Through the Dark

By LouTommo-Styles

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Spin-off de Look After You Lestat de Lioncurts é um dos únicos alfas lúpus puro da atualidade e isso lhe traz... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28 - FINAL
Epílogo

Capítulo 15

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By LouTommo-Styles

:)


A casa era realmente afastada de Nova York e não tinha nenhum vizinho a vista, a viagem durou cerca de duas horas, mas Louis não se importou. Ele olhava animado para fora, vendo a linda paisagem passando pela janela e cantava baixinho as músicas que tocavam no rádio.

— É aqui? — ele perguntou surpreso e seu alfa sorriu de canto.

— Sim, é aqui que passaremos o seu heat — Lestat informou.

As semanas depois do "incidente" na universidade passaram rápido. Quando eles chegaram no apartamento, Lestat levou Louis para o banheiro da suíte e o sentou na bancada da pia. O ômega ainda estava triste e seus olhinhos brilhavam das lágrimas que ainda não tinham escapado.

— Me deixe limpar — Lestat pediu segurando na mão do namorado, que suspirou e aceitou. Então o alfa abriu a torneira e lavou o ferimento com delicadeza — está doendo?

Non, só estou chateado. Eu queria tanto que você tivesse visto o presente — ele disse cabisbaixo.

— Me perdoe por ter demorado, se eu tivesse chegado um pouco mais cedo, isso não teria acontecido — o alfa beijou a mão do seu ômega.

Non, a culpa não é sua. Era um surpresa, você não tinha como saber.

— Se a culpa não é minha, ela também não é sua.

O alfa fazia carinho no rosto do seu ômega, então sua mão deslizou até a nuca de Louis e o beijou delicadamente. Seus lábios se encontraram com calma, o beijo foi ganhando profundidade pouco a pouco. Não era um beijo quente ou afobado, era apenas carinhoso.

— Está melhor? — o alfa perguntou para Louis, que concordou.

Oui, eu só queria que você tivesse provado, c'était important pour moi.

— Posso comprar tudo que precisar e você faz outro — o lúpus sugeriu.

Non — o morenos suspirou — não será a mesma coisa.

— Por que?

— Eu comprei o material com meu dinheiro, eu me esforcei para ganhar esse dinheiro e poder fazer um presente para você. Você faz tanto por mim e me sinto mal por viver a suas custas, era um jeito bobo de te mostrar o quanto gosto de você e aprecio tudo que você faz por mim.

— Quando você vai entender que só de estar comigo, sendo quem é, já me é um presente?

Mon Loup... — Louis sussurrou e Lestat o beijou.

Ele amava seu ômega, Louis era seu soulmate e ele faria tudo por ele. O ômega não entendia porque era tão importante para ele, mas ele lhe explicaria quantas vezes fosse necessário. As pessoas nunca o entenderam, mesmo os mais próximos tinham dificuldade. Louis era sua fonte de calmaria e carinho, ele o amava por quem ele era e Lestat o amava em intensidade igual ou maior.

— Vamos tomar um banho e eu posso pedir algo para comermos, tudo bem? — Lestat sugeriu e Louis concordou com a cabeça.

Lestat os despiu com calma, apesar de sempre desejar seu soulmate e idolatrar o corpo do seu ômega, aquele momento era de cuidado. Eles foram para debaixo do chuveiro e apesar de ficarem muito tempo abraçados em baixo da água, era apenas carinho. 

— O que vocês tinham feito? — o alfa perguntou enquanto lavava os cabelos do ômega.

— Era salame di cioccolato cremoso — o ômega respondeu já mais calmo, Lestat sorriu de canto porque Louis tinha um sotaque francês muito forte e era fofo ele falando italiano com o sotaque francês. 

— Só comi a forma tradicional, nunca o cremoso — Lestat continuou o assunto, porque ele queria distrair seu soulmate.

— Lembra um pouco um mousse, mas eu posso fazer as duas versões — ele olhou para seu alfa, que sorriu concordando.

