One click
— Dahyun sua maluca, sua irresponsável. Eu sinceramente não sei o que você tem nessa cabeça, Dahyun aquilo, Dahyun não faz isso — a mesma imitava a voz "irritante" de Nayeon, que agora deveria estar dormindo numa cama extremamente confortável, enquanto ela estava deitada no sofá que com toda certeza é bem melhor que sua cama antiga, mas mesmo assim. Na casa tinha vários quartos, então porquê tinha que dormir no sofá, Nayeon gostava de ser maldosa!
Se virou e revirou várias vezes de um lado para o outro, tentando achar uma posição confortável, mas nada parecia o suficiente e macio o bastante para dormir. Seus pensamentos não ajudavam muito, lembrava de seus pais e gostaria de saber como eles estão, seus irmãos e até mesmo possíveis sobrinhos.
Se sentou no sofá desistindo de ter uma boa noite de sono, procurando pelo celular que a ex Im havia lhe dado. Mesmo que fosse um tanto quanto impossível de mexer nos aparelhos dessa nova geração, nem tudo havia mudado muito. Eram tantos contatos gravados que dificilmente saberia dizer se reconhecia alguns deles, mas uma conversa chamou sua atenção, quem era Momo?
Pelas trocas de conversa poderia dizer que tinham uma certa intimidade. Será que Nayeon nunca viu essas mensagens?
"Quando você irá vir me ver?" - Momo
" Estou na casa dos meus sogros, não posso simplesmente sair sem mais nem menos"- Dahyun
"Achei que você não fosse tão cadelinha da senhora perfeição. Cansou de mim?"- Momo
"Você sabe que minha preferência por japonesas nunca irá mudar" - Dahyun
Piscou algumas vezes tentando entender aquela situação toda, não podia ser real aquele tipo de mensagem, não conseguia acreditar que havia feito uma coisa tão baixa. Pensar em como Nayeon encantava sua esposa sempre a colocando em cima de um pedestal só fazia com que se sentisse um monstro.
Sem se dar conta lágrimas escorriam pelo seu rosto, não conseguia acreditar que havia se tornado uma pessoa tão horrível. Toda vez que imaginava seu futuro, sempre conseguiu se ver fazendo a coisa que mais gostava em sua vida, mesmo que às vezes nem ela soubesse o que. Mas presenciando e vivendo cenas de um futuro tão nojento, conseguiu entender de onde vinha tanto ódio por parte de Jeongyeon.
— Você não deveria chorar tanto — com o susto acabou pulando do sofá, caindo de cara no chão, com dois pés na sua frente. Pela voz, não é Nayeon.
— O-o que faz aqui?!— se levantou apressada, correndo para o outro lado do sofá— como conseguiu entrar aqui?
— Você faz perguntas demais — Namjoon sorriu mostrando suas covinhas adoráveis — achei que estaria feliz ao descobrir como seria o seu futuro. Não acha legal?
— Eu...pera, foi você!— apontou o dedo para ele, que deu de ombros— eu vou te matar!
— Se acalma, a culpa foi sua por querer tanto vir para o futuro. Eu não tive culpa se estava achando sua vida um saco, foi mal — riu desviando dos objetos que ela atacava— você vai acordar sua esposa asssim e pense pelo lado bom, você pode fazer tudo diferente agora.
Dahyun parou num movimento brusco, encarando seriamente o homem em sua frente. Pensando nas burradas que fez na vida, se essa foi uma delas, com certeza haviam mais.
— Como?
— Tente ser a melhor esposa que Nayeon poderia ter, amiga também...assim como mãe. Você fez muitas merdas garota— soltou um suspiro cansada, imaginando.
— Por onde eu começo?
— Olha, você tem alguns dias e eu sugiro que arrume esse seu grande erro — apontou para as conversas dela e Momo, repleta de putaria.
— Okay...me deseje boa sorte. Aliás, você vive aparecendo do nada assim?
— Só quando você precisar da minha ajuda.
