Thalia.
Todos ficaram boquiabertos.
— Mentira. — Disse Catrin, surpresa, mas sorrindo.
Thalia parecia extremamente envergonhada.
— Ethan... é o que eu tô pensando? — Questionou Nestha, com um sorrisonde orelha a orelha.
Ethan também sorriu, respirando fundo.
— Mãe, pai, família, quero que você conheçam Thalia. — Ethan segurou firme a mão dela. — Minha parceira.
Nestha e Cassian imediatamente se levantaram, o último, entregou Layla no colo de Rhys antes de ir abraçar o filho.
Nestha chorava de alegria.
Catrin foi imediatamente ao encontro de Thalia.
— Meu filho... você merece, você merece muito isso. — Nestha disse e então foi até Thalia, segurando as duas mãos da nora. — É muito bom te conhecer, te conhecer como parceira do meu filho.
Thalia, emocionada, abraçou Nestha.
— Obrigada, é muito bom também conhecê-los. — Ela disse.
— Seja bem-vinda a família Thalia. — Disse Cassian.
Depois da sequência de parabenizações, eles foram para o jantar.
— Quais os planos agora? — Nyx perguntou.
— Como ainda não oficializados nada, vamos passar uns dias fora. Depois, ainda não decidimos. Illyria seria complicado, Thalia não é illyriana, os outros fariam disso tudo um inferno. — Ethan disse.
— Se quiserem mesmo ir, é só me dizer, posso arranjar tudo de forma que, caso desejem morar lá, seja seguro para Thalia. — Rhys ofereceu.
Ethan então olhou para sua parceira e sorriu.
— Obrigado tio, mas ainda vamos decidir o que fazer. — Ethan Agradeceu.
— Catrin eu... como Ethan disse, vamos nos ausentar por uns dias e depois... não sabemos onde vamos morar, se eu continuar em Velaris, vai ser um prazer trabalhar com vocês, mas se formos para Illyria... — Thalia começou começou dizer.
Catrin pegou a mão da funcionária, que também era uma amiga por cima da mesa.
— Não se preocupe com isso. Se você e meu primo estão felizes, eu também estou. — Catrin sorriu. — Só estou brava por nenhum dos dois terem me contado nada.
— Que eu me lembre, a única pessoa que ficou sabendo sobre você e o Nyx foi o Bryan, nem para mim você contou. — Disse Ethan.
— Quieto Ethan. — Catrin riu. — Independente de tudo, estou muito feliz, por vocês, os dois merece toda a felicidade do mundo.
Todos ali concordavam. Depois de tudo que Ethan tinha passado, depois de todo o trauma, ele merecia tudo, merecia todo o amor.
— Um brinde a tudo isso! — Sugeriu Adyra.
Então a família brindou, feliz com toda a vida ali reunida.
Oi gente, tudo bem? Espero que sim!
Eu sei que já enfiei um monte de parceira nessa fic (confesso que exagerei kkkk), mas eu não consegui deixar o Ethan sem uma parceira, não depois de tudo que ele passou tadinho.
Espero que gostem do capítulo, um beijo, até o próximo! ❤