Manacled | Dramione

By moonletterss

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Para maiores de 18 anos. Fanfic concluída. Harry Potter está morto. Após a guerra, a fim de fortalecer o pode... More

Nota da tradutora
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75. Epílogo 1
76. Epílogo 2
77. Epílogo 3
Drabble Pós-Manacled
Manacled, Draco & Aurore
Para sempre é composto por agora
Nota da tradutora

40. Flashback 15

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By moonletterss

Agosto de 2002

O uísque de fogo queimou intensamente em sua garganta e instantaneamente as batidas de seu coração diminuíram ligeiramente. A sensação quente de coragem se espalhou por seu peito.

Ela inclinou a garrafa na direção de Draco, e ele a pegou da mão dela e tomou um gole. Seus olhos estavam fixos nos dela até que ele o abaixou. Então ele olhou ao redor da sala vazia em que estavam. Puxando a varinha de um coldre amarrado em seu braço direito, ele a sacudiu e conjurou um sofá de dois lugares.

Hermione lançou-lhe um olhar.

— Não vou atravessar um sofá toda vez que passarmos a garrafa — disse ele. Depois acrescentou em tom zombeteiro: — Posso conjurar um banco de cortejo se você precisar de uma barreira.

Seus olhos eram provocadores. Ele ainda estava sem camisa.

— Ou você poderia ter conjurado alguns copos — ela retrucou, lançando-lhe um olhar penetrante. Ela se deixou cair no pequeno sofá e esperou que ele fizesse o mesmo.

Ele se abaixou, apoiando a mão no encosto do sofá, atrás do ombro dela, e se inclinou sobre ela, colocando a garrafa em sua mão

— Sua vez. Você tem muito o que conversar — ele disse em voz baixa antes de se sentar ao lado dela. Ele estava muito mais perto do que precisava estar.

Hermione tomou outro gole e ele a observou. Quando ela tentou devolvê-la, ele hesitou e indicou que ela continuasse.

— Você vai se arrepender quando eu começar a chorar em cima de você — ela disse, ficando mais uma vez desconfiada sobre o quão bêbado ele estava. Ela já podia sentir que estava começando a atingi-la. Ela tinha jantado e isso foi horas antes. Uma sensação quente e entorpecente estava começando a tomar conta dela.

— Você não chorou tanto — disse ele, recostando-se com cuidado. Então, descobrindo que não doía, ele afundou no encosto do sofá com um suspiro audível. — Eu não tinha ideia do quanto sentia falta de me apoiar nas coisas.

— Tenha cuidado nos próximos dias — Hermione disse entre goles. — Se você for descuidado enquanto elas estiverem endurecendo, a pele pode rasgar e terei que refazer algumas partes. Se você quiser, posso continuar vindo. Se eu continuar tratando-as por mais alguns dias, você nem conseguirá senti-las. Pelo menos... não o aspecto físico delas.

Ele sorriu para ela e balançou a cabeça como se estivesse incrédulo.

— Existe alguém por quem você não se sente responsável? — ele perguntou.

Hermione não respondeu à pergunta e tomou outro gole de uísque de fogo. Lágrimas de repente picaram os cantos dos olhos dela.

— Todos os meus amigos estão bebendo esta noite. Eles me convidaram, mas eu não pude ir — ela disse abruptamente.

Ele ficou quieto por um momento.

— Desculpe. Poderíamos ter remarcado — disse ele.

Hermione zombou.

— Certo. Eu simplesmente deixaria você com lacerações nas costas por mais um dia para poder beber. De qualquer maneira, não é como se eu pudesse beber com eles. Eu provavelmente entraria em alguma briga violenta com Harry e Ron.

Ela começou a chorar e chorou por vários minutos. Enquanto ela chorava, Draco arrancou a garrafa de seus dedos e começou a esvaziá-la. Quando os soluços dela finalmente se transformaram em fungadelas, ele riu.

— Sabe — disse ele secamente — se algum dia eu tivesse que interrogá-la, acho que deixaria de lado a tortura e a legilimência e simplesmente derramaria uma garrafa de uísque de fogo na sua garganta.

Hermione começou a rir em meio às lágrimas.

— Oh Deus, você está certo — ela disse bufando e enxugando os olhos.

Ele devolveu a garrafa para ela, e ela bebeu por vários minutos em silêncio.

— Obrigado, Granger — ele disse calmamente depois de um tempo.

