Te Quero {PAUSADO POR UM TEMP...

By marcella__rc

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Te Quero, nos meus piores momentos Te Quero, nas minhas amizades Te Quero, nos meus melhores momentos Te Qu... More

Personagens
Rancho- 1
Aconchego- 2
Solteiros (por enquanto)- 3
Momentos- 4
Revelações- 5
Amor- 6
Apenas amigos- 7
Fogo no parquinho- 8
Noite das "meninas"- 9
Coragem- 10
Quanta crueldade-11
Conselhos -12
Decepção-13
O novato- 14
O bem- 15
Chuva- 16
Cuidados- 17
Caso em andamento- 18
Não pode ser...- 19
...apenas um sonho- 20
Confusa- 21
O "tchan"- 22
A cabana- 23
O que será nós?- 24
Gatilhos- 25
Companheiro- 27
Notícias boas- 28
Coma- 29

Separação- 26

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By marcella__rc

Breno

Passou alguns minutos e nada do chuveiro ligar, comecei achar muito estranho. Mas pensei comigo mesmo é porque ela queria um momento.

Isso deu estalo na minha cabeça e não era momento de refletir. Corri ao banheiro e abri a porta com força, aquela cena me fez ficar estátua.

Marcella está completamente submersa, a tirei rapidamente da água e coloquei no chão. Corro, pego o meu celular discando para a ambulância e fui fazendo os primeiros socorros, massagem cardíaca e respiração boca a boca. Vejo a sua respiração e nada.

Até que finalmente alguém atende, digo o que está havendo e falaram que mandariam um Samu em 5 minutos. Pedi para que a moça mantivesse na linha e me ajudasse. Eu sentia a adrenalina e o medo consumindo a cada segundo.

Olho mais uma vez a sua respiração e sinto uma pulsação, sorri de felicidade. Sentindo a esperança vindo.

Até que finalmente, Marcella tomou fôlego e cuspiu a água se sentando.

Breno: conseguimos moça, conseguimos.- grito de felicidade. Abraço a Marcella, mas solto rapidamente.

Moça: aí que bom. O Samu está quase chegando.- escuto a porta bater.

Breno: chegaram, obrigado.- desligo.

Abro a porta e levo eles até a Marcella. Foram até a mesma cuidar e nisso não sabia o que fazer, estava em desespero e me perguntava porque ela fez isso?

Levaram ela até a ambulância inconsciente novamente, fui atrás com o meu carro. Rezando para que tudo dê certo e como que vou avisar a galera sobre isso?

***

Estou na recepção fazendo o check-in dela, me sento finalmente tomando fôlego. Pego o meu celular olhando para a tela perguntando se aviso os meus amigo.

Levo um susto com a enfermeira me chamando.

Enfermeira: Breno!- vou até ela.- você seria o que dela?

Breno: irmão.- minto.

Enfermeira: okay, me siga.- não senti muita firmeza nela. Mas a segui. Ela abriu a porta e Marcella está deitada dormindo.- você precisa comunicar os seus pais, ela está começando a ter depressão. Não é tão severo mas é bom cuidar desde já e graças a você rapaz, que ela está viva, os pulmões estão zero comprometidos. Se não mais um pouco submersa, Marcella teria realmente morrido.- sorri agradecido.- bem. Vou deixar vocês a sós.- entro, a mesma fecha a porta.

Sento na beira da cama, pego a sua mão e acaricio. Mais uma vez estou com o celular e refletindo sobre isso.

Marcella: avisa elkjx...- olho sem entender porque ela falou tudo embolado.

Breno: o que?- aproximo.

Marcella: avisa eles.- disse com os olhos fechados.- o máximo que pode acontecer é Gael te xingar, ele vai avisar a minha mãe e pedir para irmos embora de volta a Rondônia.- início um cafuné em sua cabeça.

Breno: não vai acontecer nada! Eu prometo, não vou deixar você ir embora.- engulo o choro.

Marcella: não duvide da minha mãe, apenas liga para eles.- voltou a dormir.

Pego o celular e vou para fora do celular, disco o número e tomo fôlego.

Ligação on

Breno: finalmente atendeu.

Maysa: fala imundice.- conto tudo o que rolou.- eu estou indo e sozinha.- desligou sem deixar eu dizer nada.

Ligação off

***

Sinto alguém me cutucando, acordo com dificuldade. Tentando enxergar a pessoa que está me incomodando.

Maysa: vamos lá fora conversar.- saímos do quarto.- primeiramente bom dia e toma o seu café da manhã.- agradeço pegando.- segundamente. Ser bem realista Gael e Marcella podem sim voltar a Ji-Paraná. Terceiramente não contei nada, mas você que irá contar para eles.

