Minha sombra em suas mãos

By Heartagrama

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Jiang Xi está morrendo. Ou é isso que Xue Meng pensa quando, durante a reunião anual das seitas, ele encontra... More

Lágrimas do dragão
Só uma palavra me devora...
Anátema
Pétalas de bem-me-quer(arranque pedaços de mim)
Alma Profana
Enquanto o amor não vem
Coração Perdido na Neve
Eu nunca plantei flores, mas se o fizesse, eu as chamaria pelo teu nome

Pegue as lágrimas que ninguém chorou por você

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By Heartagrama

All I feel is peace, calm and grace
When you are here just by my side
And I pray

For your life, for your dreams, for your soul
You're indeed
My purest beautiful love

(Warm Wind - Edu Falaschi)

*****

"Eu... eu preciso ir embora...."

Essas foram as palavras de adeus de Xue Meng.

E era com essas palavras ecoando em sua cabeça que Mei HanXue estava trancado em seu quarto, tendo apenas Mei Hanxue como companhia.

Eles nunca foram companheiros de bebida porque Mei HanXue não gostava de beber, mas se havia um excelente dia para se embebedar era aquele.

Era triste pensar que Mei HanXue jamais conheceria a vida que sonhou, mas como ele poderia experimentar outra vida sem ser com a pessoa que iluminava sua alma?

Mei HanXue se lembra dos últimos dias e gestos trocados. Se lembra das visitas noturnas em que o amor que ele sentia, por mais desvairado que pudesse parecer era a verdadeira autoridade que regia suas ações.

Sempre mais comedido. Sempre mais afastado. Sempre mais isolado. Mas a razão não era outro se não o peso que sua mente doente provocava. Como ele podia depender tanto de uma pessoa e permitir que no silêncio de suas atitudes despercebidas roubasse cada vez mais um pouco de sua sanidade?

Mei HanXue sabe que existe um limite para tortura e era por isso que ele estava deixando-o ir.

O que adiantava manter um pássaro bonito e vistoso em uma gaiola? Uma hora as penas perdem o viço e a voz perde a força, enquanto a ave definha de tristeza. Se havia alguém que podia suportar grandes cargas de dor era Xue Meng, então era injusto tirar-lhe algo tão substancial quanto a liberdade.

Se alguém lhe perguntar, ele não se arrependia de tentar, mas se arrependia de não ter sido honesto com Xue Meng desde o princípio, mas o que adiantava honestidade agora?

Ele havia conhecido o sabor do beijo e a tinha se embriagado em seu corpo, e agora depois de viciado, sofria as crises de abstinência.

Xue Meng era como um livro de poesias que ele havia decorado, mas as vezes parecia que ele próprio se tornava um livro vazio, ansioso pelas palavras que completavam suas páginas em branco.

Será que era o tempo de tirar um tempo de reclusão para si novamente, silenciosamente dando folga ao seu coração, mesmo que fosse uma tentativa inútil?

Por que esmurrar continuamente pontas de espadas sem se preocupar que os punhos sangrassem após ter seus tendões cortados? Não era essa dor a grande prisão que o abraço de Ziming provocava sempre que correspondia ao seu toque com abandono?

Ziming nunca seria deles.

Nunca estaria com ele, nunca se sentaria ao seu lado no salão de sua seita e nunca usaria a coroa que ele preparou com tanto cuidado para o dia em que se casassem. Nunca usaria seu sino de prata como seu companheiro de cultivo ao longo da vida.

Quando ele e Mei Hanxue descobriram as memórias presas no miasma da floresta de ameixa, ficaram felizes que mesmo após tantas dores, suas outras versões conseguiram encontrar pelo menos algum resquício de felicidade.

Mas também eram o grande tormento que Mei HanXue nunca contava a ninguém. Ver, ouvir, sentir e invejar algo que ele desejava desesperadamente. Quantas vezes ele não pensou em apenas tirar seu sino e viver eternamente na ilusão em que Xue Meng sorria para ele e procurava por ele, aceitando sua presença em sua vida?

A solidão era a companheira da morte. Mas a morte era uma liberdade? Ou eles se veriam em uma próxima vida de novo... Grilhões de sentimentos que perduram ligadas pelo fio inquebrável do destino. Um fio longo e vermelho...

Mei HanXue estava chorando silenciosamente, mas sentia como se sua alma gritasse, incapaz de esconder a dor de se sentir mutilada com a partida de quem a mantinha estável e inteira.

Mei Hanxue do outro lado do quarto, estava encostado na parede, o cabelo sempre arrumado, estava arruinado em um dos lados depois que ele puxou alguns fios, nervoso que estivessem permitindo que Xue Meng fosse embora.

Por razões lógicas eram sempre eles que fariam questão de acompanhá-lo de volta, garantindo sua segurança, mesmo quando ele insistia que sabia se cuidar. Mas dessa vez, ele precisava de um último resquício de dignidade, ou iria esquecer tudo o que planejou e apenas roubar Xue Meng uma segunda vez e beijá-lo até que ele percebesse a loucura que estava cometendo ao ir embora sem dizer o que sentia, então apenas escolheu os melhores cultivadores para escoltá-lo.

O susto da última vez ainda estava cravado no coração de Mei HanXue.

Um amor tão forte que dói.

As responsabilidades continuariam a chamar, mas Mei HanXue sabe que não hesitaria em usar uma técnica proibida para trazê-lo de volta, e se falhasse, não se importaria de segui-lo além da morte.

O verdadeiro amor não é o que prende, mas o que liberta e oferece a chance de voltar. Mas ele conhecia Xue Meng o bastante para saber que ele não voltaria. E isso machucava como se ele tivesse empunhado LongCheng e enterrado ela em seu peito.

Mei HanXue não o culpava por sua falta de amor. Mas culpava seu narcisismo, sua autossuficiência, culpava seu temperamento ruim, mas que só fazia que ele se apaixonasse mais, culpava sua beleza e carisma, mas acima de tudo culpava sua mentira. Porque não era a falta de afeto que os impedia de ficar juntos, mas a covardia que Xue Meng sentia de deixá-los cuidar dele como merecia.

Xue Meng vivia sempre com medo. Com medo de não ser perfeito. De não ser o bastante. E com isso se afastava e afastava todos. Ele tinha medo de ser vulnerável, mas era exatamente isso que Mei HanXue mais queria proteger.