O canto de sua boca se curvou em um pequeno sorriso. — Eu pensei que você disse que se eu bebesse com você você me chamaria de Hermione.

— Hermione — ele disse. Ela olhou para ele. Seus olhos estavam semicerrados; ele estava olhando para ela atentamente.

— Sim?

Ele não disse nada, apenas ficou olhando para ela até que ela começou a corar. Era perturbador olhar de volta para ele quando ele não estava de camisa. Os olhos dela continuavam caindo, depois se demoravam, e então ela se pegava, olhava para cima e descobria que ele ainda estava olhando para ela.

— Achei que você tivesse dito que ficava com mais raiva quando estava bêbado — ela finalmente disse nervosamente.

— Normalmente fico — disse ele. — Da última vez que fiquei bêbado, me protegi e destruí o quarto.

— Você não parece bêbado — disse ela. Ela estava começando a se sentir realmente bêbada. Sua cabeça estava pesada e ela tinha um desejo irresistível de rir, chorar e se aconchegar no sofá.

— Não sou uma pessoa relaxada.

— Já reparei. E você me repreende — ela disse severamente. Ela sentiu seu rosto assumir uma expressão mais exagerada do que ela pretendia.

Ele riu baixinho. — Minha tensão não interfere no meu duelo. Aposto que ainda posso vencer você em um duelo mesmo agora.

— Você provavelmente poderia — disse Hermione com um suspiro. — Mas tenho me exercitado. Achei que iria odiar, mas na verdade é legal.

Ele sorriu, e estava solto e torto. Hermione corou.

— Você deveria colocar uma camisa — ela finalmente disse, com a voz saltando. — Você deve estar com frio.

De repente, a mão dela estava na dele e ele a pressionou contra o peito. Ela engasgou levemente de surpresa e sentiu sua frequência cardíaca começar a aumentar rapidamente.

— Estou com frio? — ele perguntou em voz baixa. Ele se sentou e de repente eles estavam muito, muito próximos. Tão perto que Hermione podia sentir a respiração dele em seu pescoço. Um arrepio percorreu sua espinha.

— N-não — ela sussurrou, olhando para seus dedos espalhados em seu peito. Ela passou horas tocando-o enquanto tratava suas runas, mas estar cara a cara tornou o contato físico subitamente íntimo. Ela podia sentir a mais leve sensação do batimento cardíaco dele sob o dedo indicador. Sem pensar, ela acariciou levemente sua pele.

Ele respirou fundo e ela sentiu o estremecimento sob sua mão. A mão dele ainda estava sobre a dela, mas ele não segurava mais a dela no lugar. Ela passou o polegar pelo peitoral dele e o sentiu estremecer sob seus dedos.

Hermione sentiu como se mal estivesse respirando; que se ela inspirasse ou expirasse com muita força, algo no ar se quebraria.

O momento – a tensão entre eles – parecia as asas de uma borboleta. Delicado. Incrivelmente frágil.

Ela olhou para ele. Seu rosto estava a centímetros do dela. Seus olhos escuros enquanto ele estudava o rosto dela.

Ele era surpreendentemente bonito.

Ela dificilmente se permitiu notar isso. Mas de alguma forma, bêbada e sentindo as batidas do coração dele sob os dedos, ela percebeu. A frieza de sua personalidade havia desaparecido; a pele dele era quente e a respiração dele contra a pele dela era quente, e ele era lindo de se olhar.

Ela não conseguia se lembrar de quando deixou de ter medo dele.

— Devo admitir — disse ele em voz baixa, como se fosse uma confissão — se alguém tivesse me dito que você se tornaria tão adorável, eu nunca teria chegado perto de você. Fui pego de surpresa quando te vi pela primeira vez.

Ela olhou para ele confusa.

— Você é como uma rosa no cemitério — disse ele, e seus lábios se curvaram em um sorriso amargo. — Eu me pergunto no que você poderia ter se transformado sem a guerra.

— Nunca pensei sobre isso — disse ela.

— Isso não me surpreende — disse ele, com a voz calma. Sua mão se estendeu e ele capturou um cacho que havia se soltado de suas tranças. — Seu cabelo ainda é o mesmo?

Ela bufou. — Sim. Majoritariamente.

— É como se fosse você — disse ele, torcendo o cacho nos dedos para que ele se enrolasse na ponta do dedo. — Amarrada no lugar, mas ainda a mesmo por baixo.