— Você é tipo meu anjo da guarda?
— Não, anjos são puros e isso é a ultima coisa que eu sou — rir se divertindo com a cara horrizada dela — adoro quando os homens eles...
— Informação demais querido!— pegou seu travesseiro, caminhando em direção ao quarto, pediria abrigo para sua esposa. Eenquanto mantinha seu celular em mãos — que a nova vida comece!
— Não se esqueça Dahyun, nem todos tem uma segundas oportunidades. Você teve sorte, então aproveite e não faça mais nada de errado — a olhou seriamente.
— Sim senhor, minha segunda e última chance!
Dito isso, ela excluiu o contato de Momo, nunca mais iria conversar com essa mulher de novo. Ao menos era isso que ela pensava.
(...)
— Okay...deixa eu ver se eu entendi, você quer minha ajuda para fazer Nayeon mais feliz e ser presente na vida dela?
— Sim...preciso da sua ajuda para acender o possível fogo que falta na nossa relação— Dahyun bebia o seu terceiro Milkshake.
— Dahyun você só tem 17 anos, é pedófila e como consegue comer tanto?— Chae perguntava assustada.
— Escuta, eu vou fazer 18 anos daqui dois dias e mesmo assim não é pedofilia, já que meus pais com toda certeza iriam permitir. Preciso da sua ajuda e Nayeon é uma mulher fantástica, até parece que eu cheia de homônimos tudo lutando ente si para serem esvaziados, vai perder a oportunidade de sair com uma mulher mais velha e bem mais experiente que eu. Chances únicas na minha vida baby — negou indo pedir mais um corpo— aliás, a fome não passa, deveria se lembrar. Você comia que nem um dragão na nossa idade.
— Não acha que não transar primeiro com Sana pode acabar mudando as coisas? Digo, você teve sua primeira experiência homossexual com ela, então se você fizer com Nayeon, poderá mudar certas coisas que podem acabar com relacionamentos ao seu redor e pior, meu relacionamento!— negou rápidamente. Não querendo nem se imaginar sem Mina.
— Okay, mais acho difícil isso acontecer. No máximo estarei mais experiente e eu, tenho absoluta certeza de que se eu voltar para o passado, a primeira coisa que irei fazer é me jogar nos braços daquela velha e pedir para que seja minha Mommy! — bateu palmas num suspiro completamente apaixonada.
— Okay, quem é a passiva?— Chaeyoung não se segurou, precisava saber disso.
Normalmente as coisas na sua casa eram bem equilibradas, não negava que adorava ser inteiramente da sua pinguim. Mas nunca conseguiu saber isso do relacionamento da sua amiga.
— Sei lá...isso Importa?— deu de ombros.
— Que seja, mas quem é aquele?— apontou para Namjoon, que assistia atentamente um desenho qualquer que passava pelo celular de Dahyun. Achava os humanos tão interessantes que até os desenhos infantis o agradavam.
— Meu anjo nada puro e com toda certeza mais gay que eu.
— O quê?!
— Longa história, o que você tem que saber é o seguinte, eu irei fazer de Kim Nayeon a mulher mais feliz do mundo! — um sorriso encantador brotou em seus lábios, daria todo amor do mundo para aquela mulher.
— E seus filhos...
— Eles vem de brinde — deu de ombros.
— Desde quando você passou a se importar tanto com ela?— perguntou se lembrando de ontem, quando ela reclamava que não poderia ter escolhido uma esposa pior. Enquanto estava praticamente de castigo ao lado de seus filhos e de Chaeyoung.
— Quando eu passei a demorar mais no banheiro— rir ao ver a cara de nojo de sua amiga — que foi? Eu ando tomando mais banho, só isso!
— Sei...
— Não pense besteiras, eu sou um ser puro! — disse toda ofendida.
— Claro...
— Eu sou da igreja!
— CRENTES TAMBÉM TRANSAM!
— CHAEYOUNG...tem gente olhando— Murmurou envergonhada.