Os soluços baixos de Mei Hanxue eram como os sons da dor que embalariam o restante de sua tarde e entrariam pela noite, até que exaustos eles dormiriam. Para sonhar com abismos profundos em que Xue Meng é um perfeito sonho de primavera.

Mas algo curioso saiu do bolso do irmão, flutuando. Era uma delicada flor com um feitiço de comunicação.

"Saudações líder Mei. Estou um pouco confuso! O Líder Xue está voltando? O que houve? Ele recusou o noivado novamente?"

Mei Hanxue era o que mais demonstrava sua dor sem nenhum tipo de medo de julgamento, no entanto, Mei HanXue não conseguia externar muito bem seus sentimentos ou tormentos, e naquele momento, não se sentia preparado para dizer em voz alta ao velho ancião, que tanto torceu por eles, que eles estavam abrindo mão de sua felicidade com Xue Meng, para que ele pudesse tê-la onde quisesse.

"Nem conseguimos fazer o pedido ancião Xuanji!"

Do outro lado da flor, o ancião XuanJi parecia simpatizar com a dor dos dois rapazes que tentavam de todas as formas serem notados, mas sem nenhum sucesso.

"Nem tudo está perdido se vocês ainda são amigos. Por um instante, achei que ele descobriu que vocês o sequestraram a caminho da seita depois de dopá-lo e subornar os discípulos. Como ficaria minha posição no Pico se ele descobrisse que fui eu quem deu a ideia?"

"Não se preocupe ancião. Se Xue Meng tivesse descoberto, nós assumiríamos toda a responsabilidade. Sabíamos do risco quando tentamos fazer o mesmo que o tio Xue. Uma pena que nós não tivemos a mesma sorte. Por favor, nos avise quando ele chegar e que está em segurança. O senhor entende por que... dessa vez... nós não podemos acompanhá-lo."

"Perfeitamente jovem Mei. Uma pena realmente. O líder Xue Zhengyong e esposa ficariam felizes em ver o filho bem cuidado. E por certo apreciaria o gesto romântico e ousado dos jovens mestres em repetir o seu feito. Realmente uma lástima que não deu certo..."

A voz do ancião sumiu assim que a flor parou de brilhar, pousando suavemente na mesa.

A luz do ambiente agora era praticamente proveniente da lareira do quarto deles que estava acesa. Observando o brilho do fogo que queimava e consumia a lenha lentamente, Mei HanXue se perguntou onde Xue Meng estaria e o que estaria fazendo. Teria feito uma pausa em uma estalagem? Dormiria ao ar livre? Estaria pensando neles ou sentindo sua falta? Tantas perguntas e nenhuma resposta.

A neve tinha dado uma trégua, mas nem por isso parou de chover lá fora. Trovões cortavam o céu e iluminavam brevemente o quarto pela janela do vitral. No momento em que um raio forte e muito claro iluminou o ambiente, Mei HanXue viu, parado na porta do quarto, um homem com o rosto extremamente zangado, usando uma roupa azul com armadura prateada e com um rabo de cavalo alto, de braços cruzados, o anel de líder reluzindo em sua mão impaciente e batendo a ponta de um dos pés irritado.

Xue Meng estava lá. Ele ainda não tinha ido embora.

"Alguém vai me explicar que porra é essa?"

***

No Pico SiSheng, um homem velho tem um problema. Ele não é do tipo que consegue dizer "não" para as pessoas com facilidade. Na verdade, ele contava nos dedos as pessoas que ele poderia dizer essa palavra de três letras sem se sentir muito desconfortável.

O ancião Xuanji é um grande mestre, um excelente cultivador, sabe guardar segredos muito bem (mesmo que ele aprecie uma boa fofoca como qualquer ser humano curioso) e tem um grande talento para a diplomacia. Isso é um fato e um feito notório, pois era ele quem tinha o maior número de discípulos enquanto lecionava.

Era do conhecimento geral também que ele era um dos poucos a se dar bem com o ancião Tanlang, mesmo quando ele precisava ir defender os interesses de seus discípulos. Cortesia de Veggie Bun.

Frequentemente eles jogavam jogos de tabuleiro e era interessante ver como o rigoroso "picles de inverno" sabe sorrir e que seu sorriso era até mesmo bastante simpático.

Era também o ancião XuanJi, que sempre ajudou os gêmeos Mei com suas brincadeiras para tirar o líder Xue de suas obrigações cotidianas para que isso não o levasse para uma vida sofrida e isolada.

Era ele também que conseguia driblar o humor instável do jovem líder sempre que se desentendiam ou ficava com ciúmes. Normalmente essa seria uma tarefa para o Elder Yuheng, mas todos no Pico SiSheng adotaram uma postura protetora com o líder desde que seus pais não estavam mais por ele e seu shizun se retirou para as montanhas.

Foi ele também quem atendeu ao pedido de Jiang Xi para que Xue Meng fizesse algumas tentativas de fazer uma aliança por matrimônio. Como líder, ele sentia que devia instruir a geração mais jovem e era seu dever para com a sua irmã mais velha, que era a mãe de Xue Meng.

Sim, esse era um bom plano e Xue Meng era um bom rapaz que merecia refazer sua vida com algo mais sólido do que paredes.

Uma pena que o jovem líder fosse tão exigente. Ou não tanto.

O ancião Xuanji já tinha visto muitas primaveras para não entender onde havia o florescer de novas flores no jardim perfumado da vida. Não foi muito difícil, para alguém como ele que aprendeu a admirar um certo 'Picles de Inverno' do silêncio distante de uma amizade, a reconhecer que havia mais em toda aquela afeição entre o Palácio Taxue e o Pico SiSheng.

XuanJi viu o líder Xue crescer. Ele sabia bem como ele era como filho, como discípulo, como irmão, como amigo, como líder e como shizun também.

Não era difícil perceber que havia mais sentimentos e que era quando o líder Xue poderia realmente relaxar. Não era a mesma amizade que ele sentia por Shi Mingjing por exemplo. Apenas o líder Xue não havia se dado conta do quanto ele se sentia e agia diferente na presença dos irmãos Mei.

Havia rubor, sorrisos bobos junto com irritação, havia preocupação com a comida e com as acomodações. E mesmo que fosse o mesmo com o líder Jiang, ainda tinha as suas nuances de diferenças. Era uma amizade tolerante e muitas vezes permissiva em liberdades ou provocações que só existem entre casais.

Havia fogo nos olhos e Xuanji conhecia bem esse fogo nos olhos dos jovens.

