All In You

Por JackMoon_

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+18 ( Primeira temporada ) Qual a consequência dos benefícios em uma amizade? Jade, uma garota intensa e am... Mais

Pela visão dela.
pela visão dele.
Wiil
Jade
Noite de jogos
Noite de jogos parte 2
Noah
Nós, apenas nós.
Novidade
o que somos?
complicações
Algo interessante
Toda sua.
a visita.
Bem vindo a minha vida.
Segredos e Confissões.
A Festa
A Festa parte 2
" Noite de Melhores Amigos "
O outro lado da história.
Somos os Miller's.
O Jantar
" Dúvidas "
Me faça sentir.
Desejo e consequência.
Problemas no paraíso?
Segredo dos três.
Verdades de Inverno.
Voltando ao inferno.
Verdades, desejo, culpa.
Devolva o meu lugar.
Lembranças, emoções, caos.
Muito mais que histórias.
Desvende Esse Mistério.
A mentira nua e crua.
Me dê sua maior riqueza.
Despedidas Silenciosas.
Faça suas escolhas.
Uma noite em Los Angeles.
O retorno do passado.
Jovens demais para o caos.
Digno de um Monlt
Vislumbres e Firenze
Tudo em você
O peso de toda memória
chamas de inverno
O que há de novo?

Tudo aquilo que sentimos.

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Por JackMoon_

Washington DC: 02:30 Am 12°f ( Jade pov ) Obs: Atenção Na Foto de Capa.

Fico no apartamento de Noah até tarde, sentada no sofá, passando levemente a mão por meu cabelo ondulado, nós esperamos ansiosos por Will, mas nada dele... minha preocupação surge, juntamente com a de Noah, que caminha de um lado para o outro em minha frente, até que para, e olha assustado para a porta, quando vemos Will adentrar a sala. 

– quer nos matar do coração? por que não atende a porra do celular? fiquei preocupado. — indaga Noah encarando o mesmo. 

– tive que resolver umas coisas. — Will põe as chaves de seu impala sobre a mesa de Noah. 

– e onde vamos? — pergunto baixo. 

– você? a lugar nenhum. — Will se senta no sofá. – deixei seu carro lá embaixo, pode ir para casa, vai ficar tudo bem. 

– por que está agindo assim? — pergunto decepcionada, Will nem sequer olha em meus olhos. 

– estou normal, só preciso resolver umas coisas com meu primo, você já pode ir. 

– a casa é minha, eu digo quando alguém pode ou não ir. — Noah respira fundo, e se aproxima de mim. – não precisa ir se não quiser, não sei o que ele tem. 

– eu vou, meu irmão está em minha casa me esperando. — respiro fundo e olho Will no sofá, ainda de cabeça baixa. 

– desculpe.— Will diz baixo, quando me encara por um estante. 

– não se preocupe, pessoas tendem a ser decepcionantes. — pego a pintura que Noah havia feito para mim e saio de sua cobertura, sem me despedir direito.  

Adentro meu carro, seguindo para casa, por que William agia assim? mais cedo ele foi o garoto doce e sentimental, e agora... nem para olhar em meus olhos e responder com dignidade, ele se arrependeu de ter me dito o que disse? foi por impulso? ou por medo de me ver com Noah? e eu... são tão burra... Deus... por que tenho que sentir tanto, por alguém que não quer sentir nada? 

chego em meu apartamento, vendo Finn encostado na janela, com as mesmas roupas de antes, e tomando um café quente em uma xícara marrom. 

( Por Favor, ponham a música para uma melhor experiência; '' All Through The Night ''  de Sleeping At Last. ) 

– achei que iria chegar bem mais tarde. — ele me encara. 

– crescer é tão complicado... e dói tanto... — ponho a linda pintura em cima da minha mesa, e me sento no sofá. 

– ei. — ele se senta ao meu lado, deixando o café em cima da mesinha a frente. – o que houve? 