Breno: e se eles não disserem?

Maysa: contando ou não, a tia Rê sempre irá saber.- esfrego o meu rosto.- você ama ela né?- assenti engolindo o choro.- eu já sabia desde daquele dia do carro.- sorri de canto.- e você salvou a vida dela, quis fazê-la sorrir de novo e vou te contar. A bichinha ficou até mais feliz quando perdeu a virgindade.- ri.

Breno: sabia que ela iria contar.- ironizo.

Maysa: se a ama, não deixa ir.

Breno: não dá ainda Maysa. Eu tenho que deixar ir. Precisamos ter a nossa vida resolvida, se não...- ela me corta.

Maysa: se não nada moleque, se toca. Você ama ela e ela te ama, resolvem a vida pessoal de vocês enquanto estão juntos.

Breno: Maysa.- elevo o tom e todos me olham.

Maysa: fala baixo porra.- diz baixo estressada.

Breno: tá desculpa, só quero que entenda. O problema é as nossas vidas pessoais. Vamos estar tão focados nisso para resolver, que vamos esquecer que nós dois estamos juntos, você sabe que sou cabeça quente, gosto de resolver as minhas coisas no sigilo e gosto de ficar sozinho quando fico puto. Sei que preciso de alguém ao meu lado.

Maysa: e esse alguém é a Marcella.

Breno: sim eu tô ligado. Mas tudo tem um tempo, se ficarmos agora uma hora ou outra vamos estressar e acabar terminando. Almas gêmeas vão se encontrar Maysa, como o seu caso e da Debora. O nosso ainda não é.- ela bufa.- não nos apresse, por favor.- assentiu olhando para a porta.

Maysa: agora vai para casa ou cabana, não sei se quer ver o Gael. Mas de uma forma tu vai ter que contar.- ela entrou.

Fui para o meu carro, entro e dou partida.

Chego na cabana. Arrumo as malas minha e dela, ajeito o lugar e vou para o banheiro tenso lembrando de toda a cena. Me fez arrepiar por inteiro é bizarro estar aqui dentro e sentir algo ruim.

Respiro fundo e limpo, finalmente soltando as lágrimas. Limpando com ódio e tristeza de mim mesmo, jogo com força a vassoura querendo bater em alguma coisa. Saiu dali tentando tomar fôlego.

Me sento no chão apoiando na cama, pego o meu celular e vou até a galeria. Indo nas primeiras fotos e vídeos que tem eu e ela ou só ela. Fui me acalmando aos poucos, rindo com as nossas bobagens.

Ela mudou tanto ou será que sempre sabia e não queria demonstrar. Mas sempre manteve um brilho no olhar, devia estar guardando isso a tantos anos que chegou aqui tudo desmoronou e saber que a quase perdi foi de doer o coração, eu posso fazer ela voltar a esse brilho. Eu consigo.

Quando chegamos aqui na cabana, percebi que a Marcella soltou um ar de alívio e se sentiu tão leve. Que saudades eu sinto da minha pequerruxa.

Respiro fundo e finalmente ligo para Gael.

Ligação on

Breno: alô, Gael?

Gael: oi.- diz seco.

Breno: preciso te contar uma coisa, queria que fosse uma boa notícia. Mas infelizmente ainda não é.- continuou quieto na linha.- Marcella tentou se suicidar de madrugada. Maysa está lá no hospital com ela, vim para a cabana arrumar umas coisas e já já estou indo lá de novo.- ficou em silêncio.- e antes de desligar, dê mais valor para quem você ama Gael. Porque você poderia ter perdido a sua irmã e pensa nas suas atitudes, só pensa.- desligo sem deixar falar.

Ligação off

Levanto, acabo de arrumar o banheiro e volto para o hospital.

A galera toda está lá na recepção. Cumprimento os outros, exceto Gael. Vou para o quarto dela e entro, sorrimos ao mesmo tempo. Marcella está comendo, sento ao seu lado.

Marcella: eles vieram aqui já, caso esteja se perguntando.- olho para a mesma.

Breno: Gael entrou?- negou.- ainda pretende falar com ele?

Marcella: eu não sei. Não sei nem se eu quero voltar para a cabana.- abaixei a cabeça.- e se eu for embora mesmo, vou querer ir. Não aguento mais ficar aqui.- apenas concordei.- não vai dizer nada?

Breno: vou dizer o que? A vida é sua, faz bem o que entender.

Marcella: Breno, eu preciso de uma opinião sua.- me puxou pelo o queixo para olhar para ela.