Hermione olhou para ele por um momento, e então lágrimas brotaram de seus olhos. Seus olhos se arregalaram.

— Oh Deus, Granger — ele disse apressadamente — não chore de novo.

— Desculpe — ela disse retirando a mão e estendendo a mão para enxugar as lágrimas. Ela sentiu frio.

Quando ela olhou para ele novamente, sua expressão era pensativa.

Ela nunca o tinha visto tão expressivo antes. Tudo parecia uma máscara até então. Com apenas breves lampejos de algo real aparecendo de vez em quando.

Enquanto eles estavam ali sentados, ela quase pensou que poderia estar vendo ele de verdade.

E ele olhou...

Triste.

Sozinho.

Talvez até com o coração partido.

— Eu disse que choraria se você me embebedasse — disse ela.

— Eu sei. Eu não me importo. Eu só não quero ser o motivo desta noite — ele disse, desviando o olhar dela e tirando a mão de seu cabelo.

Ela engoliu outro gole de uísque de fogo e depois ofereceu a ele. Restava menos de um quarto de garrafa.

Ele pegou e olhou ao redor da sala. Sua expressão ficou amarga. O ar ao seu redor esfriou abruptamente.

Hermione reconheceu a mudança. Era como ela chorando. Algo lhe ocorreu. Acertou ele. O álcool havia afinado suas paredes de oclumência e ele não conseguia evitar sentir isso.

Quieto. Nervoso. Como ele havia dito.

Sem pensar, ela estendeu a mão e pegou a mão mais próxima dela. Sua mão esquerda.

Ele olhou para ela. Ela o virou nas mãos e passou os polegares pela palma. Achatando. Ela podia sentir os mais leves tremores do cruciatus ainda dentro dele.

— Quando você se tornou ambidestro? — ela perguntou.

Ele encontrou os olhos dela, e ela pôde ver sua surpresa.

— Quando você adivinhou? — ele perguntou depois de um momento.

— Seu coldre está no braço direito, mas você sempre usou a mão direita quando duelou comigo — disse ela. — E você tem os mesmos calos de varinha em ambas as mãos. Percebi isso no dia em que trabalhei nas runas pela primeira vez.

— Inteligente — disse ele.

Hermione sorriu. — Só descobriu isso agora?

Ele bufou. — Humilde também — acrescentou ele secamente.

Ela sacou a varinha e murmurou os feitiços enquanto batia a ponta na mão dele. Tentando aliviar o último dos tremores.

— Você não precisa continuar me curando, Granger — ele disse depois de um momento. Ela sentiu-se corar sob o olhar dele.

— Hermione — ela disse, lembrando-o novamente. — Você parecia triste. Eu não sabia se você gostaria de um abraço meu. Então pensei nisso. Achei que curar você, pelo menos, era algo que você gostaria.

Ele ficou em silêncio e ela continuou massageando sua mão. Passando os dedos sobre os dele. Ele tinha dedos longos e cônicos.

— E se eu quisesse outra coisa? — ele disse. Sua voz era baixa, mas havia um tom incisivo na pergunta.

Suas mãos pararam e ela olhou para ele. Parecia que todo o oxigênio da sala havia desaparecido de repente. Seu batimento cardíaco triplicou e seu peito de repente ficou vazio.

— O que você quer? — ela perguntou com cautela. Ela estudou seu rosto. Seus olhos estavam escuros, mas sua expressão era relaxada. Curiosa. Seu cabelo caía sobre a testa, suavizando suas feições angulosas. Ele parecia jovem.

— Você vai soltar o cabelo? Quero ver — disse ele.

Ela piscou. — Realmente? — ela perguntou, olhando para ele com descrença.

Ele apenas deu um breve aceno de cabeça.

Ela lentamente estendeu a mão e puxou os alfinetes. As tranças caíram e ela puxou os laços e começou lentamente a passar os dedos para desfazer cada lado. Quando ela alcançou o topo da cabeça, ela passou os dedos mais uma vez e depois colocou as mãos no colo.

— Aqui. Minha juba.

Ele olhou para ela por vários segundos em silêncio. — Não percebi que era tão longo.

— O peso torna tudo mais administrável — disse ela, olhando em volta, sem saber para onde olhar. Ela juntou os alfinetes em suas mãos e os guardou no bolso. A ponta de um longo cacho roçou em seu pulso e ela começou a se mexer um pouco.