– eu me julgo tanto, sabe? as vezes me sinto a pior pessoa existente, isso tudo por gostar de duas pessoas, ter meu coração dividido... eu não sou uma má pessoa, Finn, não sou. — ele me encara atencioso. – eu tive um começo de adolescência difícil, tive que vir para um lugar onde não conhecia ninguém além da nossa tia, eu aprendi a me virar, trabalho, faço minha faculdade, dou tudo de mim no que faço, conheci Will, me apaixonei por ele, e ele sempre, sempre sempre me negou qualquer coisa relacionada a sinceridade sobre o que sente, eu estava ali, esperando uma brechinha pequena para entrar, mas nada... nada e nada, então, quando eu finalmente encontro alguém que me passa sinceridade, certeza, verdade. — encaro Finn com os olhos marejados. – ele decide me falar que é apaixonado por mim, e meu coração pula por minutos, depois de escutar aquilo que sempre quis, mas depois... é só vazio, porque Will age como se nunca tivesse dito nada, é estranho, frio, fechado, volta ser apenas o que é, a sombra da própria sombra. — desvio o olhar, baixando a cabeça.

– uou... — ele toca meu cabelo. – quanta coisa guardada para alguém tão forte... — ele me abraça. – Princesa? — encaro seus olhos escuros. – você tem todo direito e liberdade de se julgar, só você sabe o que realmente se passa aí dentro, você entra em conflito com o seu ''eu'' dividido, mas não pode esquecer que é algo natural, pessoas se julgam o tempo todo, por coisas tão banais... não pode esquecer do que te faz ser forte, do que te mantem acesa, do que te motiva a sorrir.

– não tenho culpa de sentir o que sinto. 

– fique com os dois. — ele ri. 

– Finn... — sorrio fraco. 

– mals... — ele cheira meu cabelo. – o que estou dizendo, é que você é a autora da sua própria historia, Jade... você que escreve o que sente, como você é, o que você gosta, vamos entrar em seu mundo de leitora e... imagine outra realidade, onde você escreve sobre você mesma, mas em outra realidade, com outras pessoas, com outros problemas, outros sentimentos, outras atitudes... que em seu mundo real não foram tomadas, mas você tenta passar o sentimento certo para cada pessoa que vai ler aquilo que você escreve, como é louco, não é? mas tão, tão incrível... nós escrevemos nossa historia; porque por mais que a vida nos mande coisas, sentimentos, ou pessoas inesperadas, nós que tomamos as decisões, nós que passamos pelos conflitos, e somos nós que colocamos um Fim no que realmente podemos, você sempre gostou tanto de escrever, desde os seus diários, até os poemas que escrevia quando estava triste... você também é uma escritora incrível princesa... por que não põe tudo isso para fora escrevendo? crie seu Livro, conte sua historia, de voz aos seus sentimentos, diga a outras pessoas quem você é, o que você sente, sua aparência, a cor de seus cabelos, tudo em você.  

– e...

– sobre Will... ele escreve a historia dele, os conflitos que ele precisa resolver consigo mesmo, converse com ele, diga o que está em jogo, o que está pesando, o que afeta. — ele passa a mão em meu rosto. – e sobre Noah... ele me parece um ótimo contador de historias, e um garoto de muita, muita certeza, mas não vou falar nada que possa influenciar você a algo, você é a autora da sua historia princesa, você decide. 

– tudo isso que falou, me deu tantas ideias... vou escrever um livro. — sorrio fraco. – mas... se o meu eu de outra realidade, que está escrevendo essa historia, e que agora mesmo está escrevendo essa nossa conversa. — rimos. – estiver me ouvindo... só peço para que em nenhum capitulo desse livro confuso, ela me deixe ser fraca. — respiro fundo. – quando eu escrever meu livro, não vou deixar que o meu eu da realidade que eu criar, seja fraca também. 

– creio que vocês possam fazer um trato. — ele sorri fraco. – você e a '' Jade '' da outra realidade, seja lá qual seja o nome real dela, mas se ela é você... ela também é uma princesa. — o abraço forte. – e uma ótima escritora também, porque eu sou um gatão. — ele gargalha. 