Como responsável pelo bem-estar do líder e do Pico, não demorou para que interpelasse os dois rapazes do Palácio Taxue para descobrir se qualquer intenção era séria. Afinal, o bom nome do Pico SiSheng também dependia da conduta de seu líder e não era incomum ver o mais jovem dos irmãos Mei ser expulso do quarto do líder Xue a gritos nas primeiras horas da manhã. Ou que quando Mei HanXue estivesse hospedado no Pico, ele fosse pessoalmente à cozinha ajudar a fazer o café-da-manhã do líder Xue. Qual não foi a sua surpresa ao descobrir que ambos tinham mais guardado no coração do que deixavam transparecer? Era obvio que havia paixão, mas amor...

Embora confuso e uma situação delicada, pois eles eram dois homens, irmãos, e apaixonados pela mesma pessoa. A juventude passa e nós só nos lembramos dela com nostalgia, arrependidos ou saudosos depois que estamos velhos. Só se é jovem uma vez e o líder Xue merecia alguém que o amasse e o fizesse feliz.

"Ele não liga para nós, Elder XuanJi! Xue Meng nem mesmo nota o quanto nos esforçamos para estar sempre junto a ele. Ou o que sentimos."

Naquele dia, eles estavam na biblioteca, no meio de um jogo de tabuleiro com o ancião Xuanji, depois que o líder Xue os expulsara do treinamento de seu discípulo, acusando-os de 'atitudes impróprias' e que estavam ensinando insubordinação ao seu pupilo.

"Mas vocês já tentaram falar abertamente sobre o que sentem? As vezes as coisas precisam ser ditas às claras para serem compreendidas. É do líder Xue que estamos falando." Disse o ancião em meio a um movimento de suas peças.

"Xue Meng acha que sou um tarado tentando se aproveitar dele." Disse Mei Hanxue.

"Ziming não está errado sobre você. Mas ele acha que eu sou uma pessoa deprimente e que vivo para rejeitar as mulheres para Hanxue."

"Oh, talvez o jovem líder precise de algumas doses de emoção para entender o que sente." O ancião XuanJi era risonho e gostava de brincar. Então nunca pensou que suas palavras pudessem ter tanto peso aquele dia.

"O que o Elder XuanJi sugere? Nós já tentamos de tudo!" Argumentou Mei HanXue.

"Oh, eu não sei! Quem sabe sequestrá-lo e fazê-lo gostar da vida de casado? Funcionou com Madame Wang!"

Tudo foi dito em tom de brincadeira, para uma simples descontração de jovens infelizes. Qual não foi a surpresa ao descobrir por Xie Fengya quando este retornou ao Pico SiSheng que Mei Hanxue havia levado o líder e que ele até mesmo ajudara na brincadeira para que o líder pudesse tirar uns dias de descanso?

Agora ele ouvia, em sua sala, esperando seus discípulos entregarem as lições vespertinas, de que tudo tinha dado errado....

****

Xue Meng apenas observa a cara de culpa e espanto dos irmãos Mei.

Se ele tinha ouvido bem, Mei HanXue e Mei Hanxue planejaram seu sequestro com o apoio de seus discípulos e do ancião XuanJi.

Que grande ultraje! Que falta de respeito!

Claro, que ele não saberia disso se não tivesse voltado ao quarto deles para se despedir.

Depois da última vez em que ele havia saído sem falar nada e quase morreu, Xue Meng sabia que deveria se despedir antes de ir embora, mesmo quando Mei HanXue quase o expulsou do salão de sua seita quando ele gaguejou o motivo pelo qual queria voltar.

"Você quer tanto ir? Então vá logo? Nada mais te prende aqui!"

O clima ficou estranho depois disso e quando ele chegou em seu quarto, todas as coisas que ele havia perdido e que foram presentes de Jiang Xi estavam diante de seus olhos.

Apesar de satisfeito de contemplar alguns de seus preciosos tesouros, Xue Meng não estava feliz. Essa não era a forma que ele queria se despedir do Palácio Taxue. Ou dos irmãos Mei.

Um discípulo calmo estava lhe ajudando no Pátio do Palácio quando foi informado que os líderes do Palácio se desculpavam por não poder irem se despedir dele.

Xue Meng não questionou, mas o vazio em seu peito cresceu tão logo ele subiu em Long Cheng junto a formação de espadas que o acompanharia.

O jovem discípulo que o acompanhava no trajeto, e liderava a formação de espadas falava pouco, mas vendo a sua angústia, ele sorriu levemente e disse: "Eles estão chateados. Esperavam a sua visita há muito tempo. Mas ainda dá tempo de se despedir. Tenho certeza de que eles aceitarão se insistir só um pouquinho Líder Xue."

O caos sempre esteve ao seu lado, e mesmo que ele não conseguisse antever todo esse tormento irônico, de certa forma essa bagunçada harmonia que eles tinham lembrava muito o cheiro de um lar.

Talvez por isso Xue Meng tenha ficado tão ofendido com a ideia de ser chutado da vida deles como um cão de rua.

Mas o que esperar de uma vida onde o medo e a ansiedade constantes fogem com o seu ar, enquanto ele fingia exorcizar demônios internos da mesma forma que com sua espada ele atravessava espíritos e fantasmas?

Não, os irmãos Mei tiveram que, de alguma forma enfiar o dedo em uma ferida antiga e mal cicatrizada, que continuamente sangrava, mesmo que ele usasse bandagens invisíveis para esconder como a flor brutal do desejo voltou a crescer dentro dele.

Xue Meng se lembra do jubilo orgulhoso que ele experimentou pela manhã, mas que agora parecia tão distante quanto a linha do horizonte.

Xue Meng era orgulhoso. Era impulsivo. Era explosivo. E era intenso. Não havia meias palavras em seu vocabulário e era por isso que ele evitava admitir coisas das quais se envergonhava ou queria evitar a todo custo. Porque ele sabia que depois de feito, não havia retorno. E nada poderia voltar a ser como era antes.