Ela não estava mais acostumada a ter o cabelo solto. Ela normalmente só o desfazia o tempo suficiente para tomar banho e depois o amarrava antes de secar. Ela se sentia quase vitoriana, como se ter o cabelo solto revelasse algo profundamente íntimo sobre ela.

Draco se inclinou para frente e entrelaçou os dedos nos cabelos dela ao longo de sua têmpora. Sua expressão ainda era curiosa. Ela estremeceu e sua respiração ficou presa quando o sentiu deslizar os dedos até sua cintura.

— É mais suave do que eu esperava — disse ele. Seus olhos estavam fascinados. Ela nunca teve ninguém interessado em seu cabelo. Toda a interação ultrapassou sua zona de conforto e ela não tinha ideia do que deveria dizer ou fazer.

Ela olhou para ele e percebeu que seus olhos estavam um tanto atordoados. Ele estava muito, muito bêbado.

De repente, seu rosto estava ainda mais próximo. A poucos centímetros do dela. A mão dele deslizou pelo pescoço dela e se enroscou nos cachos da base do crânio. Foi...

Vulnerável.

Íntimo.

Sensual.

Ele não estava mais olhando para o cabelo dela. Seus olhos estavam no rosto dela. Na boca dela.

Eles estavam tão perto.

— Se você não quer que eu te beije, você deveria dizer isso agora — disse ele.

Ela sentiu a respiração de cada palavra contra seus lábios.

Tudo parecia surreal. Como um sonho. Desfocado e cheio de sensações.

Ela podia sentir o peso de sua vida caindo sobre ela; esmagando-a até que ela mal conseguisse respirar. Até que ela mal conseguisse respirar por causa da solidão.

Mas ela também podia sentir a mão de Draco em seu cabelo. Ele era mais gentil do que ela pensava que poderia ser. Quente ao toque. Lindo. Tão perto que ela podia senti-lo respirando.

Ele estava olhando para ela como se a visse.

Ele estava perguntando.

Se ela não tivesse falado com Harry naquela noite. Se ela não estivesse tão bêbada. Se ela não estivesse tão sozinha. Se a revelação da noite não fosse que Draco Malfoy era realmente legal quando bêbado, ela poderia ter feito algo diferente.

Mas ela não o fez.

Ela o beijou.

Um beijo de verdade.

O gosto de uísque de fogo estava em cada um dos lábios.

Assim que a boca dela tocou a dele, Draco assumiu o controle. Como se ela tivesse despertado algo nele. A mão dele apertou o cabelo dela e ele a puxou para si, puxando-a para seu colo.

Ela descansou as mãos em cima dos ombros dele enquanto ele aprofundava o beijo. Ele usou seu cabelo para arquear seu pescoço para trás e deslizou a outra mão em sua garganta. Ele deslizou os dedos sobre a pele dela; ao longo de suas clavículas e ombros e na curva de sua garganta, como se ele estivesse medindo-a.

Ela passou a mão ao longo de sua mandíbula e em seu cabelo. Enquanto a palma da mão dela roçava sua bochecha, ele pressionou o rosto contra ela por um momento.

Ele estava tão faminto por toque.

Ele traçou o corpo dela e ela se inclinou para o contato como um gato. Ela não tinha percebido o quanto desejava ser tocada.

Que ela também estava faminta por isso.

Ele deslizou a mão ao longo da bainha de sua camisa, roçando a pele de seu abdômen antes de deslizar lentamente sob a roupa e espalhar a mão pelas costas dela. Segurando-a contra seu estômago, ela teve que arquear as costas para continuar beijando-o.

Os beijos foram sem pressa. Curiosos. Ele usou o cabelo dela para controlar o ritmo enquanto a beijava lentamente. Roçando levemente sua boca contra a dela, fazendo-a estremecer antes que ele a mordesse suavemente. Então a ponta da língua dele roçou o lábio inferior dela. Ela engasgou, e quando sua boca se abriu, ele aprofundou o beijo, deslizando a língua contra a dela.

Ele tinha gosto de gelo, uísque de fogo e pecado.

Ela passou as mãos pelos ombros dele, sentindo-o. Duro e pálido como mármore, mas quente. Ele era tão quente de tocar. Ela emaranhou os dedos em seu cabelo e puxou-o suavemente, arqueando-se contra ele enquanto ele acariciava sua cintura e ela estremeceu. Uma tensão estava começando a se acumular dentro dela.