— Hoje um amigo meu me ligou, foi por isso que me atrasei — o alfa disse, a mudança de assunto era para distrair seu ômega. Se Louis continuasse com aqueles olhinhos tristes, Lestat chamaria Heidi para ficar com ele e iria atrás dos alfas que o machucaram, dessa vez eles não sobreviveriam.

— Achei que tivesse demorado porque estava trabalhando — o ômega perguntou confuso.

— Bem, eu deveria, mas conversar com Tiziano parecia mais interessante do que perder meu tempo ouvindo uma apresentação sobre investimentos. Eu já tenho Heidi para isso — Lestat revirou os olhos e Louis riu — Enfim, Tiziano e Victor vão se casar, ele fez uma vídeo chamada comigo e Danila para jogarmos na sorte quem iria realizar o casamento e quem seria o padrinho.

— O que você vai fazer? — Louis riu.

— Padrinho, Danila está bravo comigo, porque ele acabou de assumir como conselheiro, então está resolvendo muita coisa. Até tentou trocar, mas eu não aceitei — o alfa deu de ombros, enxaguando o cabelo de Louis — mas, aproveitei que eles estão organizando o casamento e que Danila está assumindo como conselheiro para contar sobre você.

— Você ainda não tinha contado? Pourquoi? — o ômega perguntou um pouco receoso.

— Porque assim que eles soubessem viriam encher o saco — Lestat falou como se fosse obvio — assim como fizemos como Tiziano. Quando soubemos que meu amigo tinha encontrado seu soulmate, pegamos o primeiro voo para Itália para nos apresentar para Victor e contar todos os podres de Tiziano que pudermos lembrar. Ele jurou vingança e Tizano é completamente louco.

— Então eles também me contarão coisas sobre você? — Louis riu.

— Não se eu puder evitar — o alfa respondeu enxugando o cabelo do soulmate.

Depois do banho eles se aninharam no sofá, Lestat pediu comida e eles assistiram comédias românticas bobas, porque Louis gostava disso para se distrair. Ele estava cuidando do seu ômega e tinha informado Heidi como Louis estava, explicando que ele já estava bem. A ômega respondeu que estava aliviada, porque sabia que se Louis ainda estivesse magoado, ela que teria mais problemas para lidar.

— Você só fala desses dois amigos e do seu afilhado — Louis disse distraído enquanto eles comiam comida japonesa e assistiam "10 Coisas que eu odeio em você".

— Tiziano e Danila são os únicos que realmente posso chamar de amigos, fora Heidi. Harry se tornou meu afilhado por causa do meu pai. Como sua família é pura, nós temos tendências que chamar outro puro para apadrinhar nossos filhotes, pelo menos no conselho. Meu pai seria o padrinho de Harry e Alfa Jeon o padrinho de Gemma, a irmã de Harry. Meu pai sofreu o acidente poucos dias antes da apresentação de Harry como um alfa adulto, então eu o substitui. Foi a primeira coisa que fiz como conselheiro.

— Como adulto?

— Quando os filhotes nascem, eles ganham um padrinho, que tem como dever ajudar os pais desse filhote durante sua infância. Quando chegam a idade adulta, que para nós é aos 16 anos, eles se apresentam ao conselho como lobos responsáveis e independentes. Nessa hora um padrinho jura em frente ao conselho que o ajudará a se manter no caminho do código e também assume as consequências sobre seus atos — Lestat explicava com calma — Pode ser o mesmo padrinho que te acompanhou na infância ou outro.

— E no caso de Harry?

— Seus padrinhos de infância foram os Paynes. Geoff é um conselheiro e um dos melhores amigos de Desmond, pai de Harry. Mas quando o Jovem Styles chegou a idade adulta, meu pai seria o padrinho dele no conselho, mas ele não pode, então eu assumi esse papel.

— Você não parece arrependido — o ômega brincou.

— Não, não mesmo — o alfa riu para seu soulmate — se fosse qualquer um eu teria recusado imediatamente. Sinceramente, eu não acho que aceitaria nem ser o padrinho de Gemma, a irmã. Ao contrário dos outros lúpus que gostam de vários afilhados para aumentar sua influência por aí, eu prefiro dedicar meu tempo apenas a quem eu realmente vejo potencial.