– é... nós temos a mesma visão, afinal... somos a mesma pessoa. — pisco. 

– vai passar por isso, vai ser muito feliz. 

– vou sim. 

– bem... eu vou indo, amanhã é sábado e... prometi a Jess que acordaria cedo para caminharmos. — ele se levanta. – bela pintura. — ele encara a mesma em cima da mesa.

– Noah fez para mim. — ele solta uma risada nasal. 

– é... grande garoto. — é Finn... Noah é um garoto incrível.  

Vejo Finn sair de meu apartamento, quando ainda do sofá, miro minha janela, vendo a lua lá fora... nessa madrugada fria, e tão cheia de confusões. 

( Noah Pov ) 

( Por Favor, Ponham a música para uma melhor experiência; '' Holding On And Letting Go '' de Ross Copperman. )

– por que tratou ela assim? — pergunto para Will, que permanece sentado no sofá. 

– vai a Los Angeles domingo? Aidan vai estar lá, ele me mandou umas coisas para investigarmos e... 

– William? — ele me encara. – por que tratou ela assim? 

– tem algo em meu peito, uma dor distante... — ele põe a mão sobre o peito esquerdo. – e um nó em minha garganta. — seus olhos ficam marejados. – eu não digo que estou apaixonado por alguém desde... — ele me encara. – desde Anna. — ele desvia o olhar. – tenho medo de ter dito isso a Jade apenas por medo de perder ela, estou confuso, agora... é como se eu não tivesse mais tanta certeza. 

– ficou maluco?? — me aproximo dele. – William, isso não é um jogo, cara... não pode dizer que está apaixonado por alguém, encher a pessoa de esperanças, e fazer isso, é a Jade, você é apaixonado por ela, como seu coração ainda nega tanto para si mesmo? é medo? ela não é a Anna, ela é única, diferente, boa... ela é a Jade, e não qualquer pessoa. — digo sério. 

– por que fica insistindo em me falar isso? não gosta dela também? 

– acha que fico feliz dizendo isso? eu queimo por dentro só de pensar que você já a beijou. 

– o mesmo acontece comigo quando penso sobre vocês. 

– então não pense. — bufo. – por mais que me doa, ela também ama você, e hoje ela esteve feliz, por ouvir sua '' certeza '' você vive dizendo que acabaria com a pessoa que a machucasse, ou quebrasse o coração dela, mas não percebe, que você mesmo está fazendo isso. 

– eu só... 

– esses seus surtos internos a magoam, porque você age estranho com ela, não pode fazer isso, não se trata as pessoas assim Will. 

– você fala como se nunca tivesse feito algo de errado. — ele revira os olhos. 

– eu aprendo com meus erros, não desconto eles em outras pessoas. 

– você sofre calado. — ele retruca. 

– mas não desconto em ninguém. — franzo o cenho. 

– mas aquela noite com seu p... 

– eu não quero falar sobre isso. — o corto. não... jamais falaria sobre isso. 

– se vamos a LA no domingo, quero que saiba que estarei com você o tempo todo, não vou deixar que... 

– tudo bem. — o corto. – apenas quero falar com minha mãe, e saber o que Aidan tem para nós. 

– bom que temos ele. — Will retruca baixo. 

– sim, ele gosta muito de nós. 

– de você também? — ele franze o cenho. 

– claro, somos amigos, por que não? 

– nada... é só que... 

– que? 

– você não presta. — ele gargalha. 

– idiota. — sorrio junto. – não deixe que seu bloqueio magoe outras pessoas. — o encaro. 

– é mais uma dúvida estranha, do que um sentimento de bloqueio, sabe? 

– não me faça te dar conselhos amorosos sobre a garota que eu gosto. 

– ops... desculpe, é que ela me ama. — ele pisca. 

– e você não faz nada, acho que descobrimos o erro presente. 

– quer que eu faça algo? 