(...)
— Nayeon, chegue...— sua fala morreu assim que uma figura extremamente bonita com a pele bronzeada entrou em seu campo de visão. Não era de sentir ciúmes, mas não podia evitar.
— Posso ser lésbica, mas reconheço um deus grego quando vejo um — Chae murmura no ouvido de sua amiga, só piorando a situação toda.
— Dahyun?!— os olhos do rapaz - bonito, vale ressaltar- praticamente saltarem de seus olhos. Sua reação foi um tanto estranha, ainda mais porque ela nem o conhecia.
— Te conheço?
— Dahyun você não lembra de mim? Sou seu irmão, Taehyung! — acabou se engasgando com a própria saliva, acabou de achar seu irmão bonito e digno de uma capa e série pornográfica?
Nojo.
Os braços fortes do moreno a levantaram do chão, para piorar ele estava suado.
— O que você está fazendo aqui?!
— Vim ver como minha irmãzinha está, mas quando Nayeon me disse que você estava mudada, não achei que fosse tanto — se afastou da garota.
— Eu também não te reconheci — Murmurou sem graça.
— Nem eu — Chaeyoung e Nayeon disseram ao mesmo tempo, atraindo um olhar mortal de Dahyun. Ela ouviu sua esposa soltar um suspiro?
— Tudo bem, sei que dei uma leve mudada nesse tempo que estive fora — sorriu envergonhado — mas, tenho novidades, você antes de virar uma adolescente me pediu para que eu me declarasse de uma vez pra Lisa.
Dahyun franziu o cenho completamente confusa. Quem é essa?
— Jura? Você finalmente tomou coragem?— Nayeon bateu palmas alegre. Depois de horas, dias e meses fugindo omo um idiota da garota o Kim finalmente revelou seus sentimentos!
— Sim...ela preferiu o Yoongi — Dahyun segurou a risada se perguntando como estaria seu irmão branquelo. Adoraria rever toda sua família.
— O QUÊ?!
— Tá vendo, ninguém mandou passar quase dois anos correndo da garota!
— Chaeyoung! — a mesma revirou os olhos indignada— eu sinto muito Taehyung — Nayeon sorriu gentilmente.
— Você foi bundão demais, quem espera dois anos para pedir alguém em namoro?— Dahyun revirou os olhos indo procurar essa tal Lisa em seu número de contatos. Tinha certeza que até o Obama estava nela — Nós da família Kim não devemos temer ninguém! Mamãe nos ensinou isso.
— Olha quem fala, semana passada me ligou dizendo que Nayeon estava quase te dando um tiro no meio da testa.
— Ei! Por mais que eu não lembre, qualquer um correria de um tiro!— disse indignada. Sua companheira conseguia ser tão louca assim?
— Ontem você ficou quieta quando Nayeon brigava contigo, ficou até de castigo— Chaeyoung ria acompanhado pelo Kim.
— Eu tive medo okay?! Ela ficou gritando comigo, mas um pouco achei que seria morta!
— E depois diz que não tem medo de ninguém né?— Taehyung nega, vendo sua cunhada assentir. Sempre soube que Nayeon é uma mandona de primeira.
— MAMÃE!— Hana gritou fazendo com que tanto Nayeon quanto Taehyung soltassem um suspiro cansados. Haviam ajudado a garota escolher cerva de 20 vestidos e nenhum segundo para ela havia ficado bom.
— Vai ajudar a sua filha Dahyun — a Matriarca disse, fazendo com que a mesma fizesse uma careta cansada.
— Eu não iria, mas como eu te amo. Levarei minha assistente também — puxou Chae rumo ao andar de cima. Nunca se imaginou sendo mãe, até que não era tão ruim. Seus filhos pareciam ser criaturas adoráveis.
— Não entendo porquê Hana quis se mudar para o quarto de Jungkook. Tudo que eu queria era ser filha única e ela não desgruda do irmão dela. Menina estranha.