— Então você deve gostar muito desse Harry — Louis sorriu e Lestat fez carinho nele. O ômega realmente estava interessado em tudo que o alfa dizia, mesmo que para muitos fosse um assunto chato. Lestat admirava muito seu soulmate, ele era diferente de qualquer um que passou pela sua vida e ele se sentia muito sortudo por o ter.

— Harry tem uma visão do mundo que eu aprecio e confio nele para que faça as mudanças que serão necessárias. Sei que Anne, sua mãe, também concorda comigo e o criou desse jeito, mas eu sempre estarei com ele quando ele precisar de mim. E, conhecendo esse abutres velhos do conselho como conheço, sei que ele precisará — o alfa respondeu e o ômega prestava atenção em cada palavra, mas Lestat achou melhor mudar de assunto, ele não queria preocupar Louis com esses detalhes — Pensei em te apresentar ao conselho logo depois do seu heat, o que acha?

Déjà?  — o ômega perguntou surpreso.

— Tiziano nos quer lá na semana do casamento, podemos te apresentar agora para que dê tempo de todos nós nos prepararmos para o casamento — Lestat explicou.

Oui, o que for melhor para vocês — Louis respondeu incerto e o alfa sorriu de canto.

Ma lune — Lestat segurou o queixo dos eu ômega com delicadeza — não é "o que melhor para nós", é sempre "o que for melhor para você", entendeu? — Louis sorriu tímido, concordando— Só iremos para Holmes se você se sentir confortável com isso.

— Não sei se terá algum momento que estarei confortável com isso — ele suspirou — eu só não queria ser o único que for apresentado, sabe? Não queria toda essa atenção em mim.

— Não se preocupe, daremos um jeito nisso — o alfa beijou seu ômega — ninguém vai ser burro o bastante de mexer com você.

— Eu imagino — ele riu.

Depois disso ele conseguiu distrair seu ômega, que nem parecia se lembrar o que tinha acontecido. Só quando foram dormir ele resmungou como queria que Lestat tivesse provado o tal doce, mas que Matteo tinha tirado várias fotos e ele mostraria para o alfa como o presente tinha ficado.

Lestat, por sua vez, fez o ômega prometer que ele faria o prato novamente quando ele comprasse os materiais. Ele ainda estava no processo do seu ômega entender que seu dinheiro era todo do seu ômega, caso ele quisesse. Ainda estava tendo dificuldades, mas evoluíram um pouco. Louis já não comprava mais só casquinhas de sorvetes, agora eram refeições inteiras, e também não enviava várias mensagens pedindo desculpas quando usava o cartão. Enviava só uma detalhando tudo o que tinha gastado, ignorando que o alfa sempre recebia a notificação do banco.

O alfa fez carinho na seu ômega que dormia, ele chegou tão perto de matar aqueles alfas naquela noite, que se segurar foi difícil. O "crime" cometido por eles não tinha tão grave de acordo com os lúpus, uma boa surra resolveria, mas ver os olhos magoados do seu soulmate foi o que mexeu com ele. Louis não se importava com o pequeno ferimento na mão, ele estava decepcionado porque o presente tinha sido destruído e isso o machucava. Foi esse olhar ferido e as lágrimas presas nele que deixaram o alfa tão perto de perder a cabeça.



— O quintal é enorme, eu não consigo ver o fim — Louis apertou os olhos tentando focar sua visão para ver por entre as arvores onde a propriedade terminava, mas isso não era suficiente.

— Tem que ser — Lestat beijou sua cabeça — quando nos transformarmos em lobos vamos precisar correr um pouco.

— Eu vou me transformar já? Demain? — os olhos do ômega brilharam, ele mal tinha dormido na noite anterior ansioso pela viagem e pelo seu primeiro heat com seu alfa.

— Não sabemos, pode ser em qualquer dia durante o seu heat ou depois. Alguns ômegas podem demorar até dias para revelarem seus lobos.

Non — ele reclamou. Louis estava muito ansioso para ver seu lobo, ele não queria esperar.