– faça o que quiser, isso não me fará desistir dela, Jade disse que me ama, mas falo de ter seu coração por completo. — Will revira os olhos. 

– então ela te ama? 

– a única diferença aqui, é que eu faço alguma coisa. — sorrio de canto para o mesmo. 

– não poderia ter ficado em LA? — ele solta uma risada nasal. 

– não diga isso, se não fosse eu, você não teria feito nada em relação ao que sente, ainda estaria calado, preso em algo. 

– em algo? — ele questiona. 

– ou em alguém? — ele volta a revirar os olhos. 

– sem chance. 

– e outra, você morreria de saudades de mim. — pisco para o mesmo. 

– talvez, você nunca vai saber. 

– mais tarde vou a galeria, depois vou passar na mansão, Tia Anne me disse que David está planejando uma viagem com o Tay. — Will me olha curioso. 

– viagem? como assim? 

– não sei, vou descobrir. 

– quantas vezes vamos ter que bancar os espiões? — ele se deita no sofá. 

– até descobrirmos a verdade. — retruco. 

– é, ao menos eu fico gostoso de terno. — e ele não perde a piada. 

– eu fico mais. — estalo os dedos apontando para o mesmo, 

– sem chance. — ele me joga uma almofada. 

– não esqueça que na frente deles, ainda nos odiamos. 

– ah, não se preocupe, não é difícil para mim  fingir.  — Will me olha de canto. 

– para, você me ama. 

– não abusa, eu ainda não presto. — sorrio com sua fala. 

– nenhum de nós. — digo baixo. 

– isso fica no passado. — ele me encara novamente. – éramos crianças.

– enfim, vou dormir. — digo passando a mão em meus cabelos. 

– caralho... faltam só duas horas para as seis da manhã. — ele diz se levantando. 

– pode dormir aqui se quiser. 

– vou passar na Miller amanhã, não tenho roupas aqui. — ele ajeita os anéis em seus dedos. 

– pode usar as minhas. 

– não, obrigado, seu estilo Dark Academy não combina muito comigo, sou um bad boy sombrio, alias, saudades de quando você era um também. — faço uma careta com sua fala. – e cadê os anéis que eu te dei? você sempre usava. 

– talvez esse seja meu passado sujo. — retruco. 

– não é não. — ele jamais vai esquecer. 

– enfim Will, os anéis estão guardados, bem guardados. 

– acho bom, gastei muito neles. 

– somos bilionários, tá pesando um gasto de anéis? 

– verdade, eu esqueço as vezes. — rimos. 

– olha bad boy, vai pra casa. 

– você nasceu no Reino Unido, passou tempos em Londres... onde estão seus bons modos de garoto inglês? 

– me perdi em LA. — indago. 

– que vergonha para a família. — ele põe a mão sobre os olhos, com uma expressão decepcionada. 

– bestão. — rimos. 

– não lembra das nossas aventuras no país de gales? sua mãe perdendo os cabelos com a gente. — ele gargalha. 

– bela lembrança, disso sim eu sinto falta. 

– bem, eu vou indo... quando formos investigar algo, colocamos nossas roupas de mafiosos e chefes de gangue. — ele aponta pra mim. 

– gostei da parte do '' mafiosos ''

– vi em um filme, gostou? — ele se aproxima da porta, após pegar a chave de seu Impala. 

– te vejo mais tarde. 

– até lá. — ele vai embora. 

Dormir esse resto de madrugada seria complicado, minha mente está a mil... Jade, as complicações de Will, minha volta a Los Angeles... Deus, por que é tão difícil as vezes retornar ao passado? tudo por consequência de algo nunca resolvido, nunca tratado, isso consome a alma, definha sua mente, é como andar pela escuridão, sem saber o que se esconde lá, o medo, a ansiedade, o nervosismo... é como morar com você outra vez, Pai. 