Xue Meng ouviu o conselho do rapaz que parecia olhá-lo de canto de forma divertida. Xue Meng estava chateado, então não disse nada. Mas se lembrou das palavras de Mei Hanxue sobre as mulheres tentarem conquistar o favor de seus maridos com gentilezas e muitos carinhos. E que quando um homem estava feliz com isso, ele era generoso com elas. Bem, Xue Meng não era muito gentil ou carinhoso, mas os irmãos Mei eram homens e Xue Meng era mil vezes melhor do que qualquer mulher. Ele não queria terminar anos de amizade indiferente com remorsos em sua alma e muito menos ouvir o ancião XuanJi recitar os inúmeros motivos pelo qual ele devia manter boas relações com as outras seitas. Será que tudo ficaria bem se ele oferecesse uma estadia de duas semanas no Pico SiSheng?

Sem muita explicação, Xue Meng simplesmente abandonou a formação e fez uma curva, disposto a resolver essa pendência de forma civilizada. Ele era um adulto e um líder de seita. Deveria resolver suas diferenças com coragem e sabedoria. Mas nada o preparou para ouvir Mei HanXue soluçando como se tivesse acabado de saber que Mingyue Lou tinha ascendido. Mas pior do que quebrar seu coração com lágrimas que doeram no fundo de sua alma, foi escutar o ancião XuanJi contar, sem muitos detalhes o que de fato havia acontecido.

"Ziming!"

"MengMeng"

"Cale a boca! Eu estou esperando!" Ele vociferou da porta.

"MengMeng, seja razoável, não podemos responder com a boca fechada!" Mei Hanxue parecia ter prazer em cortejar a morte.

"O que faz aqui?" Perguntou Mei HanXue.

"Não mude de assunto! Quero saber exatamente que história é essa de sequestro? Mei Hanxue você subornou meus discípulos? Envolveu um ancião do Pico nessa história sórdida! Você tem coragem!"

"Não é como se você não tivesse entendido Ziming. Não é educado ouvir conversas alheias, mas educação nunca foi seu ponto forte!"

Xue Meng sentiu o corpo tremer de raiva ao ouvir isso. Ele tinha vindo ali para tentar fazer as pazes, não para ser insultado.

"Quem você pensa que é, Mei HanXue?"

"A pessoa que lidera esta seita. Não mude de assunto você, Ziming. Estava tão disposto a ir embora que até fugiu colocando em risco sua segurança. O que você perdeu aqui que voltou?"

A dignidade e o bom senso, pensou Xue Meng, irritado. Mas Mei HanXue não parecia disposto a deixá-lo sair dali sem respostas, invertendo totalmente a situação. Ele é que precisava de respostas. Mas a verdade é que nem mesmo ele sabia o que tinha ido buscar. O que ele procurava com tanta voracidade, mas não conseguia vocalizar.

"Eu vim devolver o sino de Mei Hanxue." Improvisou Xue Meng sem pensar em suas palavras.

"Até quando você vai continuar enganando a si mesmo Xue Meng? Será que você é tão tapado que não entendeu nada da conversa que ouviu?" respondeu Mei Hanxue, se levantando para se aproximar de Xue Meng. O andar predador, como sempre provocando sentimentos contraditórios que fariam Xue Meng se envergonhar mais tarde.

"Por que não admite de uma vez o que você quer de nós há tanto tempo e que machuca a todos nós!"

"Vá se foder! Eu não tenho que admitir nada! Eu não sinto nada" Gritou Xue Meng, embora estivesse assustado.

"Não é me foder Xue Meng. É te foder! É isso que você quer! É isso que você procura! Ser fodido até perder a razão!! Ziming, seja honesto consigo mesmo e nos tire a todos dessa agonia perversa!"

Xue Meng apenas olhou ao redor sem saber o que dizer. Entre olhares e sussurros ele passou seus dias e devaneios, mas era diferente esperar que toda essa ilusão passageira fosse mais forte do que ele imaginava.

Era só um momento. Um momento passageiro onde ele pensou que poderia...

"Não pise mais no nosso amor MengMeng!"

Amor...que amor?

Que palavra tão pequena, mas que provocava tanto desgaste? Amor eram os nomes que ele citava em silencio antes de dormir. Era a lembrança de ser a ausência no coração de outra pessoa. Amor era o sonho mais bonito e o maior motivo da insônia. O amor ultrapassava a barreira do tempo, compondo detalhes esculpidos na fortaleza da alma, porque o corpo que se desfazia no vento.

"Eu não fiz isso!" Ele não poderia ter feito isso, porque amor era a última coisa existente em sua vida atualmente.

"Fez Ziming. E faz ainda! Você nos toma como loucos que não conseguem entender a essência dos próprios sentimentos. Você é que não entende os motivos pelo qual sempre fica feliz com a nossa presença mesmo que negue. Porque se sente seguro nos nossos braços mesmo que você vá sempre nos repelir pela manhã! Você sente tanto que precisa nos xingar para se convencer de que não somos o bastante porque no fundo sabe, que somos não apenas tudo o que você quer, mas tudo o que você precisa! Que você nos deu passagem livre no Pico Sisheng, mesmo quando invadimos o seu espaço que você diz prezar tanto. Porque é por isso que você não foi embora ainda, porque sente que se for por aquela porta talvez possa ser para sempre e te dói, tanto quanto em nós a simples ideia de nunca mais nos ver, ou de nos ver felizes com outras pessoas que não é você! Admita Ziming. Pelo menos uma vez, seja verdadeiro com seus sentimentos e diga aquilo que está preso em seus lábios, ameaçando explodir em seu peito. "

Xue Meng nunca foi bom com palavras. Como poderia? Ele nunca soube elogiar. Bajular não era sua virtude. Mas o coração estava acelerado ao mesmo tempo que ele buscava entender o que foi aquele discurso acalorado.

Quem amava quem?

Então Xue Meng começou a pensar em vários momentos que eles viveram desde a infância até eventos mais recentes. De como Mei HanXue e Mei Hanxue sempre davam um jeito de estragar seus encontros, mesmo que ele já quisesse se livrar deles a princípio. De todas as vezes em que foram a caça noturna juntos e que dormiram ao ar livre ou em pousadas e eles sempre acordavam entrelaçados. Em como era bom sentir o carinho no cabelo e em como ele derretia sentindo as pernas bambas. Em como seu coração sempre acelerava de raiva sempre que um deles estava por perto de outra pessoa.

Xue Meng já passou da fase de questionar sua sexualidade. Ele vinha fazendo isso o tempo todo depois de sentir o primeiro beijo de Mei HanXue no dia em que foi sequestrado, mas não queria admitir que há muito tempo uma atração sem sentido já o perturbava.

Xue Meng estava arfando, cheio de expectativa, quando Mei HanXue se aproximou, os olhos verdes mais escuros mesmo a pouca luz do ambiente.