— Você quer conhecer o resto da casa ou quer comer algo primeiro? — Lestat perguntou divertido.

— Comer — o ômega resmungou emburrado.

Eles comeram na parte externa da casa, em um deck que dava para o lindo quintal. A casa era grande, mas a propriedade era enorme, cercada por um pequeno bosque. Apesar de estar ansioso, Louis acabou rindo das coisas que seu alfa lhe contava.

— Nosso padrinho? 

— Sim, como serei padrinho de Tiziano, ele será de Danila e Danila o nosso, ele disse que irá se vingar, mas quero vê-lo tentar — Lestat deu de ombros.

— Isso será engraçado — o ômega ria e tomou vários goles do seu suco.

— Por mim Tiziano poderia realizar nosso casamento, mas como sou um puro, terá que ser Desmond ou Jeon — o alfa falou aborrecido e Louis tomou mais um gole do suco, tentando esconder seu sorriso por falarem de casamento — o pai de Tiziano sempre foi muito importante para mim, eu também o escolheria sem pensar, mas infelizmente será outro puro. 

— Qual deles?

— Esperam que eu escolha Desmond por ser o líder, mas Jeon nunca enche o saco com besteira, então estou tentado a pedir para ele. Mas parece que também ele encontro sua soulmate, então estou receoso que eu o chame para realizar nosso casamento, ele queira "retribuir" e me chame para realizar o dele — Louis riu, porque a careta do alfa deixou claro que Lestat repudiava aquela ideia.

— Você não gosta disso?

— Para eu realizar o casamento de alguém eu teria que amar muito essa pessoa — ele respondeu fazendo careta, como se aquela ideia fosse impossível.

— Vou gostar de assistir um casamento lúpus, nem imagino como é — Louis prendeu o seu cabelo em um coque, aquela noite estava muito quente.

— Precisamos de um padrinho e duas testemunhas, como Danila será nosso padrinho, pensei em Tiziano e Harry, meu afilhado, como nossas testemunhas, se estiver tudo bem para você — Lestat falou fazendo carinho no seu ômega — nos rituais lúpus só pessoas juradas do código podem participar, eu acredito que Jordan e Jake vão jurar em algum momento mas não sei se a tempo do casamento.

— Mas meu irmão pode assistir? Eu não quero casar sem ele — Louis fez biquinho e Lestat o beijou.

— Rituais abertos como casamento podem ser assistidos por todos aqueles que forem convidados, mas não podem ser testemunha ou padrinhos — o alfa explicava — mas você poderá convidar quem quiser. Também pode escolher se quer que casemos aqui ou na França.

La France? — os olhos do ômega brilharam — Oui.

— Vou avisar minha mãe, ela me mataria e te sequestraria depois se organizássemos o casamento sem ela. Provavelmente ela irá querer que façamos a cerimonia na sua casa em Reims, mas isso podemos conversar melhor depois. Tudo bem?

Oui, é que estamos de falando de casamento como, sabe, se fosse, eu não sei — o ômega se enrolava nas palavras.

Ma lune — Lestat disse segurando a mão do soulmate — para nós lúpus, quando encontramos nosso soulmate,  já é um compromisso. Você nunca teria conseguido me marcar se não fosse para ficarmos juntos. A nossa ligação é de almas e não é um juramento bobo ou papeis assinados que mudam isso. Mas eu também entendo que você queira um pedido oficial e uma cerimonia para celebrar esse momento. Então tudo isso acontecerá como você quiser.

— Você não se importa como será? — Louis perguntou em um sussurro.

— Se você quiser uma festa gigantesca com mais de 500 de convidados, incluindo seu pai para esfregar na cara dele o nosso casamento ou uma coisa restrita com apenas dez pessoas, tanto faz. Eu estarei me casando com meu soulmate e sei as pessoas que gostaria que estivessem presentes. De resto, faça o que quiser, entendeu?

Oui — o ômega respondeu sorrindo, mas ele tinha mais uma dúvida e isso estava martelando na sua cabeça nos últimos dias.

Ma lune, você vai me falar o que está pensando? — o alfa perguntou.

— É besteira.

