Cheguei e bati na porta.
Logo o Richard, a abriu.
Ele estava sem camisa com um paninho rosa da Barbie em seu ombro direito, com a Sofia no seu braço esquerdo, com a chupeta pendurada em um cordão em volta do seu pescoço, com a fralda e talco em uma mão e na outra um ursinho de Coelho Rosa.
- Ana?
Desculpa, Entra.
Não reparar a bagunça, não estava esperando visitas hoje. (Richard)
Eu estava querendo rir com ele todo atrapalhado.
- Quer uma ajuda?? (Ana)
- Não, acho que está tudo sobre controle. (Richard)
Quando chegamos na sala, ela estava cheia de brinquedos, livros, ursinhos e bonecas.
- É, acho que preciso de ajuda... (Richard)
Peguei a Sofia, a Fralda e o talco dele.
- Vou troca lá no quartinho. (Ana)
- Eu vou arrumar essa bagunça. (Richard)
Subi rindo da situação.
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- Vamos trocar você, princesinha?? (Ana)
Escutei algo caindo no andar de baixo.
- RICHARD?
VOCÊ ESTÁ BEM?? (Ana)
Eu gritei para que ele pudesse me ouvir no andar de baixo.
Ele logo me respondeu do mesmo modo.
- ESTOU!
EU ESCORREGUEI! (Richard)
Dei risada da situação.
- Seu pai é um atrapalhado! (Ana)
Ela estava rindo para mim.
- RICHARD?
DEU BANHO NELA HOJE ? (Ana)
- NÃO, EU IA DAR. (Richard)
- DEIXA COMIGO! (Ana)
Dei um banho na Sofia e comecei a cantar para diverti lá.
- Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo sem ser semeado
Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo sem ser semeado
Foi meu amor que me disse assim
Que a flor do campo é o alecrim
Foi meu amor que me disse assim
Que a flor do campo é o alecrim
Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo sem ser semeado
Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo sem ser semeado... (Ana)
O Richard, estava ouvindo.
Ele estava no quartinho da bebê.
A única coisa que nos separava era uma porta.
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Saí com a bebê enrolada na toalha.
- Richard?
Que susto! (Ana)
- Desculpa, vim guardar os brinquedos e escutei você cantando.
Tem uma voz adorável. (Richard)
A bebê, começou a rir e bater palma.
A deitei e comecei a troca lá .
- Fiz aula de canto quando descobri que estava grávida.
A minha voz era tenebrosa, então queria cantar bem para fazer a minha filha dormi. (Ana)
- Ana, se precisar conversa sobre isso... (Richard)
- Estou bem. (Ana)
A coloquei para brincar.
O Richard, ficou brincando com ela e conversando comigo.
- Acho que guarda isso, não é superar.
É apenas esconder o que sentimos. (Richard)
- A bebida também não ajuda.
Vai por mim, eu já tentei. (Ana)
- Eu sei, mas me aliviou muito falar com você aquela hora. (Richard)
- Tudo o que aconteceu comigo você já sabe. (Ana)
A Sofia, começou a chorar querendo mamadeira.
Eu a peguei e a alimentei.
Minutinhos depois ela dormiu.
O Richard, a colocou no berço.
Ele ficou parado me olhando e eu evitando seu olhar.
Ele é meu Chefe!
Isso meu Chefe... não tenho nenhum interesse nele e também não estou nervosa, eu não...
POR QUE ELE ESTÁ VINDO NA MINHA DIREÇÃO??
Não surta, Ana...
Quando ele chegou bem perto de mim, eu me afastei.
- Eu tenho que ir... (Ana)
Eu estava saindo o mais rápido que podia do quarto, mas ele pegou a minha mão.
Isso me causou um chóquinho, não sei explicar...
- Espera, por favor... (Richard)
Bem, nesse momento o meu celular fez som de notificação.
Era mensagem...
Logo após, recebi uma ligação.
Era o Maicon...
O Richard, viu e soltou a minha mão, me deixando ir e atender.
- Licença... (Ana)
Fui para o meu quarto.
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Ligação.
- Alô? (Ana)
- Ana... quero falar com você.
É o Maicon.
Por favor, não desliga... (Maicon)
- O que você quer? (Ana)
- Quero te contar tudo.
Tudo o que houve... (Maicon)
- Como assim?? (Ana)
- A Culpa da Celine morrer foi minha.