Na verdade, a lareira com chamas vermelhas apenas lançava um brilho cor de cobre nos cabelos loiros e o fogo crepitando parecia entoar uma canção perigosa de desejo.

O que aconteceria se ele decidisse ficar? Ele não parecia capaz de decidir por si mesmo se ficava ou ia embora. O que aconteceria se ele resolvesse ficar e descobrir o que era, ou ter certeza do que era isso que ele sentia?

A resposta estava naquele olhar súplice. Havia ternura naquele olhar e promessas difíceis de ignorar. Xue Meng queria fugir, mas não conseguia se mover para longe. Suas mãos suavam e seu coração estava acelerado. Havia mais expectativa sobre o que poderia acontecer se ele decidisse ficar do que ele seria capaz de verbalizar.

Mei Hanxue também parecia aguardar um sinal de que ele poderia se aproximar, o sorriso límpido e fácil substituído por uma expressão grave, quase solene e que teria feito Xue Meng zombar dele se não fosse a importância da situação.

"Xue Meng!"

"Ziming"

Seu nome dito assim provocava medo no coração do jovem pássaro, e uma sensação de... antecipação.

Gelo derretendo em lava quente. Uma sarça de fogo que queimava infinitamente, buscando ser consumida. Destruindo sentidos e pudores.

Xue Meng sentiu os lábios de Mei HanXue se apossarem dos seus como se ele fosse o último alimento de um continente. Doeu quando seus lábios se chocaram rudemente, mas antes que Xue Meng pudesse se afastar Mei Hanxue, normalmente gentil apenas cravou os dentes na curva do seu pescoço, provocando um gemido prolongado que foi devorado por Mei HanXue.

Antes que ele pudesse se dar conta, seu traje de líder caiu, peça por peça, cinto e couraça junto aos protetores de braço e ombreiras. Por último, mas não menos importante, os mantos abertos sendo puxados suavemente, camada a camada, exibindo uma pele cremosa, delicada mesmo com uma ou outra cicatriz de treinamento.

Resistencia era a última palavra que Xue Meng estava pensando, como se soubesse que o tempo todo ele esteve esperando. Porque seu corpo sempre foi mais honesto quanto aos seus desejos do que sua mente.

Xue Meng sentiu os joelhos fraquejarem quando Mei Hanxue agarrou o seu corpo suavemente ao beijá-lo. As mãos de Mei HanXue não ficaram atrás quando ele começou a passar as unhas na barriga de Xue Meng, exposta, e se aproximando perigosamente de sua ereção livre, que se tornou alvo da exploração de Mei Hanxue.

Xue Meng mal se recuperava de um beijo e podia sentir a eletricidade de cada toque em cada terminação nervosa. Ele nunca pensou que seu corpo poderia ser tão sensível a carícias e tão carente dessa mistura perigosa de ousadia gentil e descontrole absoluto.

"Xue Meng, você tem ideia do que eu senti...de como foi difícil ver você na cama e não te tocar vestido daquele jeito... De como eu sofri desejando você... esperando apenas uma vez você tentar me seduzir de verdade... eu não teria resistido Xue Meng! Eu teria feito você meu ali mesmo!"

"Você sempre nega... o quanto dissemos para você ser honesto? Ziming, será que você nunca percebeu o quanto você nos deixa loucos?"

Xue Meng sentiu as mãos deles vibrando em seu corpo trêmulo, eufórico a cada nova confissão.

"Não se preocupe, somos nós aqui!"

"Nós te conhecemos por dentro e por fora!"

"Somos nós que conhecemos seu lado mais frágil"

"Sabemos quando você está irritado."

"Quando não está sendo sincero."

"Ou quando está nervoso ou triste."

"Quando precisa de pausas para estar longe das pessoas"

"Quando você precisa de carinho e deseja um abraço mesmo que nunca peça por isso"

" Ou quando o desejo atinge seu corpo, mas sabemos que você nunca vai pedir para ficarmos e passarmos a noite com você a menos que esteja bêbado!"

"Você é um livro aberto para nós há muito tempo. E é o nosso livro favorito!"

"Porque nós...nós não apenas gostamos de você Ziming. Nós te amamos."

Mei HanXue sugou um mamilo provocando tremores no corpo de Xue Meng, que sem saber como reagir apenas choramingou com lábios trêmulos, ainda em posse de Mei Hanxue.

Mei HanXue era maldoso... tão maldoso quanto Mei Hanxue.

Uma vez ele desejou ser torturado pelas carícias que agora dominavam seu corpo, quebrando resistência e descobrindo seus limites, mas quem daria ouvidos a um bêbado?

Os lábios que antes acariciavam seus botões delicados agora mordiam a pele e lambiam com a fúria de um cão raivoso. Mas nada se comparava a intensidade de sentir mãos e bocas trabalhando em prol de quebrá-lo.

Xue Meng tremeu ainda mais forte quando percebeu para onde a trilha de beijos de Mei HanXue continuava a caminhar depois de distribuir beijos em suas costelas e lamber seu umbigo delicado. Desenhos de mordidas suaves pintavam a pele de seu abdome, mas Mei HanXue continuou descendo.

Xue Meng sentiu mordidas delicadas em suas orelhas, e gemeu alto, mas isso não o impediu de encarar os olhos verdes como floresta que se fixavam nos seus. Sem interromper o contato visual, Xue Meng ofegou quando Mei HanXue abocanhou seu sexo, murmurando docemente enquanto o beijava em um lugar tão íntimo.

Mei HanXue era um louco insensato! O que mais justificaria a dupla estimulação que Xue Meng recebia da mão persistente acompanhada da boca aveludada de Mei HanXue, como se disputassem e cooperasse mutuamente para aumentar a pressão que se acumulava em sua barriga.

Xue Meng se orgulhava de conhecer e saber muitas coisas, mas se orgulhava muito mais de sua beleza superior e do controle que tinha sobre seus instintos.

Como tudo isso foi reduzido a pó? Bastou apenas beijos suaves para que ele ficasse dócil e apenas alguns toques para que permitissem que tirassem suas roupas, ansioso pelo atrito de prazer que a fricção com o corpo deles provocava.

Sons obscenos eram ouvidos e nada disso poderia deixar Xue Meng mais ciente da própria vulnerabilidade. Ele tinha medo do que era essa força poderosa, mas não tinha forças para negar que queria saber o que vinha depois.