— Ok — Lestat afastou um pouco sua cadeira da mesa e puxou Louis para seu colo — já conversamos sobre isso, nunca é "besteira", apenas me diga.

— Ok — ele bufou — quando nos conhecemos você disse que queria me apresentar apenas para sua mãe e para seu afilhado, mas nunca falou sobre me apresentar para seus amigos. E você só contou para eles sobre mim agora, por que?

Ma lune, eu nunca quis te esconder dos meu amigos, eu queria esconder eles de você, porque eles são idiotas — Lestat disse sinceramente e Louis riu.

Mon loup, é sério — Louis falou entre risos.

— Estou falando sério, assim que Danila e Tiziano te encontrarem farão o possível para me provocar. Minha sorte é que Tiziano já tem Victor, ou ele faria várias "piadas" se insinuando para você, mas tenho certeza que, no mínimo, ele tentará te convencer a me abandonar para morar na Itália com a família dele.

— Por que ele faria isso?

— Porque eu fiz isso quando conheci Victor — o alfa deu de ombros e Louis ria alto.

Mon loup!

— O que? — ele se fez de inocente.

— Vocês são três crianças — o ômega negou com a cabeça, provocando seu alfa, que o beijou.

— Se eu te disser que sou o mais sério de nós três, você acreditaria?

— Isso eu posso ver — o ômega ainda ria.

— Danila é o mais calmo, o cavalheiro. Tiziano o mais idiota, aquele que sempre chama atenção onde vai. Eu fico mais quieto, observo mais.

— Vocês se conhecem há muito tempo, não é?

— Sim, fomos criados juntos. Eles são dois anos mais velho do que eu, mas a idade mental é bem mais abaixo — o alfa disse tomando seu suco e o ômega riu — Os conselheiros tendem a querer que seus filhos fiquem junto, isso torna as famílias mais próximas. Minha família sempre está no conselho pelos motivos óbvios. Irina, a mãe de Danila era a terceira geração da família Kozlovsky como conselheira, já Sergio Ferro foi um dos novos escolhidos quando Desmond assumiu como líder. Passamos todas as férias e feriados prolongados juntos, normalmente na casa da família Ferro — Lestat sorria de canto com as lembranças — até inventamos um intercambio para morarmos juntos.

— Como assim?

— Quando eu tinha 11 anos e eles treze, moramos todos na Rússia na casa de Danila por um ano. No ano seguinte foi nos Estados Unidos na casa dos meus pais e depois na Itália, com os Ferro. Voltei para casa com quase quinze anos, um tempo depois foi quando tive a briga definitiva com meu pai e abandonei minha casa. Voltei para Itália, morei com eles até terminar o ensino médio e viajei pelo mundo. Lucia, mãe de Tiziano, não queria me deixar partir, mas eu precisava daquilo, viver por mim mesmo por um tempo.

— Agora entendo porque vocês agem como irmãos — Louis fez carinho no seu alfa — Danila também é ligado aos Ferro?

— Muito mais do que eu, eles praticamente o criaram — Lestat suspirou e colocou seu copo sobre a mesa — a história é triste demais para um jantar como o nosso, então vou resumir, ok?

Oui — Louis respondeu confuso. O alfa se ajeitou melhor na cadeira, mantendo seu ômega em seus braços.

— A criação dos Kozlovsky é um pouco parecida com a que meu pai me deu. Fria, impessoal e sempre buscando seu o melhor, mesmo que te isso force ao extremo. Tudo piorou para Danila quando ele tinha dez anos, seu pai ômega e sua irmã mais nova sofreram um acidente de avião e faleceram. 

Non — o ômega sussurrou tampando sua boca com a mão.

— Irina se fechou ainda mais no trabalho e deixou Danila cada vez mais de lado, só lembrando dele na hora de cobrar, já que ele que assumiria o seu lugar tanto no conselho como na família Kozlovsky. Nós já éramos próximos, mas eu ainda não tinha entendido muito o que estava acontecendo. Então Sergio começou a nos levar para ficar em sua casa, cada vez por mais tempo, depois que entendi que Sergio e Lucia estavam nos protegendo e nos dando uma infância de verdade.