Breno: há uns segundos atrás não parecia que queria, só apenas confirmou que vai embora. Se quer ir embora, vai embora uai. Não vou te segurar jamais.

Marcella: você quer que eu vá embora ou não?

Breno: eu te disse Marcella, não vou...- me cortou.

Marcella: você quer que eu vá embora ou não?

Breno: não, eu não quero.

Marcella: por que?

Breno: porque eu te amo e preciso trazer aquele seu brilho de volta. E você está em zona de perigo agora.- digo a frase num cochicho.

Marcella: como assim?- fica confusa.

Breno: a médica me disse que você está com começo de depressão, não está tão alto. Mas precisa tratar desde já.- apoiou na cama fixando o olhar no teto.

Marcella: o que eu não queria nessa vida, era tomar remédio. Mas parece que a vida está contra mim.- bufa.- eu me sinto um lixo.- lágrimas escorrem no seu rosto lentamente.- só quero a minha vida de volta, só isso que eu peço.- ela me abraça.

Breno: não fala assim pequerruxa, nós vamos sair dessa juntos. Você precisa acreditar em si, se você não acredita. Então eu acredito...

Maysa/Debora: nós também.- olhamos para a porta surpresos.

Me levanto e fico em pé na ponta da cama, já elas sentam uma de cada lado.

Debora: sabemos que não é fácil e você tem o nosso total apoio. Já tive esse caso na minha família, o meu irmão do meio, durou em torno de dois anos para ele se reerguer. Ele já tentou se matar, se cortou e muitas entre outras coisas. Foi assustador. E assim é um caminho longo? É e muito, mas saiba que qualquer ajuda só pedir. Vamos estar aqui hoje e sempre.- elas se abraçaram.

Maysa: te amamos muito Pequerruxa.

Gael

Tomo coragem e vou até o quarto dela, vejo as meninas abraçadas. E Breno com um sorriso bobo no rosto.

Bato na porta e todos me olham.

Gael: quero conversar com a minha irmã.- tusso seco.- a sós.- desvio o olhar.

As meninas saem, fica apenas o Breno. Entro e ele precisa ouvir isso também, e da minha boca.

Marcella: Breno, é a...- corto.

Gael: ele precisa ouvir e saindo da minha boca. Senta ali no sofá.- fez rendição e se sentou.- vamos lá. Por onde começo, são muitas coisas que aconteceram e estou tentando engolir isso.- esfrego a testa.- bem, primeiramente não falei com a mãe e nem com o pai. Isso será a sua função.- apontei para a minha irmã.- e o final você já sabe, vai fazer a gente voltar.- assentiu.- segundamente, eu peço desculpas pelo o que eu falei. Agi no estresse de novo e Debora me deu bronca.- ironizo e eles riem.- fiquei mais puto e quando Breno me deu a notícia, refleti sobre a minha atitude. E o errado da história fui eu, dessa vez eu assumo o meu erro. Sinto muito por vocês. Pelo jeito estou voltando a ser o que era antes, porque talvez, o meu melhor amigo esteja pegando a minha irmã de vez em quando.- ambos reviram os olhos.- e estou tendo ataque de ciúmes de novo. Eu vou fazer de tudo para ser uma pessoa diferente, eu prometo.- sorri com os lábios.- bem, vou indo nessa.

Marcella: espera. Eu até te desculparia, mas já é milésima vez que isso ocorre e está acabando comigo por dentro.- ela diz firme para não chorar.- você vai ter só as minhas desculpas, quando EU.- diz explícito.- ver amadurecimento em você, estou cansada. Eu quis me matar, para parar de me sentir e finalmente não ser mais um peso para vocês. E quantas vezes Gael tu veio de conversinha e enrolação de pedido de desculpas e a trouxa aqui pediu, agora não caiu mais nessa. Trata-se se cuidar primeiro e depois vem falar comigo, agora pode sair.- ela disse em meio ao choro.

Saiu do quarto com a cabeça baixa e vou até do lado de fora indo para o meu carro. Sinto uma mão no meu ombro, tiro virando para trás.

Ravy: Gael, o que houve?- estou chorando e muito.

Eu estou perdendo as minhas irmãs.

Gael: não me procurem, vou ficar uns meses fora.

Ravy: Gael. Calma aí.- avanço nele.

Gael: não me pede calma porra. Só me deixem em paz, já que eu sou o erro.- o solto.- e fala para a Debora que não quero mais nada com ela.- saiu de perto.

Entro no meu carro e dou vários socos no volante para descontar a minha raiva. Limpo as lágrimas e dou partida no carro.

Indo para estrada, sem rumo e sem volta para casa.

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Eita, atrás de eita

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