Era forte e violento, e os sons vergonhosos acabavam saindo antes que percebesse, então ele começou a morder os lábios, esperando assim não parecer tão obsceno.

Mei Hanxue deslizou dois dedos em sua boca para liberar o lábio preso entre os dentes.

"Não morda MengMeng. Não se machuque! Apenas deixe sair. Deixe-nos saber que estamos fazendo bem."

Os lábios de Mei Hanxue se firmaram sobre os seus novamente em um beijo apaixonado e muito úmido, mas as mãos ainda trabalhavam em seu corpo, agora mais rápido, enquanto Mei HanXue se ocupava em lamber sua ponta, como se não houvesse melhor lugar no mundo para ele estar.

A força do estímulo era tanta que Xue Meng sentiu que poderia enlouquecer se algo não acontecesse. Se ele não se libertasse.

Até que o fogo o consumiu. Em uma explosão não calculada, aquela energia arrebatadora e violenta rompeu barreiras, sujando a boca de Mei HanXue e os dedos finos de Mei Hanxue, enquanto o corpo de Xue Meng era atingido por um frenesi completo, incapaz de raciocinar, gemendo alto, gemendo algo que ele não conseguia entender.

Mas que arrebatou os gêmeos enquanto o seguravam para que não caísse.

Demorou alguns minutos para que se acalmasse, agora com dois pares de braços envolvendo seu corpo.

"MengMeng, olhe como você está bonito!"

"Ziming, não se esconda!"

Xue Meng sentiu vergonha naquele momento, mas a visão de Mei HanXue suado, com o cabelo bagunçado e o filete branco de esperma, escorrendo de seus lábios simplesmente o deixou hipnotizado.

Talvez depois do primeiro contato carnal o juízo seja algo comum de ser perdido, ou apenas isso justificaria, para Xue Meng, a necessidade de estar se consumindo, ato depois de ato nas mãos e no corpo dos irmãos Mei.

Não parecia correto, mas nenhum deles parecia se contentar apenas com aqueles toques ousados. Xue Meng estava em bagunça, seus sentidos e sentimentos, mas mesmo que os cabelos estivessem soltos, os gêmeos ainda passavam uma aura de dignidade. Xue Meng estava suado e os cabelos estão grudando em sua pele.

Ou porque mesmo sem saber nada sobre, em uma tentativa de igualar as coisas e transformá-los na mesma bagunça que ele estava, Xue Meng agarrou a arma divina mais próxima e tentou mover seus dedos da mesma forma.

"Mhhhhhh MengMeng...não aperte tanto!"

Xue Meng não sabia quais mãos deslizavam por sua pele, apenas que não conseguia raciocinar com clareza.

Línguas e lábios deslizavam provando o sal da pele e descobriam caminhos ocultos que levavam a um caminho sem retorno. As chamas do fogo crepitavam e a luz avermelhada deixava a pele clara como marfim em suaves tons dourados, fazendo o suor reluzir como pontos de ouro.

As gotas deslizavam entre as formas, distraindo olhos vorazes e trazendo mais luxúria aos corpos que se abraçavam, sem saber realmente onde começavam e onde terminavam.

Os beijos ficavam mais quentes, assim como a temperatura da pele e do próprio ar.

Xue Meng não estava mais consciente de nada, e sim apenas movido por instintos de sobrevivência. Ou talvez de insanidade.

As curvas se encaixavam perfeitamente em qualquer posição que estivesse, como se suas formas tivessem sido moldadas com exclusividade.

Xue Meng se via entre dois corpos cheios de tesão reprimido, descobrindo que gostava de empunhar a arma divina de Mei Hanxue e de prová-lo enquanto ele o tocava da mesma forma. As mãos de Mei HanXue marcando seus quadris enquanto ele procurava lugares proibidos.

Os dedos e as línguas macias brincavam em seu corpo de forma vergonhosa e Xue Meng arqueava mais e mais a coluna, sentindo-se um devasso por desejar mais daquela exploração, sem saber se buscava mais contato com Mei Hanxue ou Mei HanXue, depois de ter sido despido de muito mais do que roupas.

Estava tudo perfeito, até perceber que isso era apenas uma preparação para sensações ainda mais intensas.

Os beijos de Mei Hanxue tinham o seu gosto, e Mei HanXue mordia seus ombros enquanto espalhava um pouco de óleo de massagem para relaxá-lo completamente, começando pelos ombros e descendo pelas costas, alisando a sua cintura em um ato possessivo, e se demorando mais tempo do que o aceitável em seus quadris.

A pele de Xue Meng brilhava e estava escorregadia, mas nenhum dos gêmeos parecia se importar porque o deslizar dos corpos parecia ficar mais suave, mesmo que os lençóis ficassem arruinados.

Como um pássaro deixando o ninho e descobrindo como é a sensação indescritível de voar, Xue Meng se deixou levar. Ele tinha tempo para modéstia, para angústia, para saudades, e agora era tempo de libertação. Não ajudou que todo o calor que o envolvia o impedisse de pensar racionalmente.

A grande arma espiritual dos heróis podia ser sentida em sua plenitude e por um momento Xue Meng pensou em como essa coisa funcionava. Parecia que ele deveria temer de alguma forma. O pau de Mei HanXue era assustadoramente grande e poderia facilmente alcançar o meio de suas costas, mas Xue Meng não se importava que estivesse sendo pressionado entre suas nádegas. Não mais. Não quando pele contra pele estava esquentando seu botão oculto, e cada toque da mão de Mei HanXue estava enviando faíscas elétricas por todas as suas terminações nervosas. Não quando suas bandas se abriram para acomodá-lo, apesar da espessura e do tamanho daquele eixo poderoso que parecia ficar maior e mais duro do que pedra a cada movimento de seus quadris, buscando atrito com ele, como se de alguma forma desejasse se fundir a ele completamente. Talvez Xue Meng devesse temer por sua vida se imaginasse o que viria a seguir.

Nesse momento, Mei HanXue deslizou um dedo entre seus lábios, mas sem deixar de beijá-lo. A saliva dele se misturava a sua, e logo dois dedos deslizavam para dentro e para fora de sua boca, enquanto Mei HanXue beijava e lambia o canto de seus lábios abertos, lutando por espaço com os seus próprios dedos.