— Como minha tia fez comigo — Louis sorriu — eles parecem ser boas pessoas.

— São incríveis, quando formos para lá Lucia vai ficar te mimando e te entupir de comida. Até prevejo o quanto ela vai me encher o saco me dizendo que não estou cuidando direito de você e não estou te alimentando bem — Lestat suspirou dramaticamente — Também vai reclamar que eu deveria ter te levado assim que nos encontramos e farão uma festa para te receber, porque eles usam de qualquer motivo para fazer um grande almoço ou jantar em família.

— Parecem divertidos — o ômega riu.

— Eles são — Lestat beijou o seu ômega.



Louis estava na cozinha, ele tinha feito biscoitos de chocolates e estavam esperando que esfriassem para poder come-los. Seu alfa estava no andar de cima, tomando banho. O ômega tomou o quarto copo de água gelada seguido, o calor na cozinha estava ficando desconfortável.

 Ele tinha feito cobertura de chocolate e estava decorando seus biscoitos, usou seu braço para limpar as pequenas gotas que surgiram na sua testa. Aquele puxar no ventre já tinha começado, mas ele não parou o que estava fazendo. Sua concentração ficou um pouco perdida e ele se aborreceu consigo mesmo quando a linha de chocolate ficou um pouco torta, ele até tentou limpar, mas suas mãos tremeram levemente, então continuou o melhor que pode.

Ma lune — a voz rouco o chamou atrás de si e ele pulou de susto, estava tão focado nos seus biscoitos que perdeu a noção do mundo a sua volta — por que não me chamou?

— Eu queria comer os biscoitos — ele respondeu manhoso, sentindo o calor crescendo e  tomando.

— Tsc tsc — Lestat negou de um jeito malicioso, ele estava sem roupas, com o corpo molhado e só uma toalha em volta do quadril. Ele olhava seu ômega diferente, não com o olhar carinhoso de sempre, mas de um jeito predador, o que fez o ômega gemer baixinho — você queria tanto esse chocolate que não me chamou para cuidar do seu corpo em heat?

Oui? — a resposta saiu como uma pergunta, mesmo não sendo a intenção.

Lestat se aproximou do ômega, o pressionando contra a bancada da pia. O alfa sujou seus dedos com a ganache de chocolate e passou pelos lábios do ômega. 

— Prove — ele ordenou. A língua do ômega varreu um pouco do chocolate dos lábios, sentindo o sabor e o engolindo, sem tirar os olhos dos olhos do alfa — Minha vez.

O alfa tomou os lábios do ômega com calma, degustando o sabor do doce e de Louis. O leve toque dos lábios contrastava com  o aperto em volta da cintura. Mas então uma mão de Lestat subiu pelas costas do ômega e agarrou sua nuca, tomando o controle do corpo do outro e aprofundando o beijo.

As bocas se devoraram até que o sabor do chocolate já não existia, Louis sabia que seus lábios ficariam inchados, mas ele não se importava. Lestat só se afastou para puxasse a camiseta do ômega fora e voltou a beija-lo.

— Acho que quero mais chocolate — Lestat provocou e derrubou um pouco do doce no pescoço do ômega, que escorreu pelo seu peito.

Mon loup — Louis ofegou quando o alfa lambeu seu pescoço, dando pequenas mordidas depois.

— Você tem razão, o gosto é muito bom — ele murmurou contra a pele do ômega.

Lestat empurrou Louis contra a bancada, o deixando deitado contra o granito gelado. O ômega estava rendido, sentindo a boca de seu alfa pela sua pele, lambendo o rastro do chocolate e mordendo logo depois.

— Vou te deixar várias marcas até que eu deixe a que eu realmente quero — Lestat disse baixinho, contra o ouvido do ômega.

O alfa abriu a calça do ômega a tirando junto com a boxer, aproveitando que Louis estava descalço, e largou a roupa pelo chão. Ele usou a colher para deixar cair o ganache, que já estava frio, pela coxa do ômega, virilha e fazer um rastro sobre o pau, que já estava totalmente duro.