São seis da manhã, abro meus olhos sentindo a luz invadir os mesmos, me levanto um pouco esperançoso, hoje eu voltaria até minha futura galeria, para tentar outra vez, comprar a mesma. 

tomo um banho gelado, e em seguida, visto minha calça em alfaiataria cinza, com uma camisa de frio preta, e meu sobretudo cinza escuro, que faz conjunto com minha calça; calço um tênis preto baixo, e bagunço meus poucos cachos loiros, em frente ao espelho, ponho minha pulseira prata com pingente de serpente, e ajeito meu colar prata no pescoço, que tem seu lindo pingente de fênix pendurado, já posso sair. 

a caminho da minha futura galeria, sinto felicidade, e um tanto de receio, já imaginei tanto ter meu próprio lugar de artes, mas nunca havia sentido ser a hora certa, nunca tive todo apoio suficiente, até perceber, que esse apoio tem que vir de mim mesmo. 

estaciono em frente a mesma, e adentro o lindo e espaçoso local, vendo a senhora e proprietária do mesmo olhando algumas pinturas. 

– senhorita Louise? — a gentil senhora de cabelos claros me encara, sorrindo gentilmente.  

– Menino Noah... bom ver você aqui, então, vai assinar os papeis na terça feira? — ela pergunta sorridente. 

– vou sim, estou muito ansioso para ter meu lugar. — respiro fundo. – mas... e a senhora? está pronta para deixar tudo isso? 

– sabe garoto... passei sessenta e oito anos da minha vida lutando por esse lugar, vi meu marido ter grandes festas, fazer as mais belas artes, ter os quadros mais lindos vendidos, e ter seu descanso merecido. 

– eu sinto muito. — digo baixo. 

– não precisa... ele foi em paz, morreu feliz e orgulhoso da jornada que teve, ele foi feliz ao meu lado, me fez a mulher mais feliz existente, sorrimos juntos, dançamos e pintamos, ciclos se encerram... e igualmente o dele, o meu aqui se encerrou também. — ela dá uma boa olhada pelo local. – mas o seu... — ela toca meu ombro. – só está começando. 

– sou muito grato pela sua confiança em mim, senhorita Louise.

– sou grata pelo seu amor pela arte, e por se disponibilizar a dar vida a esse local novamente. — ela sorri. – então... pensou em um nome para galeria? 

– estou em conflito entre duas belas escolhas, saberá no dia da minha inauguração. — sorrio para a mesma. 

– tenho certeza que será uma boa escolha, alias... já ia me esquecendo, chegou uma garota aqui, creio que ela esteja na segunda sala, olhando as artes... perguntou por você. 

– uma garota? — questiono surpreso. – irei até lá, obrigada. 

– Menino Noah? — a encaro. – é uma linda moça. 

– se é linda, eu já posso imaginar quem seja. — Jade... com certeza. 

( Por Favor, ponham a música para uma melhor experiência; '' Never Say Never '' de The Fray. ) 

Me retiro do local, indo até a segunda sala gigante, onde lá na frente, vejo uma linda garota de cabelos pretos ondulados, de costas para mim; observando um lindo quadro, me aproximo da mesma, tocando seu ombro coberto pelo seu sobretudo preto. 

– não esperava te ver aqui. — ela me encara. 

– surpresa. — ela sorri. 

– bela surpresa. — rimos. 

– esse lugar é incrível, Noah... parece um castelo, tão espaçoso, tantos andares, tantas artes... eu moraria aqui facilmente. — seus olhos brilham ao admirarem o local. 

– vai ser minha segunda casa, ou já é... pois sou emocionado. — solto uma risada nasal. 

– e tá tudo bem. — ela respira fundo. 

– então Sweet Child, em que posso te ajudar? 

– me daria o prazer de uma boa conversa? — ela sorri fraco. 

– jamais lhe negaria, vem. — convido jade para o segundo andar da galeria, a levando para a enorme varanda, com uma vista incrível para o parque da cidade. 

– é... realmente incrível. 

– tem o tempo que quiser. — toco seu cabelo. 

– muitas coisas rodeiam minha mente agora, parece que nada para no lugar, é como se... não sei, muito amor? ou falta dele. — ela desvia o olhar. 