Estava quente, e Xue Meng não tinha mais controle nenhum sobre suas ações, mas tudo ficou ainda pior pelo fato de que ele estava totalmente ciente dos desafios de Mei Hanxue, que agora se esgueiravam entre suas pernas, antes que ele começasse a lamber a ponta de seu pênis muito lentamente, feliz em provar Xue Meng mais uma vez. Seus olhos rolaram enquanto a língua pressionava uma veia, como se quisesse desenhá-la com a língua, mapeando seus detalhes, fazendo um percurso lento e prolongado até a base, sugando toda a pele dele ao longo do caminho como se não houvesse banquete mais delicioso em todo o mundo.

A vergonha queimou as bochechas de Xue Meng pelo que pareceu a milionésima vez naquela noite, porque os dedos de Mei HanXue estavam em sua boca e, por um momento selvagem, Xue Meng se imaginou com os pênis enormes de ambos os gêmeos gemendo em sua pequena boca, lutando por espaço em sua cavidade quente. Era uma loucura, e claramente um absurdo, mas tal pensamento apenas fez seu corpo pulsar de necessidade, parecendo ainda mais ciente da coluna de concreto esfregando contra suas nádegas e costas. Xue Meng se sentiu faminto e louco quando Mei HanXue tirou os dedos de sua boca e afastou o calor que pressionava contra seu rosto e sua bunda. Mas antes que ele pudesse questionar a remoção, ou fingir estar aliviado por ter um devasso se afastando, Xue Meng sentiu algo úmido e quente pressionar sua entrada inferior.

Aquela que ficava bem escondida no vale entre suas bochechas traseiras, e que estava sendo acariciado pela pele do corpo de Mei HanXue. Xue Meng estava fazendo sexo pela primeira vez, então em sua cabeça aquilo era o sexo em sua totalidade, então foi com choque e horror que ele notou essa pequena variação e tentou fugir, mas ele tinha Mei Hanxue ainda se deliciando entre suas coxas, em uma moldura adorável e pervertida, agarrando suas nádegas para mantê-las abertas e Mei HanXue pressionando seu quadril, para que não fugisse.

"Não tenha medo Ziming. Eu vou ser cuidadoso com você!"

O dedo de Mei HanXue que ele aqueceu em sua boca e lambeu com sua própria saliva... o dedo dele entrou em seu corpo e Xue Meng tentava buscar alguma sensatez para pensar o quanto isso era impróprio, mas não conseguia. As estrelas deveriam estar no céu, e não diante de seus olhos.

Mei Hanxue intensificou as carícias de sua língua macia, enquanto Mei HanXue lentamente arrastava o dedo, afundando em sua carne e provocando lugares que Xue Meng nunca pensou que poderiam existir, muito menos ser acariciados. Era estranho, ligeiramente desconfortável, mas estranhamente prazeroso. A sensação de que todo aquele tempo seu corpo queria agarrar algo e puxá-lo parecia muito forte agora. Ele sugou o dedo de Mei HanXue para dentro, que apenas ronronou contente em seu ouvido. Xue Meng se sentiu mortificado ao constatar isso, mas logo estava sugando dois dedos enquanto continuava gemendo na boca de Mei HanXue. No futuro, Xue Meng sentiria vergonha de sua carência e fome exagerada, mas no momento ele apenas pensava que era muito pouco. Ele precisava de mais! Mas mais o quê? "

Dizem que o fogo depois de consumido se apaga e vira cinzas...Não era bem assim. Mei HanXue apenas segurava-se para ir devagar após concluir que essa afirmação era uma grande falácia.

Xue Meng lhe abraçando, Xue Meng lhe beijando. Xue Meng em seus braços, Xue Meng em seu colo, Xue Meng deslizando seu corpo contra o dele mesmo quando não tinha ideia do que estava acontecendo no mais íntimo da totalidade.

Persuadir o querido dos céus não era difícil quando o treinamento era espadas ou técnicas novas, mas ele poderia se tornar facilmente estúpido para sentimentos mais nobres do que o simples ato de estimar...

Xue Meng era cativante em sua paixão adolescente, um adulto despreparado para o amor carnal, completamente ignorante de como seduzir, mas extremamente feroz em seu desejo reprimido e incapaz de escondê-lo.

E naquele momento Xue Meng era o mais encantador dos aprendizes. Ele sempre despertou as dualidades mais extremas de Mei HanXue e mesmo agora, ele não conseguia distinguir se deveria se culpar por deflorá-lo tão rápido ou se deveria se afogar em seu corpo como um homem enfrenta o mar bravio, indo de encontro ao olho do furacão, pensando em qual seria a sensação de ser sugado por ele.

Abrir caminho foi o auge do desvairamento para ele. Xue Meng era quente...apertado...macio e úmido...como poderia se contentar com uma vez quando antes mesmo de provar já se sentia embriagado e entorpecido tão somente com os descuidos que permitiram que sua pele roçasse a dele? Como não querer mais quando estava obvio o quanto ele desejava ser tomado. O quanto ele desejava pertencer a alguém.

Mei HanXue derramou mais um pouco de óleo nas mãos enquanto Mei Hanxue o continuava beijando, agarrando-se às suas duas bochechas e apertando apenas para escutar o gemido de Xue Meng. Nessa hora a arma sagrada de Mei HanXue se alojou entre suas bandas, fazendo Xue Meng ofegar de verdade (ou de vontade?).

Xue Meng achava que essa sensação não poderia crescer, mas se enganou totalmente ao sentir Mei HanXue substituir seus dedos por algo maior e mais potente. E pela primeira vez naquela noite Xue Meng realmente sentiu medo.

"Pare! Você quer me matar?"

"Ziming..."

"MengMeng..."

"Você vai me matar!"

"Ziming, você vai me matar se não me deixar entrar!"

"Relaxe MengMeng, Ge quer te matar mesmo, mas é de puro prazer! Venha para nós."

"Mas dói!"

Mei Hanxue se encheu de ternura ao ouvir Xue Meng, sempre tão orgulhoso, admitir voluntariamente que tinha receio de algo. Ele estava agora procurando o calor de seus lábios para relaxá-lo, aproveitando para pontilhar beijos doces em sua testa, olhos e nariz.

Xue Meng sentiu a respiração pesada de Mei HanXue, ainda parado sem se mover, com a ponta de seu corpo ainda dilatando a entrada de sua passagem desconfortavelmente.

"Você consegue Ziming!"

"MengMeng é o melhor! Tão bom! Tão maravilhoso! Tenho certeza de que você consegue!"