Se quiser sabe o porquê, me encontra no... (Maicon)
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Ele me passou o endereço e desligou.
Eu queria saber o que tinha acontecido.
O que ele estava falando...
Então, resolvi escutar o que ele tinha para dizer.
- Richard, vou sair... mas não demoro. (Ana)
- Tudo bem, Ana.
Hoje é o seu dia de folga, aproveite. (Richard)
Ele sorriu.
Pude perceber que a sua animação de antes tinha ido embora.
Retribui o sorriso e sai.
Fui correndo para onde o Maicon estava.
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Momentos depois.
Cheguei em uma lanchonete.
Ao entrar, vi um ruivo de olhos verdes sentado tomando café com suas roupas formais.
- Cheguei. (Ana)
Ele estava com os olhos vermelhos e inchados.
- Por favor, sente se. (Maicon)
Me sentei.
- Quero saber o que ia me dizer. (Ana)
- Ana, antes de tudo eu quero dizer que não durmo a três dias pensando nisso e resolvi te contar porque percebi que ainda te amo e nunca vou consegui deixar de te amar... (Maicon)
Ele estava chorando.
Vê lo assim apertou meu peito...
- Quando compramos aquele apartamento e decidimos morar juntos, você foi viajar com seus pais e eu fiquei dois meses sozinho...
A Vanessa, ia sempre lá e... aconteceu...
Eu traí você com ela e aqueles dois anos que moramos juntos, eu ainda te traia com ela... (Maicon)
Eu esperava tudo, menos isso...
Estava totalmente despreparada para o que estava ouvindo...
Mas, contive meu choro.
- Então, você era o namorado misterioso da Vanessa??
Espera... o bebê que ela estava esperando quando eu estava grávida da Celine... era...? (Ana)
- Ele é meu.
Os dois filhos da Vanessa são meus...
O Caleb e o que ela está esperando agora.(Maicon)
Não chora... não aqui... não na frente dele ...
- Todo aquele tempo...
Você estava me traindo??
Nada foi real...? (Ana)
- Ana, foi... (Maicon)
Me lembrei de algo...
- As rosas... as rosas brancas que você me deu no dia do acidente.
Voce falou que eram as minhas preferidas.
Você não confundiu as cores e sim a pessoa!
São... São as preferidas da Vanessa! (Ana)
- Me perdoa... por favor... (Maicon)
Ele estava chorando.
- Você disse que era responsável pela morte da Celine.
Por que?! (Ana)
- Aquele dia a Vanessa, estava me pressionando.
Ela achou injusto eu me casar com você, dar o meu sobrenome para a sua filha e não para o filho dela.
Eu disse a ela que não a assumiria, muito menos a criança.
Aquela noite quando estávamos voltando para casa, eu mudei de caminho, não por ter muitos carros e sim porque...ela estava vindo contar a verdade para você, tudo para que o nosso casamento não acontecesse. (Maicon)
- A mensagem que te deixou estranho... a que fui vê e você não deixou.
Era dela, não era?? (Ana)
- Era. (Maicon)
- Você leu.
O que estava escrito, Maicon?? (Ana)
- "Conta para ela sobre o nosso caso.
O meu filho merece um sobrenome e eu um marido".(Maicon)
Estou a ponto de explodir em lágrimas agora.
Me levantei para ir embora.
- Ana... (Maicon)
- Era tudo mentira!
Tudo! (Ana)
- Nem tudo.
O meu amor por você não era.
Eu amo você! (Maicon)
- NÃO SE TRAI QUEM AMA, MAICON!
VOCÊ NUNCA ME AMOU DE VERDADE! (Ana)
Fui passar por ele para ir embora.
As pessoas já estavam nos olhando por eu ter gritado.
Ele pegou meu braço.
Foi nessa hora que eu explodi, agi sem pensar e fui para cima dele com toda a minha força.
Comecei a bater nele, soco, tapa, tudo o que eu podia fazer para machuca lo eu estava fazendo.
Queria que ele sentisse 1% da minha dor.
Alguém me pegou pela cintura e me tirou de cima do Maicon.
Era o dono do lugar.
Eu me soltei dele e fui pegar um táxi.
Falei o endereço que estava na minha cabeça.
No caminho, eu só conseguia chorar...
- A Senhorita, está tudo bem? (Motorista)
Eu não respondi, não por ignorância, mas porque não conseguia...
Enfim, ele me deixou na frente da casa do Richard.
Continua...