– não é que falta amor, amor nós temos de sobra, o grande problema do mundo, sempre foi a má distribuição de tudo o que produz. — recito para ela um poema de um de meus livros favoritos '' respeite a solidão alheia ''

– que bonito. — ela me encara.

– é sim... algo que me encanta em escritores brasileiros, são a forma dolorosa e verdadeira de expressar sentimentos em palavras diferentes, mas com um toque especial. 

– qual seria? 

– a verdade. — sorrio de canto para ela. – mas você sabe distribuir seu amor, Jade... só não sabe ainda a quem oferecê-lo com mais intensidade. 

– sempre tem respostas bonitas na ponta da língua? 

– nem sempre. — rimos. – acho importante ser transparente com sentimentos, e você é uma poesia linda, Jade, alguém com tanta intensidade... se você viajasse o mundo, ele que teria o prazer de conhecê-la. 

– você é uma frase bonita, dessas que a gente sublinha no livro, faz tatuagem, conta para todo mundo... dessas que divide a gente, em antes e depois. — ela recita para mim um lindo poema do livro '' Tudo nela brilha e queima '' – também adoro livros brasileiros. — ela sorri. 

– tudo em você brilha e queima. — toco seu rosto. 

– conversei com Finn, e falamos sobre tantas coisas... ele me disse que eu era a autora da minha própria historia, disse que talvez, em outra realidade... tenha um outro '' eu '' escrevendo esse livro, e de acordo com nossas ideias malucas, essa nossa conversa está sendo escrita agora. — sorrio com sua fala. – é quando você para pra pensar nas loucuras dos pensamentos... e ao mesmo tempo, na possibilidade de ser possível, é minha cara escrever sobre mim mesma, e descrever exatamente tudo sobre mim, em uma realidade diferente, mas daí... tocamos no ponto de sentimentos, onde tudo se confunde, se perde, se parte, se gasta... como um casamento de trinta e sete anos terminado por confusões e bebidas, como uma separação dolorosa, ou um confronto familiar entre pai e mãe, onde tudo é tão sobrecarregado, que nem vale a pena lutar mais... é assim que me sinto falando sobre sentimentos dolorosos, ou quando digo que sou dividida, ou sabe? quando... 

– Jade... — toco sua mão. — despedidas emocionais são tristes, mas nada é pior que confundir amor com Dor, não tem que se apressar com algo que só você controla, pelo contrario... precisa de tempo, paz, para decidir o que fazer, Finn tem razão, você é a autora, então... apenas escreva, continue contando sobre você, descreva seus sentimentos, se decifre, conte seus segredos... você é a autora; escreva. tudo o que sente, tudo o que gosta, tudo o que você é, tudo em você.  

– tenho que parar de me julgar tanto, sabe? é minha historia. 

– é sua, e eu já disse que jamais sairei daqui, a não ser que me descarte como personagem. 

– jamais faria isso. — ela me abraça, então cheiro seu cabelo.

– eu sei que algum dia, vai precisar haver uma despedida. — ela intensifica o abraço. – mas esse dia não precisa ser hoje. — sinto ela respirar fundo.   

– não... não precisa. — ela se afasta, encarando seu celular, e me olhando em seguida. 

– tudo bem? 

– hora de resolver outro ponto solto. — ela sorri fraco. 

– te vejo depois. — pisco para a mesma, a vendo sair. 

( esperarei por você, até que a Lua se afaste da terra, e se perca no espaço para sempre. ) 

( Will Pov ) 

( Por Favor, ponham a música para uma melhor experiência; '' Hold On '' de Chord Overstreet. )

estou no parque mais lindo da cidade, em frente a biblioteca mais antiga, e a cafeteria mais romântica, vestindo minha calça jeans preta, e minha camisa preta com mangas, e alguns botões abertos na frente, meus coturnos gastos, meu cabelo desordenado... apenas sentado aqui, nessa manhã fria e tão, tão silenciosa, mandei uma mensagem para Jade, para que ela me encontrasse aqui, e para minha sorte, ela disse que estava a caminho, quando a vejo de longe... usando sua calça justa jeans escura, e sua blusa de frio cinza, com seu lindo sobretudo preto, e claro... seus coturnos de sempre; o sol bate levemente em seus cabelos pretos, dando um tom acizentado neles, ela se aproxima de mim, e respira fundo quando para em minha frente. 