Ela nunca tinha...

Uma voz no fundo de sua mente lembrou-a cruelmente de que ela não deveria estar falando sério. Ela se sacudiu levemente como se o pensamento a tivesse atingido fisicamente.

Draco usou seu cabelo para puxar sua cabeça para trás e expor seu pescoço. Deixando seus lábios e beijando sua mandíbula e a coluna de sua garganta até que ela choramingou e se agarrou a ele.

Ela estava falando sério.

Ela não sabia como não falar sério.

Ela segurou o rosto dele nas mãos e puxou a boca dele de volta para a dela. Esmagando os lábios contra os dele com força, ela passou os braços ao redor dele. Tentando sentir tudo dele.

Seus peitos estavam pressionados um contra o outro, e ela não tinha certeza se estava sentindo os batimentos cardíacos dela ou os dele. Talvez eles tivessem o mesmo ritmo.

Ela estava tão cansada de ficar sozinha.

Ela estava tão cansada de ser reduzida às suas funções. Curandeira. Pesquisadora de artes das trevas. Mestra de poções. Contato. Ferramenta. Prostituta.

Como se ela tivesse se tornado qualquer uma dessas coisas porque quis.

Ela queria chorar, mas não conseguia. Ela apenas beijou Draco com mais ferocidade, e ele respondeu com igual fogo.

Suas mãos percorreram ainda mais sua camisa, espalmando seus seios através do sutiã. Ele passou o polegar levemente sobre eles, fazendo-a estremecer e arquear-se.

Ela podia ouvi-lo respirando quando ele se afastou de seus lábios e começou a dar beijos ao longo de sua mandíbula, raspando os dentes levemente contra o osso curvado.

Ele deslizou a mão por baixo do sutiã e passou o polegar sobre o mamilo. Ela sentiu a pedra endurecer sob seu toque e sentiu dor por ele. Ela mordeu o lábio e gemeu baixinho quando ele fez isso de novo. Ela estava agarrada aos ombros dele.

Ele empurrou o sutiã para cima e apertou seu seio nu. A boca dele estava quente na junção do pescoço e do ombro dela, e ela o sentiu chupando levemente sua pele.

A mão dela deslizou por cima do ombro dele, sentindo a leve sensação de suas cicatrizes. Ela as acariciou levemente. Ela passou os dedos da outra mão sobre o peito dele, sentindo todas as subidas e descidas de seus músculos. Memorizando como ele se sentia. Ele se pressionou contra a mão dela.

Ele gemeu contra seu pescoço. Prazer, não dor. A vibração do som inundou seu peito, mais quente que a queimação do uísque de fogo.

Ela engasgou enquanto ele continuava a provocar seus seios e a beijar e chupar seu ombro.

Ela não sabia que podia sentir tantas coisas ao mesmo tempo. Que todas as sensações se misturavam e se fundiam em seu corpo, transformando-se em algo que parecia maior do que ela.

Ela se sentiu inundada de sensações e emoções.

Ela não sabia que suas mãos e sua respiração, seus lábios e língua, seu corpo duro contra o dela, o roçar de seu cabelo contra sua pele iriam afetá-la emocionalmente.

Ela não tinha ideia de que ouvi-lo e senti-lo reagir ao seu toque e ao seu corpo poderia afetá-la mais do que tudo.

Ela não sabia que era assim.

Ninguém havia contado a ela. Ninguém a avisou.

Ela não sabia que poderia afetá-lo. Ela não esperava que ele gostasse dela fisicamente. Ele nunca pareceu inclinado.

Magra. Foi assim que ele a chamou depois de vê-la nua, que desejou ter pedido outra pessoa.

Ela tremeu.

Outro pensamento indesejado veio à sua mente.

Ela poderia ser qualquer um. Ele estava apenas sozinho, ele iria querer qualquer um que o tocasse.

Um nó surgiu em sua garganta e ela não conseguiu engoli-lo. Suas mãos pararam e ela lutou para respirar sem chorar.

Draco percebeu. Ele levantou a cabeça do ombro dela e olhou para sua expressão. Então ele sorriu amargamente, afastou as mãos, ajeitando as roupas dela enquanto a tirava de seu colo.

— Você deveria ir agora — disse ele.

Sua voz estava fria. Dura. Afiada e direto ao ponto mais uma vez.

Sua máscara havia caído perfeitamente de volta ao lugar.

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