— Eu vivo dizendo isso pra Nayeon, mas ela não me escuta — a pálida murmurou de volta, vendo o bebê coelho dormindo.
— Eu tu com sélias dúvidas, azul...ou azul claro — a menina mostra dois tons de azul que para ambas as garotas, não tinham diferença alguma.
— Azul?— responderam dando de ombros, fazendo a garota negar e ir pegar uma outra peça no closet. Quem tinha um closet com apenas quatro anos de idade?
— MOMY — Gritou correndo para fora, mostrando mais duas peças de roupas que para as duas, novamente, eram as mesmas.
— Azul — assentirem em sintonia. Porém a mine Nayeon negou com uma careta.
— Por que você quer tanto vestir um vestido? Usa logo um pijama, não vai sair mesmo — Dahyun revirou os olhos negando, a criança poderia ter puxado mais dela. Não só a cor da pele.
— Tenhu qui fica lida!
— Não sei porque o espanto, é filha da Nayeon— a gnomo riu.
— MOMY!
— Me chama de mamãe, mamãe cara. Momy me faz ter pensamos impuros! — A "mais" nova retrucou. Ela quem tinha que chamar Nayeon assim.
— MOMY!
— Mamãe...
— MOMY!
— Mamãe...
— MOMY!
— MAMÃE PORRA MAMÃE!— gritou a vendo se encolher com um bico, seus olhos estavam começando a se encherem de lágrimas. Estava pronta para dar um dos falsetes que herdou de sua outra mãe, acordaria a vizinhança se fosse preciso.
— Não, por favor não chora eu deixo você me chamar de Momy— se apressou antes que a maníaca entrasse no quarto e quisesse sua cabeça numa bandeja.
— Okay — um sorriso brotou nos lábios de Hana, que voltou para o closet como se nada tivesse acontecido.
— É claro...filha da Nayeon— revirou os olhos enquanto sua amiga ria, Dahyun sempre seria comprada e enganada pelas duas.
— Eu acho que o Jungkook acordou — Chae apontou para o bebê no berço, que choramingava parecendo incomodado.
— O que eu faço? Nem sei pegar uma criança — perguntou assustada, observando as feições nervosa que ele fazia.
— Vê se ele fez cocô ou xixi — com uma careta de nojo Dahyun pegou a criança no colo. A Son não sabia se sua amiga estava com mais nojo da possível merda ou do bebê mesmo.
— Okay Jungkook, não chora — tentou tranquilizar o bebê que começou a puxar seus cabelos. Voltando a berrar em seu ouvido.
— Acalma ele primeiro.
— Eu estou tentando!— bufou respirando fundo, teria que ter muita paciência com esse ser minúsculo — não chora..
— BUAAAAAA
— Não chora Jungkook é só cocô menino!
— BUAAAAAA
— Não chora, eu já vou limpar...
— BUAAAAAA
— Olha só, eu achei que fosse mais tranquilo...
— BUAAAA
— Você não para?
— BUAAAAA
— NÃO CHORA DEMÔNIO!
Em menos de segundos, o Kim calou a boca e um sorriso brotou nos lábios das duas.
— Viu? Acho que ele reconhece o nome — Ri alegre, mas assim que abriu a fralda, o garoto fez questão de fazer xixi bem na cara de Dahyun.
— Impressão minha ou você estava com a boca aberta?— Chaeyoung perguntou em meio as risadas.
— Eu...acho que mereci isso — Assentiu sentindo o gosto salgado na sua boca, em meio as gargalhadas que Jungkook dava.
— Eco!
— Eu escutei alguém gritando, vocês estão bem?— Nayeon brotou na entrada do quarto. Não contendo a risada pela lambança que seu filho havia feito em sua esposa.
— Mamãe...eu acho que vou vestir o azul! — Hana saltitou alegre, indo colocar o mesmo vestido que Nayeon e Taehyung havia dito horas atrás.
Criança é mesmo um inferno.