– tenho coisas a dizer. — digo nervoso, mexendo em meus anéis. 

– eu também tenho. 

– bem... — respiro fundo. – te tratei mal essa madrugada, pelo simples fato de não saber lidar com sentimentos confusos dentro de mim, meu erro, minha culpa, minha negação, meu bloqueio... somos melhores amigos, Jade... já se perguntou qual o limite? ou se tem algum? eu inventei uma regra boba de não se apaixonar, mas eu já estava apaixonado, eu disse que não me importava, me importando com exatamente tudo que envolvesse você; eu menti, me escondi, e até agora tenho esse receio, não posso mentir para você, as vezes, esse medo é mais forte que eu, mas... — toco seu rosto. – quando olho em seus olhos escuros, no castanho deles... todo mal desaparece, você clareia tudo, e nada consegue ser mais forte que isso. 

– eu era apaixonada por você, Will... e agora, só metade de mim é, porque sua dúvida me gastou tanto... que meu poço secou, parou de chover em mim, restaram só nuvens, até o vento parou, de tanto eu esperar por você, mas não dá... não consigo me decidir assim, você... — ela toca meu rosto, deslizando sua mão em minha nuca. – é parte de quem eu sou hoje, e eu não consigo olhar em seus olhos e te dizer o que era para eu dizer. 

– então me diga que você me odeia, que eu sou seu pior inimigo, melhor ainda... diga que você não quer me beijar. — recito uma frase do livro '' kingdom of the cursed '' quando me aproximo de seu corpo, e nossas testas colam, olho fixamente em seus olhos, e sinto sua respiração pesada. 

– não assim. — ela fecha os olhos, respirando fundo. – apesar de tudo, continuamos dividindo o mesmo sol, e eu espero que você tenha aprendido a arder, sem queimar quem se aproxima. — '' tudo nela brilha e queima. '' 

– queimei você, querendo te proteger do ardor da minha alma, mas acredite em mim quando eu digo que nada em mim é tão verdadeiro, quanto o que sinto por você agora. 

– e depois? mais dúvidas e incertezas? 

– sem isso, apenas o que sou agora, ou na verdade... o que sempre fui. 

– e o que é? — ela encara meus olhos. 

– seu. — toco seus lábios com meu polegar. – apenas seu. 

– demorei para decifrar. 

– tão rápida quanto uma tartaruga. — digo em ironia e nós rimos. 

– preciso de tempo. 

– tem todo tempo que precisar. — a abraço. – meu beijo está guardado em seus lábios. 

– e minha decisão em meu tempo. 

– temos muito, muito tempo. — sorrimos um para o outro. 

– tenho um longo dia hoje. — ela diz baixo. 

– e eu uma longa viagem amanhã. — respiro fundo. 

– muitas historias pela frente. — a conforto em meu braços. 

(  sentimento... obra prima daquilo que não controlamos, aquilo que arde, corre, nasce, cresce, e por vezes... morre; esconder de alguém o que sente, pode ser algo fácil, mas esconder de nós mesmos... é algo impossível, e as vezes demoramos tanto, tanto.... para percebermos, e no final de tudo, o que resta, é sentir... por para fora, falar, viver, contar, escrever e ler, tudo aquilo que sentimos. )   

Escrevi esse cap com todo meu amor, poesia, e carinho, espero que estejam gostando de ler sobre mim, quem sou, como sou... minha aparência, minha intensidade... minha outra realidade contada em um livro intenso e cheio de surpresas, vem muitas coisas por aí... até o próximo cap xuxus. >3333  

      

  

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