Relaxando pouco a pouco e sentindo que todas essas palavras corretas era algo incentivador, Xue Meng acenou dando sinal para que Mei HanXue prosseguisse. Ele era o melhor. O mais forte. O mais resistente. Como ele não conseguiria?

Mas sentir o deslizar de cada centímetro, exigiu mais de seu orgulho do que de seu medo. Porque ainda estava doendo, mesmo com o óleo derramado, mesmo com os beijos de Mei Hanxue, mesmo que ele tivesse certeza de que Mei HanXue estivesse se contendo de ir mais rápido, e isso estava claro em cada respiração agoniada que Xue Meng sentia em suas costas. Se doía nele também por que insistir tanto?

"Não é dor MengMeng. É prazer. O que dói é não poder se soltar completamente. Mas se Ge fizer isso, machucaria você. Relaxe agora, logo esse desconforto vai passar e você verá como se sentirá bem."

Xue Meng estava ofegando. Era o seu corpo que estava sendo partido no meio para abrigar aquela monstruosidade. Como assim ele estava sendo subestimado? Ele era o melhor ou eles eram os melhores?

"Mei HanXue, não ouse me subestimar seu cachorro cretino! Não ouse achar que eu não aguento isso!"

"Ziming. Cale-se! É a sua primeira vez. Não vou agir como um animal!"

"Cale-se você. Não ouse colocar limites na minha bunda!"

Mei Hanxue não pode deixar de rir das palavras de Xue Meng. Porque na verdade era tudo o que eles mais desejavam, mas não significavam que seriam rudes, pensando apenas em seu desejo em vez da satisfação de Xue Meng, ou levando em consideração as palavras tolas que ele dizia em sua tentativa de ser sempre o melhor, sabendo que ele nunca havia estado na cama com alguém.

Como se tentando provar seu ponto, Xue Meng jogou seus quadris de encontro a Mei HanXue suspirando audivelmente quando sentiu suas pernas tremerem mais ao perceber o tanto que ainda faltava para entrar. Ele sempre se arrependia ao agir impulsivamente, mas agora era tarde para se arrepender. Ele estava tão cheio que não conseguia parar de ofegar.

"Não faça isso Ziming."

Mas antes que Mei HanXue terminasse de falar, Xue Meng fez de novo.

"Eu... eu sou o melhor... sou melhor do que você... sou melhor do que todos... você disse... não se esqueça! Eu posso... eu consigo!!"

Mei Hanxue viu a determinação de Xue Meng e ficou maravilhado. Em nenhum mundo mortal eles seriam considerados pequenos. Mas Xue Meng no seu ritmo estava mostrando exatamente por que era perfeito para eles. Em pouco tempo, ele tinha abrigado cada centímetro, não deixando faltar nada.

"Incrível! Tão bonito!" Ele disse olhando para o ponto em que o corpo de Xue Meng se conectava ao de Mei HanXue, suas bordas delicadas abertas como uma flor sendo apreciada. Ele ansiava por ter a sua vez também.

Xue Meng, no entanto estava no limite. O que eles tinham no meio das pernas não era um pênis, era uma terceira perna!

"Ziming..." Mei HanXue normalmente era mais sério do que seu irmão, e dificilmente demonstraria fraqueza. A única vez em que Xue Meng se lembra de tê-lo visto vulnerável foi na ocasião da morte de seus pais, ao encontrá-lo chorando em seu quarto alguns momentos antes e agora, com a voz trêmula de desespero. Ele pedia permissão de Xue Meng para se mover. Incapaz de falar por um tempo, sentindo as formas deles conectadas, seu corpo por dentro moldando-se para encaixar o tamanho avantajado de Mei HanXue, Xue Meng mantinha os olhos fechados, as longas pestanas tremendo visivelmente, mas acenou positivamente.

Se ele achava que não tinha como ficar mais intenso do que aquilo, foi até sentir Mei HanXue movendo-se. Lento e arrastado, como se desejasse que ele tivesse consciência de cada centímetro, Xue Meng sentiu Mei HanXue tirar levemente e devolver, tentando ir devagar ainda, até estabelecer um ritmo que fosse confortável para ambos a princípio. Mei Hanxue fazia o melhor para acalmá-lo, mas cada vez mais o eixo de Mei HanXue parecia ficar maior e mais duro. Como uma pessoa comum aguentava aquilo tudo? Mas por outro lado, como alguém conseguiria ficar sem? O tormento em seu corpo parecia alimentado na mesma intensidade em que era saciado.

Xue Meng gemeu, chorou, gritou ao ter seu corpo invadido várias vezes. Chegou um ponto em que Mei HanXue não conseguiu mais controlar a intensidade de seu desejo, e simplesmente deixou-se agir movido por seus instintos naturais. Instintos que Xue Meng parecia responder na mesma intensidade.

Não demorou para que Mei Hanxue também começasse a tocá-los juntos, e antes que Xue Meng pudesse entender até onde eles poderiam ir, ele havia gozado nas mãos de Mei Hanxue, gritando algo que ele nem mesmo sabia o que era, enquanto sentia algo quente ser derramado dentro de seu corpo, com Mei HanXue desabando em seus ombros completamente saciado e feliz.

Mei Hanxue também parecia emocionado, mesmo que ele já tenha estado em vários leitos que a sensação fosse comum. Por um momento, Xue Meng levantou os olhos cheios de lagrimas, cansado e com os lábios trêmulos de prazer, procurando ver o que havia nos olhos dele.

"Não MengMeng... não é igual. É melhor... é muito melhor! É perfeito!" Ele tranquilizou Xue Meng depositando beijos doces e suaves em seus lábios.

Mei HanXue mordia seu pescoço sem sair dele, querendo aproveitar todos os graus da paixão que eles trocaram, todos os espólios de prazer, sem acreditar ainda que aquilo finalmente estava acontecendo.

A noite ainda não tinha acabado quando o líder Xue conseguiu uma pausa para descansar. Mei Hanxue havia sido descrito na infame lista dos heróis como uma pessoa capaz de satisfazer dez pessoas diferentes em uma noite, e Xue Meng conseguiu a proeza de uma bela performance em dobro.

Mas antes que Xue Meng pudesse descansar, ele ouviu uma última declaração.

"Quero você aqui pra sempre ...meu desejo é nunca ver você indo embora!"

"Não pare agora... Me deixa entrar, Ziming... não apenas no seu corpo, me deixe entrar no seu coração também."

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