— Tão ansioso por atenção — ele provocou.

Mon loup... s'il te plaît... — o ômega implorou, o calor o consumia e ele sabia que perderia o controle em pouco tempo.

— Calma, eu quero brincar com você antes — Lestat sorriu perigoso e lambeu as coxas de Louis, que arqueou um pouco as costas.

Lestat apertava as penas do ômega, sabendo que as marcas do seus dedos estariam ali nos dias seguintes e ele queria aquilo. O cheiro de Louis estava cada vez mais forte, seu ômega o afetava de um jeito que ele nem sabia que podia acontecer. Assim como logo Louis perderia a consciência, se entregando aos instintos, Lestat também estava lutando por isso. Ele queria provar seu ômega, queria marca-lo.

Mon loup — Louis uivou inspirando forte, ele estava sensível demais e Lestat não dava tempo para assimilar o que estava acontecendo. Mas quando ele lambeu seu pau, Louis sentiu a sanidade escapando da sua mente.

O alfa o chupava com vontade, disposto a fazer sumir totalmente o gosto do chocolate e sentir o prazer do seu ômega escorrendo pela sua garganta. Ele segurava as coxas apertadas pelas suas mãos, deixando as marcas vermelhas.  Louis gemia coisas desconexas em francês, suas mãos nos cabelos loiros do alfa como se ele não soubesse o que fazer.

Mon loup... s'il te plaît... je... mon... loup...

A lubrificação do ômega escorria, além da excitação, o heat a aumentava e o cheiro era tão forte e atrativo, que Lestat não resistiu. Ele usou sua mão para masturbar o ômega na mesma velocidade que sua boca o chupava e sua língua foi até a entrada dele, que quase gritou. 

Apenas uma prova do gosto não era suficiente, ele queria mais, precisava demais. O sabor estalou na sua língua e o alfa sentiu o seu corpo pegando fogo. O lobo no peito rosnava querendo seu ômega, não existia mais espaço para consciência, os dois se entregaram nos instintos.

Ma lune — Lestat rosnou o puxando — eu realmente queria te levar para cama, mas não acho que consiga esperar — sua voz estava rouca, enquanto seu pau se encaixava na entrada do ômega.

— Me morda... por favor... — Louis implorou ofegando, sentindo o pau do seu alfa entrando devagar na sua entrada — mon loup...

— Eu não conseguiria esperar mais de qualquer jeito — ele respondeu beijando o pescoço do ômega.

O calor do heat já tinha tomado conta, não havia espaço para gentilezas. Lestat tentou começar devagar, mas nem seu ômega queria. Louis se movimentava de encontro ao alfa, os dois cada vez mais rápidos, fazendo o barulho das peles se batendo ecoarem, sendo abafados só pelos gemidos e rosnados.

Mon loup...

— Eu sei — Lestat rosnou, ele envolveu os cabelos de Louis na sua mão e puxou para o lado, dando acesso total ao seu pescoço.

Suas presas se fincaram na pele do ômega sem hesitar, a perfurando enquanto o lobo no peito uivava alto e possessivo. Louis gemeu alto, sentindo o prazer romper dentro dele e se agarrou ao seu alfa enquanto gozava.

A entrada do ômega o apertava tanto, que ele quase soltou da mordida, mas ele não queria. Ele queria o vinculo mais forte e profundo. Ele continuou mordendo mesmo quando gozou, só soltando quando precisou de ar.

Mon loup — o ômega disse manhoso contra o pescoço do alfa — acho que não tenho mais ossos.

— Tudo bem, eu te seguro — o alfa murmurou beijando e lambendo de leve a marca no pescoço do seu ômega — Vamos para cama? 

— Vai ter que me carregar — Louis disse envolvendo os braços em volta do pescoço do alfa, que riu com a manha.

— Tudo bem — ele passou o outro braço por debaixo das pernas do ômega, o levantando e indo em direção ao corredor.

Non, meus biscoitos!

Lestat revirou os olhos, mas voltou para que o ômega pegasse o prato com os biscoitos e o potinho com ganache. O alfa levantou a sobrancelha, mas Louis apena sorriu.


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